Manifesto
Frederico Varandas saberá tão bem como nós que assumiu a presidência do Sporting numa altura complicada. Não por questões financeiras ou de programação/controlo das épocas desportivas das mais variadas equipas mas sobretudo pelo conflito interno em que todos nos vemos neste momento.
O tal Sporting fracturado a que se referiu não o vai deixar descansado enquanto que o seu trabalho não fale (e tem de falar bem) por si.
E se há muitos dispostos a unir, não deixam de haver outros, provavelmente ainda habituados a métodos que infelizmente se tornaram comuns nos últimos anos, dispostos a continuar a promover a divisão e a promover o conflito por questões que em nada beneficiam o Clube.
A verdadeira caça à bruxas promovida nos mandatos de Bruno de Carvalho trouxe o condão de nos acordar para algumas realidades, infelizmente terá distorcido outras e instituiu em muitos de nós a procura incessante por culpados de tudo e mais alguma coisa. Teremos passado a achar normal esta espécie de guerrilha que tanto nos obrigou a perseguir rivais como elementos da nossa "família".
Não podemos confundir esse estado de alerta, de exigência com perseguição e se há uma coisa que tem de ser dita é que a chegada de Varandas à presidência do Sporting tem tido tanto de aglutinadora como o oposto. Sobretudo porque continuam a haver pessoas que, nas redes sociais (onde as coisas se propagam da forma que sabemos), não se cansam de poluir a opinião pública com insinuações (até ver falsas, por carecerem de prova) que visam minar o universo leonino e perturbar a tranquilidade que a direcção recentemente eleita merece.
Fiz-me sócio no primeiro mandato de Bruno de Carvalho e se há coisa que fiz, sobretudo nos primeiros anos, foi dar-lhe o benefício da dúvida, tranquilidade para trabalhar e confiança. Defendi-o enquanto pude e enquanto a minha consciência o ordenou. Fi-lo muitas vezes ignorando pormenores que para mim eram incómodos, a bem do Sporting e da união que precisávamos e de certa forma criámos. Nunca abdiquei (nem abdicarei) da exigência que, enquanto adepto e depois sócio, o ex-Presidente nos pediu e incutiu.
Com Varandas não será diferente e o facto de ter votado nele não fará de mim mais benevolente (como não fez no passado, com Bruno de Carvalho, que ajudei a reeleger). O recém eleito Presidente do Sporting Clube de Portugal terá em mim um sócio atento, exigente mas que não deixará de lhe dar tranquilidade e tempo para implementar as suas ideias e o seu programa. Estarei, como antes, atento ao cumprimento das medidas propostas para um mandato que, recordo, será de quatro anos e não obriga à implementação de todas elas imediatamente.
Mais do que isso, aproveitarei a abertura da actual direcção para endereçar as minhas ideias sugestões de melhoria em algumas vertentes do Clube, não me arrogando a "meter o bedelho" em assuntos que não domino.
Não são as guerras internas que vão parar a união do Sporting mas certamente a atrasarão e, como unidos seremos mais fortes, peço aos interessados que parem e pensem. Baixemos as armas sem deixar de estar alerta. Sejamos o mais unidos possível, respeitando quem nos lidera, exigindo-lhe o máximo e ajudando na medida em que cada um possa, seja com ideias ou o simples apoio num jogo de qualquer modalidade.
O Sporting precisa de todos nós para cumprir os seus desígnios e o esforço, dedicação e devoção não deve caber apenas aos que nos representam mas a todos nós, em nosso benefício. Só assim atingiremos a glória plena e seremos vencedores em tudo.
Viva o Sporting Clube de Portugal!
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