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Grande Artista e Goleador

À conquista da Europa

Foto de Judo Sporting Clube de Portugal.

 

Respeitando a ordem da foto: Anri Egutidze, Jorge Fonseca, Joana Ramos e Sergiu Oleinic são os representantes do Sporting nos campeonatos da Europa de judo, que hoje começam a disputar-se em Tel Aviv (Israel).

A prova disputa-se até sábado, com Joana Ramos e Sergiu Oleinic a estrearem-se hoje, no primeiro dia de provas, nas cetegorias de -52kg e -66kg, respectivamente.

Sexta-feira será a vez de Anri Egutidze se fazer aos tatamis, na categoria -81kg, enquanto que, para sábado, fica reservado a Jorge Fonseca o último dia de competição, nos -100kg.

 

Joana Ramos, nº 23 do ranking mundial e medalhada de bronze nos últimos campeonatos da Europa, há um ano, em Varsóvia (à qual junta a prata, em 2011), está de volta à competição após uma época, até ao momento, muito complicada.

A atleta do Sporting não compete desde Tóquio, em dezembro do ano passado e tem recuperado, desde então, de uma pneumonia. Previa-se que tivesse regressado à competição mas diria que guardou os trunfos todos para esta competição.

O seu momento de forma é uma completa incógnita para as adversárias, que certamente não deixarão de respeitar uma atleta do seu nível e com o seu currículo.

Joana Ramos começa frente à austríaca Agata Perenc, 20ª do ranking mundial e, naturalmente, não é uma das candidatas às medalhas.

 

Sergiu Oleinic, nº 17 do ranking mundial, é um atleta com prestações bastante consistentes mas que, por azar, não tem conseguido melhores resultados, dos quais, julgo eu, já seja merecedor.

O histórico de quintos e sétimos lugares é longo e há sempre a expectativa de ver qual a prova em que supera esses resultados e atinge o pódio, onde não está desde o Grand Prix de Zagreb, em setembro de 2017.

Desde então foram muitas as vezes que Oleinic não passou das rondas preliminares, embora mostrando-se sempre um osso duro de roer para todos os adversários, mesmo os mais fortes.

Entrará em competição frente ao espanhol Alberto Gaitero Martin, nº 21 mundial e acredito que, passando a primeira ronda, lutará até ao fim pelas medalhas. Embora não seja encarado como um sério candidato, diria que é um bom outsider em quem apostar.

 

Anri Egutidze, primeiro ano de sénior, vem de dois meses fantásticos em que competiu ao mais alto nível e nos quais conquistou duas medalhas (prata e bronze) em provas do circuito mundial. É 17º do ranking mundial na sua categoria e o outsider com maiores possibilidades de ser feliz em Tel Aviv, na prova de -81kg.

Pela frente terá o cipriota Phedias Konnaris (358º do mundo) que, se tudo correr normalmente, derrotará sem problemas, embora estejamos a falar da categoria mais competitiva e imprevisível do judo masculino

Embora como outsider, pelos seus resultados recentes, a sua ambição, potencial e capacidade, Egutidze é encarado como um dos mais fortes candidatos a furar o favoritismo de outros atletas.

 

Por fim, Jorge Fonseca, 7º da hierarquia mundial é, sem dúvida, um dos mais explosivos e tecnicamente desenvolvidos do Mundo, na sua categoria. O seu judo é entusiasmante e apreciado um pouco por toda a parte.

As múltiplas medalhas em competições do circuito mundial impõem respeito e é rara a competição em que não o vemos no top 5.

Não há dúvidas que Fonseca é um dos mais fortes candidatos às medalhas, não só entre os Sportinguistas como em toda a comitiva nacional e é inegável que essa expectativa existe, mais ainda no próprio Jorge, sempre ambicioso e muito seguro de si e da sua qualidade.

Pela frente, na primeira ronda, terá Laurin Boehler, austríaco e 17º do ranking Mundial. O caminho para as meias-finais não será, contudo, tranquilo. Na final de poule espera-se um electrizante embate com um de dois gigantes da categoria; o húngaro Miklos Cirjenics e o francês Cyrille Maret.

 

A competição terá total cobertura da European Judo Union, no seu canal de youtube (link), os resultados têm actualização em directo (link) e a prova começa hoje, às 10 horas.

 

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Jorge Fonseca de ouro

O "engano" do título foi propositado. Não tive a oportunidade de acompanhar a prova de Jorge Fonseca em directo e foi com grande satisfação que só esta noite soube de mais uma medalha, um ano após a última em provas do World Tour (Paris, a 12 de fevereiro de 2017).

A medalha foi de bronze mas a prestação foi de ouro. Com Jorge Fonseca há sempre espectáculo garantido. Não sou um expert em judo mas sou um apaixonado pela técnica que a modalidade exige e o espectáculo que nos proporciona. Neste aspecto, arrisco dizer que nenhuma prova de Jorge Fonseca defrauda as expectativas que a espectacularidade da modalidade sempre mantém elevadas.

 

Foram quatro vitórias, todas por ippon em cinco combates, sendo que o combate perdido nos quartos-de-final foi o mais equilibrado, onde Fonseca dominou a maior parte do tempo, tendo perdido por um waza-ari, a menos de trinta segundos do final.

O resto? Bem, o resto foi espectáculo puro e duro do melhor judoca português da actualidade. Atenção que Fonseca não é um "tipo" qualquer no panorama do judo internacional. Fecha o top 10 da sua categoria (-100kg) e é um orgulho que seja português (nasceu em São Tomé e Príncipe), mais ainda por representar o Sporting Clube de Portugal que, recordo, é medalha de bronze nos campeonatos europeus de clubes (Golden League).

 

Voltando à prova em questão, o Grand Slam de Düsseldorf, na Alemanha, Fonseca venceu o primeiro combate em 2'50'', após uma verdadeira perseguição constante ao romeno Ionut Vasian. O segundo combate terminou em apenas 13 segundos, sendo que o atleta do Sporting levou o italiano Giuliano Loporchio duas vezes ao tapete em tão curto período de tempo. O terceiro combate é o dos quartos-de-final, já acima relatado e que levou Jorge Fonseca para a luta pelo bronze, via repescagem.

Apenas o ucraniano Anton Savytskiy separava o português do combate pelo bronze e, após algumas dificuldades com a "pega", assim que conseguiu apanhar o adversário, seguiu-se mais um espectacular ippon.

O combate pela medalha de bronze traria pela primeira vez nesta competição um adversário mais cotado. O belga Toma Nikiforov é 8º do ranking mundial e Jorge Fonseca precisou apenas de 1'01'' para dar por terminado o combate, arrebatando a medalha de bronze com mais um ippon pleno de técnica e força.

 

Parabéns ao Jorge, parabéns a Portugal e parabéns ao Sporting que, embora não vá representado nestas competições, sempre sai prestigiado com a prestação dos nossos atletas.

Recordo que Anri Egutidze foi 5º em -81kg, depois de ter perdido os dois combates do final round, após uma fase preliminar perfeita, com três vitórias, uma delas sobre o nº 3 mundial. O combate da meia-final é crucial e Anri podia ter fechado com um ippon, que acabou por ser apenas waza-ari, tendo depois sofrido um ippon a menos de um minuto do fim.

Sergiu Oleinic (que julgo ter estado lesionado até há pouco tempo) não passou do primeiro combate (2ª ronda, em -66kg), onde teve o azar de ser emparelhado com o líder da hierarquia mundial, o israelita Tal Flicker, que só conseguiu levar a melhor no ponto de ouro, com um waza-ari, 6'42'' após o início do combate.

 

Fiquem com os combates dos nossos leões:

JORGE FONSECA (Medalha de Bronze)

2ª Ronda

3ª Ronda

Quartos-de-Final

Repescagem

Medalha de Bronze

 

ANRI EGUTIDZE (5º Lugar)

2ª Ronda

3ª Ronda

Quartos-de-Final

Meia-Final

Medalha de Bronze

 

SERGIU OLEINIC (Eliminado na 2ª Ronda)

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Como os maiores da Europa...e do Mundo

Não sei se sou um homem do desporto porque sou do Sporting ou se sou do Sporting por ser um homem do desporto. Sei que tenho esta particularidade, mais comum nos Sportinguistas, de gostar de desporto e de várias modalidades, muito para lá do gosto pelo futebol.

Sou um apaixonado por futebol e foi a única modalidade que pratiquei federado mas sinto que podia ter-me igualmente apaixonado por qualquer outra, da mesma forma que me enamorei pelo "desporto rei".

Mas não é de futebol que falo hoje. Falarei de uma modalidade que me vem conquistando ao longo dos anos, muito pela qualidade dos atletas do nosso Clube, que emprestam à sua disciplina um empenho e qualidade tremendas e, porque não dizê-lo, uma beleza incomum em outras modalidades.

 

Temos campeões europeus, mundiais e olímpicos nos nossos quadros, atletas unanimemente considerados dos melhores do Mundo nas suas especialidades. Nomes como Rui Patrício, Alex Merlin, Pedro Gil, Carlos Ruesga, Patrícia Mamona, Aruna Quadri, Emanuel Silva, Madjer, Diogo Abreu, Alexis Santos, Pedro Fraga, João Costa ou Jorge Fonseca estão entre os melhores do Mundo e, para além destes, tantos outros ou mais ainda ficaram injustamente por nomear.

 

Terminei com Jorge Fonseca por ser um dos principais motivos do meu apreço pelo judo. Gosto igualmente de todos os nossos judocas, sejam do género feminino ou masculino mas, pela agressividade do seu judo, pela audácia e pela energia que transmite no tatami, Fonseca, ainda com apenas 24 anos, é o meu favorito. Fiquem com um vídeo, onde o autor o apelida de "The Killer".

Serve esta publicação para realçar os excelentes resultados que o nosso judo tem alcançado internacionalmente.

Neste mês, Jorge Fonseca foi medalha de bronze no Grand Slam de Paris e no passado fim-de-semana Anri Egutidze (20 anos) e Sergiu Oleinic (31 anos) foram 5ºs no Grand Prix de Düsseldorf.

Joana Ramos e Taciana Lima fazem, igualmente parte do projecto Sporting Olympics e são, também elas, judocas de topo. Miguel Alves (18 anos) integra já o programa olímpico e Maria Siderot promete ser a próxima.

 

Termino com as novidades que as listas actualizadas dos rankings mundiais revelam;

Sergiu Oleinic entrou ontem no top 10 mundial e é 10º na hierarquia dos -66kg.
Jorge Fonseca Manteve a 15ª posição na categoria -100kg.
Anri Egutidze subiu 52 posições no ranking de -81kg e é agora o 56º do Mundo.
Taciana Lima saiu do top 10 mundial em -46kg mas mantêm-se à porta. É neste momento 11ª.
Joana Ramos perdeu uma posição e é agora 28ª, na categoria -52kg.

Três atletas entre os 15 melhores do Mundo, uma com posição sólida nos 30 melhores e o jovem Anri em franca ascensão, no seu primeiro ano como sénior, entre outros judocas de enorme valor.

Parabéns a todos e à nossa secção de judo, que é mais um caso de sucesso no Sporting Clube de Portugal.

 

Nota: Esta publicação pode "ofender" Pedro Madeira Rodrigues

 

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A décima terá de esperar por Tóquio

"Um País Amador quer Medalhas Profissionais

Um país que está a anos luz das infraestruturas desportivas de outros países, quer medalhas olímpicas…

Um país que só pensa em futebol, quer medalhas olímpicas…

Um país que tirou horas à disciplina de educação física, quer medalhas olímpicas…

Um país que retirou a educação física da média para o ensino superior, quer medalhas olímpicas…

Um país que despreza a educação física no 1º ciclo, quer medalhas olímpicas…

Um país em que os principais eventos do desporto escolar encaixotam professores e alunos em salas de aula para dormir, quer medalhas olímpicas…

Um país onde os alunos têm cargas letivas brutais e para conciliarem a prática desportiva são obrigados a chegar a casa às 20, 21, 22 horas e ainda têm que ir estudar para o teste que aí vem, quer medalhas olímpicas…

Um país onde a maioria dos professores e pais não tem cultura desportiva, onde se marca aulas e testes em cima dos treinos do Desporto Escolar, quer medalhas olímpicas…

Um país que não gosta de desporto, gosta do “palco”, da festa, do sucesso, e prefere passar horas a discutir se foi ou não penalti, quer medalhas olímpicas…

Um país em que são os pais a suportar as despesas do sonho olímpico desde tenra idade, quer medalhas olímpicas…

Um país em que os seus atletas viajam em “low cost”, dormem nos aeroportos, são completos amadores, quer medalhas olímpicas…

Olhem para a Espanha, olhem para os Estados Unidos, olhem para Inglaterra, olhem para tantos outros e depois questionem-se se realmente queremos medalhas olímpicas…

Olímpicos, ignorem a ignorância e o ruído, sois o verdadeiro exemplo de amor à pátria e cada lágrima, cada gota de suor é cristalina, pura e honesta. Sois uns heróis e quem tem dois dedos de testa tem noção do que abdicaram para chegar onde chegaram. O meu/nosso muito obrigado!"

por Alexandre Henriques, em www.ComRegras.com

 

Aproveitei o texto do Alexandre Henriques para corroborar com a ideia de um país desfasado da realidade. Um país que, sem ter noção dos esforços e das condições disponíveis para se ser "Olimpico", pede medalhas sem saber se essa expectativa é realista. De seguida, farei o rescaldo da participação dos "Olimpicos" leoninos, e tentarei avaliar tendo em conta as expectativas que eu tinha e que acho que os próprios atletas achavam realistas.

 

Carlos Mané (211 minutos), Tobias Figueiredo (270) e Ricardo Esgaio (315) - Futebol

Portugal 2-0 Argentina
Portugal 2-1 Honduras (Tobias - GOLO)
Portugal 1-1 Argélia
Portugal 0-4 Alemanha

O trio de leões presentes no torneio olímpico de futebol fez o esperado. Passaram com mérito a fase de grupos e acabaram por cair com estrondo nos 1/4 final. Diria que, não sendo esperado cair com uma goleada, a eliminação face à Alemanha (medalha de prata na competição) não tem nada de anormal. 

 

Teófilo Gutiérrez (360 minutos) - Futebol

Colômbia 2-2 Suécia (Teo - GOLO)
Colômbia 2-2 Japão (Teo - GOLO)
Colômbia 2-0 Nigéria (Teo - GOLO)
Colômbia 0-2 Brasil 

Boa prestação de Teo Gutiérrez. 3 golos em 4 jogos e uma presença esperada nos 1/4 final, onde caiu aos pés do Brasil (medalha de ouro). 

 

João Costa - Tiro

PAC 10m - 11º
PAC 50m - 11º

João Costa teve uma prestação ao seu nível e dentro daquilo que são normalmente as suas prestações em Mundiais e Olimpíadas. Não atingiu as finais mas esteve muito perto de ambas.

 

Alexis Santos - Natação

400m estilos eliminatórias - 14º, com novo recorde nacional (4'15.84'')
200m estilos eliminatórias - 12º (1'59.37'')
200m estilos meias-finais - 12º (2'00.08'')

Alexis, como o próprio afirmou, teve uma estreia de sonho nos Jogos Olímpicos. Dois recordes pessoais (um deles fixando um novo mínimo nacional) são suficientes para perceber que se transcendeu e se apresentou na sua melhor forma de sempre, tendo atingido duas 1/2 finais.

 

Igor Mogne - Natação

100m livres eliminatórias - 45º, com novo recorde nacional de Moçambique (50.65'')

Com apenas 20 anos e em estreia nos Jogos, o Moçambicano estabeleceu um novo máximo nacional dos 100m livres e pode, também ele, orgulhar-se da sua prestação.

 

Pedro Pinotes - Natação

400m estilos - 25º (4'25.84'')

O nadador angolano falhou o objectivo de bater o recorde nacional do seu país. Na sua segunda participação olímpica, acredito que Pinotes quisesse fazer melhor, pois acabou por nadar um segundo abaixo do seu tempo de 2012 e do tempo com que se qualificou para o Rio

 

Taciana Lima - Judo

-48Kg - 9º

Apesar de experiente, a tri-campeã africana em -48Kg nunca tinha participado nas Olimpíadas. Perdeu ao primeiro combate, no ponto de ouro, por falso ataque, com uma das medalhadas de bronze. O combate poderia ter caído para qualquer dos lados e Taciana pode certamente estar orgulhosa da sua prestação.

 

Joana Ramos - Judo

-52Kg - 9º

Depois de em Londres não ter passado da 1ª ronda, conseguiu desta feita atingir o segundo combate. Venceu a ronda inaugural por ippon, a vantagem máxima do judo e perdeu no segundo combate, provando do veneno que havia dado à sua adversária no combate de abertura. Uma imobilização fez com perdesse por ippon a menos de um minuto do final do combate, onde muitas vezes esteve por cima. Depois do calvário de lesões que chegaram a deixá-la fora do projecto olímpico, arrisco dizer que a Joana esteve ao seu melhor nível e teve uma boa prestação, não sendo de ignorar o facto de ter "caído" frente à nº 5 mundial, uma judoca que só foi eliminada no combate pela medalha de bronze.

 

Sergiu Oleinic - Judo

-66Kg - 9º

Em estreia nos Jogos Olímpicos, Oleinic tinha ambição de chegar longe e provou o seu valor quando ao primeiro combate eliminou o nº4 mundial e um dos principais candidatos às medalhas. No segundo combate, frente a um adversário menos cotado, Sergiu dominou praticamente todo o combate, tendo mesmo estado a poucos segundos de conseguir um yuko (a terceira maior vantagem no judo). O jogo acabou por não se decidir nos 5 minutos e foi para o ponto de ouro, onde após uma tentativa de ataque imprudente, acabou projectado, perdendo por ippon. Dada a sua juventude, Oleinic esteve bem na sua estreia e esperam-se ainda melhores resultados em Tóquio 2020.

 

Jorge Fonseca - Judo

-100Kg - 17º

Também em ano de estreia, Jorge Fonseca entrou em grande nos Jogos. Eliminou o seu primeiro adversário por ippon em apenas 9 segundos e calhou-lhe em sorte o nº 5 mundial na eliminatória seguinte. Fonseca lutou com todas as suas forças para acabar com o combate na primeira metade do mesmo. Atacou, atacou, atacou, até que ficou exausto e demasiado exposto à maior frescura do checo, que venceu por waza-ari (a segunda maior vantagem do judo) nos minutos finais do combate, acabando depois por se sagrar campeão olímpico. No judo, a diferença entre um medalhado e um 9º classificado é, por vezes, nenhuma. Fonseca esteve muito bem e tem tudo para melhorar numa 2ª participação.

 

Gastão Elias - Ténis

2ª Eliminatória Singulares vs Thanasi Kokkinakis - 7-6 (7-4) e 7-6 (7-3)
3ª Eliminatória Singulares vs Steve Johnson - 3-6 e 4-6

1ª Eliminatória Pares vs Andrej Martin / Igor Zelenay - 6-4 e 6-2
2ª Eliminatória Pares vs Daniel Nestor / Vasek Pospisil - 1-6 e 4-6

Nunca o ténis nacional havia vencido uma partida nos Jogos Olímpicos. Gastão, por jogar antes de João Sousa, teve o privilégio de ser o primeiro a conseguí-lo. Uma vitória em singulares e outra em pares pode dizer-se que foi uma boa prestação, até porque foi eliminado por um adversário com melhor ranking.

 

Aruna Quadri - Ténis de Mesa

2ª Eliminatória Singulares vs Yang Wang - 4-1 (11-4; 7-11; 11-7; 11-9; 11-6)
3ª Eliminatória Singulares vs Chih-Yuan Chuang - 4-0 (11-6; 12-10; 11-6; 11-7)
4ª Eliminatória Singulares vs Timo Boll - 4-2 (12-10; 12-10; 11-5; 3-11; 5-11; 11-9)
Quartos-de-Final Singulares vs Long Ma - 0-4 (4-11; 2-11; 6-11; 7-11)
1ª Eliminatória Pares vs China (Long Ma) - 0-3 (1-3 - 6-11; 3-11; 11-5; 2-11)

Aruna foi a grande surpresa do torneio olímpico de ténis de mesa. Tanto em singulares como em equipas, foi eliminado pelos campeões olímpicos e, após não ter conseguido vencer um set ao campeão olímpico de singulares, conseguiu-o no jogo disputado na prova por equipas, algo que nem o medalhado de prata conseguiu. Prova da grande prestação nos Jogos Olímpicos foi a subida do 40º para o 25º no ranking mundial.

 

Bode Adiodun - Ténis de Mesa

1ª Eliminatória Pares (com Segun Toriola) vs China (Zhang Jike e Xu Xin)) - 0-3 (0-3 - 5-11; 6-11; 5-11)

Abiodun entrou apenas na prova por equipas e alinhou apenas no jogo de pares, perdido por 3-0, frente aos campeões olímpicos.

 

Jessica Inchude - Atletismo (lançamento do peso)

36ª (última) - 15.15m

Com apenas 20 anos, Jessica estreou-se nos Jogos e acusou a pressão do evento. Esteve abaixo daquilo que fez em todo o ano de 2016, onde as suas melhores marcas ultrapassam em quase um metro aquela que conseguiu fazer no Rio. Podia ter sido melhor, mas a guineense é muito jovem e voltará mais experiente em Tóquio.

 

João Vieira - Atletismo (Marcha)

20Km - 31º - 1.23'03''
50Km - Desistiu

Na sua 5ª participação em Jogos Olímpicos e com 40 anos, João Vieira apresenta ainda um nível interessante. Fez uma marca dentro daquelas que lhe são hoje habituais nos 20km marcha e teve uma prestação dentro do esperado. Nos 50km marcha acabou por desistir e talvez devesse ter apostado apenas numa das duas vertentes da marcha.

 

Lorene Bazolo - Atletismo (100m e 200m)

Elim. 100m (11.43s)
Elim. 200m (23.01s) Recorde Pessoal

Boa prestação de Lorene Bazolo, na sua primeira participação enquanto portuguesa. A atleta do Sporting havia participado em 2012, mas apenas nos 100m, onde fez meio segundo a mais do que a marca que apresentou este ano nas Olimpíadas. Com o recorde nacional dos 100m batido há dois meses, melhorou a sua marca pessoal nos 200m e aproximou-se do recorde nacional português.

 

Patrícia Mamona - Atletismo (Triplo Salto)

Elim. 9º (14.18m)
Final 6º (14.65m) Recorde Nacional

Patrícia Mamona era uma das maiores esperanças nas medalhas. Precisava, para isso, de se superar. Fê-lo, bateu novamente o recorde nacional, mas o nível da final foi muito elevado. Foi 6ª, a apenas 9 centímetros da medalhada de bronze e pode orgulhar-se disso, tendo a certeza que orgulhou os Sportinguistas.

 

Sviatlana Kudzelich - Atletismo (3000m obstáculos)

Elim. 22º (9'32.93'')

A bielorussa tem mantido um nível constante ao longo dos últimos 4 anos. Esteve nos Jogos de Londres, onde foi 34ª com uma marca meio minuto acima da que realizou este ano. Melhorou a marca com que venceu os 3000m obstáculos na Taça dos Campeões Europeus e julgo que fez uma prova dentro das expectativas, tendo ficado a apenas 5 segundos do seu recorde pessoal que já vem desde 2014.

 

Cátia Azevedo - Atletismo (400m)

Elim. 31º (52.38'')

Com apenas 22 anos, Cátia fez a sua estreia nos jogos, apenas dois meses após se qualificar com uma nova marca nacional da distância. Ficou a menos de um segundo do seu recorde nacional e acho que foi uma boa estreia para ganhar experiência e voltar mais forte daqui a 4 anos.

 

Sara Moreira - Atletismo (Maratona)

Desistiu

Sara foi uma das maiores desilusões da comitiva leonina no Rio. Nem tanto pelo resultado mas por ter marcado presença sem estar em condições de sequer terminar a prova. Percebo que um atleta se ache sempre em condições mas era praticamente impossível debelar uma lesão como a que a Sara apresentava em tão pouco tempo.

 

Jéssica Augusto - Atletismo (Maratona)

Desistiu

A Jéssica terá sentido a falta da Sara visto que, certamente, teriam até uma estratégia conjunta. No entanto, é sempre uma desilusão não ver o esforço levado, pelo menos, até ao ponto de terminar a prova.

 

Vera Barbosa - Atletismo (400m barreiras)

Elim. 32º (57.28'')

Uma lesão recente impossibilitou Vera de se apresentar ao mais alto nível. Foi à justa que conseguiu apresentar-se em maio na Taça dos Campeões Europeus de Clubes e é até injusto comparar com os tempos do passado.

 

Sharolyn Scott - Atletismo (400m berreiras)

Elim. 39º (58.27'')

A costa-riquenha tem uma carreira pautada pela irregularidade. Já correu a distância em pouco mais de 16 segundos, mas o tempo apresentado no Rio está dentro das marcas de 2016.

 

Marta Onofre - Atletismo (Salto com Vara)

Elim. 24º (4.30m)

Em estreia nos Jogos Olímpicos, a nova recordista nacional ficou longe do seu recorde pessoal. Seria realista ultrapassar pelo menos mais uma fasquia mas pode ter-se deixado afectar pela emoção de estar no maior evento desportivo do Mundo. Com 25 anos, não foi certamente a sua última presença nos Jogos.

 

Maria Leonor Tavares - Atletismo (Salto com Vara)

Elim. 29º (4.15m)

Maria Leonor Tavares partiu para os jogos com o objectivo de recuperar o seu recorde nacional, retirado pela colega de equipa mas desiludiu. Ficou uma fasquia abaixo de Marta Onofre e podia ter feito melhor, visto que já este ano saltou 4.50m e estava na sua segunda participação olímpica.

 

Diogo Abreu - Ginástica (Trampolim)

Qual. 16º (55.855p)

Apesar de todas as condicionantes de uma estreia olímpica, Diogo Abreu tinha claras hipóteses de estar na final da competição. Tal não foi possível por ter falhado completamente no segundo elemento da segunda ronda. O 16º lugar na competição de trampolins não reflecte o seu valor nem faz juz ao seu 8º posto na hierarquia mundial. O Diogo falhou mas merece a solidariedade de todos nós.

 

Francisca Laia - Canoagem (K1 200m)

Elim. 8º (41.368'')
1/2 final. 15º (41.573'')
Final B 8º (42.695'')
Class. Final 16º

Na sua primeira participação olímpica, Francisca não escondeu que iria para ganhar experiência. O apuramento surgiu à última da hora mas isso não a impediu de dizer que queria estar na final. Ficou-se pelas meias-finais e um honroso 16º lugar.

 

Emanuel Silva - Canoagem

K2 1000m - Elim. 4º (3'26.284'')
K2 1000m - 1/2 final. 1º (3'18.099'')
K2 1000m - Final. 4º (3'12.889'')
K4 1000m - Elim. 4º (3'01.498'')
K4 1000m - 1/2 final. 2º (2'48.233'')
K4 1000m - Final. 6º (3'07.482'')

Duas finais, um 4º lugar e um 6º devem orgulhar o canoísta do Sporting. É lógico que o objectivo (assumido) eram as medalhas mas não se pode falar em fracasso quando se esteve na luta por elas. Sobretudo no K2 (onde havia ganho a prata em Londres), nova medalha não foi possível por 3 décimos e temos de nos lembrar que, como nós queremos, outros também querem e treinam para as medalhas e ainda há a condicionante do Emanuel ter mudado de parceiro após Londres. Foi triste não chegar lá (como o comprovam as lágrimas dos nossos canoístas) mas há que ter o sentimento de dever cumprido.

 

No geral, e fazendo um balanço global, diria que foi uma prestação positiva. A maioria esteve ao seu nível habitual ou transcendeu-se e é isso que se pede nos grandes certames. Destaco apenas 4 atletas, porque o merecem. Alexis Santos, Emanuel Silva, Aruna Quadri e Patrícia Mamona conseguiram, na minha opinião, as participações com mais visibilidade e mérito mas os meus parabéns vão para todos os 31 que lá estiveram.

 

A 10ª ficará guardada para Tóquio, daqui a quatro anos.

 

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Agenda Olímpica Leonina

Rio 2016 7.png

Joana Ramos, caso passe à 3ª Fase, disputará com a chinesa Yingnan Ma a presença nos quartos-de-final (19:45h), disputando-se as rondas seguintes até ao final do dia, onde se discutirão as medalhas, com transmissão em directo na SPORT TV 5.

Sergiu Olienic, caso passe à 3ª Fase, disputará os jogos seguintes a partir das 19:30h, até que se discutirão as medalhas, com transmissão em directo na SPORT TV 5.

 

Para além dos nossos leões e leoas olímpicos(as), entram ainda em acção os seguintes atletas portugueses:

 

TÉNIS DE MESA (2ª Ronda Singulares Femininos), às 13:00h, com transmissão em directo na RTP 2

FU YU vs Nanthana Komwong

 

TÉNIS (1ª Ronda Singulares Masculinos), às 14:45h.

JOÃO SOUSA vs Robin Haase

 

CANOAGEM (Eliminatórias C1), às 16.30h, com transmissão em directo na SPORT TV 1.

JOSÉ CARVALHO

 

GINÁSTICA (Artística Singular Feminina - Qual.), à 0:30h de dia 8, com transmissão em directo na SPORT TV 3.

FILIPA MARTINS

 

TÉNIS DE MESA (3ª Ronda Singulares Masculinos), à 1:00h de dia 8, com transmissão em directo na SPORT TV 5.

MARCOS FREITAS

 

A RTP fará a cobertura em sinal aberto da competição mas não detalha as transmissões, daí eu dar preferência às transmissões da SPORT TV. Vão espreitando na RTP nos horários em que entram em acção os portugueses, pois costumam dar prioridade às transmissões dos 'nossos'.

 

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Em que lugar está o Sporting?

FUTEBOL - SENIORES A

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RÂGUEBI - SENIORES

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FUTSAL FEMININO - SENIORES

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BASQUETEBOL FEMININO - SENIORES

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DESPORTO ADAPTADO (TÉNIS DE MESA - MUNDIAL ITTADS)

JOÃO SOLDADO - Campeão do Mundo de Singulares Masculinos
JOÃO SOLDADO - Medalha de Bronze em Pares Masculinos

JUDO (GRAND PRIX DE JEJU)

SERGIU OLEINIC - 7º
JOANA RAMOS - Eliminada

GINÁSTICA (CAMPEONATO DO MUNDO)

DIOGO ABREU - 12º em trampolim sincronizado
DIOGO ABREU - 21º em trampolim individual
SÍLVIA SAIOTE - Eliminada

KARATÉ (BATTLE OF THE TEAMS)

HENRIQUE FARINHA, HUGO PINA e RODRIGO PINA - Medalha de Prata Seniores
IGOR CARNEIRINHO, RUVEN FERREIRA, BERNARDO MARTA e RAFAEL FERNANDES - Medalha de Prata Juniores

BOXE (CAMPEONATO NACIONAL)

SPORTING CP - 2º no Nacional por Equipas
RUI BARROS - Campeão Nacional 60kg
BRUNO PEREIRA - Campeão Nacional 75kg

TRIATLO (CAMPEONATO NACIONAL DE TRIATLO LONGO)

TAMÁRA BRANCO - 3º Escalão Sub-23 (6h5m49s)
JOÃO GÓIS - 6º Escalão V2 (5h29m8s)
BRUNO BASTOS DA SILVA - 9º Escalão V1 (5h14m33s)
JOÃO MATOS - 12º Escalão Seniores (5h9m48s)

Em que lugar está o Sporting?

FUTEBOL - SENIORES (Equipa principal)

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FUTEBOL - SENIORES (Equipa B)

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FUTEBOL - JUNIORES

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FUTEBOL - JUVENIS

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FUTEBOL - INICIADOS

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FUTSAL - SENIORES

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ANDEBOL - SENIORES

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HÓQUEI EM PATINS - SENIORES

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TÉNIS DE MESA - SENIORES

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POLO AQUÁTICO - SENIORES

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RÂGUEBI - SENIORES

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FUTSAL FEMININO - SENIORES

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BASQUETEBOL FEMININO - SENIORES

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JOGOS PARALÍMPICOS 2016

LUÍS GONÇALVES (Medalha de Ouro na prova de 400m T12 - 49,67 seg)
GABRIEL POTRA (13º na prova de 100m T12 e 9º no salto em comprimento T12 - 5.92m)
HUGO CAVACO (8º na prova de 400m T13 - 52.62 seg)
EDUARDO SANCA (11º na prova de lançamento do disco F11 - 35.13m)

TAÇA DO MUNDO DE TRAMPOLINS (LOULÉ)

DIOGO ABREU E TIAGO LOPES (8º em trampolim sincronizado - 85.800 na final)
DIOGO ABREU (6º em trampolim individual - 56.125 na final)
PEDRO FERREIRA (18º em trampolim individual - 103.200)
SÍLVIA SAIOTE (25º em trampolim individual - 93.765)

ATLETISMO (MARATONA DE NOVA IORQUE)

SARA MOREIRA (4º - 2h25m53s)

JUDO (GRAND SLAM ABU DHABI)

SERGIU OLEINIC (7º em -66kg)
JOANA RAMOS (eliminada)

 EUROCKEY 2015 (SUB-15)

SPORTING CP 2-3 Sentmenat
SPORTING CP 3-4 Follonica
SPORTING CP 19-0 Wolfurt
SPORTING CP 6-0 Herne Bay
SPORTING CP 2-2 (0-1 g.p) Saint Omer
SPORTING CP 4-2 Seynod
10º lugar

Será um prenúncio?

Quis a sorte que a partir de amanhã, dia 22 de agosto se disputem em Pequim os Mundiais de Atletismo, seguidos dos Mundiais de Judo, com início a 24 deste mesmo mês.

Falei em sorte, porque precisamente durante este período se celebra uma efeméride importantíssima: a que assinala os melhores Jogos Olímpicos de sempre para atletas do Sporting.

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Três medalhas olímpicas em 6 dias não está ao alcance de qualquer clube mundial.

Quem sabe se, na próxima semana, não se escreverá mais história.

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Boa sorte aos nossos atletas! Peço apenas que dêem o melhor e se superem, com esforço e dedicação.

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