Virar a página
Por muito prazer que me dê uma vitória sobre o rival (ou, neste caso, mais uma) ainda para mais vendo o desnorte que este apresenta, só voltarei a pensar no Benfica em Março.
Assim sendo, não acho útil comentar pseudo-polémicas e muito menos as palavras de desespero e falta de auto-crítica do treinador adversário.
O Sporting ganhou com justiça, foi melhor, e é tempo de todos virarmos a página.
Seguem-se dois jogos para competições diferentes e o foco não deve ser alterado. Sendo ambos importantes, a recepção ao Belenenses, de hoje a oito dias, assume contornos mais relevantes, por se tratar do nosso principal objectivo.
Assim sendo, espero mais um jogo da Liga Europa pensado a dois tempos, com o foco em Moscovo mas sem ignorar o jogo com o Belém.
O Sporting precisa de vencer em Moscovo para passar à fase seguinte e se há quem pense que o melhor será saltar já fora das competições europeias, eu discordo.
Nem é pelo prestígio da prova (que é pouco ou nenhum), ou pelo ranking da UEFA, mas sim pela possibilidade que, mais dois jogos em Fevereiro, nos dão de manter toda a gente em condições óptimas de ajudar.
Este jogo frente ao Lokomotiv deve ser encarado da mesma forma que os que o antecederam nesta competição, embora eu fizesse aquilo que acho que Jesus já devia ter feito na Albânia; a equipa é para rodar, mas não os onze.
É importante gerir o esforço de Ewerton, Adrien, Ruiz, Jefferson e Slimani, tendo em vista o jogo de segunda-feira e, por isso, eram estes que pouparia.
Rui Patrício não poderá jogar por castigo e já estaremos a mudar mais de meia equipa. Boeck deverá ser o escolhido.
Paulo Oliveira não esteve nas selecções e estará menos fatigado. Por mim, faria dupla com Naldo, que precisa de continuar a jogar.
Esgaio e Jonathan ocupariam os lugares que já vêm sendo seus na Liga Europa e William e Aquilani tomariam conta do meio-campo.
Gelson merece dar continuidade à boa exibição no derby e deverá ter a companhia de Mané ou Matheus, consoante as condições físicas do português, que regressou tocado da selecção de sub-21.
Na frente, Montero e Teo Gutiérrez.
Parece-me um onze equilibrado e suficientemente forte para vencer e gerir o esforço dos mais fatigados.
Depois, guardaremos a decisão final para o jogo em casa, frente ao Besiktas.