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Grande Artista e Goleador

A preparação do ataque à Europa

 

A estrutura do futebol feminino identificou a falta de experiência como factor principal do insucesso da época passada na fase de grupos da Champions League.

A contratação de Nevena Damjanović vai ao encontro do reforço dessa experiência. A sérvia vem do Fortuna Hjørring, que reparte a hegemonia no campeonato dinamarquês com o Brondby e foi campeã em dois dos três anos passados num campeonato bem mais competitivo que o português. Junta isso à tão necessária experiência de Champions, em fases mais adiantadas da prova. Embora não actue numa das selecções de primeira linha do futebol feminino europeu, é inegável que acresce experiência ao nosso sector mais recuado (Nevena é defesa central).

Carolina Mendes vem, por assim dizer, colmatar a saída de Ana Leite, que infelizmente se revelou uma contratação completamente falhada na temporada anterior. Mendes é internacional portuguesa e joga no estrangeiro há vários anos, acumulando experiência em campeonatos mais competitivos. Foi talvez a jogadora nacional em maior destaque na histórica presença portuguesa no Europeu, no ano passado, marcando dois dos três golos que Portugal apontou na prova.

 

Voltando à questão do falhanço (assumido) do ano passado na Champions, a minha opinião é que não foi apenas experiência que nos faltou. Faltou-nos ritmo competitivo, fruto de um planeamento com pouca competição. Este ano voltámos a assumir esse risco, desta vez calculado e temo que a nossa preparação possa voltar a não ser suficiente para marcar presença entre as 32 melhores equipas europeias.

Não se trata de apontar o dedo ou desconfiar das decisões da equipa técnica liderada por Nuno Cristóvão mas parece-me que finalmente o Sporting podia ter tido uma pré-época que aproximasse mais a equipa dos adeptos e até que proporcionasse a todos nós uma apresentação condigna aos sócios em Alvalade, com um adversário de Champions, que nos colocasse à prova.

Em vez disso, a equipa tem-se preparado no recato da Academia enquanto que, a quinze dias do primeiro embate na Champions, os nossos adversários directos se preparam a doer.

 

A equipa norueguesa do Avaldsnes IL tem duas passagens tranquilas aos 16avos-de-final nas duas épocas transactas na Champions League. São uma equipa com experiência e sucesso nesta fase da prova.

Partem como naturais favoritas à passagem à fase a eliminar, embora venham a fazer uma época bastante fraca. Estão em 9º no campeonato norueguês, tendo vencido apenas quatro dos treze encontros até agora disputados. Embora o campeonato esteja em plena pausa de verão, regressará uns dias antes do primeiro jogo europeu, pelo que serão também, provavelmente, a equipa mais bem preparada fisicamente, dada a fase mais adiantada da temporada. Quem não regressará é a internacional brasileira Francielle Alberto (Fran). A médio centro canarinha, uma das várias brasileiras da equipa, informou que não regressaria das férias no Brasil, deixando as norueguesas "na mão" e com uma baixa para o que aí vem.

 

As croatas do ZNK Osijek são presença assídua na fase de grupos da Champions, de onde não passam desde 2014. Parecem-me uma equipa ao nosso alcance mas que está a caprichar na preparação, com uma sequência de três particulares com equipas que estarão na fase de grupos da Liga dos Campeões feminina.

Começaram por bater Olimpija Ljubljana por 4-0 para depois saírem derrotadas pelo Spartak Subotica, pelo mesmo resultado. Hoje defrontarão o MTK, da Hungria, nosso adversário da fase de grupos do ano passado.

Para além disto, terão do seu lado o factor casa, visto que serão anfitriãs do grupo 10 de qualificação.

 

Por fim temos as macedónias do ZFK Dragon 2014 que, em princípio, são a equipa mais fraca do grupo. Apesar de se terem reforçado para esta temporada, fizeram-no sobretudo com jovens jogadoras e duvido que estejam ao nosso nível. Iniciaram a preparação no dia 1 deste mês e prometem chegar em forma à competição.

 

Tal como no ano passado, o Sporting inicia a competição com a equipa mais forte (7 de agosto), seguindo-se a equipa da casa (10 de agosto), para terminar com a menos favorita das quatro integrantes do grupo 10 (13 de agosto).

Espero que as novas jogadoras estejam a integrar-se bem e possam ser determinantes para esta época, que se quer ainda mais bem sucedida que as anteriores. Tomara que a preparação se revele a mais adequada e não venha a confirmar os meus receios.

Confio a 100% na qualidade do nosso grupo, colectiva e individualmente. Se as pernas responderem à altura, faremos história.

 

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Para o ano há mais

O Sporting fechou a participação na Liga dos Campeões com uma vitória por números esclarecedores, mostrando que a equipa tinha valor para ir mais além.

A derrota no primeiro encontro desta fase de grupos acabou por ser fatal e, agora, sabendo como tudo terminou, podemos até afirmar que nem o empate no jogo inaugural nos seria suficiente para assegurar a qualificação enquanto melhor segundo classificado.

O Zurique reserva assim a última vaga de acesso à fase a eliminar da prova, com sete pontos (quatro deles nos jogos entre o 1º e o 3º do seu grupo - o Sporting apenas fez três) e um goal-average que suplanta o nosso em dois golos (seríamos eliminados por um golo, em caso de empate na 1ª jornada).

A prestação na prova máxima da UEFA mostra que é preciso fazer ainda mais para subir para o patamar das melhores da Europa, sendo que ficou evidente que a qualificação para os 16-avos de final estava perfeitamente ao nosso alcance.

Perder faz parte do desporto e do processo de aprendizagem que nos leva a melhorar. Não coloco nada em causa com esta eliminação e, como no futebol feminino não há desculpas, há que ganhar tudo o que falta para que a época seja bem sucedida.

Quanto à Champions...para o ano há mais.

 

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Prontas para a luta...e à espera dos nossos amigos do MTK

1º - Ganhar!

2º - Esperar que o MTK também vença.

3º - Esperar que o goal-average dos jogos entre os 3 primeiros do grupo nos seja favorável.

4º - Festejar a passagem aos 16-avos de final da Liga dos Campeões

5º - Ter a noção de que a nossa parte é, provavelmente, a mais fácil de todas estas.

 

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Ainda há história para escrever, leoas

Apesar de nos termos atrasado, ao perder no primeiro jogo desta qualificação (resumo) para a fase a eliminar da Champions League feminina, ainda há história por escrever.

Hoje, às 16 horas, o Sporting procura a primeira vitória de sempre na competição e, se Diana Silva foi a primeira jogadora a marcar pelas leoas na maior prova de clubes da Europa, falta saber quem marcará os golos que nos darão os primeiros pontos na prova, de preferência três, que alimentarão as nossas diminutas esperanças de apuramento para os 16-avos de final da Liga dos Campeões.

 

O adversário de hoje é a equipa da casa, o MTK Budapeste.

As húngaras venceram o primeiro jogo e estão em posição de partir para a última jornada dependendo apenas de si para se qualificarem para a fase seguinte da prova.

Uma vitória da nossa parte levará para a última jornada três equipas com reais hipóteses de se apurar para a fase a eliminar (assim, teríamos de vencer o último jogo e esperar que o MTK derrotasse BIIK Kazygurt, decidindo-se tudo no goal average nos jogos entre as três equipas).

 

Contas à parte, há a verde-e-branca para honrar e os três pontos para conquistar e tenho a certeza que nenhuma das nossas jogadoras deixará de "comer a relva".

Boa sorte e vamos a elas!

 

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BIIK-Kazygurt 2-1 SPORTING CP: Detalhes que fizeram a diferença

Não vale a pena mentir: este era O JOGO. Aquele em que teríamos de, pelo menos, não perder para manter intactas as aspirações a marcar presença na fase seguinte da Liga dos Campeões.

O expectável é que as cazaques vençam os restantes dois jogos mas, mesmo que acabem por escorregar com a equipa da casa, por exemplo, nós teremos de vencer os nossos jogos, garantindo a melhor diferença de golos do grupo.

Não podemos negar que a nossa permanência na competição para além desta fase preliminar ficou comprometida com uma derrota. Teríamos de recuar a 2014/15 para encontrar uma equipa que se tenha qualificado com 6 pontos. Curiosamente foi precisamente o Ouriense, a única equipa portuguesa a conseguir passar a fase preliminar em toda a história da competição. No entanto, é importante dizer que passaram graças à vantagem no confronto directo, factor que já perdemos para o grande favorito à vitória no nosso grupo.

 

Não consegui ver o jogo. Acompanhei os primeiros minutos via facebook, através da página oficial do nosso futebol feminino mas não tive oportunidade de ver para além do golo da Diana Silva.

Assim sendo, vou abster-me de comentar o que quer seja relativo ao que se passou em campo mas, observando apenas os dados estatísticos da partida, há uma coisa que me salta à vista.

Não são os remates, onde equilibrámos, nem os cantos, onde também estivemos a par da equipa do Cazaquistão. Uma equipa que precisa de controlar o adversário, em momentos de aperto, tem de recorrer mais à falta. Só falo nisto porque é um "defeito" que já vinha da temporada passada. 

O BIIK travou em falta as jogadoras do Sporting por 24 vezes. As nossas leoas foram "mansinhas" e raramente recorreram à falta para travar as adversárias. 8 faltas é muito pouco em 90 minutos. Nenhuma equipa pode fazer menos de 10 faltas, a menos que domine por completo o jogo e goleie.

 

Seja como for, há mais dois jogos para dar tudo pelo nosso emblema, e esperar que os astros se alinhem para que continuemos a fazer história.

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Em busca de afirmação europeia

Nuno Cristóvão, treinador do Sporting foi ambicioso e traçou, para além da passagem desta fase de qualificação, o objectivo de atingir os quartos-de-final da competição.

O caminho para estar, pelo menos, entre as melhores equipas europeias começa hoje, frente ao BIIK-Kazygurt, do Cazaquistão.

O destino final será Kiev, no Valeriy Lobanovskiy Dynamo Stadium, onde apenas duas equipas lutarão pelo título de melhor equipa feminina da Europa.

O Lyon é o actual (bi)campeão da competição, onde as alemãs são dominantes, com 9 vitórias no total, 4 delas do FFC Frankfurt, o vencedor máximo da prova.

 

Hoje, às 16 horas de Portugal continental, as leoas começarão a caminhada rumo a algo que só uma equipa portuguesa conseguiu. O Atlético Clube Ouriense, há três épocas, foi a única equipa portuguesa a estar presente na fase a eliminar da prova, tendo ficado pelo caminho com um agregado negativo de 0-9, nos 16-avos de final, frente às dinamarquesas do Fortuna Hjørring.

Nesta eliminatória participaram Joana Marchão e Diana Silva, duas das leoas já com experiência nesta competição.

Solange Carvalhas, a capitã de equipa, revelou ao Expresso a enorme satisfação em fazer parte deste projecto: "Na verdade, é difícil colocar por palavras o que sinto neste momento. Estou a viver um sonho, jogo no clube do meu coração, ganhei tudo no primeiro ano e estar na Liga dos Campeões é a cereja no topo do bolo. Temos um grupo muito forte e para mim é uma honra poder liderá-lo neste momento. Sinto-me uma afortunada por estar a viver este momento, com uma estrutura desta dimensão a depositar esta responsabilidade e confiança em mim."

 

As cazaques, nosso adversário de hoje, foram até aos oitavos-de-final na temporada passada, onde foram eliminadas pelas francesas do PSG, finalista vencido da prova.

Serão provavelmente o mais forte adversário desta fase preliminar e um resultado positivo hoje será decisivo para que marquemos presença na fase seguinte da prova.

 

Força, leoas!

 

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