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Grande Artista e Goleador

O Euro de Sir William visto à lupa

Perhaps Portugal’s greatest achievement was that they did it without their key man, that they had the team spirit and the organisation to overcome the loss of a player who had been central to everything they had done in the tournament to that point. But enough about the semi-final – at least William Carvalho was back from suspension for the final.

 

The theory is that Cristiano Ronaldo has decided to keep playing till at least the next World Cup, by which time he will be 33, partly because he is in excellent physical shape himself but also because he looks at the midfield quartet that provided a platform for him and sees four players aged 24 or under of considerable discipline and talent.

 

At the heart of them is William Carvalho. His is an ungainly sort of footballer, all telescoping limbs and hunched shoulders, but his effectiveness cannot be denied. For years, it seemed, he has been linked with Arsenal, the final part of the jigsaw to link together their disparate midfield creators. And for just as long, wherever he turned up in the Champions League playing for Sporting against high-class opponents, he looked thoroughly ordinary.

 

There was an emperor’s new clothes vibe to him, a dawning sense that maybe he wasn’t that good, that he was a player of the social media age, overhyped too soon and vociferously promoted by thousands who’d never seen him play. The scepticism was not unjustified but what was perhaps forgotten was just how young he was - young enough in fact, to give further material to the doubters by missing the decisive penalty in the shoot-out at the European Under-21 championship final last year.

But in France, William Carvalho blossomed. Those long, long limbs kept making tackles. Fifteen times opponents tried to go past him; on 13 occasions he thwarted them. He also made seven interceptions and blocked two crosses and two passes. At least as important was his positional sense, something that is hard to measure with statistics, operating as a breakwater in front of the back four. If opponents did break through Portugal’s pack of three tough-tackling aggressive midfielders, there was Carvalho extending a leg to pinch the ball away. And if they somehow got past him, there were still four defenders. Fernando Santos, the Portugal (cliquem, caso tenham cusriosidade em ver os ratings de cada jogador) coach, said he would rather be ugly and still in the tournament than pretty and at home and William Carvalho was the embodiment of that spirit.

 

Yet to think of him as just a destroyer would be inaccurate. He completed 28 of 37 attempted long passes and 260 of 287 short ones. He kept the ball moving. He was a facilitator, a lubricator, not flashy but effective. All seven of the free-kicks he took found their target. But among all that there was just one key pass. Creation wasn’t his job. He was there to plug gaps, win the ball and move it on to others.

 

There will be those who criticise Portugal for their pragmatism and it's true that there seems something amiss when a side can win the tournament having won one and drawn six games in normal time. But those are the rules and the regulations as they stand. Despite the whining every time England fail to skip round opponents like Brazil 82 or Hungary 54, international football is about not losing. It’s not about style it’s about substance. Portugal may, for the neutral, be the least watchable tournament winners in a generation, but that’s what the international game is.

 

If you don’t concede, you don’t lose, and Portugal leaked only one goal in 420 minutes of knockout football. It’s not thrilling but it is effective, and William Carvalho stood at the heart of that.

 

Artigo retirado do site de futebol e análise estatística, Who Scored (original, AQUI)

 

Nota: Deixei o artigo em inglês pois é fácil de compreender para quem tenha as bases. Para os que não têm, o google translator faz o trabalho.

 

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Somos campeões da Europa

Não vou elogiar a capacidade de liderança de Fernando Santos nem de Cristiano Ronaldo. Não elogiarei novamente a nossa capacidade de entrega, união e solidariedade dentro e fora de campo. Fomos um e foi por isso que vencemos.

 

Podia dizer muitas das coisas que já disse mas, quem me segue, sabe o que penso deste trajecto e da forma como soubemos construir em cima do erro que foi a nossa fase de grupos.

 

Hoje, o sonho é real. Somos campeões da Europa e fomo-lo da forma mais trágica possível. Uma verdadeira tragédia à grega, em que estivemos, desta vez, do lado certo.

 

Defendemos a maior parte do tempo, tivemos uma pontinha de sorte, fomos competentes e eficazes. Esta final começa a ser ganha naquela defesa de Rui Patrício ao cabeceamento de Griezmann. A verdadeira união surge após a enorme contrariedade que é ficar sem o melhor e mais decisivo jogador com pouco mais de 10 minutos jogados. Aquela mão divina esteve lá quando aquele remate de Gignac esbarrou no poste e não entrou. A justiça fez-se quando Nuno Gomes encarnou em Éder e a bola beijou as redes de Hugo Lloris.

 

Retiro tudo o que disse de Éder. Condescendo aquilo que critiquei no estilo de jogo escolhido pelo seleccionador. A fórmula revelou-se vencedora, porque todos acreditaram nela, inclusive os adeptos.

 

Embora não me agrade por aí além a nossa forma de jogar, Fernando Santos merece orientar Portugal no próximo Mundial e, mantendo ou não este modelo de jogo, terá o meu apoio. No final, veremos se se abre ou não um novo ciclo.

 

Uma coisa é certa. Talento não vai faltar ao treinador nacional e a tarimba que todos ganharam com esta vitória pode ajudar para criar uma onda vencedora. Saibamos nós construir em cima desta vitória. Uma tarefa mais difícil do que quando se tenta construir em cima do insucesso.

 

Deixo um aparte de clubite para o final. Ver 10 jogadores da formação do Sporting chegar ao topo da Europa e comportarem-se como homens é um orgulho tremendo. Saber que 4 deles ainda nos representam, aumenta a crença no futuro imediato. Ver 1 jogador da formação do rival comportar-se como um puto estúpido, fazendo piadas clubísticas, falando na primeira pessoa do singular e desprezando a ausência de Ronaldo no jogo (algo que nenhum outro fez), diz muito daquilo que apregoamos serem as diferenças entre os formados num lado e noutro. É ver onde ele anda daqui a um ano...

 

Viva Portugal!

 

Nota: Amanhã começa o Euro sub-19, mais um título que Portugal nunca venceu, embora já tenha jogado finais. 

Nota2: Que role a bola dos verde-e-brancos que eu já tenho saudades.

 

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A ver se hoje é o dia

Enxovalharam-nos, maldisseram-nos, vilipendiaram-nos. Disseram que não somos merecedores do lugar na final, insultaram-nos e afirmaram que o nosso futebol não justifica o título que só nós e os franceses disputaremos.

 

Sim, os franceses fizeram-no mas não foram os únicos. Um pouco por essa Europa fora, muitos o manifestaram. "Portugal não presta, não joga nada e não deve estar na final", disseram eles.

 

No entanto, lá estamos. Chegámos lá por mérito próprio. Sem brilho mas com brio. Sem espectáculo mas com entrega. Sem um futebol bonito mas jogado em equipa.

 

Sim. Uma equipa é aquilo que Portugal demonstra ser. Um grupo de jogadores unido, solidário, coeso e conduzido por uma liderança forte.

 

Podem colar-se a Fernando Santos todos os defeitos naquilo que á a nossa proposta de jogo mas nunca a sua liderança poderá ser questionada. Um líder que desde o primeiro dia assume ambição. Um líder que desde o primeiro dia acredita em si e nos seus. Um líder que crê que as suas ideias podem levar a equipa ao sucesso deve ser respeitado e elogiado.

 

Sim, jogamos pouco. Sim, temos um futebol pouco atractivo. Sim, jogamos nos equilíbrios e na expectativa. Não, não temos um modelo de jogo ofensivo e de posse. Assumimos a nossa posição e esperamos o erro do adversário para o 'matar'. Temos qualidade para o fazer e individualidades prontas a sacrificar-se para aparecer apenas no momento certo.

 

Por falar em individualidades... Impossível ignorar o outro líder. Aquele que dentro de campo se tem assumido, sacrificado, lutado em prol dos objectivos da equipa. Cristiano Ronaldo é hoje um verdadeiro capitão. Assume-se, como sempre, mas fa-lo também pela equipa. Mostra que confia nos colegas, incentiva-os, repreende-os mas luta com eles, lado a lado.

 

Sente-se entre todos uma comunhão sincera, uma união verdadeira e um espírito de grupo fantástico. Tudo o que já tínhamos em 2004 mas onde nos faltou a capacidade para atenuar a euforia. Foi o excesso de confiança que nos 'matou', o pensar que estava no papo. Não será isso que nos tirará o troféu este ano. 

 

A França, tendo jogadores de grande qualidade, não é, tal como Portugal, das melhores equipas a jogar futebol neste Euro. E também lá está. São, na verdade, equipas com algumas semelhanças e que, acredito, se vão respeitar muito dentro de campo. Os franceses acham que está no papo. Deschamps, estou certo que não acha o mesmo e não vai abrir o jogo frente a um Portugal, que afinou o processo defensivo no decorrer do Europeu.

 

Sim, começámos mal mas, se mesmo assim tivemos a felicidade de passar a fase de grupos, não nos faltou também a inteligência e perspicácia para entender o que estava menos bem. Mudámos e melhorámos. Defendemos de forma mais compacta, somos mais seguros no meio-campo e partimos melhor para o contra-ataque. Mudámos algumas peças que se têm revelado vitais e depois...há Ronaldo. E com Ronaldo em campo tudo é possível, até saltar a 80 centímetros do chão para, de cabeça, furar as redes adversárias.

 

Hoje, Portugal parará em frente a um televisor para ver se é o dia. Hoje finalmente festejaremos ou voltaremos a chorar, como no passado. Eu prefiro acreditar que podemos ser felizes e estou seguro que trabalharemos em campo para isso.

 

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A união faz a força

Já aqui aflorei as coisas que não me agradam nesta equipa portuguesa mas também já tive a oportunidade de manifestar aquelas que acho que são as nossas forças.

 

É inegável que o modelo de jogo de Fernando Santos é básico. Espera por momentos de génio das individualidades em vez de as potenciar. Joga um futebol nada compatível com o nosso talento mas que tem sido surpreendentemente eficaz, muito pela sorte dos adversários que nos têm calhado nesta caminhada até à final.

 

Mas, inacreditavelmente, esta equipa uniu-se em torno de um objectivo, reforçado com uma união extrema. Guiados de forma sublime pelo carisma e liderança de Cristiano Ronaldo, é essa união em torno do capitão que parece abafar as limitações tácticas da nossa proposta de jogo.

 

Claro que muito do mérito desta união pertence também ao treinador que, pese embora a ideia de jogo que apresenta, teve a sabedoria de escolher um grupo de jogadores pronto para ir para a 'guerra' disposto a lutar pelo seu general, colocando em prática as suas ideias, mesmo que estas fossem a antítese daquilo que é o futebol praticado por Portugal nas últimas quase duas décadas. Além disso, fez aquilo que mais nenhum seleccionador fez neste Euro. Usou todos os 20 jogadores de campo, demonstrando que confia em cada um dos que escolheu.

 

Há várias formas de chegar ao sucesso e falta apenas um jogo para comprovar que a fórmula de Santos tem carimbo de marca registada.

 

Uma coisa é certa: ele (e o resto da comitiva) só voltam mesmo no dia 11. Resta saber se se cumpre a profecia e serão mesmo recebidos em festa.

 

Portugal e os portugueses já merecem.

 

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Estamos nas meias

É justo fazer uma referência histórica: em 7 presenças em campeonatos da Europa, esta é a 5ª vez que atingimos as meias-finais. Quatro delas neste novo milénio (2000, 2004, 2012 e 2016).

Não somos um país com a densidade populacional de outros mas temos uma qualidade ímpar no futebol. Ninguém na nossa condição apresenta esta consistência de resultados.

 

A verdade é que jogámos pouco. Mais uma vez fizemos uma exibição menos conseguida.

A Polónia revelou-se uma equipa mais fraca que a Croácia e só marcou um golo porque soube aproveitar um erro individual que resultou num desposicionamento geral de toda a linha defensiva. De resto, não conseguiram importunar Rui Patrício, tal como Portugal pouco importunou Fabianski.

 

Nunca uma equipa chegou às meias-finais sem vencer um jogo em 90 minutos e isso diz muito do nosso 'estilo'. É certo que temos valor individual para jogar melhor em termos colectivos mas não é menos verdade que, adoptado o estilo escolhido por Fernando Santos, não há volta a dar. Não é a meio de uma competição que se abdica da estratégia escolhida para ser bem sucedido, muito menos quando, mesmo que por vezes mal executada, esta resulta.

 

Dificilmente alguma equipa poderia almejar o sucesso jogando com dois avançados que são extremos e dois médios-centro adaptados a médios-ala e nós temos contrariado isso. E temo-lo conseguido sobretudo porque, faltando tudo o que já referi, há entreajuda, união, espírito de conquista e uma pontinha de sorte.

Tudo isto aliado a um conjunto de jogadores talentosos que, sabendo que não terão muito mais oportunidades para vencer um campeonato da Europa, estão dispostos a sacrificar-se em prol do colectivo. Sobretudo Nani e Cristiano Ronaldo, que têm sido inexcedíveis, cumprindo como podem funções que não são as suas, rendendo menos por esse motivo e mesmo assim tendo capacidade para ajudar o grupo com o seu talento. Quaresma, outro dos virtuosos, também tem sabido colocar-se ao dispor, em prol de um bem comum, que pode fazer desta geração a mais bem sucedida de sempre do futebol português.

 

João Mário não tem mostrado o jogador que é (foi frente à Hungria, com funções próximas das que habitualmente desempenha que melhor se mostrou) e é mais um que, defensivamente, tem cumprido com aquilo que são os equilíbrios do meio-campo. Meio-campo onde se têm destacado William e Adrien (e que falta fará William no próximo jogo).

 

Depois, a surpresa que é ter Renato Sanches, um box-to-box, como o maior agitador do nosso jogo. Uma estranha 'forma de vida' que lhe dá nesta estratégia um protagonismo que não teria com um modelo de jogo mais ofensivo e de ataque organizado e continuado. Quando se esperava que os momentos de maior imprevisibilidade surgissem dos pés de Ronaldo e Nani, é Renato que aparece a desequilibrar as defensivas contrárias. Erra muito (sobretudo no passe, porque arrisca demais), mas insiste. Tem algo que só os bons têm: persistência e confiança. Mas tem de melhorar muito a sua prestação defensiva se quer cumprir o que promete. São inúmeras as vezes que se abstém de defender, colocando colegas em dificuldades, obrigados a defender em inferioridade numérica. Marcou um bom golo, numa acção em que é competente, mas onde todas as posições perecem trocadas. Um movimento tão natural em Nani e Ronaldo, tem de ser efectuado pelo Renato apenas porque não temos um ponta-de-lança em França (o Éder não conta).

 

Depois, Pepe. Está a fazer um Europeu de grande nível, sobretudo nesta fase a eliminar. Melhorou muito o seu posicionamento com a presença de José Fonte, que me parece domesticar melhor a impulsividade do luso-brasileiro. Ontem foi imperial e o melhor em campo, a léguas de todos os outros.

 

Há outra coisa que tenho de referir. Por mais incrível que pareça a estratégia de Fernando Santos, denotando ambição desmedida com tão fracos argumentos tecnico-tácticos, os jogadores parecem começar a acreditar verdadeiramente que podem ser bem sucedidos desta forma. E este é o nosso maior trunfo neste momento. Jogadores de topo mundial acreditam que podem ter sucesso jogando como underdog e estão dispostos a passar despercebidos para fazer de Portugal campeão europeu.

 

Por fim, a frieza. A frieza e a qualidade de todos quantos converteram em golo a sua grande penalidade e de Rui Patrício, que fez aquilo que tantas vezes o vemos fazer no Sporting. Defendeu um dos penaltis e eu gritei: "RUUUUUUUUUUUUI". Aposto que muitos de vós também. A verdade é que a defesa de Rui Patrício é impressionante e não mereceu o destaque que lhe devia ter sido dado.

 

 

Estamos nas meias e, citando o nosso Cristiano Ronaldo, "agora tudo é possível".

 

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Venha a Polónia

Só agora tive tempo para me debruçar sobre o apuramento da selecção portuguesa para os quartos-de-final do Euro. O onze apresentado por Fernando Santos aumentou ligeiramente o meu entusiasmo em torno do jogo com a Croácia, sobretudo por me parecer que aumentava as nossas hipóteses de fazer boa figura.

Fui dos que muito criticou as opções e a qualidade de jogo da nossa selecção nos primeiros três jogos, onde uma prestação miserável e uma sorte dos diabos nos colocou na fase a eliminar.

 

Se acho que podíamos  e devíamos jogar melhor na fase de grupos, sobretudo porque aumentaria o entusiasmo dos portugueses e o respeito por parte dos adversários, não alinho no 'coro' que insiste num estilo de jogo tendencialmente ofensivo e de ataque continuado nesta fase do campeonato da Europa.

É uma fase a eliminar e o mínimo erro pode ser fatal. A verdade é que, como 'outsiders' que somos (mesmo tendo tido a sorte de calhar no lado 'bom' da tabela de acesso à grande final) não acho que encarar os jogos como uma equipa super-favorita nos beneficie.

 

Especificamente, este jogo com a Croácia exigia uma grande capacidade de anular as individualidades croatas (sobretudo Modric e Rakitic). Só assim se anulariam as possibilidades de Mandzukic receber jogo em condições e a eficácia desta estratégia reduziria em muito as possibilidades de sucesso do adversário.

Achei a estratégia adequada para um jogo em que o que queríamos era passar uma eliminatória. 

No entanto, questiono (mais uma vez) a utilização de André Gomes de início. Num jogo em que pretendíamos fazer 'mossa' em ataque rápido, rapidez (de execução e de movimentos) é tudo o que Gomes não tem e eu teria usado Quaresma, Éder (recuando Nani) ou Renato Sanches de início.

 

Compreendo aqueles que gostavam de ver um estilo de jogo mais apelativo, mais apoiado e menos de 'equilíbrios' e transições mas acho a estratégia adequada àquilo que são as características da nossa equipa. Não somos uma Alemanha (quanto a mim, a principal favorita) e nem o facto de termos entre nós o melhor do Mundo nos dá conforto suficiente para atacar durante a maior parte do tempo (até porque Ronaldo, na posição em que está a jogar, vai sempre precisar de metros entre a última linha defensiva e a baliza).

 

Neste jogo em específico, as equipas anularam-se. O jogo disputou-se a meio campo e houveram duas oportunidades claras de golo, ambas no mesmo minuto. Na primeira, Rui Patrício foi gigante e, no contra-ataque (só podia ter sido assim ou de bola parada) marcámos o golo que nos deu a vitória e a passagem.

A saída de Adrien (com o espectro dos penaltis a pairar) para a entrada de Danilo (nem William nem o próprio Danilo se dão bem com alguém ao lado) não fez qualquer sentido e desequilibrou o nosso 'miolo'. Eu nem teria gastado a terceira substituição, a não ser para queimar tempo, no caso do resultado nos ser favorável, como acabou por ser, mas...com Fernando Santos é de esperar sempre algo à 'grega'.

Embora algo aborrecido, achei o jogo tacticamente interessante de seguir. Os nossos centrais e os médios foram excelentes e determinantes para o cumprimento do plano de jogo.

 

Frente à Polónia, acho que uma estratégia idêntica nos poderá beneficiar, desta vez com Nani no lugar de André Gomes, entrando Éder para a frente de ataque e libertando mais Ronaldo para jogar de frente para a baliza. Éder servirá para fixar os centrais e funcionar como 'pivot' para CR7 ser mais influente no nosso jogo. Os polacos são um adversário colectivamente ao nosso nível e com algumas individualidades com bastante valor. É repetir a receita e tentar marcar mais cedo, sabendo que temos o joker cigano no banco.

 

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O mata-mata

Acabou a margem de erro. Hoje alguém vai para casa e, se Fernando Santos quer mesmo ficar até ao fim, convém não inventar, sobretudo no meio-campo.

Se a coisa correr como tem corrido, pode ser que a estrelinha nos acompanhe (e o Ronaldo esteja 'on fire') e empatemos, rumo a mais uma qualificação.

Força, Portugal!

 

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Deixem-se de tretas, força nas canetas, dignifiquem Portugal

Este é até agora o Euro da treta, para Portugal.

O treinador da treta, cheio de tretas, que prefere dizer que faz e acontece em vez de fazer com que aconteça.

O futebol da treta, sem chama, sem objectividade, sem estratégia, claramente à espera de um milagre.

Milagre que se espera que saia dos pés (ou qualquer outra parte do corpo) de Cristiano Ronaldo, que vê assim em cima de si toda a responsabilidade de sucesso da selecção.

Está na hora de nos deixarmos de tretas.

Na hora do seleccionador se deixar de falsas promessas e mostrar que não está lá apenas para agradar a terceiros.

Na hora de meter os melhores em campo e tentar que as individualidades formem uma equipa.

Na hora de, em equipa, mostrarmos que podemos ser candidatos a algo mais do que a ir para casa ao fim de 3 jogos, mesmo que a sorte se tenha encarregue de tornar esse um 'feito' quase impossível.

Deixem-se de tretas, sejam dignos e orgulhem Portugal.

 

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Que dizer da selecção?

Já aqui o disse há uns meses...os interesses instalados nas selecções nacionais (na nossa é bem evidente) retiram algum do interesse dos adeptos.

Há algum tempo que não sofro, vibro e me entusiasmo com a equipa de "todos nós" que, na realidade, é a equipa do Jorge Mendes e da sua teia de interesses.

 

Evitei falar da selecção durante a preparação do Euro porque os sinais estavam lá todos. Sinais que indiciavam que algo poderia não correr tão bem como se esperava.

 

Ontem tentei contrariar o sentimento de indiferença que há muito me assalta. Acordei e vesti a camisola de Portugal...a de 2000, do tempo em que a selecção mexia comigo. Queria muito tentar fazer voltar o entusiasmo pela equipa das quinas.

Ignorei os sinais dados pelo onze escolhido por Fernando Santos e tentei...tentei ver o jogo com o coração, apenas no apoio à selecção.

 

Mas o raio dos sinais continuavam lá e a ingenuidade de outros tempos já não mora em mim. Mesmo com a vantagem ao intervalo (justa, diga-se), vários eram os indicadores de que algo podia não correr bem.

A Islândia já tinha ameaçado no início do jogo e era previsível que o pudesse voltar a fazer.

 

Aconteceu...e aconteceu num lance em que acontece o mais improvável. Um cruzamento que sai do lado esquerdo, onde Portugal tem clara superioridade numérica mas evidente falta de concentração, coordenação e intensidade defensiva. Desde Danilo, a André Gomes, passando por Pepe e Vieirinha...são tantos os erros que até dá pena.

Foi a machadada na minha tentativa de viver o espírito de uma nação. 

A incapacidade de Fernando Santos em ler o jogo e mexer convenientemente na equipa começou a criar em mim um sentimento de revolta e injustiça.

 

Vou dar ao engenheiro a possibilidade de emendar a mão no segundo jogo, até porque o apuramento está claramente ao nosso alcance e dependente apenas da nossa competência.

Depois volto a abordar o tema.

 

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E a selecção?

Ontem vi o jogo da selecção nacional. Não que não tenha dado uma olhadela no jogo com a Noruega mas ontem era um teste mais sério e queria ver com o mesmo desprendimento de ultimamente (infelizmente, pois sinto uma certa nostalgia de quando vibrava com a equipa das quinas) mas com maior atenção. Queria aferir as nossas reais possibilidades no Euro, sobretudo quando chegarmos às fases a eliminar.

 

Depois, havia o aliciante extra de ouvir a comentar alguém que realmente percebe de bola, em vez do Dani ou outro qualquer do lote de 'invisuais' que pululam na TVI. Jorge Jesus comentou em directo o jogo frente à Inglaterra e, no seu estilo e de forma sábia e subtil, deu a sua opinião sobre o nosso modelo de jogo e dinâmica.

 

JJ constatou aquilo que só alguém com as suas competências diria. Portugal defendeu como equipa pequena (mesmo 11x11) e praticamente não atacou. O nosso processo ofensivo foi inexistente e limitou-se sempre à esperança num ou outro rasgo individual, primeiro de Nani e depois de Quaresma (que quase fez mais um golo de antologia).

 

Portugal não rematou enquadrado uma única vez e acabou por sofrer um golo numa 2ª bola que Patrício socou (e bem) para fora da área mas onde a nossa defesa não foi lesta no ataque à bola 'perdida'. Pior, os 10 jogadores que praticamente nem da área saíram deixaram o inglês cabecear sem qualquer oposição.

 

Nem o resultado se salvou e Jesus, para além de, subtilmente, dar sinais de pouca esperança na dinâmica do modelo de Fernando Santos, não deixou de elogiar a formação do Sporting e criticar, com alguma graça, o jogo de cabeça de William Carvalho. 

 

Neste momento já toda a gente percebeu porque Renato foi convocado. Há que aproveitar os amigáveis para somar internacionalizações pois o único dinheiro que o Benfica ainda pode ver, relativo à sua venda, vem precisamente daqui. Quando começar a sério, jogarão os melhores e, mais uma vez, deu para perceber que Renato não é um deles. O seu estilo e a propaganda beneficiam-no e colocam sobre ele as luzes da ribalta mas o espectador mais atento vê a sua movimentação e posicionamento, por exemplo, no golo da Inglaterra e fica convencido (isto aconteceu várias vezes em jogos do Benfica, nomeadamente na Champions).

 

Agora, em traços gerais, concordo com Jesus. O nosso processo e dinâmica ofensiva não existe e tenderá ainda mais a individualizar-se com Ronaldo em campo. Fernando Santos teve com a Noruega e terá com a Estónia a possibilidade de testar um modelo alternativo mas não o fez (e duvido que o faça). Teimou neste novo modelo que só funciona com CR7 em campo e que nunca pode ter como avançados Nani e Rafa. O nosso processo defensivo é 'à grega', pouco dinâmico, demasiado expectante e com muito homens atrás da linha da bola.

 

Claro que tudo isto se modifica com o melhor Ronaldo em campo. Mas...e se o melhor Ronaldo não 'fôr' a França?

 

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Os convocados para o Euro

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Não foram muitas as novidades nos escolhidos de Fernando Santos para o Europeu de França que se inicia no próximo 10 de junho.

O lote de guarda-redes não surpreende. Aos já esperados Rui Patrício e Anthony Lopes junta-se Eduardo, que ultrapassou Beto, talvez prejudicado pelas lesões recentes.

Na defesa não há novidades. Ao quarteto de centrais experientes (Ricardo Carvalho, Pepe, Bruno Alves e José Fonte) juntam-se Cédric, Vieirinha, Eliseu e Raphaël Guerreiro. Eu teria levado Antunes, um lateral com características semelhantes a Eliseu, titular no actual campeão ucraniano que, a meu ver, dá mais garantias defensivas.

No meio-campo surge a única novidade da convocatória. A presença de Renato Sanches surpreende porque deixa de fora jogadores como Pizzi (mais adequado para substituir Bernardo Silva) ou André André (que daria mais versatilidade ao nosso meio-campo) e é, a meu ver injusta para os referidos e incompreensível na óptica das necessidades da selecção. Assim, vamos para França com 3 trincos (William Carvalho, Danilo Pereira e Renato Sanches), 3 médios de transição (Adrien Silva, João Moutinho e André Gomes) e um médio criativo ou um 10, se assim preferirem (João Mário).

Na frente, o esperado. Aos consagrados Cristiano Ronaldo, Ricardo Quaresma e Nani, acrescenta-se a qualidade de Rafa Silva e à falta de um avançado, vai Éder, como tem ido quase sempre, embora ninguém perceba a sua utilidade. Não sei se mais valia aproveitar o regresso de Postiga, que sempre faz de 'pino' com mais qualidade.

Resta esperar pelo início dos jogos de preparação para perceber a disposição táctica da equipa, que deve assemelhar-se à apresentada nos últimos jogos particulares.

Desejo um grande campeonato da Europa e que ninguém volte lesionado.

 

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Agora resta cumprir calendário

Pela primeira vez desde a qualificação para o Mundial 2006, Portugal não terá de jogar um play-off de acesso a uma grande competição internacional.

Fernando Santos, com um futebol pobre mas eficaz conseguiu qualificar directamente a selecção das quinas para a fase final do Euro 2016, a disputar em França.

Vi o jogo mais uma vez sem grande atenção. A TV estava ligada mas confesso que dispersei algumas vezes.

Posso estar enganado mas pareceu-me o único jogo desta época do Danilo em que lhe vi verdadeiramente alguma coisa. Bom posicionamento, bom timming na recuperação de bolas e simples na entrega (neste capítulo está ainda bem distante de William). Pareceu-me o melhor em campo e, de longe, o melhor do meio campo.

Moutinho (apesar do grande golo) e Tiago parecem não funcionar bem e o nosso meio campo é pouco consistente e intenso (talvez por isso Danilo se tenha destacado, sobretudo por ter de estar constantemente a corrigir o que os colegas de sector fizeram de errado).

Bom jogo de Cédric, muito melhor que Coentrão. A dupla de centrais pareceu-me sempre certinha e Patrício apareceu quando foi preciso.

Faltou sempre qualquer coisa na frente e nenhum dos homens do trio de avançados esteve em bom plano.

Está feito e resta um jogo, no domingo, frente à já eliminada Sérvia.

Hoje joga a selecção e o Adrien estará como eu: a torcer de fora

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Claro quer o jogador dará tudo (como sempre) se tiver oportunidade de jogar, mas é notória a desmotivação de ir à selecção não fazendo parte da 'checklist'.

Vou ver o jogo, como sempre, mas o interesse pela selecção dos favores é cada vez menor.

Espero que ganhemos e carimbemos o passaporte para França.

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