Bronze para Évora nos Mundiais de pista coberta
Nelson Évora pratica-triplo salto vai para vinte anos e desde 2005 que está entre a elite mundial. Pelo meio, nem as lesões lhe retiraram o foco e, quase com 34 anos, mostra que é uma força da natureza, um trabalhador incansável e atleta de excelência.
Esta medalha de prata representou a nona subida a um pódio entre Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e Campeonatos da Europa.
Aos 33 anos continua a surpreender aqueles que acham sempre que é na próxima que ele não chega lá, que o fim está perto. Um veterano, mais uma vez o mais velho em prova, que não se satisfaz em dar luta aos mais novos e reclama para si a glória.
Ontem Évora não só venceu mais uma (a sexta) medalha em Mundiais (segunda em pista coberta) como o fez como uma marca que o orgulharia no seu auge, entre 2007 e 2009. Os 17,40 metros (a apenas três centímetros do vencedor) que saltou ontem foram nada mais, nada menos que um novo recorde nacional do triplo salto em pista coberta e entram directamente para o top 10 das melhores marcas em concursos (nona, para ser mais preciso).
Notável o trabalho físico, técnico e mental que lhe permite manter-se a este nível após tantas adversidades e que, em menos de dois anos ao serviço do Sporting, lhe permitiu vencer três medalhas em grandes competições internacionais, mesmo com limitações de calendário que não lhe permitem, por exemplo, disputar a Diamond League.
Parabéns para o Nelson, que parece ter acertado na escolha (arriscada) de mudar de treinador após tantos anos sob a alçada de João Ganso. Iván Pedroso tem sabido levar o atleta do Sporting ao limite e, com isso, todos saem a ganhar e prestigiados (o atleta, o seu treinador, Portugal, o Sporting e o seu gabinete olímpico).
O fim parece estar longe e o céu é o limite.
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