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Grande Artista e Goleador

Preparar o futuro com garantias para o presente

Com os empréstimos de Palhinha (felizmente regressado), Francisco Geraldes e Gauld esta temporada podemos estar aqui a perpetuar algo que, sendo bom, muito bom mesmo, pode vir a tornar-se um problema a curto prazo.

Acredito que William e Adrien estarão com muita vontade seguir os passos de João Mário e experimentar outros campeonatos. A não inclusão dos três jogadores que referi no plantel desta época atrasa a integração dos mesmos, com vista à sucessão natural dos dois craques do nosso meio-campo.

 

Felizmente, Palhinha está de regresso e fará até final da época o "estágio" que lhe pode permitir atacar a próxima como titular indiscutível, podendo finalmente proporcionar a William o contrato e a experiência que, creio, o luso-angolano tanto espera.

Saber jogar com este timing é saber conjugar expectativas e objectivos com o futuro do nosso clube.

Caso Francisco Geraldes e Ryan Gauld se mantenham fora dos planos, tudo levará a crer que Adrien adiará o "sonho" para que este seja proporcionado a William. Nada contra, até porque Adrien é mesmo o mais difícil de substituir e Elias não é claramente o jogador ideal.

 

Vender William no verão, integrando no plantel Francisco Geraldes e Ryan Gauld permitirá mais uma época de resultados financeiros e segurança na capacidade de lutar por objectivos desportivos.

Ser campeão esta temporada facilitaria ainda mais a integração de todos e retiraria alguma da pressão sobre o rendimento imediato dos nossos jovens.

 

Confio em quem nos dirige para comandar com pinças todos estes processos, pois não podemos desperdiçar o talento dos nossos jovens. E, para além destes, há mais, parte deles estiveram nesta pré-época e, na próxima, voltarão com mais vontade e mais condições de mostrar valor.

 

Sim, porque o que lhes foi oferecido este verão foi um presente envenenado, uma oportunidade limitada.

Com a impossibilidade de atacar a pré-temporada com os melhores, os miúdos foram postos à prova sem a cobertura e segurança necessárias à sua afirmação ou simplesmente a dar nas vistas. Com os campeões da Europa de férias, foram os flops do mercado de transferências a fazer o papel dos melhores jogadores do plantel, e até alguns dos jogadores mais experientes e com qualidade pareceram banais sem o apoio do nosso núcleo duro.

 

Não me esqueço de ver os nossos extremos lançados com um meio-campo composto por Petrovic e Bryan Ruiz ou de Barcos ser a principal referência do ataque, enquanto se resguardava Slimani com vista à sua saída.

Tudo isto prejudicou muito Palhinha, Podence e Iuri, já que Ryan Gauld nem na pré-época teve a oportunidade de jogar (agora, pensando bem, talvez tenha sido o melhor, dadas as circunstâncias).

A pré-temporada serviu para passar um atestado de incompetência aos nossos jovens. Para muitos se alhearem das circunstâncias apontando-lhes o dedo e dizendo que não estavam prontos. Hoje, podiam já ter crescido no lugar de jogadores que não têm correspondido, como por exemplo, Petrovic, Elias, Meli, Markovic, Castaignos ou André.

Sim, todos estes, nem a jogar com os melhores do nosso plantel mostraram valor mas ainda há muito quem seja condescendente com eles e duro com o facto dos "nossos" não terem correspondido em Julho.

 

Não vou dizer que todos deviam regressar agora, até porque nem sempre são benéficas muitas alterações em Janeiro. Palhinha regressou e é natural que Petrovic acabe por sair. Ryan Gauld e André Geraldes foram retirados de Setúbal e, pese embora todos os rumores relativos à dificuldade em se desvincularem dos sadinos, creio que acabarão novamente emprestados, embora não fosse de descartar a sua colocação nos lugares de Meli e João Pereira, até porque Schelotto está lesionado e Esgaio é o único apto para a posição.

Pensar nas palavras com que iniciei este texto pode ser importante para o futuro dos jogadores e do próprio Sporting. Não convém desperdiçar talento, ainda para mais no qual investimos milhões para o potenciar durante o processo formativo.

 

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SPORTING CP 3-1 Besiktas: do 8 ao 80

Uma hora de jogo e não havia meio de desatar a camisa de forças. Para piorar, o Besiktas já ganhava.

Confesso que não acreditava numa possível reviravolta e, a verdade, é que a equipa não dava sinais de ser capaz de a orquestrar.

Acusámos demasiado a pressão de ser um jogo decisivo e ter a carga adicional de não haver poupanças. A responsabilidade era, de facto, acrescida para os 11 que entraram em campo e, a verdade, é que nenhum jogou bem, sobretudo nos primeiros 45 minutos.

João Mário, Adrien, os centrais e Patrício (que mesmo assim nos assustou nos descontos), terão sido os únicos a escapar a uma análise superior a medíocre.

Ao intervalo, a substituição do costume, sempre que algo não está a correr bem à equipa. Percebo e entendo a saída de Montero mas custa-me sempre que seja ele o sacrificado de um onze onde podia ter saído qualquer um.

Jorge Jesus terá puxado as orelhas aos jogadores mas o efeito não foi imediato.

Um erro de João Pereira, mal acautelado pelos que deviam ter-lhe feito cobertura, daria origem ao golo do Besiktas. E nem vale a pena crucificar João Pereira porque neste lance a culpa não morre solteira. João Mário, em zona interior, era a única linha de passe disponível e mesmo que a opção de João Pereira não tenha sido boa, ninguém aplaudiria um 'biqueiro' para a frente se não soubesse que o lance daria golo do adversário. Basta ver a imagem seguinte para comprovar aquilo que digo.

Golo Besiktas.png

Se é possível tirar coisas positivas de um golo sofrido, este foi o caso. A equipa acordou e percebeu que era hora de dar corda às canetas.

Sem clarividência mas com vontade, o primeiro golo acaba por nascer de uma das poucas acções positivas da dupla Ruiz/Slimani (o primeiro assistiu o segundo, que acreditou tanto que até assustou o guarda-redes) até àquele momento.

Se muitos já não acreditavam, acho que todos passaram a ter a certeza que o jogo viraria. O mais difícil estava feito e a confiança voltara a vestir de verde-e-branco. Mérito quase total destes dois que, até ali, tinham sido pouco mais do que zero.

Seguiu-se o melhor momento da equipa, que coincidiu também com a entrada de Teo Gutiérrez, para o lugar de Adrien.

Como disse Quaresma no final, o Sporting estava com vontade e confiança.

Foi assim que partimos para cima dos turcos e bastaram 10 minutos para resolver a questão.

Bryan Ruiz (quem diria), assistido por João Mário, operou a reviravolta e Teo Gutiérrez sentenciou a partida numa excelente jogada individual, antecedida de um passe de Gelson, que viria a dar origem ao momento caricato da noite: o festejo (ou a tentativa) do colombiano.

Depois do segundo, eu, que nem acreditava que pudéssemos ganhar, tinha já a certeza que a vitória não fugiria.

Com os turcos de rastos perante 10 minutos à Sporting, bastou gerir até final e pairou sempre no ar a ideia de que, a haver mais golos, voltariam a ser na baliza de Tolga Zengin.

Tempo para o público aplaudir Slimani e saudar Matheus.

O jogo estava feito e o objectivo cumprido.

Venha o Moreirense!

Dúvidas

Pese embora o facto do Sporting ser um dos primeiros classificados do campeonato português, não tenho a mínima dúvida que a cabeça de Jorge Jesus está neste momento 'a mil' e cheia de dúvidas.

Porque a equipa não segue em crescendo.

Porque perdeu uma das melhores (na verdade, a melhor) individualidades.

Porque aquele que é, assumidamente, o seu primeiro avançado é o que menos rende.

Porque temos vários jogadores em sub-rendimento.

Porque as segundas-linhas ou não têm correspondido ou não têm a mesma qualidade das primeiras escolhas.

Porque o próprio Jorge Jesus tem feito más opções, por vezes nos momentos errados.

Não duvido que, hoje, JJ não é o mesmo homem confiante e seguro do início de época. Tenho quase a certeza que muito do que tem sido feito foi questionado e ainda bem que assim é.

Assumo que Jesus tem as suas preferências para o modelo de jogo que preconiza e que tem sido difícil prescindir de alguns elementos por achar que são os melhores, mesmo que no campo estes não correspondam

Em última instância, diria que Jorge Jesus possa estar a ser algo teimoso.

Jefferson atravessa um momento de forma miserável.

Está difícil descobrir quem será o melhor par para o meio campo e o regresso de William traz mais dúvidas que certezas.

Ruiz está lento de processos e demasiado previsível.

Na frente, Slimani é o favorito mas o trabalho de desgaste do argelino e a sua entrega não parecem suprir as lacunas do seu jogo ofensivo. Além disso, mostra-se pouco eficaz e, a verdade, é que nenhum parceiro parece assentar-lhe que nem uma luva, começando a ser útil questionar se o problema não será dele. Neste momento, para além dos colegas de sector, até Mané precisa de menos tempo para marcar e tem a mesma influência em lances de golo.

Assim sendo e não colocando nunca de parte o objectivo para o jogo de amanhã que, naturalmente, passa pela vitória e pelo amealhar dos três pontos, isto seria o que eu faria com aqueles que Jesus convocou.

Devo apenas dizer que acho que o onze testado não deve ser mais uma revolução mas sim um verdadeiro teste para domingo.

Patrício nem é questão. É ele e mais dez!

Tendo em conta que não há ainda um indiscutível à direita, a minha opção seria Esgaio. Porque ataca melhor e porque o jogo de domingo é em casa.

Se Ewerton estiver em condições físicas, deve formar dupla com Naldo. Se a sua chamada apenas se deve à indisponibilidade de Paulo Oliveira, que jogue Tobias.

Jonathan tem de ser titular. Jeff tem sido um sonâmbulo a defender e uma nódoa a atacar.

Se William está em condições, deve jogar e, atendendo ao momento de forma, mais do que às características, Adrien Silva é o único com capacidade para suportar um William a ganhar ritmo.

Gelson tem sido opção consistente e é para manter. Não é tempo de lhe retirar confiança.

Ruiz deve dar lugar a Mané que, pelo menos, é mais rápido e define melhor na hora de visar a baliza. Além disso acho útil explorar o entendimento de Mané com Montero.

Como já perceberam, Montero tem de jogar. Porque é aquele que menos tempo precisa para encontrar o golo e porque é o mais inteligente e mais dotado tecnicamente. No fundo, porque é o nosso melhor avançado.

Mesmo que Teo não pareça estar no melhor momento de forma, acho que está por testar o seu entendimento com o compatriota.

Boeck, João Pereira, Ewerton, Aquilani, Matheus, Ruiz e Slimani iriam para o banco, tendo o argelino a tarefa que melhor lhe assenta, a de 'abre-latas', no caso do jogo pedir um jogo mais directo. Matheus, seria o desequilibrador que faltou no Bessa e que, na bancada, se viu impossibilitado de dar o seu contributo.

Claro que não é isto que eu penso que Jesus fará mas é aquilo que, à luz do que tenho acesso (pois não treino com os jogadores), me parece o melhor para a equipa.

Escolha quem escolher, espero um resultado e uma imagem diferentes daquilo que mostrámos em casa, frente aos russos.

Mau demais e a não repetir

Pouco foi o que se aproveitou da exibição da noite de ontem.

Talvez Adrien, uns rasgos de Gelson e o golo de Montero.

Se o resultado não foi bom nem a exibição convincente, o jogo terá dado para Jorge Jesus tirar algumas conclusões, embora possa ainda parecer cedo para o fazer.

Foram demasiados erros defensivos, demasiados jogadores em sub-rendimento e uma falta de dinâmica inacreditável.

Se é verdade que os russos vinham com a lição bem estudada, não é menos verdade que nós falhamos ao executar a nossa.

Rui Patrício falhou pela primeira vez esta época, tendo estado mal no lance do segundo golo, onde pareceu pouco lesto e decidido.

João Pereira demonstrou o porquê de Esgaio lhe ter ganho o lugar.

Jefferson foi o que tem sido na maior parte das vezes: desconcentrado a defender e inofensivo no apoio ao ataque.

Tobias foi uma nódoa. Podia ter sido expulso e não fica bem na fotografia em nenhum dos três golos.

Paulo Oliveira deixou-se afectar pelos erros em catadupa dos colegas de sector mas foi o menos mau de entre todos.

Adrien foi o melhor em campo do Sporting. Não foi por ele que perdemos e dificilmente perderíamos se todos os outros se tivessem entregado ao jogo como ele fez.

Aquilani foi um dos piores em campo e falhou completamente na tarefa que lhe estava atribuída. Foi terrível numa das suas melhores qualidades: o passe.

Gelson tentou, tentou mas não deu para mais. Teve pouco apoio e o que João Pereira lhe deu não foi o melhor.

Mané não esteve muito bem e escondeu-se em demasia. Não soube procurar o centro do terreno e enfiou-se em demasia em cima dos avançados. Fez a assistência para o golo de Montero.

Teo Gutierrez foi demasiado inconsequente, lento de processos e até um pouco trapalhão (algo que nem é normal nele).

Fredy Montero não foi, até ao golo, melhor do que Teo mas depois daquele golão e de um ou outro passe a rasgar a defesa, parecia ser o mais confiante em campo. Acabou substituído e a equipa piorou.

Slimani não foi mais do que um pino na cabeça da área. Ninguém o soube servir com o intuito de aproveitar o seu jogo aéreo.

Bryan Ruiz não entrou com a objectividade que se lhe pedia. Prendeu demasiado a bola, foi lento e pouco objectivo.

André Martins substituiu Aquilani num momento em que pouco já parecia ser possível retirar do jogo. Rematou com perigo à baliza dos russos e, não tendo sido muito dinâmico, acertou quase todos os passes.

No global, os laterais não tiveram a capacidade ofensiva que deviam e todo o jogo da equipa se ressentiu disso pois, no nosso modelo, a subida dos laterais é fundamental para os apoios ao meio campo e ataque. Aquilani não teve a capacidade para ser o organizador de jogo e a quantidade de passes falhados desequilibrou a equipa demasiadas vezes. Os erros no início da nossa transição ofensiva e na transição defensiva foram mais que muitos, ao ponto de me ser impossível enumerá-los todos.

Face a isto, não há estratégia que valha ao treinador.

Jorge Jesus escalonou mais ou menos o 'onze' que eu escolheria. Deu algumas oportunidades e a maioria desiludiu, dando razão ao porquê de não serem opção inicial. Tobias não jogará tão cedo e João Pereira idem.
Mas se não errou ao escolher o 'onze' o mesmo não se pode dizer da leitura de jogo do 'mister'.
Aquilani devia ter sido o primeiro a sair e, no máximo, ao intervalo devia ter ficado nos balneários. Pedia-se a entrada de um médio que fosse mais seguro no passe e mais rápido a fazer os equilíbrios defensivos, que estavam a sobrar todos para Adrien. Eu teria escolhido André Martins.
A dupla substituição é compreensível mas retira de campo as peças erradas. Montero estava confiante após o golo e Aquilani, visto que ainda lá estava, devia ter saído de imediato.
A alteração de Mané por Ruiz poderia ter sido feita quando foi feita a de Aquilani por Martins.

Por certo, a equipa não repetirá os erros na próxima segunda-feira mas fica o aviso.

Nem sempre se joga mal e se sai vitorioso e é já tempo da equipa apresentar alguma evolução no nível exibicional.

Hoje joga o Sporting

E é caso para dizer que mais vale tirar a tarde...e o início da noite.

É que, ás 16 horas, a equipa B recebe o Portimonense, ás 17.30 horas, o futsal decide mais um troféu de pré-época, com o Braga, em Arcos de Valdevez e, ás 19.15 horas, há exame aos comandados de Jorge Jesus em Coimbra, frente á Académica local.

Claro que o prato forte só estará degustado lá para as 21 horas mas, até lá, teremos com que nos entreter.

O Sporting não pode falhar. Porque é importante não prolongar a série negativa de jogos sem vencer, porque os adversários directos já somaram ambos 3 pontos e porque é nossa obrigação vencer um adversário mais fraco, que vai em último no campeonato e ao qual ainda falta cumprir a proeza de marcar um golo.

Gonçalo Paciência, emprestado pelo Porto aos estudantes, será mesmo o maior problema com que teremos de lidar, num jogo em que encontraremos das defesas mais permeáveis da nossa Liga.

Conto com duas ou três alterações na equipa que jogou na Rússia e o regresso ao esquema de dois avançados.

Esgaio será o previsível substituto de João Pereira e conto com o regresso de Slimani e a inclusão de Mané ou Gelson para os lugares de Aquilani ou Adrien e Ruiz.

Jogue quem jogar, há a obrigatoriedade de ganhar, de preferência convencendo os Sportinguistas, proporcionando-nos um jogo mas tranquilo que os que lhe precederam.

Depois, seguem-se uns dias de descanso, onde teremos possibilidades para apoiar as nossas modalidades.

Hoje, como sempre, é para vencer!

Vamos, Sporting!

"Vê lá se dás à corda, que tens de trabalhar muito"

Estas foram as primeiras palavras de Jorge Jesus dirigidas a João Pereira mas o que me deixa descansado e tranquilo é saber que este nível de exigência e rigor é igual para todos.

Em entrevista ao Jornal Sporting, João Pereira falou do regresso a Alvalade.

"Tinha (saudades). Fui muito bem tratado aqui. Toda a gente sabe como foi a minha vinda para o Clube e onde fui formado. Quando ingressei aqui pela primeira vez, falou-se muito da minha chegada mas a verdade é que saí com as pessoas a gostarem de mim, por uma coisa ou por outra. Sempre tive o apoio de toda a gente neste Clube e, infelizmente, não retribuí da melhor forma porque não ganhei nada. Acho que está na altura de poder retribuir de uma maneira melhor do que apenas com esforço e dedicação: quero poder retribuir com algum título."

Há mais frases marcantes e é bom ver como temos o mesmo João Pereira mas mais experiente e sereno.

Para ler o resto, é correr para a banca e comprar o Jornal Sporting, onde o nosso 'Manel' Fernandes também é entrevistado.

Análise do GoalPoint a João Pereira

O internacional português João Pereira está de regresso Sporting CP. O jogador, formado no Benfica, com passagens ainda por Gil Vicente, SC Braga, Valência e, por último, Hannover, assinou por duas temporadas para colmatar a saída de Cédric Soares para o Southampton.

Notícias correm, ainda, que Miguel Lopes poderá estar de saída do emblema de Alvalade, pelo que ou alguma surpresa está prevista ou não é difícil de prever que João Pereira será mesmo a primeira escolha para a lateral-direita do “leão”. Jorge Jesus, aliás, é um confesso admirador das qualidades do jogador. Depois de o ter orientado no Sp. Braga, o treinador tentou a sua contratação para o Benfica, numa altura em que Maxi Pereira ainda não tinha “explodido” até aos níveis que apresenta hoje. João Pereira acabou no Sporting, depois passou pela Liga espanhola e pela Bundesliga, e regressa agora a Portugal para trabalhar com um técnico que nunca escondeu a admiração pela disciplina táctica e capacidade ofensiva do jogador.

A questão que fica é saber se João Pereira ainda pode dar ao Sporting e a Jorge Jesus aquilo que ambos precisam. Depois de ter caído em desgraça no Valência – curiosamente com a chegada de um  treinador português, Nuno Espírito Santo – e de ter deixado de ser opção na selecção nacional, o lateral mudou-se para o Hannover, onde esteve longe de deixar uma marca profunda. Apenas cinco jogos na Bundesliga em cinco meses não são cartão de visita para um jogador de 31 anos que, como é natural, começou já a lutar contra a ideia de estar em fase descendente da carreira.

Esse primeiro dado, os cinco jogos realizados (quatro a titular), dá a ideia de que este João pereira não é o mesmo que chegou ainda a brilhar em Valência. Comparámos, por isso, a época passada do jogador na Alemanha com o último no emblema “che”, e nota-se uma quebra de produção, talvez natural pelas características da prova e das próprias ambições das equipas em causa.

Dois valores apontam para o contrário do que acabámos de dizer, porém. Na eficácia de passe e no número de intercepções por jogo, João pereira esteve melhor do que nas 25 partidas que fez em 2013/14 pelo Valência, embora tenhamos de levar em consideração que, no que ao passe diz respeito, a eficácia costuma cair com o avolumar do número de entregas, e em 25 jogos, o lateral fez, certamente, muitas mais do que na Alemanha. De resto nota-se uma quebra significativa na eficácia de desarme (43% para 31%) e nos alívios por jogos (2,5 para 1,6). Ofensivamente, foram poucos os jogos realizados na época passada para que possa ser feita uma avaliação rigorosa, mas há algo que se realça e que pode ser abonatório a favor do jogador: as faltas. É conhecida a forma aguerrida como o jogador disputa cada lance, mas na Alemanha, aparentemente, João Pereira recorreu menos à falta no seu jogo, o que pode apontar para um amadurecimento nos processos.

Certamente que a realidade que João Pereira irá encontrar no Sporting, a qualidade do plantel e do treinador, será um ponto a favor do que pode ser a carreira do lateral na sua segunda passagem por Alvalade. Não é difícil prever que a qualidade exibicional irá melhorar. Só o tempo dirá se será o suficiente para as novas exigências do “leão”.

 

Fonte: goalpoint.pt (artigo original AQUI)

João Pereira é o terceiro reforço

Vou confessar. Não me entusiasma por aí além o regresso de João Pereira.

Fui dos que defendeu a sua saída da selecção, embora o fizesse mais pelo défice de competição que tem tido nos últimos anos do que por incapacidade ou falta de qualidade futebolística.

Na última temporada, esteve meia época sem jogar devido ao afastamento por parte da direcção do Valência (ao que tudo indica porque o seu contrato previa contrapartidas para o próprio no caso de fazer mais um simples jogo). Depois deste tratamento deplorável a que foi sujeito, passou meia época na Alemanha, ao serviço do Hannover, onde apenas fez 5 jogos.

Era um jogador livre e, com 31 anos, não é ainda um jogador 'velho'. No entanto, as minhas reservas prendem-se com a falta de ritmo que naturalmente terá.

Porém, se Jorge Jesus deu aval à contratação (certamente que o fez) é porque vê no jogador qualidades e capacidade para cumprir a função que se pede a um lateral.

Assim sendo, dou o benefício da dúvida, até pelo baixo investimento em qualidade comprovada e acrescida comparativamente às opções actuais.

Em boas condições físicas, considero João Pereira superior a qualquer uma das actuais opções para a lateral direita e, por isso, espero que fique em forma rapidamente.

Para além disso, conhece os cantos à casa, foi brioso enquanto nos defendeu e acrescentará experiência ao plantel.

Sê bem-vindo de volta, João!

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