Espero que a procissão ainda vá no adro
Começo por pedir desculpa a todos os leitores do blog por não ter actualizado os resultados, nem o relatório sobre os emprestados. A vida familiar tem sido mais exigente e não tem sobrado tempo nem para dormir.
Vamos agora ao tema que marca a actualidade desportiva nacional, mesmo que não faça na nossa comunicação social o eco que deveria. O "1º Ministro", sabe-se agora com maior grau de certeza, controla todos os "padres" e escolhe os mais "amigos" para celebrar as suas "missas".
Para os mais distraídos, explico a mesnsagem codificada. Sim, o Benfica, através de pessoas que o servem, cometendo ilegalidades várias, escolhe árbitros, controla as suas carreiras, manda (ou, pelo menos, já mandou) no Presidente da Liga e obtém vantagem competitiva com isso.
Sim, obter vantagem competitiva por meios ilícitos dá pelo nome de corrupção e/ou tráfico de influência. Nem todos o dizem mas é a mais pura das verdades.
Mas nada disto me surpreende ou choca. Esta é apenas a confirmação daquilo que há muito os adeptos do Sporting (sobretudo) desconfiavam e denunciavam, com provas daquilo que na prática se observava deste esquema de controlo total da arbitragem portuguesa.
E agora? Agora, mesmo que nada aconteça ao Benfica ou aos directamente implicados em todo este "sistema" mafioso, estão cá fora, na praça pública, alguns dos motivos que fabricaram o "tetra".
Agora é ver os lampiões a fazer contorcionismo por forma a não terem de desvalorizar cada ida ao Marquês.
Agora é ver que, inevitavelmente, os títulos que ganharam terão o mesmo valor dos do Porto, alimentados a putas e café com leite.
Valerá a pena aguardar com expectativa por um desfecho justo, ao contrário do que aconteceu com o Porto e o seu presidente?
Não, não vale. O "polvo" estende a sua teia de influência bem mais longe do que aquilo que se pensa. Não se limita a ter do seu lado os "padres" que decidem os resultados das "missas". O Ministério Público já revelou que abriu um inquérito. Mesmo a tempo de serem eliminadas ou ocultadas provas. Mesmo a tempo de, também aqui, jurídica e criminalmente se passar uma esponja sobre o assunto.
Mas a memória popular, essa, não há esponja que a apague. Este será sempre o tetra da treta, com a ajuda do amigo Mota e restantes "padres" amigos, suportados por tudo um conselho de arbitragem alinhado e manietado pelo "1º Ministro", Luís Filipe Vieira e os seus moços de recados.
Espero pelas cenas dos próximos capítulos, por curiosidade, para ver até que ponto isto pode ir e até que ponto as provas são ou não ainda mais incriminatórias. Tomara que pudesse fazer-se justiça e, de uma vez por todas, iniciar uma reforma naquilo que é o dirigismo desportivo em Portugal e naquilo que os intervenientes pensam para o negócio na sua globalidade. Mas, por agora, este não passa de um cenário idílico.
Para a semana há mais...