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A imagem acima mostra os 24 jogadores que compõem o plantel da equipa B deste ano. Um plantel muito jovem, com uma média de idades de 19.67 anos. Apenas 6 jogadores transitam do plantel da temporada passada e 11 dos 24 são seniores de primeiro ano.
A juntar a estes, têm sido opção Bruno Paz (18 anos) e Jovane Cabral (18 anos), juniores, e a surpresa, Elves Baldé (16 anos), ainda juvenil.
É natural que um plantel tão jovem e acabado de compor não entusiasme neste início de época. São ainda poucos meses de trabalho, com jogadores a chegar em alturas diferentes da pré-temporada e vindos dos mais variados contextos. Será um pouco por aqui que se explica o pior início de época, desde o regresso das equipas B, com apenas 4 pontos em 5 jogos.
João de Deus já vem provado que consegue formar grupos coesos, muitas das vezes até em contextos adversos. Desta vez nem me parece o caso. Pese embora as condicionantes já mencionadas, o plantel parece-me equilibrado e com valor para subir de nível e fazer uma temporada interessante. Como sempre neste escalão, não será a classificação a fazer uma avaliação literal do valor da equipa ou dos jogadores. O contexto não é ideal, pois uma equipa quase júnior estará a competir com planteis seniores, muitos deles carregados de experiência e andamento neste escalão.
Resta esperar que o tempo de trabalho dê os seus frutos e, quem sabe, não temos ali alguns futuros jogadores para a equipa principal.
A minha curiosidade sobre aquilo que poderá ser a temporada 2016/17 da nossa equipa B levou-me a acompanhar via streaming o jogo de preparação entre o Portimonense e a nossa equipa B.
Recordo, para os mais desatentos, que o Portimonense é um dos mais fortes candidatos à subida tendo mesmo, para atingir o objectivo, contratado Vítor Oliveira, o 'papa-subidas' da 2ª Liga.
Gostei de ver que, tal como no final da época passada, João de Deus pretende usar o esquema de jogo da equipa principal, num modelo que inclui dinâmicas diferentes e mais adequadas ao futebol da 2ª Liga e às equipa que defrontaremos nessa mesma competição. Gostei também de observar a entrega de todos ao jogo e a vontade de mostrar serviço.
Este foi o onze apresentado por João de Deus:
GR: Guilherme Oliveira (21 anos)
DD: Mama Baldé (20 anos)
DC: Fidel Escobar (21 anos)
DC: Ivanildo Fernandes (20 anos)
DE: David Sualehe (19 anos)
MC: Ricardo Guimarães (20 anos)
MC: Fábio Martins (20 anos)
MD: Filipe Chaby (22 anos)
ME: Jovane Cabral (18 anos)
AV: Juan Cordoba (não conheço o jogador nem vi qualquer informação sobre ele na CS)
AV: Ronaldo Tavares (18 anos)
Ainda na 1ª parte, Ronaldo Tavares fez aquele que acabou por ser o único golo da partida, após um belo cruzamento de Fábio Martins. A finalização de pé direito, de primeira e de ângulo difícil é de elevado grau de dificuldade e foi executada com grande qualidade. Veremos se Ronaldo cumpre aquilo que prometeu na equipa de juniores e, quem sabe, não temos ali uma opção de futuro para a equipa principal. Vejo em Ronaldo Tavares qualidades que podem e devem ser potenciadas e aproveitadas por nós.
Não vou analisar detalhadamente a exibição de cada um, mas posso dizer que nenhum me deixou desiludido ou desanimado.
Aos 56', Fidel Escobar e Juan Cordoba deram lugar Guilherme Ramos (18 anos) e Bubacar Djaló (19 anos), tendo passado momentaneamente Fábio Martins por uma posição de apoio mais directo a Ronaldo Tavares. Este novo posicionamento de Fábio Martins durou pouco tempo pois, aos 61', Cristian Ponde entrou para o seu lugar e passou a formar dupla com Ronaldo.
Nesta fase do jogo, sentiu-se que a equipa do Sporting levou o teste demasiado a sério e preocupou-se apenas em segurar a vantagem, tentando explorar (sem sucesso) o contra-ataque. Nada contra e,na verdade, até gostei da atitude competitiva demonstrada.
Aos 67', David Sualehe e Ricardo Guimarães deram lugar a Diogo Nunes (19 anos) e Luís Elói (20 anos) e o figurino mudou para um surpreendente 3-5-2, nunca apresentado desde que João de Deus treina a nossa equipa secundária. O trio de centrais passou a ser formado por Guilherme Ramos (à direita), Ivanildo (ao centro) e Diogo Nunes à esquerda. Bubacar Djaló e Chaby seguraram o 'miolo' e Mama Baldé e Luís Elói tomaram conta das alas. A transição meio-campo / ataque era assegurada alternadamente por Jovane ou Ponde, enquanto Ronaldo se mantinha como referência da equipa.
Aos 79', Mama Baldé, ligeiramente tocado por uma entrada mais ríspida, deu o lugar a Bruno Paz (18 anos), que se encarregou de fazer a ala direita.
Os últimos minutos foram de algum sufoco e pontapé para a frente e algum anti-jogo da nossa parte, mas conseguimos segurar a vitória sobre uma das melhores equipas da 2ª Liga.
Um excelente teste, que me deixou mais descansado relativamente à composição do plantel e a sua qualidade. O jogo, se quiserem, podem vê-lo no vídeo abaixo, onde também é possível ver individualmente os melhores momentos.
Depois de levar a equipa à melhor pontuação de sempre na 2ª Liga, João de Deus teve uma época complicada à frente da equipa B do Sporting.
Embora tenha revelado mais uma vez bons valores individuais, a equipa não correspondeu colectivamente e bateu todos os recordes negativos.
Não fosse o bom final de época, ao nível das melhores equipas da 2ª Liga, e teríamos terminado a lutar pela manutenção.
O excesso de jogadores na primeira fase da época e a necessidade de dar visibilidade aos 'proscritos' por forma a arranjar-lhes colocação no mercado de janeiro prejudicou sobretudo a dinâmica de grupo.
Os inverno foi penoso e em quase três meses a equipa apenas ganhou uma vez.
Após a reestruturação do plantel na reabertura do mercado, a equipa soube encontrar-se e arrancar um final de temporada razoável.
Voltando aos recordes...pior percentagem pontual (47%), pior percentagem de vitórias (39%), pior registo defensivo (59 golos sofridos), pior pontuação (65 pontos) e pior classificação (10º).
Tudo isto com as 15 jornadas finais ao nível das equipas do top 5 da Liga (apenas 4 equipas do top 10 fizeram mais do que os 25 pontos acumulados pela equipa leonina).
Depois da saída de Matheus para a equipa principal, passaram a ser Podence, Geraldes e Gauld os que mais deram nas vistas.
Para mim, o principal destaque vai mesmo para Podence, que com 6 golos e 7 assistências dinamitou todos os seus registos da época passada e surpreendeu-me, ao contrário de Geraldes e Gauld, que fizeram exactamente aquilo que esperava deles.
Kikas foi importante para o equilíbrio da equipa nas transições, sobretudo defensivas e mostrou que alguma experiência ajuda sempre ao crescimento dos mais novos.
Baldé revelou-se um lateral direito fiável, após o revés que foi a lesão grave de Riquicho.
Perspectivam-se mudanças na estratégia da equipa B, que será maioritariamente composta por elementos sub-21.
Isto significa que veremos outros crescer ou eclipsar-se em empréstimos que, espero, revelarão mais 2/3 reforços importantes para 2017/18.
Sendo certo que muitos sairão, é importante formar um grupo equilibrado e fiável para uma competição longa, com mais de 40 jogos.
Acredito que João de Deus voltará a conseguir mostrar resultados e potenciar jogadores para a equipa principal.
E, de repente, uma época que parecia para esquecer vai bem a tempo de ser uma das melhores desde o regresso das equipas B.
Grande final de época dos nossos B's, a mostrar que souberam dar a volta à adversidade, evoluir e marcar pontos.
Muitos destes jogadores são casos que podem tornar-se sérios num futuro próximo. Outros, terão de esperar mais algum tempo para confirmar as credenciais que lhes possibilitaram fazer formação no Sporting ou ser contratados em fases mais adiantadas.
15 pontos nos 5 jogos que restam fariam desta recta final a melhor de sempre desde o regresso das equipas B.
2012/13 - 14 pontos nas últimas 10 jornadas
2013/14 - 19 pontos nas últimas 10 jornadas
2014/15 - 18 pontos nas últimas 10 jornadas
2015/16 - 13 pontos nas últimas 5 jornadas (faltam disputar 5)
Há outros marcos importantes que podem ajudar a dar um incentivo extra à rapaziada.
- A nossa maior série de vitórias de sempre na 2ª Liga já vem de 2012/13 (5 consecutivas). Ultrapassar este número (neste momento vamos com 3 consecutivas) e fixar um novo máximo pode ajudar a manter o foco e o rendimento actual da equipa.
- A maior série de jogos sem perder desde que João de Deus assumiu o comando técnico é de 10. Evitar a derrota até final, pode igualar esse registo, melhorando-o em pontos amealhados (no ano passado acumulamos 24 na melhor série sem perder, este ano podemos fazer um máximo de 28).
- Faltam 12 golos para ultrapassar o máximo registo de golos marcados na 2ª Liga pelas nossas equipas B (66, no ano passado).
- Os 15 pontos nos jogos que restam disputar, sendo conquistados, garantem a 2ª melhor pontuação de sempre (75 pontos, depois dos 78 da época passada.
Quem diria!?
Tenho, ao longo destes meses, dado a conhecer alguns dos 'artistas' que apitam na nossa 2ª Liga.
Hoje apresento mais um: Bruno Jesus.
O melhor é verem este cartão amarelo mostrado ao jogador do Atlético, com o resultado em 1-1, na 1ª parte. Sim, CARTÃO AMARELO.
Ao intervalo, João de Deus foi também expulso. Podem ouvir mais uma vez as importantes e esclarecedoras palavras dele em conferência de imprensa.
São estes manhosos que apitam os jogos dos campeonatos profissionais. São estes mafiosos que apitam 'bem' a mando do Vitó e de quem lhe paga em vouchers.
Há jogos que podem resumir-se em palavras e as de João de Deus e Pedro Silva descrevem bem aquilo que se passou em Santa Maria da Feira.
As palavras são de João de Deus e até vieram na sequência de uma derrota, no passado fim de semana, no Seixal. Um jogo em que jogámos bem melhor que hoje e em que alcançámos um resultado totalmente antagónico.
A verdade é que João de Deus tem razão. A equipa tem vindo a praticar um melhor futebol e o jogo de hoje até foi uma excepção. Excepção essa que não impediu a equipa de ser lutadora e empenhada na procura do único resultado que interessa: a vitória.
Já são várias as vezes que aqui elogiei João de Deus e custa-me sempre que vejo Sportinguistas criticar o estilo de jogo, exibições, resultados ou prestações individuais desta equipa. Porque sei que não seguem atentamente a equipa e não têm noção das suas dificuldades diárias em gerir um plantel curto, remendado com excedentários (alguns deles de qualidade e empenho duvidosos) e com jogos em cima uns dos outros.
Nota-se que o modelo de jogo tem vindo a aproximar-se do da equipa principal e que há uma tentativa clara de identificar os jogadores com um estilo de jogo mais próximo ao da equipa de Jorge Jesus. No Seixal, os primeiros 20 minutos foram do melhor que se viu esta época e de fazer inveja a muitas equipas da nossa 1ª Liga. Faltaram os golos (e podiam ter sido mais do que um).
Muitas das pessoas esquecem-se que João de Deus resolveu apostar num guarda-redes júnior, perdeu Riquicho e Dramé por lesão nos primeiros jogos do campeonato, King há um par de jogos, e não tem nas suas fileiras metade dos mais utilizados na temporada passada.
Este plantel não tem profundidade suficiente para fazer face a uma época tão longa e desgastante, com várias séries de 3 jogos por semana mas todos têm feito das tripas coração para enfrentar os desafios e crescer, a competir e a vencer.
Gauld faz de tudo neste meio-campo. Mama Baldé, que é ponta-de-lança, tem de ser defesa direito depois da lesão de Riquicho. Rúben Ribeiro é, depois da lesão de King, a única solução para a lateral esquerda. Geraldes tanto é um '8' como um segundo avançado. Até Labyad se tem mostrado imbuído deste espírito de equipa, atacando e defendendo, seja como extremo ou médio centro. Podence, assume-se como o único desequilibrador de uma equipa que se viu amputada (e bem) de Gelson e Matheus.
Esta equipa tem mais 6 pontos do que tinha na época passada à 20ª jornada e ocupa neste momento lugares e que só chegou no último terço de 2014/2015.
João de Deus continua a pulverizar os números dos seus antecessores e mantêm aqueles que trazia da época passada, tudo isto com plantéis menos ricos em qualidade e quantidade do que os que o antecederam.
Em 2012/2013, com Oceano e Dominguez no comando, o Sporting foi 4º mas só conquistou 52% dos pontos em disputa, com 40% dos jogos a terminarem com uma vitória leonina.
Abel, em 2013/2014, foi 6º, embora tenha melhorado ligeiramente a pontuação relativamente à época anterior (56% dos pontos e 48% de vitórias).
Na época passada, em conjunto com Francisco Barão, João de Deus alcançou o 5º posto com 57% dos pontos conquistados e os mesmos 48% de vitórias.
Porém, se contabilizarmos apenas desde que João de Deus assumiu o comando da nossa equipa B, as melhorias são ainda mais evidentes. 59% dos pontos conquistados na época passada e 50% de vitórias em 36 jogos.
Este ano, com menos soluções, como já referenciei, amealhámos 58% dos pontos e vencemos 50% dos 20 jogos disputados.
João de Deus só prometeu trabalho e tem apresentado resultados. Tenha ele a paciência necessária e aprenda o que conseguir com Jorge Jesus e, quem sabe, não será treinador da equipa principal daqui a uns anos e já com uma estrutura mais forte, alicerçada com os títulos que têm faltado.
Mais uma vez, esperam-se remodelações em Janeiro e, Deus, lá estará para remodelar e continuar a fazer crescer os nossos jovens que um dia serão as certezas do nosso futuro.
“Aquilo que espero e que os jogadores esperam é poder fazer novamente um jogo de muita qualidade à semelhança do que aconteceu nos últimos quatro encontros, apesar de só por uma vez termos ganho nesse período. São as vitórias que ajudam estes jogadores no projecto de crescimento e maturação e só ganhando sucessivamente conseguem evoluir do ponto de vista individual e em termos de desenvolvimento de uma mentalidade ganhadora”
(...)
“O que aconteceu com o Desportivo das Aves é normal porque a mudança de treinador traz sempre um aporte grande, as mentalidades e os caminhos são diferentes. Mas isso aconteceu também fruto da qualidade do plantel, que foi construído para lutar pelos lugares cimeiros da classificação. Tem jogadores muito experientes e alguns de enorme valia individual, não podendo deixar de destacar o Alexandre Guedes, que passou pelo Clube e que está realmente muito bem. É uma equipa que vale pelo seu todo. Será um jogo muito complicado, muito disputado e acredito que será resolvido nos detalhes, sobretudo num em específico que tem a ver com a quebra física advinda dos muitos jogos seguidos a meio da semana e que terá os seus reflexos na segunda parte e no final do encontro”
O Sporting B joga hoje na Academia Sporting, às 15 horas, com transmissão em directo na Sporting TV
Nota: Tenho pena que não tenham sido dadas outras oportunidades a Alexandre Guedes e Alexandre Silva, dois jogadores internacionais pelos sub-19 com os quais não renovámos contrato. Temos falta de pontas de lança na equipa B, que possam fazer cobertura aos da equipa principal e estes eram duas boas opções (embora não saiba em que condições foram conduzidos os processos de renovação de ambos). Guedes tem 5 golos em 10 jogos na 2ª Liga. Silva estreou-se a marcar na 1ª Liga esta semana pelo Vitória SC.
A crítica foi unânime na avaliação ao trabalho de João de Deus à frente dos destinos da equipa B leonina.
Uma temporada de grande nível após um início titubeante, futebol de qualidade e evolução a todos os níveis auguram algo positivo para 2015/2016.
Estou expectante para o que poderá ser esta temporada. João de Deus preparou a equipa desde o início, algo que não fez na temporada transacta (na qual entrou já no decorrer da mesma) e, para já, pode dizer-se que tem corrido bem.
Já com uma boa base da época passada, a equipa B leonina perdeu apenas um jogo com...a equipa principal do Sporting.
De resto, quatro empates e duas vitórias, ambas sobre equipas da primeira Liga: o Nacional, por 3-2 e o Vitória de Setúbal, por 6-1.
Frente aos madeirenses, que ainda anteontem foram a Coimbra derrotar a Académica por claros 3-0, a equipa reagiu muito bem a uma desvantagem de dois golos e acabou por dar a volta ao resultado.
Já no jogo com os sadinos, houve domínio total e um resultado volumoso sobre uma equipa que, apesar de alguns constrangimentos na planificação da época, já bateu os espanhóis do Bétis por 1-0.
Francisco Geraldes tem sido um dos maiores destaques da pré-temporada. Já com 3 golos apontados é o melhor marcador da equipa, à frente de Diego Rubio, Betinho e Daniel Podence (todos com 2).
No entanto, espero uma época de afirmações e reafirmações. Betinho e Zezinho são dois jogadores que procurarão 'renascer' e nomes como Riquicho, Domingos Duarte, Ryan Gauld, Francisco Geraldes, Matheus Pereira e Daniel Podence procurarão destacar-se por forma a chamar a atenção de Jorge Jesus.
Muitos dos jogadores do actual plantel acabarão por ser emprestados e espero acompanhar a sua evolução ao longo da temporada.
Honestamente, espero uma época ao nível da anterior, pelo valor dos nossos e pelo fraco nível da 2ª Liga, embora com condicionantes que dificultam bastante a obtenção de resultados e a prática de futebol de qualidade.
Confio em João de Deus e nos jogadores que farão parte do plantel e afirmo: entusismam-me tanto as perspectivas de evolução nestes jovens quanto a possibilidade de festejar títulos com a equipa principal.
Já aqui elogiei várias vezes o trabalho de grande qualidade de João de Deus à frente dos destinos da equipa B leonina.
Gostei de ver que o nosso treinador percebeu rapidamente a realidade da equipa e tratou de, com a maior celeridade possível, resolver os problemas.
É bem verdade que o emagrecimento do plantel em Janeiro ajudou à reorganização do grupo mas não é menos verdade que, de um dia para o outro, João de Deus se viu privado de vários dos habituais titulares.
A verdade é que o 'mister' facilmente juntou o grupo, que não só se tornou menos numeroso como mais unido e com uma maior identificação de papéis por parte de cada um.
Para o cumprimento dos objectivos, em muito ajudou o regresso de Diego Rubio que, em meia época marcou mais golos do que aqueles que todos os outros avançados tinham marcado até à data.
Os grandes destaques da época vão precisamente para Rubio, Luís Ribeiro, Wallyson, Gelson, Francisco Geraldes e João Palhinha.
Rubio revelou-se um jogador mais maduro do que quando, há um ano e meio, tinha saído. Mesmo 'atirado' para países como a Roménia ou a Noruega, soube crescer e ganhar maturidade, reforçando a mentalidade. Termina a época a pedir uma oportunidade na equipa principal e, a meu ver, merece-a.
Luís Ribeiro mostrou tudo o que de bom um guarda-redes deve ter e, o que lhe falta em experiência, sobra em capacidade de comando, agilidade, jogo de pés e uma frieza que lhe permite, por exemplo, ser exímio na defesa de grandes-penalidades. Neste momento, para mim, põe em perigo o lugar de Marcelo Boeck, como nº2 da baliza. Porque tem qualidade, porque pode fazer-lhe bem conviver mais de perto com Rui Patrício e porque permitia um alívio no orçamento.
Wallyson é classe pura. Dono de um pé esquerdo dotado de grande habilidade, tem no posicionamento o seu maior trunfo para recuperar inúmeras bolas. Tem grande sentido colectivo e é preciso no passe, tanto curto como longo. Tem lugar de caras no plantel da próxima época onde, seguramente, crescerá ainda mais e poderá tornar-se mais intenso nas suas acções.
Gelson foi, para mim, uma surpresa. Rápido e ágil, é dotado de uma excelente capacidade técnica e de condução de bola em velocidade. Melhorou bastante a sua capacidade de decisão ao longo da época e com o passar dos jogos tornou-se mais confiante. Tem qualquer coisa de Carrillo e faz algo que o peruano não fazia com a sua idade: defende bem e tem sentido táctico, facto que lhe permite ocupar até uma das posições do meio-campo. Não me parece mal que faça a pré-época e deixar que seja o treinador da equipa principal a decidir se fica ou segue para um empréstimo num patamar mais competitivo que a 2ª Liga.
Francisco Geraldes tem uma naturalidade com a bola nos pés totalmente desconcertante. Ambidestro e com grande visão de jogo, coloca a bola onde quer. Tem alguma facilidade para aparecer em zonas de finalização e, quando melhorar essa vertente do seu jogo pode tornar-se num caso sério. Deve, a meu ver, rodar numa equipa da 1ª Liga, visto que Ryan Gauld me parece mais preparado para assumir um lugar no plantel principal da próxima época.
João Palhinha foi a maior surpresa desta equipa B, apenas porque nunca o tinha visto jogar. É o William Carvalho branco. Tem presença e força física e sabe usar o grande porte e envergadura. Recupera bolas com uma facilidade 'irritante' e sai com qualidade em posse. Resta aprimorar o passe, onde lhe falta talvez a confiança para arriscar mais um pouco. No entanto, se não lhe faltasse nada, William podia ter um problema. Tem tudo para ser de classe mundial e, antes de o emprestar de forma precipitada, acho que deve manter-se na B, pelo menos mais meia-época.
Apenas dizer que, sobre Ryan Gauld nunca existiram dúvidas do seu valor. Desde que, pela primeira vez, vi o seu toque de bola que percebi que está ali a maior transferência de sempre do nosso Clube. Ryan sempre pertenceu ao plantel principal e praticamente só jogava pela B, pois foi assim que foi traçado o seu trajecto desde o início. Espero que a lesão esteja a ser debelada com minúcia para que a próxima época seja o ano de afirmação do seu enorme talento.
Apenas uma palavra para outro dos reforços: Sacko. Há ali qualquer coisa. Velocidade estonteante e sentido de baliza. Não foi à toa que marcou 7 golos em apenas 15 jogos como titular (fez mais 16 vindo do banco de suplentes). Nunca será um tecnicista e não devemos esperar dele cruzamentos teleguiados mas é um bom abre latas e exímio para jogos em que seja necessário apostar no contra-ataque. Tem golo nos pés e julgo que devemos ser cautelosos na sua gestão de carreira.
Termino dizendo que é giro bater recordes mas o importante é ver que houve evolução individual. Foi uma época claramente ganha e tomara que a próxima dê tantos e tão bons frutos.
Parabéns a todos os elementos da equipa B e espero que continuem o bom trabalho!
Joga-se amanhã mais um jogo para a 2ª Liga e a equipa B do Sporting já bateu todos os recordes.
Em igual número de jogos, na época passada, em que o campeonato se disputava a apenas 42 jornadas, a equipa de João de Deus e Francisco Barão já ultrapassou o maior registo de pontos e a melhor classificação de sempre (esta pode ainda ser alterada) desde o regresso das equipas B.
Prevê-se também que sejam ultrapassados os registos máximos de percentagem de vitórias e de percentagem de pontos conquistados.
Segue o seguinte quadro informativo com todos os dados:
Confirma-se também o percurso ascendente, melhorado ano após ano.
Excluindo desta estatística Oceano, pelo reduzido número de jogos em que dirigiu a equipa, João de Deus revela-se líder em todos os dados.
Já agora, se não for pedir muito, que amanhã venha mais uma vitória.
O momento de forma da equipa B de futebol do Sporting, depois de mais uma vitória (2-0 sobre o Atlético, com dois golos de Cristian Ponde), promete um final de época fantástico e um sem número de recordes batidos.
Desde o regresso das equipas B, este promete ser, depois de todas as dificuldades iniciais, o melhor ano da equipa B leonina.
Com a chegada de João de Deus, o emagrecimento do plantel e o 'reforço' Diego Rubio, o Sporting soma já 60 pontos e ocupa o 4º lugar na tabela, a apenas um ponto do primeiro.
Apesar de nos dois anos anteriores o campeonato se jogar a 42 jornadas (este ano são 46), o Sporting, com 36 jogos jogados, está a apenas 6 pontos dos 66 da dupla Oceano / Dominguez e a 10 dos 70 de Abel Ferreira.
O Sporting B é, a par do rival Benfica B, a equipa com mais vitórias na competição (17).
No total desta temporada, apresentamos uma percentagem de vitórias de 47% e conquistámos 56% dos pontos em disputa mas, se cingirmos a análise à prestação depois da chegada de João de Deus, notam-se melhorias: 50% de vitórias e 59% dos pontos conquistados.
A dupla Oceano / Dominguez (Oceano fez apenas 8 jogos) tem neste momento o recorde no que à posição na tabela classificativa diz respeito (4º) e João de Deus (em conjunto com Francisco Barão, que fez as primeiras 10 jornadas) pode perfeitamente melhorar a marca.
O recorde de Pontos pertence a Abel (70) embora tenha ficado em 6º lugar na classificação final. Só faltam dez pontos para bater essa marca (ainda estão 30 por disputar).
A época transacta, sob o comando de Abel, detêm também a melhor percentagem de vitórias e pontos conquistados (48% e 56%, respectivamente). Ora, este é sensivelmente o aproveitamento que a equipa tem actualmente pelo que é possível ver esta marca também ultrapassada.
Gosto da cultura de vitória que se nota estar implementada na nossa equipa secundária. João de Deus tem sabido motivar os jogadores e parece ter objectivos, internamente, bem definidos.
Nota-se ambição em todos os jogadores, que começam a acreditar ser possível fazer uma 'graçinha' mesmo que não tenham essa obrigação classificativa. Todos sabemos quais os objectivos da nossa equipa B e, na verdade, será mais fácil potenciar o valor de cada jogador, preparando-o para a equipa principal, ganhando e jogando um futebol agradável e, neste momento, tudo isso está a ser conseguido.
Mais uma boa exibição da nossa equipa B, frente ao primeiro classificado da 2ª Liga.
Após uma primeira parte em que o Chaves jogou melhor mas na qual soubemos ser coesos na defesa, assistimos a uma excelente segunda parte dos nossos jovens, que mostram já grande maturidade, entrosamento e dão indicadores claros de evolução.
Mais uma vez, Diego Rubio mostrou que é jogador de 1ª Liga. Grande mobilidade, bom jogo de costas para a baliza, serve bem os companheiros e faz bem aquilo que qualquer ponta-de-lança tem de saber fazer...o golo. E que grande golo marcou hoje, num tiro de fora da área.
João Palhinha surpreendeu-me novamente pela positiva. Querem ver que temos nele um substituto de William Carvalho?! Grande envergadura física, enorme capacidade de recuperação de bolas, técnica e capacidade de progressão em posse. Grande jogo do miúdo!
Muitos outros se destacaram, mas estes dois foram os que mais me encheram as medidas.
Depois, grande treinador que temos. Nota-se trabalho, muito trabalho com estes miúdos! E agora, com um plantel mais estável é evidente que João de Deus foi uma óptima escolha para liderar esta equipa B. Tem gerido bem o plantel, antes longo, agora mais adequado em número de jogadores e tem trabalhado bem a motivação dos jovens, mesmo com a integração pontual de elementos da equipa principal.
Nota-se que a experiência adquirida como treinador de formação e as experiências positivas na 2ª Liga, bem como o facto de já ter treinado na primeira categoria do futebol português lhe deram 'bagagem' para ser, como tem mostrado, o homem certo no lugar certo.
Como tinha dito há meses, bastava ser paciente para esperar pelos resultados. Já se notam!
“Não foi um jogo bem conseguido da nossa parte. Entrámos bem e com qualidade mas depois relaxámos com o 2-0 a nosso favor, como de resto tem acontecido. Não temos tido a capacidade de sermos consistentes durante 90 minutos. O terceiro golo acabou por ser injusto porque após a expulsão baixámos as linhas defensivas e deixámos de ter ímpeto ofensivo. Podíamos ter feito mais e melhor”.
“A equipa achou que estava a ser fácil. Pusemos o jogo como queríamos, a vencer desde muito cedo, mas fizemos o mais difícil através de erros individuais que poderiam ter deitado tudo a perder. Valeu-nos o grande golo do Sacko”.
João de Deus, após a vitória de ontem frente ao Beira-Mar por 3-2.
Tendo já dito que o treinador ideal para a equipa B devia ser alguém com experiência na formação e que já tenha iniciado uma carreira em equipas séniores de 1ª Liga, de preferência com bons resultados.
Pois, uma coisa é o ideal, outra é isso ser realmente possível. Neste momento não o é!
Não há dinheiro para ter um grande treinador a treinar a B, nem há grandes treinadores que queiram lá treinar (muito menos por aquilo que podemos pagar).
Carlos Carvalhal recebe uma fortuna para coordenar a formação do Al Ahli dos Emirados Árabes Unidos.
Oceano foi mandado embora e neste momento é adjunto de Queiroz no Irão, onde não lhe devem pagar mal.
O próprio Carlos Queiroz recebe por lá uma fortuna.
O saudoso Laszlo Bolöni treina o Al-Khor do Catar onde é pago a peso de ouro.
Vitor Pereira tem o perfil, mas nunca aceitaria (digo eu). Jesualdo Ferreira idem.
Estes são apenas alguns exemplos. Muitos outros poderiam ser dados, alguns com um curriculum bem superior e todos eles me parecem irrealistas, mesmo que o cargo a ocupar fosse o de coordenador técnico da formação, enquanto treinavam a equipa B.
Assim sendo, teremos de nos contentar com João de Deus e apoiá-lo. Não vejamos a sua chegada como mais uma tentativa de acertar com o treinador. João de Deus foi, talvez, o melhor possível neste momento. Em abono da verdade é o treinador que o Sporting procurava desde o início da época, pois é fácil perceber agora que Francisco Barão foi sempre um treinador principal a prazo, enquanto não era encontrado um sucessor para Abel Ferreira.
Tenho lido pela blogosfera leonina pessoas que questionam frequentemente a politica de formação do Sporting.
É verdade que os rivais estão mais próximos em termos de qualidade dos técnicos e isso reflecte-se, obviamente, na evolução dos jovens jogadores. Mas quererá isso dizer que estamos a fazer mal as coisas?
Não me parece. Os rivais estiveram anos e anos apenas preocupados com as equipas profissionais e, embora tivessem capacidade para recrutar bons jovens jogadores, nunca apostaram em treinadores mais qualificados para a formação.
Se é verdade que os melhores treinadores deviam estar na formação (ouvi isto várias vezes por aí), é preciso verificar outra coisa: Mourinho é um dos melhores treinadores do mundo, mas será que daria um bom treinador de jovens? Duvido.
É necessário que hajam treinadores de formação que gostem de trabalhar na formação e não treinadores de formação circunstanciais que têm como único objectivo ser treinadores profissionais ao mais alto nível.
Isto acontece porque um treinador de formação é muito mal pago comparativamente a um treinador de equipa sénior.
É aí que temos de mudar. Os treinadores da formação devem especializar-se nessa área. Devem passar por todos os escalões de formação. Devem ter os conhecimentos tácticos, técnicos e ao nível da metodologia, mas acima disso devem ser bons pedagogos enquadrados nas faixas etárias onde se formam o carácter e a personalidade. E devem ser remunerados consoante a responsabilidade que lhe está imputada.
Depois, temos hoje um patamar intermédio (em alguns casos). Falo das equipas B. Aqui sim, é necessário um treinador que circunstancialmente tenha passado pelos escalões de formação. Alguém que tenha a sensibilidade necessária para lidar com jovens que estão numa fase de ilusão e que tenha a capacidade de não lhe retirando a ilusão, lhes acrescentar responsabilidade e atitude competitiva mais condizente com o que se pretende de um profissional de futebol.
Tudo isto para falar de João de Deus, o novo treinador da equipa B do Sporting. Não vejo as constantes alterações no comando técnico como incompetência da estrutura, mas sim como um ajustar aquilo que não está ainda de acordo com o que se pretende. A verdade é que não é fácil encontrar um bom treinador que se sinta motivado a fazer um trabalho tão complexo quanto aquele que se exige numa equipa B, sobretudo na do Sporting, onde a importância da mesma é maior do que nos rivais (obviamente pela politica desportiva adoptada pelos clubes).
João de Deus não tem um percurso no futebol de formação. Iniciou a sua carreira como preparador físico (onde fez parte da equipa técnica que em dois anos consecutivos levou o Vitória Futebol Clube a duas finais da Taça de Portugal - numa delas saiu como vencedor). Depois de um percurso na selecção de Cabo Verde, treinou em divisões secundárias de Espanha e Portugal. A chegada à Primeira Liga deu-se pela mão de António Fiúza através do Gil Vicente. Em Barcelos teve um início prometedor, mas acabou por desiludir.
O facto de ter experiência como preparador físico parece-me importante, pois considero a falta de capacidade física e de intensidade um dos principais problemas apresentados pelos jogadores da equipa B leonina. Tem ainda tudo para provar e não teve problemas em dar um passo atrás na carreira (mesmo falando de treinar o Sporting, não deixa de ser um passo atrás, pois falamos do segundo escalão). Que tenha ambição, vontade de trabalhar e mostrar serviço e tenha a capacidade de lidar com esta etapa do desenvolvimento dos jogadores, que não é fácil e exige características especiais que espero que possua.
Tenho a convicção de que em Janeiro alguns jogadores sairão por empréstimo, facto que poderá fazer com que o trabalho nas equipas A e B tenha maior eficácia, devido ao número mais conveniente de jogadores nos dois plantéis.
Não sei se será a pessoa ideal para a função, mas espero que seja e desejo toda a sorte a João de Deus esperando que Francisco Barão consiga ajudá-lo.