Enfim, fechou o mercado
Circulava desde o início da pré-temporada o desejo de Jorge Jesus em não perder mais de dois jogadores fundamentais. Assim foi.
João Mário (Inter - 40M€) e Islam Slimani (Leicester - 30M€) deixam 70 milhões de euros nos cofres de Alvalade, que podem vir a ser 80. Convém não esquecer que 25% da venda de João Mário vão para o Quality Football Ireland Limited (10 milhões) e 20% da mais-valia da venda de Slimani vão para o seu antigo clube, o Belouizdad (5,940 milhões).
Um valor recorde para o Clube e as duas maiores vendas de sempre do Sporting Clube de Portugal (a terceira é Nani - 25M€).
Num patamar inferior, é de elogiar a venda de Naldo por 4,5 milhões de euros, depois de o termos adquirido no ano passado por 3 milhões.
Desde o início que me sentia tranquilo quanto a este período de transferências. Tinha a certeza que Bruno de Carvalho quer ser campeão e, para isso, não iria certamente vender metade da equipa titular. O desejo de Jesus não só era de valorizar como seria um dos maiores passos para fazer do Sporting campeão.
Fora isto, havia que tentar reforçar posições deficitárias, dotando a equipa de mais e melhores opções para atacar todas as frentes desta época.
Era no reforço do plantel que estava o foco, tendo a certeza que havia mercado para qualquer um dos mais cotados jogadores do Sporting.
Desde o início se percebeu que João Mário e Slimani eram os mais prováveis encaixes para depois se atacar o mercado. O timing, tardio para uns e perfeito para mim, teve o condão de não nos deixar "descalços" antes de um clássico importantíssimo que antecedia uma paragem para as selecções, ideal para integrar os novos reforços.
Tudo correu como esperado e, melhor que as vendas foi a forma como se apetrechou o plantel com jogadores de clara valia e que aumentarão em muito a profundidade, qualidade e competitividade do plantel.
Confesso-me surpreendido com a nossa capacidade e a qualidade com que o fizemos. Jogadores como Bas Dost, Douglas, Campbell, Markovic, André, Castaignos e Elias vêm emprestar muita qualidade e um vasto leque de opções a Jorge Jesus.
Ficou a faltar, para mim, um defesa esquerdo mas, às tantas, depois destes primeiros dois meses da época, Jesus achou que o que tinha servia. Eu acho que pode ser curto mas é impossível apontar isto como um erro quando este defeso foi, indiscutivelmente, o melhor de sempre.
Num plano diferente, as rescisões de Labyad, Aquilani, Cissé, Dramé, Zezinho, Kikas, Luís Ribeiro, Mica Pinto e Jorge Silva, são excelentes notícias. Uns porque eram 'pesos mortos', outros porque não corresponderam e a maioria porque precisava de seguir o seu caminho, após muitos anos de Sporting.
Para terminar, o desejo de rápida integração dos reforços e a certeza que temos um plantel forte para encarar de frente todas as competições.
Um plantel talvez demasiado longo e no qual 2/3 jogadores terão certamente poucos minutos mas que, espero, Jesus saiba gerir com mestria.
Eu quero o Sporting campeão!