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Grande Artista e Goleador

SPORTING CP 4-2 P. Ferreira: Regresso às vitórias

Não vi quase nada do jogo. Porque o Sporting não é só futebol e foi o hóquei em patins a minha prioridade. TV e PC ligados mas olhos no pavilhão da Luz, onde todos sabem o que se passou.

 

Em Alvalade, entrada de leão, com espectáculo e nota artística. Vi os golos e pouco mais. Na segunda parte, os miúdos para deitar e toda a rotina nocturna fizeram com que apenas tenha visto a espaços.

 

Assim sendo, destaco dois nomes: Bas Dost e Gelson Martins.

Continuam a ser os mais preponderantes e com maior peso na eficácia da equipa. As saídas de João Mário e Slimani foram mais facilmente colmatadas do que seria à partida imaginável, no entanto, a equipa perdeu algumas dinâmicas nas quais esses jogadores eram essenciais e sofreu também com o mau planeamento da época e a chegada tardia dos campeões europeus, peças fulcrais na dinâmica e equilíbrios da equipa.

 

Mas não há como negar que os números impressionam. Apresentarei um quadro com os primeiros 26 jogos (número que contabiliza até agora Bas Dost) e outro com dados relativos às primeiras 19 jornadas. As épocas em análise serão aquelas em que cada um obteve a sua melhor performance ao serviço do Sporting.

Vejamos o comparativo de Bas Dost com os melhores avançados pós Mário Jardel:

 

PRIMEIROS 26 JOGOS

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19ª JORNADA

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Comparemos o registo de golos e assistências de Gelson Martins (2016/17) vs João Mário (2015/16):

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Na próxima semana, já com o mercado fechado, teremos a difícil deslocação ao Estádio do Dragão.

 

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O "emagrecimento" do plantel: Daniel Podence

Embora ache Daniel Podence dos menos preparados para regressar entre os jogadores da nossa formação actualmente emprestados, parece-me interessante verificar se os dados estatísticos "validam" a sua presença no plantel.

Assumo que a minha escolha, a seguir a Iuri Medeiros, seria Carlos Mané mas as particularidades do seu contrato de empréstimo inviabilizam o seu regresso no imediato.

Podence tem muito a melhorar mas é o único com capacidade para fazer descansar Gelson, mantendo alguém com características semelhantes em campo.

Sei que muitos o vêem como segundo avançado mas, para mim, Podence é extremo (é nessa posição que tem sido utilizado no Moreirense). O confronto físico com defesas centrais cada vez mais corpulentos prejudica-o e as alas protegem-no melhor das suas insuficiências. 

Usarei os mesmos termos de comparação que usei para Iuri. Vamos aos números:

Daniel Podence.png

Em golos e assistências Podence aproxima-se muito do rendimento de Bryan e Campbell. Tal como no caso de Iuri, os números ofensivos não desiludem. Remata mais do que os costa-riquenhos, é, de todos, o que mais passes para ocasião faz por jogo e arrisca o drible na mesma medida que Gelson.

Podence não cruza tanto como Bryan ou Campbell, sobretudo por ter no Moreirense tarefas que visam a exploração do espaço interior. Podence parte sempre da ala para o meio, onde muitas vezes acaba por fazer de segundo avançado (ora, isto é precisamente o tipo de movimentação que o sistema de Jorge Jesus pede).

É no plano defensivo que Podence deve trabalhar mais. Os seus números são, de todos, os mais modestos e a ajuda aos laterais (sobretudo aos nossos) é muito importante.

No geral, mais uma vez, não vejo Podence muito inferior a Bryan ou Campbell mas assumo que vejo com bons olhos a sua permanência no Moreirense, onde jogará mais. Todavia, "balanço" sempre que penso nas alternativas a Gelson e parece-me razoável que Podence pudesse ser uma delas.

 

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O "emagrecimento" do plantel: Iuri Medeiros

Bruno de Carvalho afirmou num post no facebook que o plantel será encurtado para fazer face à situação competitiva em que nos encontramos, em que apenas disputamos uma das quatro competições em que entrámos.

Na minha opinião, o plantel nem precisará de reforços para colmatar lacunas, pois temos essas mais-valias nos nossos quadros. 

Dizer simplesmente que Iuri Medeiros, Francisco Geraldes, Ryan Gauld e Daniel Podence fariam mais do que alguns dos jogadores do nosso plantel pode ser considerada uma análise subjectiva, por estar sujeita aos meus gostos pessoais ou inúmeros outros factores menos "palpáveis".

Assim sendo, vamos a números. Começo com Iuri Medeiros (dados do site whoscored.com):

Iuri Medeiros.png

É evidente a análise dos números se torna num mero exercício aritmético, até porque o estilo de jogo ou caudal ofensivo do Boavista nada tem a ver com o do Sporting mas, tentemos ser objectivos.

 

Os números de golos e assistências não diferem muito dos apresentados pelos extremos mais utilizados do nosso plantel.

Iuri é, juntamente com Bryan Ruiz, aquele que mais passes para ocasião faz por jogo. No entanto, faz menos 12 passes por jogo do que o costa-riquenho, o que lhe limita as oportunidades de ser mais bem sucedido no parâmetro anterior.

A baixa taxa de sucesso no passe deve-se à menor segurança na posse do jogo do Boavista, pelo que, considero a disparidade dos números perfeitamente normal.

Nos parâmetros defensivos (defeito que vejo apontar indiscriminadamente ao açoriano) vejo números semelhantes aos dos três jogadores comparados e parece-me que se tem criado um mito relativamente ao pouco empenho do jogador nas tarefas defensivas (ou isso ou não vêm os jogos e, por isso, pouca legitimidade têm para criticar).

 

De todos, Iuri é mais parecido com Bryan Ruiz. Mais cerebral, lê o jogo como poucos. Não imprime no jogo a velocidade de Campbell ou Gelson nem traz a imprevisibilidade que ambos aportam, embora seja forte no 1x1. Usa sobretudo a sua qualidade de passe para queimar linhas e traria uma qualidade na marcação de todas as bolas paradas que nenhum jogador do nosso plantel possui. Neste momento, tendo a conta a forma de Bryan Ruiz, acho que Iuri poderia ter um impacto muito positivo no jogo do Sporting.

Porque o post ficaria muito extenso, guardarei as análises dos restantes jogadores para as publicações seguintes. Parece-me interessante e espero que gostem.

 

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João Mário vs Gelson Martins

Gelson faz este ano sua época de maturação, precisamente aquela que João Mário cumpriu no ano passado e, perdendo um grande jogador, João Mário esteve longe da preponderância de Gelson.

 

Nos primeiros 7 jogos da temporada passada, João Mário marcou um golo e não contava com qualquer assistência.

Gelson, também em 7 jogos esta temporada, leva já dois golos e quatro assistências.

João Mário vs Gelson Martins.png

Infelizmente, talvez a próxima época termine com a saída da mais uma pérola.

Felizmente, a acontecer, os cofres de Alvalade voltarão a ficar novamente recheados e já temos substitutos na calha.

 

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As pernas ainda pesam muito

Como era esperado, nestes primeiros dois jogos, as pernas ainda pesam muito devido às elevadas cargas físicas. Tanto no jogo frente ao Mónaco como no jogo com o Nyonnais a 1ª parte foi aceitável. Na 2ª, sentiram-se em demasia as alterações e o desgaste físico.

 

Não são jogos para tirar conclusões. Nem os frangos de Jug permitem dizer que não serve, nem os erros defensivos devem colocar algo em causa e muito menos os falhanços em frente à baliza nos devem preocupar. Não agora.

 

Olhando aos pormenores, esses sim que podem dar indicadores, ressalto as exibições bem conseguidas de Podence (com o Mónaco), de Alan Ruiz (com o Nyonnais) e de Iuri Medeiros (com o Nyonnais). Do primeiro jogo vi a 1ª parte e pouco mais e saltou à vista Podence. No segundo jogo foram Alan Ruiz e Iuri Medeiros a deixar os melhores indicadores, embora João Pereira se tenha mostrado em boa forma pela direita.

 

Nesta fase nota-se ainda um desfasamento entre os momentos de forma de cada um e, por isso, houve quem não beneficiasse com o ritmo pausado de outros. Gelson, por exemplo, parecia sempre uma ou duas velocidades acima dos outros e o desfasamento de ritmos tornou-o mais inconsequente que o habitual.

 

Manifesto alguma tristeza por Ryan Gauld não ter jogado ainda qualquer minuto e tenho pena que Jorge Jesus nem o deixe mostrar-se aos adeptos. Espero que seja no sábado, mesmo que seja previsível a sua ausência do lote final de escolhidos para atacar a época 2016/17.

 

Sobretudo a partir da próxima semana, os indicadores já se tornarão mais elucidativos e, mesmo o próximo jogo (sábado, com o Zenit), não dará ainda para tirar grandes conclusões.

 

Enquanto isso, deliciemo-nos com a possibilidade de ir vendo a verde-e-branca e os jogadores que, certamente, não irão dar muitas alegrias.

 

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Isto sim, já mexe comigo

Depois de saber que Gelson Martins, Rúben Semedo e João Palhinha já se treinam na Academia sobre as ordens de Jorge Jesus que, tal como os três pupilos, abdicou de uma das semanas de férias, chega a hora de começarem a regressar os restantes jogadores, que se apresentarão ao trabalho na próxima semana.

 

Ezequiel Schelotto já está em Portugal e falou em exclusivo para a Sporting TV.

A pré-temporada já mexe e o 'bichinho' já morde.

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O "Fenómeno" Gelson continua a impressionar

Depois de já AQUI ter comparado em janeiro o rendimento de Gelson com o das maiores estrelas saídas da nossa Academia que jogavam na mesma posição, é hora de actualizar os números.

Porquê agora? 

Porque, aconteça o que acontecer para a semana, Gelson já só pode colocar a fasquia ainda mais alta.

Nenhum dos seus ilustres antecessores participou em tantos jogos e marcou tantos golos. Todos eles levavam mais tempo para marcar e marcavam menos por jogo.

Seguem os números:

Gelson vs os outros.png

 

(os números são referentes às primeiras épocas completas na equipa principal)

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Gelson "Fenómeno" Martins

A época de estreia de Gelson Martins está a ser qualquer coisa de extraordinário e não encontra paralelo nem em nenhuma das grandes estrelas saídas da nossa Academia.

Comparando com a primeira época completa na equipa sénior do Sporting de 6 dos maiores craques da nossa formação, é caso para dizer que Gelson tem tudo para vir a ser um fenómeno em Portugal e, fosse ele formado noutro clube e nem imagino quantas capas não se tinham já feito.

A época vai a pouco mais do que a metade e Gelson já participou em mais jogos do que Simão Sabrosa na sua época de estreia. Já ultrapassou o total de golos de Figo, Simão e Futre, igualou o máximo atingido por Ronaldo e Quaresma e está a apenas um golo de Nani, que marcou 6 golos em 36 jogos.

Indo mais ao pormenor, Gelson tem entre todos a melhor média de golos por jogo e é aquele que menos minutos precisa de jogar para marcar um golo.

Mas não são só os números que impressionam. É notória a evolução que tem demonstrado nos últimos jogos. Está mais objectivo e mais 'solto'. Perdeu a vergonha e a segunda metade da época promete colocar a fasquia num patamar não muito fácil de igualar.

Podia ter colocado aqui os números de Matheus Pereira mas o brasileiro participou apenas em 14 jogos, a maior parte deles com grau de dificuldade inferior (o que não invalida que os seus números impressionem - ainda mais que os de Gelson).

Gelson vs os outros.png

 

Claro que isto não quer dizer nada, muito menos que atingirá patamares que outros conseguiram, mas não deixam de ser indicadores que nos fazem acreditar que mais uma estrela à escala mundial poderá estar prestes a emergir da Academia do Sporting.

Para já, deixemos que faça o seu caminho e atinja aquilo que só Ricardo Quaresma conseguiu: ser campeão nacional no Clube que o formou.

SPORTING CP 3-2 Braga: uma 'remontada' épica

Eu tinha avisado ontem...o Braga sabe defender e, connosco, fê-lo em bloco baixo, só arriscando pressionar no próprio meio campo.

Eu tinha avisado...o Braga sabe jogar em ataque rápido, usa para isso processos simples e tem jogadores rápidos e de qualidade que ajudam (e muito) a dar-nos alguns calafrios.

Foi assim que, sem qualquer problema, entregaram o domínio total do jogo ao Sporting e se limitaram a tentar chegar à área de Rui Patrício em jogadas rápidas, aproveitando bem alguns erros a que o nosso estilo de jogo é propenso.

Os primeiros lances de perigo surgem de duas desatenções de Jefferson e William Carvalho. Na primeira, Wilson Eduardo não acertou na baliza. Na segunda, Rui Patrício teve de mostrar serviço.

Na primeira parte, ofensivamente, o Braga só existiu nestes primeiros cinco minutos e nos últimos cinco (pena que com efeitos diferentes dos que acabei de mencionar).

Entre estes dois períodos, as melhores situações de golo foram do Sporting, por João Mário, que só não finalizou melhor porque a bola lhe sobrou para o pior pé, por Slimani, que complicou uma finalização que se queria simples e por Paulo Oliveira, que cabeceou de forma violenta ao poste da baliza de Kritciuk, que havia defendido as duas ocasiões anteriores.

Já diz o povo que, quem não marca, sofre. E assim foi.

Ambos os golos que haveriam de colocar o Braga em vantagem por 0-2 ao intervalo têm um denominador comum: Jefferson, que num deles tem a 'colaboração' de Adrien e no outro de William Carvalho.

No primeiro golo, o alívio de William é o possível, tendo em conta a trajectória da bola e o posicionamento do jogador (correcto, diga-se). O resto, é 'sono' de Jefferson (que se deixa antecipar) e Adrien (que está demasiado longe de Wilson para que possa estorvar a sua acção).

Curiosamente, é no momento do 0-2 que o Sporting começa a vencer o jogo. Imediatamente após o golo de Rafa (que também tem mérito do próprio e de Rui Fonte, que desposiciona totalmente Paulo Oliveira) o vulcão de Alvalade mostrou a sua força e a palestra de Jorge Jesus começou com aquelas gargantas a cantar "Só eu sei, porque não fico em casa".

Os adeptos sabiam que ia valer a pena e, na segunda parte, os jogadores acabaram por fazer valer o bilhete.

Era preciso arriscar para virar um resultado de dois golos frente a este Braga e Jorge Jesus não esperou. William ficou no balneário (porque já tinha amarelo e era, naquela altura, o elemento mais 'descartável' do nosso meio-campo).

Jesus sabia que a pressão ia fazer moça e que Gelson ia ser importante para isso.

A segunda parte é poética.

A toada do jogo não se altera. O Sporting domina e o Braga tenta explorar o ataque rápido, nunca com mais de três homens.

A primeira oportunidade, não estava ainda completo o terceiro minuto, esteve nos pés de Ruiz, servido por Slimani, que havia recebido de Gelson. Tal como nas oportunidades anteriores, o ressalto vindo do guarda-redes não nos é favorável mas estava dado o primeiro aviso.

Logo a seguir, Pedro Santos volta a por Patrício à prova, após mais um deslize (literalmente) de Jefferson. O Braga mostrava também que estava pronto a aproveitar os nossos erros.

Quase dez minutos de futebol algo atabalhoado de ambas as partes e Jesus percebe que este não é o dia de Bruno César. Fredy Montero está na linha lateral, preparado para entrar, quando o cruzamento de Gelson é travado pelo braço de André Pinto. Grande penalidade bem assinalada, que Adrien não desperdiça. Mais do que nunca, as esperanças reacendem. Grita-se o amor ao Sporting! É possível!

Montero entra para o lugar de 'chuta-chuta'. O golo não altera nada. Ainda estamos em desvantagem.

Na primeira vez que toca na bola, Montero isola Slimani. Kritciuk chega primeiro.

Neste momento, o Braga já abusa do anti-jogo. Era um bom sinal. Sentiram o golo. Fonseca troca de avançados. Nada muda na estratégia do Braga.

Montero tenta um passe picado, ganha a segunda bola e ataca a área. Segunda grande-penalidade, desta vez não assinalada mais uma vez com um jogador do Braga a jogar a bola com a mão no interior da área (desta vez foi Ricardo Ferreira).

Ruiz coloca de bandeja na cabeça de Slimani, mesmo como ele gosta. O argelino desperdiça, o público desespera, o Braga respira de alívio. A pressão está a subir de tom.

Montero tenta mais um passe picado. Não resultou mas eu sentia a sua confiança.

Minuto 70. Mais um aviso. Gelson combina com Ruiz, remata, o russo defende e, na recarga, Slimani volta a acertar no boneco. Está quase...já cheira a golo em Alvalade!

João Mário tem uma entrada dura que devia ter valido cartão amarelo. Não vou discutir nem esmiuçar a arbitragem mas, para os lampiões (sejam do sul ou do norte) que exigiam a expulsão do jogador do Sporting, recomendo que revejam as três faltas de Ricardo Ferreira até ao lance que origina a grande-penalidade não assinalada. E fico-me por aqui.

Wilson Eduardo sai ovacionado após marcar um golo em mais um regresso a 'casa'.

Faltam quinze minutos para o final. 

Para os menos desatentos, o lance do golo de Fredy Montero surge após uma troca de bola de quase um minuto, em que a bola passa pelos três corredores e por nove dos onze jogadores do Sporting em campo (só Rui Patrício e Bryan Ruiz não participaram no lance). Só Fredy Montero transformaria um remate de Jefferson numa assistência, tornando o que parecia difícil em fácil. Pé direito para receber e esquerdo para rematar, sem pedir licença, com a potência e direcção certas. Estava feito o empate e eu estava eufórico. Foi o golo que mais festejei e que mais tranquilo me deixou.

Porquê? Slimani ainda não tinha marcado e tínhamos um quarto de hora para tomar de assalto a baliza dos bracarenses.

Paulo Oliveira tenta o tiro do meio da rua. Sai por cima e está na hora de apostar na qualidade de passe e veia goleadora de Aquilani. João Mário é o 'sacrificado'. Faltam dez minutos para o final.

Seguem-se cinco minutos em que abrandámos a pressão (os homens não são de ferro) e o Braga teve mais bola, embora se sentisse desconfortável com ela. Este momento de jogo haveria de culminar com o recém-entrado Marcelo Goiano a isolar Rafa que, na cara de Rui Patrício viu o guarda-redes leoninio ser aquilo que é...o Rei! Mancha monumental, a mostrar aquilo que vale...pontos.

O Sporting volta a carregar a anunciam-se mais de 42 mil em Alvalade. O melhor, ainda estava para vir.

Patrício emenda um erro de Naldo e antecipa-se a Stojilkovic. Falta um minuto para os 90 e o publico ainda acredita.

Ruiz também e mostra porque é que nunca sai. Mais uma redondinha na cabeça de Slimani que, desta vez, não perdoa e escreve o último verso de um poema épico.

Estava feito o 3-2. Estava virado o jogo em menos de 45 minutos e eu só dizia ao meu puto: "Filho, este ano somos campeões! Este é o ano do Sporting!"

Podia nomear um homem do jogo e vou fazê-lo: Jorge Jesus.

Pela mestria como leu o jogo e mexeu na equipa, pela forma como cantou com os mais de 40 mil, pela forma louca como festejou a vitória.

Jesus é treinador do Sporting de corpo e alma. Vive e entrega-se ao jogo como se jogasse e, embora não tenha marcado um golo, esta vitória é dele. Dele e daqueles 40 e tal mil leões que nunca desistiram e acreditaram sempre.

Braga 4-3 SPORTING CP: Desta vez faltou-nos a estrelinha, num grande jogo de futebol

O JOGO

Um verdadeiro jogo de futebol, com duas equipas a procurar a vitória, jogadores empenhados em cumprir a estratégia dos treinadores e golos...bons golos e bom futebol, numa partida bem jogada técnica e tacticamente em que a balança pendeu mais para a eficácia dos ataques em detrimento da das defesas.

Um jogo que, pelo que fizeram as duas equipas, merecia ter sido resolvido nas grandes penalidades.
Um hino ao futebol poucas vezes visto por cá e que certos e determinados patrocinadores não mereciam pelo que não fazem em prol do nosso futebol.

OS JOGADORES

Torna-se injusto enumerar erros colectivos ou individuais quando todos se empenharam em ganhar e dar um bom espectáculo.
Claro que os nossos erraram. Os do Braga também. Mas muito do erro é provocado pela estratégia de ambos.
Não foi pelo que fizeram ou deixaram por fazer os nossos jogadores que não passámos aos quartos-de-final da Taça de Portugal. Não foi por eles que o Sporting não estará no Jamor.
Não me é fácil individualizar, pois foi o colectivo que mais se destacou.
Falo apenas de Slimani, apesar de vários merecerem menção honrosa. Nem é pelo que jogou (nem terá sido o melhor em campo), pelo golo ou pela entrega. Faço-o porque, como sabem,Slimani não é dos meus favoritos mas isso não me impede de reconhecer que é essencial nesta equipa, sobretudo em jogos como este. Nunca pensei dizer isto, mas personifica bem o lema do nosso Clube, mesmo que o faça apenas por dinheiro.

OS TREINADORES

Jorge Jesus é o melhor em Portugal e Paulo Fonseca é talvez o melhor desta 'nova geração'. Ambos montaram estratégias fortes e compactas.
Embora com ideias de jogo diferentes, ambas as equipas terão cumprido com a maioria do que lhes foi pedido.
O único ponto em que Fonseca bateu Jesus foi nas substituições.
As do treinador bracarense surtiram o efeito desejado, as de Jesus, não.
Não que a ideia não fosse boa mas porque os jogadores não me pareceram os mais adequados para os momentos do jogo em que foram lançados.
E não digo isto a frio, pois foi exactamente a ideia que tive durante o jogo. Lançar Matheus e Gelson em conjunto pareceu-me demasiado arriscado, sobretudo num jogo em que a experiência e maturidade eram mais importantes que a irreverência (pior ainda quando essa irreverência nunca sobressaiu pela positiva).
No último terço dos 90 minutos, o jogo já pedia Montero ou André Martins. Nem a entrada de Naldo foi feliz.

A ARBITRAGEM

Irrepreensível no capítulo disciplinar (o critério foi largo mas coerente), não esteve bem no capítulo técnico e acabou por ter influência no resultado.
Tanto o Braga como o Sporting marcaram 4 golos (o Sporting até marcou 5, mas já tinha soado o apito quando William rematou para o fundo das redes, ao cair o pano do prolongamento) mas foram os leões a ficar pelo caminho.
O Braga fez quatro golos legais mas um deles é precedido de uma falta clara sobre William Carvalho, que ficou por assinalar.
O Sporting fez também quatro golos legais, mas só três contaram (Slimani está em jogo no momento do passe de Ruiz, na 1ª parte do prolongamento).

A NOSSA LUTA

O jogo de ontem prova que as lutas que o Sporting tem travado, na pessoa do seu Presidente, são justas e só pretendem credibilizar e valorizar o nosso futebol.
O vídeo-árbitro teria permitido analisar em tempo real o golo anulado a Slimani e, assim, teria havido justiça desportiva.
A centralização dos direitos desportivos permitiria ver no nosso país mais jogos com a riqueza do de ontem mas, num país de corruptos e "xico-espertos", são os mais egoístas e "habilidosos" que fazem as regras.
Quando o patrocinador principal da Liga e o actual campeão nacional resolvem negociar em prejuízo do campeonato português, está tudo dito.

O NOSSO ORGULHO

Devemos orgulhar-nos todos do jogo que a equipa fez ontem. Todos lutaram e deram o melhor de si em prol do Sporting. Todos dignificaram a camisola e o equipamento que homenageia um dos nossos fundadores. Todos, sem excepção, terão ficado tristes mas de cabeça bem levantada, pois fomos briosos e competentes na maior parte do encontro.
Mais do que isto, devemos orgulhar-nos de saber reconhecer e 'parabenizar' o esforço dos adversários que nos venceram com dois golos marcados por produtos da nossa formação (Wilson Eduardo e Rui Fonte). O Braga foi um adversário à altura e não deixa de ser um justo vencedor, num jogo que podia ter caído para qualquer dos lados. Pena que tenha sido a terceira equipa a desequilibrar os pratos da balança, ainda que isso não retire nenhum do mérito dos bracarenses.
Parabéns ao Braga!

OBJECTIVOS

Foi o primeiro objectivo falhado da temporada (ainda não consigo admitir que tenhamos sido nós a falhar o acesso à Liga dos Campeões) e a única coisa que peço é a mesma atitude de ontem para o próximo domingo. Se assim for, certamente estaremos próximos de somar mais três pontos para o principal objectivo desta época.

SPORTING CP 3-1 Besiktas: do 8 ao 80

Uma hora de jogo e não havia meio de desatar a camisa de forças. Para piorar, o Besiktas já ganhava.

Confesso que não acreditava numa possível reviravolta e, a verdade, é que a equipa não dava sinais de ser capaz de a orquestrar.

Acusámos demasiado a pressão de ser um jogo decisivo e ter a carga adicional de não haver poupanças. A responsabilidade era, de facto, acrescida para os 11 que entraram em campo e, a verdade, é que nenhum jogou bem, sobretudo nos primeiros 45 minutos.

João Mário, Adrien, os centrais e Patrício (que mesmo assim nos assustou nos descontos), terão sido os únicos a escapar a uma análise superior a medíocre.

Ao intervalo, a substituição do costume, sempre que algo não está a correr bem à equipa. Percebo e entendo a saída de Montero mas custa-me sempre que seja ele o sacrificado de um onze onde podia ter saído qualquer um.

Jorge Jesus terá puxado as orelhas aos jogadores mas o efeito não foi imediato.

Um erro de João Pereira, mal acautelado pelos que deviam ter-lhe feito cobertura, daria origem ao golo do Besiktas. E nem vale a pena crucificar João Pereira porque neste lance a culpa não morre solteira. João Mário, em zona interior, era a única linha de passe disponível e mesmo que a opção de João Pereira não tenha sido boa, ninguém aplaudiria um 'biqueiro' para a frente se não soubesse que o lance daria golo do adversário. Basta ver a imagem seguinte para comprovar aquilo que digo.

Golo Besiktas.png

Se é possível tirar coisas positivas de um golo sofrido, este foi o caso. A equipa acordou e percebeu que era hora de dar corda às canetas.

Sem clarividência mas com vontade, o primeiro golo acaba por nascer de uma das poucas acções positivas da dupla Ruiz/Slimani (o primeiro assistiu o segundo, que acreditou tanto que até assustou o guarda-redes) até àquele momento.

Se muitos já não acreditavam, acho que todos passaram a ter a certeza que o jogo viraria. O mais difícil estava feito e a confiança voltara a vestir de verde-e-branco. Mérito quase total destes dois que, até ali, tinham sido pouco mais do que zero.

Seguiu-se o melhor momento da equipa, que coincidiu também com a entrada de Teo Gutiérrez, para o lugar de Adrien.

Como disse Quaresma no final, o Sporting estava com vontade e confiança.

Foi assim que partimos para cima dos turcos e bastaram 10 minutos para resolver a questão.

Bryan Ruiz (quem diria), assistido por João Mário, operou a reviravolta e Teo Gutiérrez sentenciou a partida numa excelente jogada individual, antecedida de um passe de Gelson, que viria a dar origem ao momento caricato da noite: o festejo (ou a tentativa) do colombiano.

Depois do segundo, eu, que nem acreditava que pudéssemos ganhar, tinha já a certeza que a vitória não fugiria.

Com os turcos de rastos perante 10 minutos à Sporting, bastou gerir até final e pairou sempre no ar a ideia de que, a haver mais golos, voltariam a ser na baliza de Tolga Zengin.

Tempo para o público aplaudir Slimani e saudar Matheus.

O jogo estava feito e o objectivo cumprido.

Venha o Moreirense!

SPORTING CP 1-0 Belenenses: vitória em noite desinspirada

Começo pelo público: mais de 31 mil pessoas a uma segunda-feira às 19 horas superaram a minhas melhores expectativas.

Tal como havia dito ontem, uma meia-hora inicial sem golos da nossa parte daria ao Belém um importante balão de confiança. Tão grande que, após esse período, devido ao conforto adquirido, raramente vimos os do Restelo passar do meio-campo.

Dentro dos primeiros trinta minutos apenas Fredy Montero mostrou ideias para furar a defensiva azul. Infelizmente, não houve quem acompanhasse a sua linha de raciocínio.

Bryan Ruiz, que pouco apareceu na primeira parte, acabaria por proporcionar o melhor momento da primeira parte, num lance individual de classe suprema que esbarrou na luva esquerda de Ventura e, por pouco, não deu golo.

E chegou sem golos o intervalo, onde se esperava que Jorge Jesus desse o mote para uma segunda parte mais interessante.

Não aconteceu. O jogo manteve a mesma toada, com o Sporting a circular na procura do espaço que descompensaria a baixa e organizada defensiva belenense.

Não aconteceu. William e Adrien continuavam a falhar alguns passes e isso emperrava o nosso jogo, mesmo que tenham sido eles os que mais vezes tentaram furar a primeira barreira defensiva do adversário.

Jorge Jesus leu bem o jogo, lançou Gelson para o lugar de Adrien e puxou João Mário para o centro do terreno.

Melhorámos e Fredy Montero voltou a aparecer. Grande passe do Jonathan (belo jogo do argentino), o colombiano mata no peito e remata de primeira, bem perto do poste da baliza do Belém.

Aqui, Jorge Jesus toma, a meu ver, uma decisão errada. Tirar Montero naquele momento do jogo, sobretudo quando havia sendo quase sempre o mais esclarecido, tem tanto de incompreensível quanto de previsível.

Tirar Montero parece um cliché, daquele usados em momentos de indecisão.

Montero só não deu ainda mais nas vistas porque a maioria dos colegas não entende a sua linguagem futebolística, mais inteligente e avançada do que a da maioria. Montero é mais imprevisível porque tem mais recursos e é incrível como muitos ainda não o compreendem após tanto tempo de convivência. Slimani nunca entenderá essa linguagem e é por isso que são praticamente incompatíveis em campo. Ontem faltou encontrar mais vezes Ruiz em jogo e João Mário em sintonia.

Montero acabou no banco, Matheus entrou e Ruiz passou para o apoio directo a Slimani. 

Seguiram-se uns minutos de indefinição até aparecer Matheus que, em dois remates perigosos mostrou que o golo ainda podia aparecer.

Neste momento, as tentativas de saída do Belenenses já morriam à saída do seu próprio meio campo e volto a abrir um parêntesis, desta vez para falar dos nossos defesas centrais.

Não há no nosso campeonato equipas com a qualidade das nossas opções para o centro da defesa. Três centrais fortes e equilibrados e outro de grande potencial. Ontem, Ewerton e Paulo Oliveira voltaram a estar impecáveis e é difícil escolher entre a classe do brasileiro e a assertividade do português.

Eu prefiro Paulo Oliveira, porque conhece como nenhum outro as suas limitações e usa e abusa das suas maiores qualidades. A fase de maior pressão sobre o Belenenses, na fase final, advém do tempo de entrada perfeito de Paulo Oliveira, a cada bola disputada com os homens da frente de ataque azul.

Sem mais opções de ataque no banco acabou por ser Tanaka a última cartada lançada por Jorge Jesus. Entrou para o lugar de Bryan Ruiz mas acabou por não acrescentar grande coisa.

O jogo caminhava para o final e, aí, volto a falar dos 31 mil que estavam nas bancadas. Estariam naturalmente apreensivos, alguns até descrentes, mas a grande maioria continuava a acreditar e a apoiar até ao último suspiro.

A equipa, essa, continuava a tentar, não abandonando as suas ideias e a sua forma de jogar, numa clara demonstração de identidade misturada com alguma teimosia em mostrar uma abordagem diferente, que mais rapidamente forçasse o erro adversário.

Erro esse que acaba por cair do céu, num lance em que Tonel corta a bola com o braço em duelo aéreo com Slimani.

Penalti indiscutível, Slimani corre para a bola mas acaba por ser William a assumir o castigo máximo.

Goooooooolooooooo!... e um enorme suspiro de alívio. Estava feito! Mais três pontos rumo ao título, num ano em que a estrelinha nos parece acompanhar.

Lokomotiv 2-4 SPORTING CP: Montero e as estrelinhas

Jogo de enorme qualidade e competência do Sporting na Rússia, país onde nunca tinha vencido. Está morto mais um borrego!

E o jogo nem começou bem, pois vimo-nos em desvantagem após uma infelicidade de Adrien, que ao tentar um corte viu o ressalto sobrar para o avançado do Lokomotiv que, isolado perante Boeck, não facilitou.

A resposta não demorou muito com Montero a mostrar que o seu faro de golo também está apurado.

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E foi a partir daqui que veio a melhor fase do jogo, em que Fredy foi figura central, assistindo para mais dois golos ainda antes do intervalo. O primeiro da autoria de Ruiz, num lance digno de um jogo do Barça ou do Bayern de Munique, finalizado com classe suprema pelo costa-riquenho e o segundo com Gelson como protagonista maior que, isolado, colocou a bola com precisão, de trivela, por entre as pernas do guarda-redes.

Esta primeira parte deixou-me a pensar que a qualificação podia já estar mais do que resolvida, não fosse aquele desaire em casa com os russos mas sobretudo aquela derrota na Albânia.

Na segunda parte, aguentamos bem a natural subida no terreno do adversário e, após o ímpeto inicial, Gelson tratou de acabar com as dúvidas relativamente ao vencedor da partida. Recuperação de bola no meio campo defensivo, 'modo gazela' on, passe de morte para Matheus Pereira e bola mais uma vez por entre as pernas do guardião russo.

Aqui já a redacção d'A Bola havia encontrado um motivo para não promover a estrela Matheus ou Gelson: não dá para fazer duas capas no mesmo dia e, que se saiba, nenhum dos dois treina no Seixal.

Tempo ainda para Montero voltar a abrir o livro antes de sair, dando mais um golo a Ruiz, negado pelo guarda-redes Guilherme e depois pelo poste da baliza à sua guarda.

André Martins substituiu Matheus e Montero deu o lugar a Slimani. Os dois que saíram já marcaram, juntos, seis golos nesta Liga Europa.

Jesus já não poderia fazer descansar tantos quantos queria e recaiu sobre João Mário a derradeira substituição. Aquilani foi o escolhido para entrar.

Os últimos 20 minutos foram de alguma descompressão da nossa parte e acabaram por servir para o Lokomotiv reduzir e fixar o resultado final, num lance em que, sobretudo Esgaio, poderia ter feito muito melhor.

Resumo do Jogo

Nota final para Montero, o melhor em campo!

Confesso que, nas últimas semanas, tenho pensado no caso de Montero e tenho achado que Jesus não estaria a tirar o melhor partido das suas características de finalizador. Em parte, isso acontece pelo brutal momento de forma de Slimani, o jogador que ocupa a posição em que Montero é mais forte e onde não tem sido utilizado. Jorge Jesus explicou tudo e revelou até que tem sacrificado Montero em prol da equipa.

"O Montero tem jogado mais como segundo avançado e eu sei que ele não tem as melhores características para a posição. Mas, face àquilo que a equipa precisa, a maior parte das vezes, ele joga como segundo avançado. Hoje jogou como primeiro e é aí que ele joga melhor. Não se desgasta tanto... ele não é um jogador com muita intensidade de jogo, portanto, como primeiro ele joga no limite em relação à última linha adversária e sabe posicionar-se melhor. Penso que, por esse motivo, jogou melhor hoje. É um jogador com quem contamos e é como lhe disse... na minha cabeça não tenho um onze mas sim 25/26 jogadores. Hoje, o Montero justificou a aposta."

Agora, temos na mão a responsabilidade de passar à próxima fase da Liga Europa, que nos pode dar a possibilidade de chegar a lugares que melhor se adequam a um Clube com a grandeza do Sporting e que podem dar mais oportunidades e minutos de jogo às nossas segundas linhas. Pois, manter toda a gente pronta para ser útil, é tão importante quanto manter o núcleo duro apto.

Assim, o Sporting sobe um lugar no ranking da UEFA (35º) e ultrapassa o CSKA de Moscovo, equipa com quem tinha disputado play-off de acesso à Liga dos Campeões.

Portugal acabou por fazer também uma boa jornada europeia, que lhe permitiu manter o 5º lugar no ranking da UEFA e todas as equipas portuguesas têm neste momento possibilidades de apuramento para a fase seguinte das competições europeias.

Virar a página

Por muito prazer que me dê uma vitória sobre o rival (ou, neste caso, mais uma) ainda para mais vendo o desnorte que este apresenta, só voltarei a pensar no Benfica em Março.

Assim sendo, não acho útil comentar pseudo-polémicas e muito menos as palavras de desespero e falta de auto-crítica do treinador adversário.

O Sporting ganhou com justiça, foi melhor, e é tempo de todos virarmos a página.

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Seguem-se dois jogos para competições diferentes e o foco não deve ser alterado. Sendo ambos importantes, a recepção ao Belenenses, de hoje a oito dias, assume contornos mais relevantes, por se tratar do nosso principal objectivo.

Assim sendo, espero mais um jogo da Liga Europa pensado a dois tempos, com o foco em Moscovo mas sem ignorar o jogo com o Belém.

O Sporting precisa de vencer em Moscovo para passar à fase seguinte e se há quem pense que o melhor será saltar já fora das competições europeias, eu discordo.

Nem é pelo prestígio da prova (que é pouco ou nenhum), ou pelo ranking da UEFA, mas sim pela possibilidade que, mais dois jogos em Fevereiro, nos dão de manter toda a gente em condições óptimas de ajudar.

Este jogo frente ao Lokomotiv deve ser encarado da mesma forma que os que o antecederam nesta competição, embora eu fizesse aquilo que acho que Jesus já devia ter feito na Albânia; a equipa é para rodar, mas não os onze.

É importante gerir o esforço de Ewerton, Adrien, Ruiz, Jefferson e Slimani, tendo em vista o jogo de segunda-feira e, por isso, eram estes que pouparia.

Rui Patrício não poderá jogar por castigo e já estaremos a mudar mais de meia equipa. Boeck deverá ser o escolhido.

Paulo Oliveira não esteve nas selecções e estará menos fatigado. Por mim, faria dupla com Naldo, que precisa de continuar a jogar.

Esgaio e Jonathan ocupariam os lugares que já vêm sendo seus na Liga Europa e William e Aquilani tomariam conta do meio-campo.

Gelson merece dar continuidade à boa exibição no derby e deverá ter a companhia de Mané ou Matheus, consoante as condições físicas do português, que regressou tocado da selecção de sub-21.

Na frente, Montero e Teo Gutiérrez.

Parece-me um onze equilibrado e suficientemente forte para vencer e gerir o esforço dos mais fatigados.

Depois, guardaremos a decisão final para o jogo em casa, frente ao Besiktas.

The Academy Series | 10 best Sporting Clube de Portugal products

O Sporting Clube de Portugal sempre foi considerado um dos melhores clubes da Europa produzir jovens talentos. Com um departamento de formação liderado pelo honorável olheiro Aurélio Pereira - o homem por trás da descoberta de jogadores como Figo, Futre ou Ronaldo - e com centenas de outros olheiros trabalhando por todo o país para trazer apenas os melhores jovens para Alvalade. A equipa de Lisboa sempre valorizou os jogadores da sua formação, o que levou à inauguração da Academia Sporting, em Alcochete, em 2002 - um local com infra-estruturas de qualidade onde os jovens podem viver e treinar, sempre acompanhados por um conjunto de pessoas, desde treinadores a psicólogos ou nutricionistas, com o objectivo de os criar enquanto pessoas e atletas.

Os métodos de treino nesta renomeada Academia são focados no desenvolvimento individual com os treinadores a incentivar os jovens talentos a jogar com bola, incentivando-os a driblar, ultrapassar adversários e assumir riscos. Deixar os jovens desfrutar do seu jogo desta forma é definitivamente uma das razões pelas quais tantos extremos talentosos saem da Academia época após época.

No início da temporada 2012/13, equipas B de alguns dos maiores clubes do país foram reintroduzidas em Portugal. A equipa B do Sporting joga na 2ª divisão nacional, dando aos jogadores que fazem a transição para o futebol sénior a possibilidade de mostrar o seu valor. Este é outros dos factores que o clube tem a seu favor no que diz respeito ao desenvolvimento de jovens jogadores.

Outro projecto que tem dado suporte à principal Academia do clube é o conjunto de 29 "Escolas Academia Sporting" espalhadas pelo país - outras pequenas academias que, usando o nome e os métodos do Sporting têm ligação directa à de Alcochete.

OS 10 MELHORES PRODUTOS

DANIEL CARRIÇO // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2007

Um jogador que muito provavelmente a maioria das pessoas não esperava ver nesta lista, Carriço passou 13 anos no Sporting - 8 deles nas camadas jovens e 5 na equipa principal. Jogando como defesa central ou médio defensivo, Daniel chegou a capitão da equipa principal do Sporting, pela qual actuou 91 vezes. Depois de uma infrutífera transferência para o Reading, Carriço é hoje peça chave do Sevilha de Unai Emery, onde venceu dois títulos da Liga Europa, tendo jogado mais de 50 vezes pelo clube de Sevilha nas últimas duas épocas. Apesar de ter apenas uma internacionalização pela selecção nacional (este ano), é detentor do recorde para o jogador com mais jogos realizados em partidas da Liga Europa.

JOSÉ FONTE // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2007

O único jogador desta lista que não tem qualquer jogo pela equipa principal do Sporting, apesar de ser mais conhecido que alguns dos outros, sobretudo no Reino Unido. Depois de 8 anos percorridos pelos escalões de formação, enquanto sénior, Fonte apenas jogou pela equipa B do clube - mantendo-se ligado ao Sporting por mais dois anos. Depois de passagens por clubes portugueses de menor dimensão, José fez por merecer uma mudança para Inglaterra. Prestações continuamente sólidas, sempre deixando tudo em campo, tanto pelo Crystal Palace como pelo Southampton, levaram-no a um lugar na Equipa do Ano da League One na temporada de 2011 e a três grandes temporadas na Premier League pelos Saints. O actual capitão de equipa assinou a renovação que o mantêm no St. Mary's até 2018 e tem sido chamado com regularidade à sua selecção nacional.

LUÍS BOA MORTE // ESTREIA COMO SÉNIOR: 1996

Tal como Fonte, Boa Morte é alguém que passou os melhores anos da sua carreira em Inglaterra mas ao contrário da maioria dos jogadores desta lista, Luís não ingressou no Sporting antes dos 17 anos - uma idade que pode ser considerada tardia para o mundo do futebol de hoje. A juntar a isso, não ficou muito tempo: após quatro anos no Sporting (um deles emprestado ao Lourinhanense), o Arsenal contratou-o e a sua aventura no Reino Unido começou. Tendo passado por clubes como o Arsenal, Southampton e mais tarde no Chesterfield, o médio é reconhecido pelas épocas no Fulham e West Ham United. Caracterizado por um estilo de jogo agressivo, Luís foi idolatrado por adeptos de Fulham e West Ham ao longo da sua carreira e esteve presente na Alemanha com a Selecção Portuguesa no Mundial de 2006. Boa Morte está neste momento numa fase inicial da sua carreira de treinador nas camadas jovens do Sporting.

LUÍS FIGO // ESTREIA COMO SÉNIOR: 1989

Chegado ao Sporting com 11 anos, Luís Figo é um dos dois produtos da formação do Sporting vencedores da Bola de Ouro e um dos poucos jogadores no planeta a poder dizer que jogou nos rivais Real Madrid e Barcelona. Também pela selecção nacional Figo é um recordista, sendo o jogador com mais internacionalizações (127). Parte da "Geração de Ouro" portuguesa, teve várias grandes performances em competições jovens internacionais e é unanimemente reconhecido como um dos melhores jogadores portugueses de sempre.

JOÃO MOUTINHO // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2003

Muitas vezes reconhecido como um dos melhores médios box-to-box do planeta, João tem feito épocas de qualidade ano após ano. Consistência e dinamismo sempre foram os adjectivos que melhor definiram este jogador que se juntou à Academia com 13 anos. Após se estabelecer não apenas enquanto titular mas também como capitão de equipa, João Moutinho mudou-se para o FC Porto, de forma controversa, ao estilo de Futre. Após vencer vários troféus em Portugal, João mudou-se para França onde lidera neste momento o meio-campo do Mónaco. A juntar ao que atingiu pelos clubes, tem sido parte crucial do meio-campo da selecção nacional há vários anos, apesar das mudanças ocorridas na equipa.

NANI // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2005

Considerado como o novo Cristiano Ronaldo, Luís Almeida apenas chegou à Academia Sporting com 16 anos - jogando apenas dois anos nas camadas jovens. Para compensar, passou mais tempo na equipa sénior do que jogadores como Ronaldo. Nani fez duas épocas completas em Alvalade, obtendo 58 presenças e ganhando a Taça de Portugal em 2007. Seguindo os passos de Cristiano, o futebolista nascido em Cabo Verde também se transferiu para o Manchester United, onde venceu 4 Premier League's e uma Liga dos Campeões em 2008 (fazendo dele um dos cinco jogadores da Academia a vencer o troféu). A nível individual, as épocas em Inglaterra foram algo erráticas, com o extremo a ser inconstante de umas para as outras. No entanto, Nani alcançou um lugar na equipa do ano em 2011, na mesma época em que foi considerado pelo clube como Jogador do Ano. Após uma quebra de forma, o 5º mais internacional de sempre da história da selecção portuguesa voltou a elevar as suas performances num regresso de uma época ao Sporting (vencendo mais uma Taça) e exibe agora as sua capacidades na Turquia.

CRISTIANO RONALDO // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2002

O que dizer dele que ainda não tenha sido dito? Um atleta extraordinário, Cristiano é a nata da cultura de Academia do Sporting. Três Bolas de Ouro, recordes ultrapassados semana após semana e estatuto de lenda em dois dos maiores clubes do planeta: Manchester United e Real Madrid. Desde a juventude, todos haviam previsto que o miúdo seria uma futura estrela. Estabelecendo recordes desde tenra idade, Cristiano mudou-se para a Academia com 11 anos (na altura, apenas com 15 anos podiam fazê-lo) depois do clube ter pago por ele a exorbitante quantia de 25000€. Como poderia qualquer clube do planeta justificar um investimento de 25000€ num miúdo de 11 anos? Ele tinha de ser algo verdadeiramente especial e como se provou...é-o.

SIMÃO SABROSA // ESTREIA COMO SÉNIOR: 1997

Mais um extremo de qualidade produzido pela formação do Sporting e mais um que acabou como estrela numa das equipas rivais. Após evoluir nos escalões de formação durante 5 anos, o extremo completou duas épocas de qualidade pela equipa principal do Sporting. Depois de ter passado duas temporadas um pouco desapontantes no Barcelona, Simão assinou pelo outro grande de Lisboa: o Benfica. Pelas águias, tornou-se estrela numa estadia de seis temporadas, sendo capitão na maior parte delas. Seguiram-se três boas temporadas pelo Atlético de Madrid, ao mesmo tempo que acumulou um total de 85 internacionalizações - sendo regularmente chamado para os grandes torneios. Com os anos a levarem o melhor dele, o ídolo do Benfica joga neste momento na índia tal como muitos outros reconhecidos futebolistas.

MIGUEL VELOSO // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2005

Da mesma geração de João Moutinho e Nani, Veloso é outro jogador que beneficiou da subida de Paulo Bento à equipa principal do Sporting. Filho do antigo capitão do Benfica, António Veloso, Miguel esteve no Sporting 10 anos, cinco deles na equipa principal, onde atingiu o ponto mais alto da carreira. O agora quase 'trintão' teve uma passagem infrutífera pelo Génova, antes de chegar ao Dínamo de Kiev, onde o internacional português joga até hoje. Apesar de não ser hoje um habitual titular da selecção nacional como foi no passado, Miguel já ultrapassou a marca das 50 internacionalizações e esteve presente em dois Mundiais e dois Euros.

RICARDO QUARESMA // ESTREIA COMO SÉNIOR: 2001

Para acabar a lista temos ainda outro talentoso e irreverente extremo que passou os melhores anos da carreira jogado por um dos rivais do Sporting: o FC Porto. Quaresma jogou nas equipas jovens do Sporting desde os 14 anos, chegando à equipa principal, onde passou apenas dois anos da sua carreira. Depois de uma sequência de lesões pelos gigantes do Barcelona, Ricardo voltou a Portugal, desta vez para jogar no Porto. Aqui, tornou-se num jogador essencial para a equipa, ganhando vários títulos e alcançando o estrelato. Com uma carreira recheda de golos bonitos, desentendimentos com treinadores, truques incríveis pelas alas e estadias desapontantes em gigantes europeus, o rei da "trivela" teve uma vida futebolística de altos e baixos desde que deixou o seu clube de juventude. No entanto, o "Mustang" foi parte integrante da selecção nacional nos Euro 2008 e 2012.

O FUTURO

Neste momento podemos ver muitos jovens talentos jogando tanto na equipa B como nas equipas jovens do Sporting. Na segunda equipa , temos alguns dos mais promissores jovens jogadores portugueses, tais como o defesa central Domingos Duarte, os médios ofensivos Francisco Geraldes e Rafael Barbosa e os avançados Ponde, Podence e Luís Elói.

Dos jogadores que estão nas equipas jovens, um dos mais promissores é Bubacar Djaló, um médio que já é seguido por equipas como a Roma ou o Tottenham. Muitas vezes comparado a Paul Pogba devido à sua combinação de presença física e qualidade técnica, Bubacar assinou recentemente a renovação de contrato que supostamente o manterá em Alvalade até 2020.

Alguns dos mais talentosos 'graduados' da Academia já foram integrados na equipa sénior. Jogadores como os extremos Gelson Martins (que está na primeira equipa desde o início da época) e Matheus (um extremo nascido no Brasil) têm ambos tido oportunidades por parte de Jorge Jesus. A acrescentar a estes talentos, outros jovens jogadores estrangeiros foram trazidos para o clube, como Bruno Paulista (comprado ao Bahia este verão) e Ryan Gauld (transferido do Dundee United na pré-época de 2014/2015), têm evoluído na equipa B e podemos ver a influência do Sporting no seu crescimento, sobretudo em Gauld, visto que o Escocês chegou a Portugal à mais tempo.


Volto a destacar um artigo de Tiago Estêvão, publicado no site Outside Of The Boot.
Porque independentemente das escolhas do autor ou de uma ou outra imprecisão, prestigiam a nossa Academia além fronteiras e dão-lhe ainda mais visibilidade, mas sobretudo porque presta uma justa homenagem à nossa formação, reconhecidamente uma das melhores a nível mundial. 
O facto do artigo se destinar ao Reino Unido explica algumas das escolhas e destaques mas nem por isso deixa de destacar bons exemplos da nossa Academia.

Os intentos de Klopp

Porque raio é que o então desempregado Jürgen Klopp esteve em Alvalade a ver o jogo com o Nacional num fim-de-semana em que Porto e Benfica se defrontavam?

Lembrei-me disto ontem, nem sei bem porquê...

A verdade é que o actual treinador do Liverpool terá estado em Alvalade com um propósito pois certamente já saberia qual o seu destino.

Olhando para a ficha de jogo, vejo vários jogadores que poderiam encaixar no plantel e até no 'onze' do Liverpool mas a ideia poderia ser a de simplesmente observar alguns jovens de uma das melhores escolas de formação do Mundo que até lhes havia vendido há uns anos uma das suas maiores promessas ainda por confirmar, João Carlos Teixeira.

Não sei se Paulo Oliveira, João Mário, Gelson Martins ou até Slimani eram os alvos. William não jogou mas é daqueles que já ninguém precisa de observar. Talvez tenha vindo mesmo só numa de se divertir e isto sou eu a arranjar motivos para um post.

Não sei.

O que eu sei é que falta talento e qualidade à equipa de Klopp e que ela abunda e se valoriza a cada dia que passa no Sporting.

Sinceramente, pese embora as cores com que equipa, gosto do Liverpool e do seu treinador e, se entender que moram cá alguns dos talentos necessários ao ressurgimento do histórico inglês, que saiam campeões e pagos a peso de ouro.

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