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Grande Artista e Goleador

Hoje joga o Sporting

Hoje fui buscar um atlas, antes dos miúdos acordarem. O mais velho só tem quatro anos mas percebe a importância do Sporting para mim. Respeita essa paixão e tenta cultivar nele o mesmo amor. Fá-lo para me agradar, mas um dia sentirá por este Clube uma paixão desmedida, capaz de mover montanhas para tocar o céu. Uma paixão que o deixará eufórico nas maiores alegrias e deprimido nas maiores adversidades. A paixão que o guiará, se ele quiser, por toda uma vida de fervor leonino que valerá tanto ou mais a pena do que a de todos nós.

Pois bem, ele acordou e eu mostrei-lhe o atlas, com a perfeita noção de que é inteligente o suficiente para reter um conjunto de coisas que lhe farão crescer o "bichinho".

 

"Filho, isto aqui é a Europa e cada um destes espacinhos é um país. Hoje, o Sporting pode vir a ser o melhor da Europa, em futsal. Basta ganhar um jogo e seremos os melhores de todos estes países."

"Vamos ganhar! Vou gritar tão alto que eles vão correr mais, saltar mais e marcar mais golos"

 

Ele sabe que nós somos importantes. Sabe que a nossa força define a força com que os nossos lutam em campo. Sabe que nós não vamos só ver... vamos apoiar!

Sabe que a nossa voz, esteja ela em que parte do Mundo estiver, servirá de alimento à força daqueles que, em campo, lutam por um Sporting melhor, maior, vitorioso.

Sabe isto tudo com a noção que há mais do que um resultado possível mas eu, eu sei que hoje o resultado só pode ser um.

Porque vocês, mais do que ninguém, merecem ser os melhores de todos aqueles países. Merecem atingir o céu ao serviço do Sporting e mostrar a estes miúdos que o Sporting não é apenas tão grande como os maiores da Europa mas pode, também ele, ser o maior, o melhor!

 

Hoje não seremos cinco, catorze, vinte e um e muito menos três milhões e meio. Hoje seremos um e vamos lutar com todas as nossas forças e fazer o nosso melhor para chegar ao topo da Europa.

 

Foto de Sporting Clube de Portugal - Futsal.

 

O Sporting não é só futebol mas hoje também há futebol. Num fim-de-semana que tem decorrido dentro das melhores previsões, com vitórias catadupa, resta terminar em beleza, com uma vitória no voleibol, que nos coloque na frente da final, mais três pontos no futebol feminino, que nos aproximem do bi-campeonato, o tão desejado título europeu de futsal, que há tanto tempo perseguimos e uma vitória com o Boavista, que nos mantenha na luta por todos os objectivos no futebol.

 

Parece pedir muito, mas ontem a equipa de voleibol mostrou que vale mais do que aquilo que havia mostrado no Pavilhão do Benfica, devolvendo o 3-0 do primeiro jogo.

No Estoril, as nossas leoas do futebol feminino terão de mostrar uma capacidade superior para ultrapassar um adversário que nos colocou dificuldades há oito dias, na primeira mão da meia-final da taça de Portugal.

Em Saragoça, teremos pela frente o campeão europeu, que no ano passado nos goleou na final. Nada disso vai pesar e acredito plenamente que este ano a taça vai ser nossa. Somos fortes, coesos, temos qualidade e preparámo-nos convenientemente para nos apresentarmos nesta fase da época na melhor forma possível, com a melhor equipa possível. Hoje podemos escrever mais uma página dourada da nossa história, que poderá gravar na memória o dia 22 de abril como mais um dia de afirmação europeia do grande Sporting Clube de Portugal.

No José Alvalade enfrentaremos o Boavista e o cansaço, sabendo que depois da tempestade vem a bonança. Os nossos leões souberam ultrapassar esta fase de maior volume competitivo com dignidade e competência, carimbando a final da taça de Portugal sem deixar cair as esperanças em fazer melhor na Liga Portuguesa. Vencer hoje continuará a garantir que só dependemos de nós para lutar pela Champions, alimentando o sonho do título.

 

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Talismã Capeta resolve no 1º de Maio

 

Foi só um jogo mas significa mais do que isso.

Depois do que se verificou na temporada passada, certamente que se percebe que o projecto de futebol feminino do Sporting continua no bom caminho.

A deslocação a Braga era a mais difícil da temporada e, mais uma vez, o Sporting saiu vencedor de um duelo com as minhotas, averbando a primeira vitória no campo do adversário directo na luta pelo título (no ano passado havia-se registado um empate sem golos).

 

Para não variar, Diana Silva marcou e Ana Capeta (quem mais?) decidiu.

Começa a ser recorrente e um indicador claro da qualidade colectiva e individual da equipa do Sporting.

Em 5 jogos, o Sporting venceu 4 e empatou 1 frente às bracarenses.

A equipa do Braga ainda não tinha sofrido golos e, pela primeira vez, o Sporting marcou dois golos a este adversário nos 90 minutos (as vitórias na Taça de Portugal e na Supertaça apareceram no prolongamento).

 

Espero que, sem a concorrência da Solange Carvalhas, que infelizmente está lesionada para vários meses (força, leoa!), a Ana Leite finalmente relaxe e justifique o valor que tem e que levou o Sporting a avançar para a sua contratação. Até ver, tem-se demonstrado aquém das expectativas (acredito em ti, leoa!).

 

Quem nunca fica aquém das expectativas é Ana Capeta. A mulher dos golos. Dos importantes mas não só, tem-se assumido nestas duas temporadas como a terceira melhor marcadora da equipa, sendo a única do top 3 sem claro estatuto de titular.

Capeta voltou a saltar do banco para resolver a contenda em grande estilo, como não podia deixar de ser.

Já o disse depois da Supertaça e volto a repetir. Ana Capeta justifica e faz por merecer mais do que o seu estatuto de "arma secreta". Tem golo, é decisiva, tem alma, tem qualidade e irreverência. Vai crescer na mesma medida em cresçam o número de minutos jogados e pode até vir a ser um caso sério no futebol feminino internacional. Falta-lhe por vezes algum equilíbrio emocional. Quando controlar esse aspecto importante do jogo, será imparável.

 

À terceira jornada o Sporting lidera isolado o Campeonato Feminino Allianz e tem tudo para mais uma época de sucesso.

 

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Avassaladoras

Foi de forma contundente que as nossas leoas "despacharam" o 5º classificado da Liga Allianz. O Estoril não teve forças para parar a verdadeira máquina trituradora em que se tornou a equipa liderada por Nuno Cristóvão.

Destaque para o poker de Diana Silva (e em especial para o terceiro golo - grande execução) e para o golo 100 no campeonato, marcado também por Diana Silva, ao fechar a contagem pessoal. Antes disso marcaram Matilde Figueiras e Tatiana Pinto, sendo que Ana Capeta fechou as contas com o 0-7, o 101º golo no campeonato.

 

Para se perceber melhor a dimensão deste rolo compressor, foi a 19ª vitória consecutiva em todas as competições (16ª no campeonato), com um score de 102-7. Sim, cento e dois golos marcados e apenas sete sofridos. No total da época, são 123 golos marcados e 11 sofridos em 24 jogos (média de 5.13 golos contra 0.46 sofridos), 22 vitórias e 2 empates.

 

Com estes quatro golos, Diana Silva atingiu a média de um golo por jogo (21 golos em 21 jogos), Solange Carvalhas continua a ser a líder da tabela das melhores marcadoras do campeonato (33 golos em 23 jogos) e Ana Capeta (titular em 12 dos 18 jogos em que participou) leva já um não menos impressionante registo de 16 golos em 18 encontros.

 

O título está cada vez mais perto e já parece uma inevitabilidade, quando faltam apenas cinco jogos para o final do campeonato e quatro deles se jogarão em casa.

 

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O dia em que o Sporting tirou o futebol feminino do "anonimato"

Começo por dizer que espero que o Sporting aproveite aquilo que ontem se passou em Alvalade para que a Europa e o Mundo saibam que em Portugal o futebol feminino está a evoluir e que, para isso, e entrada em cena do Sporting Clube de Portugal foi fundamental.

O que se passou ontem não foi normal. Estavam mais de 10 mil pessoas num estádio, em Portugal, a ver um jogo de futebol feminino do Sporting quando o jogo (em que tinham participado equipas nacionais) com maior assistência no nosso país tinha sido o Portugal - Roménia, do passado dia 21 de outubro, onde se jogou a primeira mão do playoff de acesso ao Europeu deste ano.

O número de espectadores desse jogo? 3415.

O número oficial de ontem? 9263, mas garante quem esteve que muitos mais entraram sem passar pelos torniquetes.

 

Para terem uma noção do que isto representa e da força que o Sporting tem, deixo-vos alguns números:

- O Lyon, vencedor da última edição da Champions feminina, teve uma assistência média na prova de 11.035 espectadores

- O Frankfurt, vencedor da Champions feminina em 2014/15, teve uma assistência média na prova de 2320 espectadores

- O Wolfsburg, vencedor das edições de 2012/13 e 2013/14, o melhor que conseguiu nesse período foi uma média de 5174 espectadores

- A média de espectadores da Champions feminina na temporada passada foi de 3009 espectadores. Este ano está nos 1985, embora aumente exponencialmente nas fases decisivas da prova

- A final da Champions de 2013/14, jogada no Estádio do Restelo, teve uma assistência de 11200 espectadores

- A final da Taça de Portugal da temporada passada, levou apenas 2500 pessoas ao Estádio do Jamor

Já deu para perceber o que ontem se atingiu à escala nacional e europeia do futebol feminino.

 

O jogo nem era uma final... "Apenas" um jogo importante, sabendo que ainda faltam oito para o fim da Liga. Aliás, os adeptos foram com a noção que era neste jogo que era mais provável que perdêssemos pontos mas completamente sem noção do que falta jogar. Foram para apoiar numa oportunidade rara de ver a nossa equipa feminina sem terem de se deslocar a Alcochete. E sim, a localização da Academia prejudica e muito as assistências das nossas equipas (masculinas e femininas).

Claro que nenhum dos outros jogos tem o impacto deste. Toda a gente sabe que são as duas melhores equipas e é irrealista pensar que se todos os jogos fossem em Alvalade, teríamos sempre 10 mil nas bancadas. Não teríamos. A competitividade da nossa Liga é baixa e o interesse pela maior parte dos jogos acompanha o nível de competitividade. Mas seria irrealista dizer que facilmente teríamos uma média de 3 mil espectadores, se os jogos se jogassem em Alvalade? Não, acho que não. E com bilhetes pagos (recordo que o jogo de ontem foi de entrada livre).

 

Vamos ao jogo.

Duas equipas em igualdade pontual, que apenas tinham perdido quatro pontos em todo o campeonato, dois deles no confronto directo. O Braga, com uma diferença de golos muito superior, sabia que um empate os manteria a depender exclusivamente de si para arrecadar o título. Ao Sporting, só a vitória interessava, dada a noção de que a perda de pontos até final será pouco provável (porém, possível) para ambas as equipas e que a vitória dava uma folga de três pontos mais a vantagem no confronto directo.

O jogo esteve longe de ser um hino à modalidade ou uma forte campanha para o futebol feminino (futebolísticamente falando) mas teve entrega e emoção de sobra.

Mesmo que o tenha visto pela TV, sentia-se a tensão e o peso da responsabilidade aos ombros das jogadoras. De um lado e de outro, todas tinham a noção da importância do jogo.

As equipas equivaleram-se na maior parte do jogo e o Sporting, que à semelhança do que aconteceu em Braga, teve sempre mais iniciativa de jogo e criou as melhores oportunidades para marcar (mesmo que em número reduzido), acabou por vencer com justiça, praticamente no último lance do encontro.

 

Curioso como nestes jogos as jogadoras mais influentes têm mais dificuldade em sobressair. Embora tenham estado em bom plano, Solange Carvalhas e Diana Silva tiveram dificuldades em se impor, graças à vigilância apertada das bracarenses.

A mim, mais uma vez, foi Joana Marchão quem me encheu as medidas. Inesgotável na entrega ao jogo, qualidade na maior parte das acções, tanto ofensivas como defensivas e um nível de comprometimento e entreajuda assinalável. É difícil atribuir um prémio de MVP num jogo em que é a equipa que sobressai (e tão bom que é constatar isto) mas, a fazê-lo, o meu ia para a nossa lateral esquerdo.

Ana Borges merece também uma menção, pelo que lutou e pelo que tentou sempre empurrar a equipa para a frente. Acaba por ganhar a grande penalidade precisamente por acreditar que chegaria àquela bola primeiro que qualquer outra jogadora. Meio golo, é dela.

 

Agora, directamente para o Presidente Bruno de Carvalho (que, acredito, se manterá como tal por mais quatro anos), segue um pedido. Três dos cinco jogos em casa não coincidem com os da equipa sénior masculina e é meu desejo que tenhamos mais três jogos das mulheres em Alvalade. Trate lá disso. Para o ano, agilize-se o calendário para que sejam mais frequentes os jogos em Alvalade do que na Academia.

Elas merecem isso. Por tudo. Porque desde o primeiro dia demonstram um prazer enorme em representar o Sporting. Porque se dedicam e sentem o peso da responsabilidade de nos representar de uma maneira que faz corar de vergonha muitos atletas do plantel profissional masculino. Porque apresentam resultados e qualidade. Porque acredito que seja a vontade de muitos dos adeptos e, por fim, porque tão facilmente idolatro o Rui Patrício, como o João Matos, o João Pinto, o Pedro Portela ou a Solange Carvalhas.

Porque só há um Sporting e porque o sentimento de o ver ganhar e a vontade de o ver atingir a glória é, para mim, igual no futebol masculino ou feminino, no futsal ou no ténis de mesa.

 

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Elas merecem jogar na nossa casa

De facto, é um prémio merecido mas, ao mesmo tempo, uma "jogada" perigosa.

Levar o jogo para o José Alvalade certamente motivará as jogadoras da nossa equipa sénior. Jogar no palco maior, com mais gente a ver e a apoiar terá um impacto fantástico. Na verdade, será mesmo um dia histórico para o Sporting e para o futebol feminino nacional mas...

...serão duas semanas de ansiedade onde, embora se diga que isto não interfere com nada, estará no sub-consciente de cada uma o momento único que viverão no dia 25. 

 

A verdade é que, embora Alvalade seja a nossa casa, não o é para elas. Jogarão, para todos os efeitos, em campo neutro, num estádio do qual não têm referências e que em nada mudará as rotinas da equipa adversária, para quem jogar em Alvalade é tão novo quanto ir à Academia.

Já, para nós, tem todo o peso da ansiedade, de jogar para mais gente, num dos maiores estádios do país. Será um sonho tornado realidade mas todo este concretizar do mesmo pode desviar o foco, mesmo que inconscientemente, daquilo que é verdadeiramente importante.

 

Preferia que o jogo fosse em Alcochete e que se ponderasse seriamente a possibilidade de, na próxima época, as mulheres pudessem jogar sempre em Alvalade, como merecem. É evidente que o relvado, finalmente, apresenta boas condições e acho que, juntamente com o Pavilhão João Rocha, ter jogos todos os fins-de-semana em Alvalade daria ainda mais vitalidade e fervor ao Clube e mobilizaria ainda mais os adeptos.

Pelo que têm mostrado, por provarem a cada dia que a aposta nelas foi acertada, por demonstrarem paixão pelo clube que representam e por se sentir o orgulho de cada uma em vestir a camisola do Sporting, merecem tratamento igual em vez de um rebuçado, quando o rei faz anos.

 

A elas, porque acredito que algumas aqui passam para me ler...força! Mantenham o foco na preparação do jogo em A-dos-Francos e, depois, espero que vos seja permitido um treino de adaptação ao Estádio José Alvalade, para que possam criar as tais referências e não tenham de pisar o relvado apenas no dia do jogo. Já agora, façam o treino aberto. Sempre facilita a adaptação ao ambiente.

E fiquem a saber que torço muito pelo vosso sucesso e que quero o Sporting campeão e na Champions. Vocês podem marcar uma era! 

 

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