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Grande Artista e Goleador

Foi há três anos, a maior alegria que o Sporting me deu

Vivi aquela semana intensamente. O Sporting passava por um período de clara afirmação mas ainda longe da pujança de hoje. A forma heróica como o grupo se entregou a esta prova, a paixão do treinador e o empenho de todos fez da conquista da taça CERS o momento mais emocionante que vivi enquanto adepto deste fantástico Clube.

Não, não foi a taça de Portugal em 1995, 2007 ou 2008, nenhum dos campeonatos nacionais de 2000 ou 2002 e muito menos a taça de Portugal de 2015, que até tive o prazer de ver ao vivo.

Quando se diz que o Sporting não é só futebol, não é da boca para fora. Somos muito mais do que futebol e as maiores conquistas das nossas modalidades equiparam-se a qualquer conquista no futebol.

Claro que eu era um jovem, em 2002. Hoje certamente viverei uma conquista de um campeonato nacional de futebol mais intensamente, porque o Sporting vai-se entranhando cada vez mais em nós, com o passar dos anos. 

Seja como for, porque o futuro está por descobrir, recordemos hoje aquilo que há três anos me fez chorar de alegria.

 

 

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QUEIRAM SER FELIZES, QUEIRAM SER IMORTAIS!


Eu sou imortal! Eu tenho a certeza que sou imortal! (...) Por ter perdido tantas vezes e por ter ganho da forma que foi, tão apoteótica.



Eu estou pronto e já disse aos meus colegas: "Daqui a 30 anos nós vamos ser os velhos jarretas que vamos falar à Sporting TV do feito que nós fizemos."



Eu vou lá estar para falar, e dizer, já cheio de 'bicos de papagaio', cansado...Nunca mais vi hóquei, nunca mais quis saber de competições, porque a competição faz mal...Nós sofremos muito, desgastamo-nos em demasia mas o sabor...o sabor de chegar ao sucesso é muito bom!



 



Carlos Martins ("Carlitos"), na sequência da vitória na Taça CERS 2014/15 - 26/04/2015

 



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Em busca da glória

A foto é do Engenheiro Gilberto Borges e mostra o autocarro da nossa equipa de hóquei a caminho de Barcelos, onde sábado e domingo disputaremos a conquista de mais uma Taça CERS.

Embora não seja a equipa mais titulada em Portugal, o Sporting tem os mesmos troféus europeus que o Benfica (6) e apenas menos um que o Porto (7).

É em busca da sétima que nos deslocamos a Barcelos, onde somos encarados como um dos favoritos à vitória na prova (o outro será o Barcelos, até por jogar em casa), quer por sermos os detentores da mesma, quer pela nossa qualidade colectiva e individual.

Voltando a alguns dados históricos, a decisão de encerrar a secção em 94/95 permitiu sobretudo ao Porto o domínio da modalidade em Portugal. Um clube que apenas tinha 8 campeonatos nacionais até então venceu 13 durante o período em que o Sporting esteve fora da modalidade.

Até 1995, o Sporting tinha 12 títulos nacionais, aos quais adicionou esta época a Supertaça, somando o total actual de 13.

Até 1995, Benfica tinha 29 títulos internos e o Porto 22, sendo que era o Benfica o grande dominador na principal competição nacional (18 títulos contra 8 do Porto e 7 do Sporting - o Paço de Arcos ainda hoje soma os 8 que já tinha em 95).

Hoje, o Porto soma 54 títulos nacionais, o Benfica 44 e o Sporting os já referidos 13.

Durante os cerca de 20 anos de ausência, permitimos que Benfica e Porto vencessem quase 50 títulos que podíamos ter disputado.

Toda esta retrospectiva serve para explicar que o Sporting que Bruno de Carvalho projecta é aquele que vemos agora renascer e que o nosso hóquei já mostrou ser uma realidade, vencendo 1 Supertaça e 1 taça CERS em menos de dois anos de regresso oficial ao Clube.

Este fim-de-semana não só tentaremos dar mais um passo para a glória como o faremos com o propósito de nos afirmarmos novamente na modalidade a nível nacional e internacional.

É na equipa técnica liderada por Nuno Lopes e nos sticks de Figueira, Tuco, Poka, Centeno, Cacau, Losna, João Pinto e Viana e nas luvas de Girão e Zé Diogo que estão postas as esperanças em mais um passo seguro rumo à nossa afirmação, numa época que se sabe, é de transição.

Muitas mudanças se prometem para a próxima temporada e poucos desejarão com tanta força quanto eu que este grupo e, sobretudo esta equipa técnica, saiam com a merecida glória.

Este sábado podemos dar mais um passo para disputar o 5º título em menos de duas temporadas (perdemos taça de Portugal 14/15 e Taça Continental em 15/16 e vencemos a Taça CERS 14/15 e a Supertaça 15/16) e, no domingo, podemos desempatar e somar o 3º título em 5 finais disputadas.

Ficará a faltar disputar o título nacional e teremos de deixar isso para a próxima época, onde se prevê o regresso à Liga Europeia, a Champions do hóquei em patins.

Eu quero mais uma CERS no Museu Mundo Sporting!

 

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Quem é o CP Vilafranca?

Em semana da final-four da Taça CERS cabe-me a tarefa de dar a conhecer a todos os Sportinguistas o Vilafranca, adversário da meia-final da prova.

Vilafranca é uma cidade da Catalunha, a 60 quilómetros de Barcelona. O Club Patí Vilafranca foi refundado em 1970, depois de vários reinícios e recomeços. Antes desta data nunca foram uma referência e depois disso também não o conseguiram ser.

O Vilafranca nunca venceu um título nacional e os maiores feitos internacionais não o chegaram a ser... O Vilafranca tem, na década de 90, duas presenças nesta mesma fase da prova, numa altura em que as meias-finais se jogavam a duas mãos e não numa final-four. Perdeu em ambas para equipas portuguesas. Em 1997/98 para o Paço de Arcos (6-5, no conjunto das duas mãos) e em 1998/99 para o OC Barcelos (15-2, no conjunto das duas mãos).

Os catalães têm passado os últimos 15 anos a descer e a subir de divisão e nunca fizeram melhor que um 10º lugar, até ao ano passado, época em que se qualificaram para a Taça CERS deste ano após o 8º lugar na Liga espanhola, a sua melhor classificação desde que foi criada a Ok Liga.

Vão na 3ª época consecutiva no principal escalão espanhol e ocupam neste momento o 9º lugar da Ok Liga.

No seu plantel não contam com grandes estrelas da modalidade mas têm em dois jogadores mais de 60% da sua produção ofensiva. Eduard Fernández e Roger Rocasalbas marcaram cada um 22 golos e são os mais preponderantes da equipa catalã.

Nota-se um claro padrão nos resultados da equipa espanhola. Fracos com equipas do "seu campeonato" e mais consistentes com as equipas do top 5 da Ok Liga e este é um indicador claro que nos espera um jogo perigoso mas que dependerá sobretudo da nossa competência e concentração.

Se encararmos a partida com a seriedade que nos compete, acho que ganharemos facilmente, sobretudo se entrarmos fortes ofensivamente. O Vilafranca apenas não marcou num dos jogos do campeonato espanhol mas sofreu golos em todos eles.

Para ser mais fácil entender o que isto quer dizer, diria que são uma equipa com semelhanças com o Reus, finalista do ano passado da CERS que nós vencemos.

Na Taça CERS, eliminaram a Juv. Viana (empatando a 3 em Portugal) e o próprio Reus (tendo perdido fora e ganhando em casa) e aparecem nesta final-four como claros outsiders.

O Sporting procurará atingir mais uma final da segunda competição da Europa no hóquei em patins e revalidar o título, algo que apenas duas equipas conseguiram na história da competição (Novara em 91/92 e 92/93 e Reus em 02/03 e 03/04).

Depois farei uma análise ao nosso momento e àquilo que acho das nossas hipóteses na competição.

 

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Vale a pena pensar nisto

Toda a gente sabe que é a visibilidade e o alcance de uma modalidade que cativa mais adeptos para a mesma. Para isso, há que ter executantes de qualidade que proporcionem bons espectáculos.

Esta é a base para o sucesso de qualquer competição ou modalidade.

O Sporting sabe isso e, atempadamente, preparou um documento extenso com aquilo que julgava melhorar o futebol.

Furou a inércia de instituições nacionais e internacionais, foi proactivo e já se notam os efeitos dessa proactividade.

 

Gostava que o Sporting, em conjunto com os vários especialistas nas várias modalidades que compõem o Clube (ou até mesmo externos, desde que em parceria) fizesse algo semelhante para as restantes modalidades.

Só assim cativaremos mais praticantes, mais público e melhoraremos as competições, sejam elas nacionais ou internacionais.

Já deu para perceber que podemos ter impacto, que lá fora nos respeitam e estão dispostos a ouvir-nos.

 

Servem estas notas introdutórias para discutir o caso do hóquei em patins em concreto.

Não será novidade para ninguém se disser que o regresso da modalidade ao Clube agitou o mundo do hóquei, tanto em Portugal como na Europa, com resultados que o comprovam.

Não é novidade também para os mais atentos que o hóquei carece de regras que tornem a modalidade mais atractiva para quem assiste aos jogos (também davam jeito bons pavilhões e meios para transmitir as provas com qualidade na TV, mas isso já exige outros meios).

Bons executantes não faltam, muitos deles portugueses e, por isso, custa-me que uma modalidade em que somos dos melhores do Mundo não evolua de modo a que mais gente a conheça e pratique.

 

Vendo a inépcia total do CERH (organização europeia da modalidade) e das principais federações (sobretudo a Portuguesa e a Espanhola), está na hora do Sporting se assumir para além dos rinques e tentar fazer algo pela promoção da modalidade.

Vamos ter um novo pavilhão, onde teremos capacidade de fazer transmissões televisivas de qualidade que promovam as nossas modalidades. Temos e teremos equipas cada vez mais competitivas. Já vencemos e queremos certamente vencer mais troféus.

Falta que essas vitórias tenham maior impacto do que aquele que têm hoje as de quem vence competições, sejam elas nacionais ou europeias.

 

Vem toda esta 'lenga-lenga' a propósito dos critérios hediondos de candidatura à organização de competições europeias, em especial da Taça CERS, que se realizam até ao próximo dia 18 de Março.

Imaginem vocês que para fazer uma candidatura à final-four da Taça CERS não é necessário ter um bom pavilhão, com uma lotação mínima e muito menos com as ideais condições de segurança.

Sim, nada disto é necessário.

Para fazer uma candidatura basta entrar num leilão. 

Sim, um leilão, tendo por base 5 mil euros para início de conversa.

Quem der mais, organiza a prova.

Isto não prova nada mas demonstra bem quais são as prioridades e as reais preocupações do CERH.

 

Adorava que o Sporting pudesse organizar a prova.

Porque tem uma capacidade organizativa ímpar, uma capacidade de mobilização única e também porque defender o título em casa seria fantástico para quem pretende voltar a marcar uma era na modalidade. Também porque tenho quase a certeza que o Sporting faria uma melhor promoção da modalidade do que qualquer outra equipa.

Convém dizer que, embora ainda não o tenhamos feito oficialmente, consta que o Sporting, o OC Barcelos e o Vilafranca serão os únicos candidatos (o Metera não deve estar disposto e enfrentar o leilão).

 

Quanto ao resto, espero que alguém do Sporting leia isto e promova também a melhoria das restantes modalidades em que nos mostramos ao país e ao Mundo.

Acho que vale a pena pensar nisto.

Isto merece ser destacado

Hóquei CERS.png

Parece que por se jogar em dia de derby em futebol e se ter goleado em ambas as mãos o feito de voltar a jogar uma final-four da Taça CERS não tem relevância.

A vitória por 10-3 (18-5, no agregado) sobre os italianos do Hockey Sarzana veio confirmar a segunda presença consecutiva na fase decisiva da segunda prova mais importante do hóquei em patins europeu.

Porque foi fácil, parece que já não tem valor.

Talvez daí o pouco destaque que me pareceu ver por parte da blogosfera leonina.

A equipa de Nuno Lopes vem num claro crescendo de forma e contraria já os números apresentados nesta fase da época passada.

Este ano, em 23 jogos, vencemos 16, empatámos 2 e perdemos 5. Marcámos 135 golos e sofremos 73.

No ano passado, em 24 jogos, vencemos 15, empatámos 2 e perdemos 7. Marcámos 91 golos e sofremos 70.

Ganhámos mais e perdemos menos. Marcámos mais e sofremos mais ou menos o mesmo.

Já vencemos um título (a Supertaça), mantemos intactas as esperanças de vencer mais dois (a Taça de Portugal e a Taça CERS) e estamos no bom caminho para melhorar a classificação do ano passado no campeonato português (embora as expectativas fossem mais elevadas).

Em todo o caso, contabilizando apenas as primeiras 18 jornadas (as mesmas que já se jogaram esta temporada) notam-se melhorias que acabarão por se acentuar, visto que a fase final da temporada passada foi fraca, em contraponto com a primeira volta do campeonato.

Temos neste momento 11 vitórias, 2 empates e 5 derrotas, com um score de 77-58 entre golos marcados e sofridos.

No ano passado, os números eram estes: 10 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, com um score de 68-55.

Espero que o Sporting possa candidatar-se a receber a final-four da Taça CERS (o OC Barcelos já o fez) e defenda o título em casa. 

Na meia-final encontraremos o CP Vilafranca, 9º classificado da OK Liga, o campeonato espanhol, num sorteio que me parece ter-nos sido favorável.

Aproximam-se os momentos decisivos da época

Joga-se amanhã a 1ª mão dos quartos-de-final da Taça CERS e Nuno Lopes fez a antevisão à Sporting TV numa conversa na qual não faltou um retrospectiva àquilo que tem sido o trajecto do Sporting na modalidade.

Já várias vezes aqui manifestei o meu apreço por Nuno Lopes, grande leão e treinador competente que, em pouco mais de um ano desde o regresso oficial da modalidade ao Clube, me proporcionou alguns dos momentos de maior alegria enquanto Sportinguista. A vitória do ano passado na Taça CERS é um momento inesquecível na história do Sporting e, já este ano, conseguimos vencer a Supertaça, derrotando o campeão nacional que nos havia também vencido na Taça de Portugal num jogo envolto em polémica.

Num momento em que o destino do técnico parece estar traçado, só quero dizer que estou com ele e com esta equipa até ao fim. Que sempre disse que as mudanças de mentalidade demoravam algum tempo a implementar e que teria sempre a minha condescendência relativamente ao que se passou após aquela derrota em Braga.

Nuno Lopes está a mostrar e provará ainda que tem categoria para levar a equipa a vencer mais títulos e que a sua saída será feita em grande.

É neste fim-de-semana que começa a fase decisiva da época. É a partir de agora que se verá se as conclusões foram ou não prematuras. Eu acredito no sucesso deste grupo sob esta liderança.

Para terminar, ressalvo a forma como o Hockey Sarzana, o adversário de amanhã apresentou o Sporting na sua página oficial: uma lenda do hóquei mundial, dizem os italianos. Sinal de respeito e reconhecimento.

Para demonstrar a ambição dos italianos e dar a entender aquilo que representa para eles a disputa por um lugar na final-four da Taça CERS, atentem nos vídeos motivacionais feitos pelos italianos esta semana.

Espero um final de época fantástico da nossa equipa que acumula neste momento uma série de 7 vitórias consecutivas.

Quem é o Hockey Sarzana?

São italianos e serão o próximo adversário do Sporting na Taça CERS.

A primeira mão joga-se a 6 de Fevereiro e a segunda a 5 de Março e o Sporting é favorito.

O Hockey Sarzana é o 11º classificado da Serie A1, a Liga Italiana de hóquei em patins. Estão a 4 pontos dos lugares de descida e a 8 dos lugares de acesso ao playoff, num momento em que já se jogou a primeira jornada da segunda volta.

40 golos marcados e 70 sofridos são um bom indicador daquilo que têm sido as primeiras 14 jornadas.

Nos jogos com os actuais colocados nos lugares de acesso ao playoff, o Sarzana foi quase sempre goleado e conta por derrotas todos os jogos.

Tudo indicativos que atestam o nosso favoritismo e reforçam as nossas possibilidades de voltar a estar na Final-Four (30 de Abril e 1 de Maio).

A nossa equipa parece estar em crescendo e com união, espírito de sacrifício e concentração acho que os principais objectivos para esta época podem ser alcançados.

Que seja o início de algo ainda melhor

Começou a caminhada da equipa de hóquei em patins na Taça CERS. Os detentores do título entraram com o pé direito e espero que possa ser um reinício para uma equipa que apaixonou todos os Sportinguistas durante a época passada.

A época começou da melhor forma, com uma vitória no derby da Supertaça mas a Supertaça Europeia, frente ao Barça, depois de uma primeira mão vitoriosa, veio dar um volte face naquilo que se perspectivava. 

De repente, uma época que se esperava de afirmação, teve um conjunto de percalços que nos atrasaram no campeonato nacional.

O regresso à Taça CERS podia ser um momento de viragem na moral desta equipa. Não pela dificuldade da eliminatória mas sim pelas boas vibrações trazidas por uma prova onde somos justos detentores do título.

Não me esquecerei nunca da alegria enorme que esta equipa me deu no ano passado. Estão na história do nosso Clube e a história este ano pode ainda ser mais bela que a do ano passado.

Apoio nunca lhes faltará.

Que nunca lhes faltem também as forças, a entrega, a união e as vitórias a um plantel que tanto merece ser feliz.

Um apuramento para a Liga Europeia, a juntar à Supertaça, CERS e Taça de Portugal seria uma época de sonho.

Assim eles queiram e tudo será possível.

Foi há 31 anos

Faz todo o sentido recuperar este momento da história do Sporting!

Neste ano, como já aqui vos dei a conhecer, o hóquei foi a equipa do ano e o percurso Taça CERS o momento da época.

De forma clara, os prémios Honoris Sporting vieram confirmar que este foi o sentimento generalizado entre os Sportinguistas.

Por isso, hoje é dia de efeméride.

7 de Julho de 1984, menos de um ano antes do meu nascimento.

O Pavilhão de Alvalade rebentava pelas costuras para receber o Novara na 2ª mão da final da Taça CERS.

Após a conquista da Taça dos Campeões Europeus em 1977 e da Taça das Taças em 1981, faltava ao Hóquei em Patins do Sporting Clube de Portugal a Taça CERS, para completar o seu brilhante palmarés europeu.

Treinados pelo mítico António Livramento, este era o plantel leonino que se preparava para fazer história: Ramalhete (gr), José Rosado, Carlos Realista, Pedro Trindade, Luís Nunes, Campelo, Sérgio Nunes, Camané, Fernando Gonzada, Carlos Serra (gr) e Parreira (gr).

O percurso até à final

O sorteio não foi nada amigo para o Sporting e para a primeira eliminatória coube-lhe em sorte a forte equipa espanhola do Noia. Era importante começar bem a campanha, e aproveitando o facto da primeira mão ser em casa o Sporting ganhou logo um bom avanço na eliminatória ao vencer por 5–0. O Noia bem tentou reagir na segunda mão em sua casa, mas voltou a perder, desta vez por 4–1.

Nos 1/4 Final o Sporting jogou com a frágil equipa francesa do Gujan, como a motivação não era grande face a um adversário tão fraco, o Sporting procurou motivar-se batendo recordes de goleadas, o que fez logo em Alvalade na primeira mão por 33–1, resultado que permaneceria durante onze anos como recorde nas competições europeias de Hóquei em Patins. Na segunda mão o Gujan voltou a ser cilindrado, desta vez em casa por 23–4.

A passagem para as meias-finais tinha sido de facto calma e tranquila, mas agora as coisas iriam mudar, pois pela frente o Sporting tinha a poderosa equipa do Voltregá velha conhecida dos Leões.

O equilíbrio esperado foi logo evidente na primeira mão com o resultado em Alvalade a ser favorável ao Sporting por 10–9, resultado que traduzia uma deslocação bem complicada ao infernal ambiente da localidade catalã.

Contudo, no segundo encontro, o Sporting actuou com uma enorme eficácia, gelando literalmente o ambiente e vencendo por uns claros 6–3. Estava assim aberto o caminho para a Final onde pela frente o Sporting teria a complicada equipa italiana do Novara.

A final

Numa Final disputada a duas mãos, coube ao Sporting ir jogar primeiro a Itália, e numa partida que teve muito de râguebi e pouco de hóquei e onde o Sporting até começou por marcar primeiro. O Novara fruto de um jogo extremamente violento com apoio verdadeiramente infernal do seu público, ganhou por 4–1.

As grandes decisões estavam então marcadas para o Pavilhão de Alvalade no dia 7 de Julho de 1984.

Fruto de um hóquei espectacular e envolvente o Sporting chegou ao intervalo a vencer por 4–0, tendo vulgarizado uma equipa que dispunha de quatro internacionais italianos e um internacional argentino.

Depois do intervalo, o Novara tentou reagir e marcou logo no inicio da segunda parte, empatando assim a Final em 5–5, mas os dois golos de Sérgio Nunes que se seguiram fizeram sentir a todos que a Taça era mesmo para ficar em Alvalade, tendo o resultado final acabado por ser de 11–3 (12–7 no total).

Com este feito o Sporting tornava-se no primeiro Clube da Europa a vencer as três taças europeias de Hóquei em Patins (Taça dos Campeões, Taça das Taças e Taça CERS).

Curiosidades

Este dia foi o culminar de uma semana extraordinária para o Sporting Clube de Portugal, depois de Fernando Mamede ter batido o recorde mundial dos 10000 metros (2 de Julho) e de Paulo Ferreira ter vencido uma etapa na Volta a França (3 de Julho), num ano extremamente difícil que levou a equipa do Sporting ao Tour sem o seu líder, Joaquim Agostinho, após a trágica morte na Volta ao Algarve.

Para mim, o momento da época

Parece redutor resumir toda a época a um momento (ou, mais precisamente, uma semana) quando, em 36 modalidades, o Sporting venceu, entre títulos colectivos e individuais, nacionais e internacionais, mais de 70 provas.

Para mim não é.

O que a nossa equipa de hóquei fez entre a semana que mediou o jogo de Oliveira de Azeméis e a final-four em Igualada foi histórico e especial.

Foi, para mim, um renovar da verdadeira alma leonina, personificada numa equipa de bravos que não aceitou outro resultado que não a vitória.

Lembro-me de, após o jogo e com os olhos emudecidos, ligar ao meu pai. Disse-me que chorou, em casa, com o meu tio, após aquela vitória. Ambos são cinquentenários e terão lembrado, naturalmente, os feitos do passado.

Como Sportinguista, foi, de todas, a vitória que mais me emocionou e me orgulhou.

Pelo que representa e pela mudança de paradigma que, espero, venha a concretizar-se. O Sporting vencedor parece estar de volta.

Agrada-me ver e perceber que este grupo de trabalho entendeu o feito alcançado, não apenas pessoalmente, mas para o Sporting enquanto Clube.

Para aqueles que duvidam que o Sporting é muito mais do que futebol, esta equipa é a prova viva disso. Basta lembrar a recepção no aeroporto.

Acredito que foi a primeira de muitas e anseio pelos próximos anos com a expectativa de saborear muitos momentos como este.

Obrigado a todos os que para ele contribuíram!

Recordem a reportagem feita pela Sporting TV, vejam pela primeira vez e desfrutem. Vale a pena.

Esperança reforçada

Foi da ponta do stick de Ricardo Figueira que saiu o reforço da nossa esperança.

Será que faremos história?!

Acredito que é possível, embora desta vez as probabilidades joguem contra nós.

Será necessário tudo o que temos de sobra...crença, união, espírito de sacrifício, solidariedade e eficácia, tanto a defender quanto a atacar.

Ao observar os números do Reus na Ok Liga, o campeonato espanhol, não fico impressionado.

Apesar dos 12 pontos a mais que o Igualada, o adversário de ontem, o Reus tem um diferencial positivo de apenas 11 golos e sofreu mais 8 golos que o Igualada, contando como derrotas mais de um terço dos jogo do campeonato (10 derrotas contra 12 do Igualada).

Apesar dos mais de 100 golos já apontados na Ok Liga, nenhum dos jogadores do Reus figura no top 10 dos melhores marcadores do campeonato (Marc Coy Grau é o melhor marcador com 27 golos apontados - o líder tem quase o dobro).

Também parecem haver lacunas no capítulo disciplinar. O jogador mais indisciplinado do campeonato é do Reus e os rivais de hoje têm 3 dos 6 mais indisciplinados da Ok Liga (Costa Ferre, Coy Grau e Platero).

Ou seja, será difícil mas não estamos perante o bicho papão.

Temos argumentos para vencer e lutaremos pelo título.

Com certeza apresentaremos a solidez defensiva, habitual nos jogos importantes a eliminar. Recordo que não perdemos ainda nenhum jogo no 'mata-mata' enquanto que o nosso adversário caiu à primeira na Copa do Rey.

Claro que isso nada quer dizer e o jogo de hoje é 'o jogo'.

Tentaremos jogar com as nossas armas habituais, que enumerei no inicio do texto, e tentaremos explorar as debilidades do adversário. Aparentemente, os números indicam que temos uma equipa frágil defensiva e emocionalmente. Exploremos isso e sejamos leões.

Depois, faremos as contas no final e esperemos que a sorte nos sorria.

Eu acredito!

A esperança vem de patins

Daqui a menos de três horas, mais um momento importante da nossa história se viverá.

Hoje, estamos na posição em que ontem o Barcelona se encontrava. 

Jogamos em casa do adversário e somos considerados favoritos à vitória no encontro.

Claro que o favoritismo terá de ser comprovado em campo e espera-se que o Igualada dispute o resultado, tal qual nós fizemos ontem no MEO Arena, frente ao Barcelona.

A fé inabalável nos rapazes de verde e branco está cá, sabendo que ele darão tudo para ficar a um passo de fazer história.

A esperança vem de patins e será reavivada pela raça da cada um dos leões que, na ponta do stick, terão o engenho de nos fazer felizes.

Eu acredito!

SPOOOOOOOOOORTING!

A final four da Taça CERS vista pelos nossos e por outros

A equipa de hóquei em patins do Sporting inicia este sábado a participação na `final four´ da Taça CERS, em Espanha, com ambição declarada de conquistar a prova e entrar na história da modalidade.

A decisão da prova europeia será disputada em Igualada, em Barcelona, precisamente na casa do adversário dos `leões´ nas meias−finais. Esta será, de resto, uma `final four´ ibérica, já que Óquei de Barcelos e Reus vão defrontar−se na outra `meia´. Em declarações à agência Lusa, o técnico Nuno Lopes considerou que este "é um dos pontos altos da época" do Sporting, que, desde o início, alimenta o sonho de repetir a conquista da prova, alcançada em 1984. "Nós acreditamos que vamos ganhar a Taça, mas temos de respeitar os adversários, porque também a querem ganhar. Sonhamos com isto desde o início da época. Vamos apostar nisso e esperar por um fim de semana em que tudo nos possa correr bem", afirmou. Nuno Lopes acredita que "a equipa que for mais rigorosa a defender, vai ter vantagem" e que o conjunto de Alvalade terá de estar "atento" a todos os momentos do jogo com o Igualada, adversário que, frisou, leva vantagem por jogar em casa. "O jogo será em casa do adversário directo, o público deles estará em maior número, não estamos habituados àquele piso e a dupla de arbitragem não será portuguesa nem espanhola. Não há nada a nosso favor. Temos de fazer destas fraquezas as nossas forças", referiu. Com a Taça CERS e a Taça de Portugal ainda em aberto para os `leões´, o técnico revelou a ambição de conquistar um título já esta época: "Tem sido uma boa época para nós, mas vamos à procura da excelência." Por seu lado, o capitão Ricardo Figueira também lembrou os "factores externos" que poderão influenciar o desenrolar da partida com o Igualada, mas salientou que as "finais são para ganhar" e que o Sporting terá de ser "superior a tudo isso". "Tenho experiência de finais europeias no país vizinho e sei que vai haver muitas complicações e factores externos ao hóquei, mas temos de ser superiores a isso tudo. Temos de ir lá com a nossa humildade e mostrar que não vamos lá passear. Vamos lá para ganhar uma Taça CERS", disse à Lusa o hoquista transmontano. O internacional português afirmou que as equipas espanholas "são muito matreiras", comparando−as mesmo ao "futebol italiano". "Sabem aproveitar os momentos do jogo e sabem `matar´ o jogo no momento certo. Sabemos que o Igualada é uma equipa que aproveita muito bem as poucas oportunidades que tem e tem jogadores que desequilibram muito na frente. Todo o cuidado vai ser pouco", alertou o hoquista, que diariamente se divide entre os patins e o hospital onde exerce medicina. Já João Pinto garantiu que os jogadores sportinguistas querem "entrar na história" e que vão apresentar−se no pavilhão do Igualada "com humildade, querer, muita raça" e, sobretudo, com o objectivo de ganhar a Taça CERS. "Não interessa só ir à `final−four´. Só quem ganha entra na história. O jogo com o Igualada vai ser difícil, mas certamente que também não vai ser fácil para eles. Estamos na `final four´ e só nos passa pela cabeça ganhar", sublinhou o avançado, que chegou a Alvalade no início da época, proveniente do Juventude de Viana. As meias−finais da Taça CERS disputam−se no sábado (25 de abril), em Igualada, enquanto a final está marcada para o dia seguinte (26), também na localidade espanhola.

 

Albert Casanovas (ex jogador do Reus, actualmente ao serviço da Oliveirense) fez também a análise ao Sporting para a imprensa catalã.
Diz que acredita que o Sporting é o favorito na outra semifinal, porque "tem mais jogadores experientes ", "apesar do Igualada também ter jogadores muito bons, como Molas, Elagi e, especialmente, Ton Baliu".
Afirma que, aos verde e brancos que eliminaram precisamente a Oliveirense nos quartos-de-final, lhes agrada "marcar o ritmo do jogo e que os jogadores que têm são, individualmente, muito bons e que, só por si, podem decidir um jogo".
Destaca também a capacidade de controlar o aspecto extra-desportivo do jogo, como "protestar contra a decisão do árbitro e enorme 'química' com os adeptos". Liderados por Girão, o guarda-redes, que "contagia o resto da equipa com o seu carácter".
Quanto ao jogo, Casanovas diz que "é muito difícil de apanhá-los em contra-ataque", um factor a ser levado em conta pelo Reus numa hipotética final.

"Acredito que pode vencer uma equipa portuguesa"

O internacional português, Luís Viana, que já vestiu a camisola do OC Barcelos e estará a caminho do Sporting não faz prognósticos, embora assuma um desejo: que seja uma equipa portuguesa a ganhar.

Luís Viana.jpg

" Acredito que vai ser uma final four muitos equilibrada com quatro equipas com fortes possibilidades de vencer.
Este sistema de final four é do meu agrado. Prefiro assim este modelo de competição porque é mais benéfico para o hóquei em patins.
Jogar em Espanha uma prova desta não é benéfico nem para o OC Barcelos, nem para o Sporting CP.
Escolheram Igualada, pelo que é uma desvantagem para as equipas portuguesas. No entanto não há vencedores antecipados. Tudo pode acontecer. Acredito que pode vencer uma equipa portuguesa".

Isto é o Sporting!

Hoje à tarde alimentou-se a esperança de fazer história.

O hóquei leonino fez um jogo perfeito, espectacular e venceu a Oliveirense, em Oliveira de Azeméis por 4-1 (agregado de 6-4), passando assim à final-four da Taça CERS.

Destaco as palavras de Nuno Dias, o treinador da equipa que depois de agradecer aos adeptos e ao Presidente que, segundo o treinador do Sporting, proporcionou este momento porque acreditou muito nesta equipa de hóquei disse emocionado:
"Eu amo o Sporting"; "Esta bandeira é o amor da minha vida!"

Vinte anos depois e no ano em que a modalidade voltou oficialmente ao Clube o Sporting volta a disputar um título Europeu de hóquei em patins.

Isto é o Sporting! O nosso grande amor!

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