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Grande Artista e Goleador

Desp. Aves 0-2 SPORTING CP: Que seja a primeira de muitas

O essencial foi feito. É sempre bom entrar a ganhar, melhor ainda se for sem sofrer golos.

O jogo esteve longe de ser brilhante da nossa parte. Fomos competentes e, felizmente, isso foi suficiente perante um Aves pouco acutilante mas que chegou a causar algum perigo, resolvido pela linha defensiva e, em última instância, por Rui Patrício com uma grande defesa.

 

A primeira parte foi fraca. Salvaram-se Acuña, Gelson e um ou outro pormenor aqui e ali. William fez praticamente tudo bem, só que faltou alguma continuidade aos lances que tão bem conduziu.

 

A entrada na segunda parte também não foi tão afirmativa quanto eu esperava. O Aves entrou mesmo melhor no reatamento da partida e só depois de passados os primeiros dez minutos o Sporting tentou pegar na partida. Isto pese embora o remate de Acuña à trave, logo aos dois minutos.

As entradas de Podence e Battaglia refrescaram e deram novo alento à equipa e, agora sim, parece que temos um banco mais consistente no que diz respeito a acrescentar algo a meio-campo. Battaglia não faz tudo bem mas é um poço de força e disponibilidade. Podence fez o que se lhe pedia e agitou o jogo, embora pouco acompanhado pelos restantes elementos em campo.

Acuña ainda desperdiçou mais um lance de golo mas Gelson acabaria por bisar e estabelecer alguma tranquilidade nas nossas mentes, antes de Acuña desperdiçar mais um golo feito, que poderia ter dado o 0-3 e também alguma injustiça no marcador.

 

Pese embora alguns erros, gostei de Piccini, sobretudo na segunda parte e, ao contrário da maioria, continuo a ver mais coisas prometedoras do que dignas de desconfiança.

Coentrão, mesmo comedido, mostrou um nível a que não estávamos habituados num lateral esquerdo que equipasse de verde-e-branco. Basta comprar uma bruxa para o cacifo, que lhe afaste o mau olhado e temos um problema (bem) resolvido.

Bas Dost nem se viu e mesmo assim ganhámos 2-0. Quando dermos por ele as coisas só tenderão a melhorar e isso é bom...muito bom.

Gelson foi o MVP e mostrou porque, apesar de não acertar dez cruzamentos em outras tantas tentativas é o melhor extremo do Sporting. Para começar, dois golos não está nada mal. Aposto que vai voltar a ser o nosso melhor assistente e que este ano atingirá a fasquia dos dez golos.

Acuña merecia um golo e deve-o talvez à ansiedade de tanto o procurar. Com mais calma, vai aparecer.

 

Não percebi a entrada do Jonathan mas...tudo bem.

 

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Hoje joga o Sporting

É um #DiaDeSporting com mais do que a nossa estreia para a Liga NOS, na Vila das Aves.

 

Logo de manhã (11:15h), a equipa B debuta na Ledman LigaPro com um plantel mais de acordo com aquilo que me parece que deve ser o da nossa equipa secundária. Estou muito curioso para ver aquilo que apresenta Luís Martins no primeiro jogo da temporada, na Covilhã, num encontro com transmissão em directo na SportTV1.

 

Ao meio dia partem para a estrada os ciclistas do pelotão da Volta a Portugal, onde o Sporting / Tavira segue no 2º lugar da geral colectiva e individual. Alejandro Marque segue atrás de Raul Alarcón, a apenas 6 segundos de distância. Rinaldo Nocentini é 4º, a 16 segundos e mostra que o Sporting tem já os dois ciclistas com maior capacidade para lutar pela geral em posição privilegiada para o fazer.

A etapa terminará em Castelo Branco, pouco depois das 17 horas (transmissão em directo na RTP1) e os ciclistas passarão por localidades como Reguengos de Monsaraz (de onde parte a etapa), Vila Viçosa, Monforte, Portalegre, Castelo de Vide, Nisa ou Vila Velha de Ródão, onde se esperam muitos cachecóis verdes-e-brancos no apoio aos nossos.

 

Ao final da tarde (18:00h), sairei ligeiro da praia para observar com atenção a estreia da equipa principal de futebol na Liga NOS.

Jorge Jesus apresentará o seu primeiro "onze" da temporada, sendo certo que Alan Ruiz, lesionado, não fará parte das contas.

Todos sabemos como é fundamental entrar bem, mais ainda quando a época parece ser mais um tudo ou nada, com um forte investimento no plantel e a cabeça do treinador a prémio, após uma temporada onde nenhum dos objectivos foi atingido.

Sem perder ainda nenhum dos jogadores fundamentais e com algumas posições claramente reforçadas em qualidade e quantidade, o "Mestre da Táctica" tem hoje uma margem de manobra reduzida. Só a vitória interessa e esperemos que à primeira se sigam muitas mais, as suficientes para quebrar o jejum que devia ter acabado na temporada 2015/2016.

É pouco provável que Jesus nos surpreenda no "onze" e espero o quarteto "preferido" do técnico à frente de Rui Patrício, com William e Bruno Fernandes no meio e Gelson, Acuña, Podence e Bas Dost com as principais tarefas ofensivas.

O jogo é transmitido em directo pela SportTV1.

 

Que seja mais um grande dia, onde certamente os Sportinguistas não faltarão à "chamada".

 

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Hoje joga o Sporting

Mais um jogo que promete dificuldades que, certamente, os nossos rapazes tudo farão para ultrapassar.

As goleadas averbadas pelo Belenenses em casa dos nossos rivais não serão bitola para este jogo e muito menos o facto de, tal como nós, terem jogado na passada quinta-feira.

Teremos de ser intensos, objectivos e eficazes, sobretudo na primeira meia hora, onde se joga a fase animicamente mais importante do jogo. Se não marcarmos, eles ganham fôlego. Se marcarmos, pode dar goleada.

Sá Pinto fez poupanças na Liga Europa e deu sinal claro de que o jogo importante era o de hoje.

Jorge Jesus poupou o suficiente para hoje enfardar uma caixa de pastéis de belém.

São mais três pontos importantíssimos para cimentar a liderança e uma boa exibição, de preferência com alguns golos, pode pôr em sentido a concorrência. O Porto está numa má fase e nem a vitória tangencial com o Tondela afastou a contestação que se verifica desde a derrota na Champions. O Benfica tem hoje um jogo difícil e são fortes as probabilidades de deixar pontos na Pedreira.

Com Jefferson, Teo e Mané de fora por impedimentos de ordem física, é natural que Jonathan e Montero voltem a integrar o onze inicial.

André Geraldes, emprestado pelo Sporting ao Belém, não jogará por imposição dos regulamentos e teremos de ter atenção ao trio de ataque, composto por Kuca, Sturgeon e Luís Leal. A meia distância de Carlos Martins tem de ser acautelada, bem como as bolas paradas ofensivas, onde Gonçalo Brandão e Tonel aumentam os sinais de alarme.

O horário, bem como o dia da semana, não são os melhores para uma enchente. As minhas melhores previsões apontam para 30 mil leões nas bancadas a puxar pelos rapazes de verde e branco.

Só a vitória interessa antes de mais um ciclo exigente que se aproxima.

SPOOOOOOOOOOOOORTING.

Hoje joga o Sporting

É tão bom sempre que chega mais um dia de jogo.

A verde e branca, vestida logo de manhã (bem, na verdade é verde e preta, pois é a alternativa), já foi envergada em plena 'Invicta'. Há que mostrar o orgulho de leão e ver que já nos olham de outra forma. Agora já ninguém se ri na rua quando passa a camisola do Sporting. Agora respeitam-nos e, em certa medida, temem-nos.

O adversário de hoje é novamente o Skënderbeu, para a Liga Europa. Uma equipa completamente ao nosso alcance, como se viu em Alvalade, mas os jogos fora são sempre difíceis.

A qualificação continua em risco e vai haver novamente rotação nos onze titulares.

Espero mais uma vez que o empenho e a seriedade estejam presentes. Garantindo isto, a vitória não passará de uma formalidade.

Eu não abdicava de três ou quatro habituais titulares. O jogo é acessível mas importantíssimo e não podemos facilitar.

Com o assunto resolvido, podemos gerir na segunda parte.

Talvez apostasse em Patrício, Esgaio, Paulo Oliveira, Ewerton, Jonathan, Paulista, Adrien, Mané, Matheus, Slimani e Montero.

O Skënderbeu será, certamente, mais aguerrido do que foi em Lisboa mas estará privado do seu melhor marcador, expulso de forma estúpida em Alvalade.

A nossa obrigação é entrar forte, ganhar vantagem e gerí-la de forma inteligente na segunda parte, de preferência aumentando-a.

Mais um jogo com golos era importante para reforçar a veia goleadora dos últimos jogos.

Agora vou para estágio ;)

SPOOOOOOOOOOOOORTING!

SPORTING CP 1 Estoril 0: Difícil mas saborosa

Foi tal e qual como eu havia previsto ontem: um jogo difícil, decidido pela margem mínima e com o regresso dos jogos difíceis.

O início de jogo foi complicado, em consequências das tais transições rápidas pelas alas que havia falado ontem e onde Rui Patrício mostrou o porquê de ser um dos melhores. Duas grandes defesas mantiveram a baliza inviolável.

Depois, havia que ter a tal paciência necessária para contornar a barreira defensiva do Estoril que, com um meio campo bem povoado, nos dificultou a entrada na sua área.

A primeira parte, mais do que mal jogada, foi desinspirada. Faltou acertar o último passe, algo que quase nunca foi possível sobretudo porque acabámos sempre por não conseguir jogar em largura e profundidade, com um jogo muito afunilado pelo meio. Ainda assim, beneficiámos de uma ou dias oportunidades para finalizar.

A segunda parte trouxe uma melhor organização defensiva e uma superior movimentação ofensiva. As combinações começaram a sair e as oportunidades a surgir. A mais flagrante surgiu na sequência de uma boa incursão de João Pereira que serviu de bandeja Bryan Ruiz. O falhanço foi escandaloso e deixou todos de mãos na cabeça.

Depois de um penalti perdoado aos 'canarinhos', o 'apitador' lá acertou ao marcar a segunda, apesar ser precedido de um fora-de-jogo não assinalado.

Depois gerimos bem o adversário durante o resto do encontro e o único fantasma a pairar em Alvalade era o do árbitro habilidoso. O empate nunca esteve em risco e a vitória é justa. É com jogos destes que se fazem campeões. Ganhar em dias de menor inspiração é fundamental e a equipa não falhou. A liderança foi consolidada e agora, com os adversários mais directos a 5 e 8 pontos de distância (embora com menos um jogo cada), a pressão sobe consideravelmente para os lados da Luz e do Dragão.

A nós, compete-nos continuar a cimentar esta mentalidade e capacidade vencedora. Venha o Arouca, em Arouca, no estádio do Arouca.

Hoje joga o Sporting

Os festejos do derby terminaram! E falo apenas para os adeptos pois, a equipa, imediatamente deu sinais de foco no jogo de hoje frente ao Estoril.

Ainda assim, o facto de nada haver ainda para festejar deve motivar ainda mais os adeptos a apoiar o líder do campeonato em mais uma 'batalha' que adivinho difícil. Pela qualidade do adversário e pela dificuldade natural de um jogo que se segue a um de nível de dificuldade superior e de maior impacto emocional.

Pelo menos 45000 espectadores em Alvalade, deixar-me-ão satisfeito.

Jorge Jesus e os jogadores sabem que o embate de hoje é tão importante quando o do passado fim-de-semana e serão os níveis de concentração e eficácia do nosso jogo que determinarão o sucesso ou a falta dele na partida de hoje à noite.

Adrien (castigado) e Aquilani (lesionado) obrigarão a mexidas no meio-campo e estou curioso para ver o que faz Jesus. Será que aposta em Bruno Paulista ou reposiciona João Mário ao centro, entregando a ala a Mané, Gelson ou Matheus? Opções válidas e de qualidade não faltam e estou certo de que qualquer um dará conta do recado.

A equipa do Estoril tem qualidade e vai, certamente, dificultar ao máximo a nossa aproximação ao seu último reduto. Devem para isso assumir uma linha média/baixa com enfoque no jogo directo para as alas ofensivas, onde têm homens rápidos e capazes de meter veneno na nossa defesa.

Será fundamental ter paciência na construção de jogo pois o jogo directo do adversário não facilitará a nossa pressão alta e a consequente recuperação de bolas no meio campo forasteiro.

Prevejo o regresso dos jogos difíceis em Alvalade mas espero enganar-me, num dia em que o convívio entre amigos Sportinguistas começará à hora de almoço e se prolongará até ao final do dia, espero eu, com sorrisos à saída de Alvalade.

SPORTING CP 5 Skënderbeu 1: Dupla de M's resolve

Jogar a um ritmo baixo mas com qualidade foi suficiente para vencer um adversário fraco, talvez tão fraco quanto o Vilafranquense.

Notou-se que, mais do que jogar depressa, houve preocupação em jogar bem. Pareceram-me claras as ordens de Jesus para privilegiar uma posse segura e um domínio do jogo em posse, acelerando mais pela certa, por forma a ferir 'de morte' o adversário. Isso havia ficado algo implícito, até mesmo na conferência de antevisão.

A primeira parte até começou com algumas jogadas de fino recorte mas a equipa acabou por levar a sério de mais a calma e foi até numa fase menos bem conseguida que Montero, com classe e inteligência, 'sacou' duas grandes penalidades (bem assinaladas), já depois do adversário se ver reduzido a dez jogadores. Aquilani e o próprio Montero colocaram o resultado em 2-0 ao intervalo.

A segunda parte começa com os dois M's. Matheus a falhar na cara do guarda-redes (na sequência de um remate perigoso de Montero) e o colombiano a partir os rins aos albaneses.

Cinco minutos de sufoco, oportunidades, remates, mas nada de golos.

Temos de aprender a matar à nascença os contra-ataques adversários. Podíamos ter sofrido, não fosse a 'azelhice' do albanês.

Não o digo por ser fã, mas cada lance de Montero é classe pura. O mais simples toque na bola parece encantador. Nunca será intenso o suficiente para ser um 'cão de guarda' na hora de defender mas, a dar jogo à equipa, não há como ele.

Aquilani ameaçou e, neste momento, o meu 'teste do algodão' a Paulista estava concluído. O brasileiro não engana e, não sendo William (são jogadores diferentes, mas ambos de grande qualidade e potencial), deixa-me descansado quanto ao dia em que o 'Sir' siga para outras paragens. Paulista e Palhinha serão o futuro da posição.

Depois de '37' piscinas de Jonathan (que pulmão!), bola redondinha para a cabeça de Matheus, que se limitou a encostar para a baliza. Assunto resolvido e Matheus agradece a Deus (deve agradecer a ele próprio, pois tem feito pela vida).

Gelson fica perto do golo e, neste momento, penso como é que alguém pode ter ficado irritado com a nossa exibição (e conheço quem não tenha gostado). O resultado já podia estar em 6 ou 7 e só não estava por mérito do guarda-redes adversário.

Outra vez Montero. Bola com conta, peso e medida em Tobias, que não esbanjou e fez o primeiro desta época. Grande golo, embora facilitado pela falta de 'estorvo'. Boa exibição do jovem central leonino, melhor até que a de Ewerton.

Aquilani terá feito um dos melhores jogos desde que chegou. Não tenho dúvidas que nos será muito útil.

Faltava o golo da noite, da autoria de Matheus Pereira, após grande cruzamento de Esgaio. Boa exibição dos nossos laterais que, sem grandes cautelas defensivas, souberam integrar o ataque com qualidade. São os meus preferidos mas entendo que, devido à inexperiência, raras vezes podem jogar em simultâneo.

Gelson entrou cheio de vontade, ao contrário de Slimani, que se fartou de esbracejar de cada vez que não lhe passavam a bola. Compreendo que quisesse marcar para 'aquecer' para o derby mas acho que se excedeu. Voltando a Gelson, vou usar uma expressão de um amigo que, certamente, vai sorrir quando ler: "tem demasiada rua nos pés" e isso faz com que queira fazer tudo demasiado depressa e bem. No dia em que conseguir contemporizar melhor, será mais eficaz. É esta a diferença dele para Matheus e que beneficia o brasileiro.

A noite fica manchada pelo golo sofrido, de bola parada, numa abordagem totalmente errada de Ewerton. Sem hipóteses para Rui Patrício.

Gestão perfeita de Jorge Jesus e equipa na máxima força para o derby de domingo.

O destaque vai, naturalmente, para Matheus mas o homem do jogo é Montero, que esteve em quatro dos cinco golos.

Rescaldo do #DiaDeSporting

Pode um dia onde se ganhou 7 jogos e perdeu 3 ser negativo?

Pode.

Alguma das nossas equipas falhou no compromisso e responsabilidades de representar o Sporting?

Não.

Fiquei triste pela derrota com o Benfica, pela Taça Continental deixada em Barcelona e pela eliminação da Taça EHF?

Muito.

Porque merecíamos ganhar no futsal, porque podíamos ter dado mais luta ao Barça e porque a passagem era perfeitamente possível, frente aos dinamarqueses.

Assim, perdemos um título ao qual não éramos favoritos à vitória e onde fomos briosos e abandonámos as competições europeias de andebol na 1ª eliminatória em que participámos (com uma boa equipa, mas que se revelou ao nosso alcance).

Nada disto me faz duvidar de nenhuma das nossas equipas mas...haverá alguém satisfeito com objectivos falhados?!

Claro que não! E, sobretudo no caso do andebol, falhámos numa prova onde já tínhamos falhado, com os mesmos contornos dramáticos, na época passada, exactamente na mesma fase.

Vou apenas falar do que vi.

O futsal tem tido um problema claro nos jogos com o Benfica de Joel Rocha: a finalização. Só ganhámos um jogo em nove e fomos mais fortes e dominantes em sete mas...marcámos quase sempre menos golos e, quem marca menos, perde.
Tem sido difícil contornar o jogo extremamente calculista e defensivo do treinador do Benfica que, com a estratégia adoptada, assume a nossa superioridade mas parece saber como a contrariar. Claro que a nossa ineficácia esbarra também na eficácia defensiva do adversário, sobretudo no corpo de Juanjo, que foi mais uma vez decisivo na vitória do Benfica.
A verdade é que é sempre frustrante perder com um rival mas é-o ainda mais quando fomos superiores, quando rematámos mais, quando tivemos mais oportunidades claras de golo e não conseguimos materializar.
Nuno Dias voltou a montar bem a equipa mas voltámos a esbarrar na ineficácia dos nossos jogadores. O jogo nada decide, nada define mas dá ao Benfica a vantagem moral de ficar isolado na frente e com vantagem no confronto directo, bem como agudiza o nosso trauma relativamente aos últimos encontros entre ambos. 
Espero que a sorte mude.

É difícil criticar os nossos rapazes do hóquei. A tarefa era difícil, mesmo com a vantagem conseguida no Livramento, mas a ilusão de que era possível dificilmente não deixaria no ar alguma desilusão, sobretudo porque pareceu que entrámos algo amedrontados, sem qualquer motivo para isso. As bancadas estavam muito despidas e quase só se ouviram os nossos durante os 50 minutos. Motivos de sobra para motivar e nada que nos pudesse amedrontar. Mas a verdade é que faltou um 'pinguinho' de 'desrespeito' pelo adversário, sobretudo após a eliminatória voltar a estar empatada e alguma eficácia nos lances de bola parada.
Claro que não ignoro (nem o podia fazer) o facto de estarmos perante o campeão europeu e o dominador claro da modalidade no nosso continente. Claro que o Barcelona continuava a ser favorito mesmo depois de ter perdido em Portugal. Mas nós tínhamos mais hipóteses do que aquelas em que acreditámos após os primeiros minutos de jogo.
Bola para a frente! Se a Supertaça era um objectivo claro (e foi alcançado com total mérito), a Taça Continental, sendo-o também, previa uma melhor aceitação do insucesso. 
Assim foi. Fiquei triste, acho que podíamos ter feito mais mas continuo orgulhoso de tudo o que esta equipa nos tem proporcionado.
Vitórias na Taça de Portugal e na Taça CERS farão desta época inesquecível. Se pudermos juntar o campeonato nacional (objectivo que considero mais difícil), será apoteótico.

Apenas algumas notas para o futebol.
A formação continua a mostrar que as notícias da sua morte foram claramente um exagero. Vitórias nos juniores (2-1 em casa do Belenenses, o 2º classificado) e nos juvenis (por 11-0, frente ao CADE) voltaram a mostrar que estamos vivos e de saúde.
Nos seniores, o objectivo foi cumprido. Vitória tranquila de uma equipa que soube encarar o jogo com profissionalismo e seriedade e onde foram os 'miúdos' a dar nas vistas. Matheus estreou-se a marcar (e fê-lo por duas vezes), Paulista estreou-se e marcou e Gelson estreou-se também a marcar pela equipa principal e afinal, parece que Jesus não veio 'ignorar' a nossa formação.
Do que me foi possível perceber pela análise de Costinha, durante o relato na Antena 1, foram estes os destaques, aos quais junto Jonathan Silva e Tanaka que, nas palavras do ex-dirigente leonino, entrou muito bem e fez uma boa exibição, mostrando que está disponível para ajudar sempre que for chamado a intervir.

Não posso deixar de dar os parabéns à nossa equipa de ténis de mesa, que não vacilou e venceu o primeiro título da época, a Supertaça, diante do campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, o Toledos. Espera-se uma grande época por parte de Diogo Chen, João Sedúvem (ambos da nossa formação), Bode Abiodun e Aruna Quadri e o regresso do título nacional a Alvalade parece este ano mais provável.

Apenas frisar que a tal mentalidade ganhadora parece estar a demorar mais tempo a entrar no andebol. A derrota com o Porto e a eliminatória com o Holstebro são indicadores disso mesmo e mostram que Zupo ainda tem trabalho a fazer com estes jogadores que, espero e acredito, nos darão alegrias esta época. Sem competições europeias, a pressão dos resultados aumenta e não podemos negá-lo. É encarar o touro pelos cornos, sem receios e com ambição.

Um obrigado especial aos adeptos que estiveram em Barcelona a acompanhar o hóquei. Foram mais notados do que se esperava e mereceram menção honrosa por parte dos comentadores espanhóis, espantados com tamanho entusiasmo e fidelidade.

Somos enormes!

Hoje há mais e estes são os destaques.

Destaques domingo.png

Agenda completa AQUI

 

Sábado Verde e Branco

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Estes são os destaques de hoje e nem vai dar para respirar.

O dia começa com um dérbi, o primeiro encontro de futsal em Portugal transmitido em HD. A importância é relativa. É um jogo de fase regular, sempre emocionante mas que nada decide. Poderá ser importante para o reforço do estado anímico mas pouco mais. Estamos numa fase muito embrionária da época e gostava que fosse um jogo aberto embora duvide que o Benfica arrisque esse tipo de jogo connosco, pois facilita-nos a vida. Será um jogo de paciência em que a margem de erro tem de ser mínima, se queremos trazer os 3 pontos da Luz.

A renovada equipa de ténis de mesa, depois de vencer os dois primeiros jogos da época com vitórias categóricas, joga a Supertaça frente à besta negra dos últimos anos, o Toledos. Os açorianos perderam para nós o seu melhor jogador (Aruna Quadri) e o favoritismo parece pender ligeiramente para o nosso lado. Esperemos que seja o primeiro troféu da época e o regresso à hegemonia na modalidade.

Segue-se o encontro mais importante do dia. No Palau Blaugrana, o Sporting enfrentará o Barcelona e uma maioria clara dos adeptos da casa que não se espera que encham o pavilhão. Estaremos representados por uma comitiva razoável com o intuito de apoiar antes, durante o jogo e festejar no final. Tal como nós, o Barcelona vem de uma derrota (no caso dos Catalães são duas, a última delas em casa) e ambas as equipas têm algo a provar. A diferença é que o Barcelona tem de vencer por mais de dois golos de diferença para mostrar aos adeptos que está de volta, enquanto que para nós, basta perder pela margem mínima. O jogo parece talhado para as nossas características e estilo de jogo. Sentimo-nos confortáveis a gerir o jogo defensivamente e não temos problemas em jogar sem bola. A concentração, garra, entrega, união, espírito de sacrifício serão fundamentais e, já agora, uma pontinha de sorte. Para além da Sporting TV, o jogo pode ser visto online nos seguintes links: CERH e TV3Eu acredito que hoje voltaremos a fazer história!

Regressa o futebol e a Taça de Portugal. O adversário é o Vilafranquense, dos distritais, mas a seriedade tem de ser máxima. Com humildade e empenho o objectivo será atingido sem problemas. Resta saber se Jorge Jesus poupa os habituais titulares ou não. Aposto num misto entre titulares e algumas oportunidades para mostrar serviço, que devem ter continuidade para 5ª feira. Seja como for, só interessa vencer.

Para o final da tarde fica o jogo que decide a continuidade ou não do andebol nas competições europeias. O adversário traz de sua casa uma vantagem de 5 golos que não nos será fácil anular. Espero uma entrada forte dos nossos leões e um dia sim de Portela e Solha, que podem ser decisivos na partida de hoje, bem como Cudic, o nosso guarda-redes. Espero que Zupo tenha conseguido espicaçar a equipa e embalemos para uma época cheia de sucessos.

 

Artistas e goleadores

Tal como na época passada, elaborarei de quando em vez o ranking de melhores marcadores, melhores 'assistentes' e jogadores mais influentes.

É importante ressalvar que o critério das assistências para golo é definido por mim e que não sigo estatísticas de nenhum site que, a meu ver, julgam mal este dado estatístico tão relevante.

Volto a recordar que os pontos que decidem qual o jogador mais influente são calculados da seguinte forma: golo (1 ponto); assistência (0.5 pontos).

GOLOS

Goleadores 08-10-2015.png

ASSISTÊNCIAS

Artistas 08-10-2015.png

INFLUÊNCIA

Influentes 08-10-2015.png

 

Tentarei fazer o mesmo exercício para a equipa B. Visto que temos tido acesso aos resumos através da Sporting TV, torna-se mais fácil recolher os dados das assistências sob análise directa do lance.

GOLOS

Goleadores B 08-10-2015.png

ASSISTÊNCIAS

Artistas B 08-10-2015.png

INFLUÊNCIA

Influentes B 08-10-2015.png

A título de curiosidade, os vencedores do ano passado podem ser consultados aqui.

 

 

SPORTING CP 5 Vitória SC 1: Acho que me habituava a isto

Jogo tranquilo, um adversário que não conseguiu fazer-nos tremer e uma goleada. Nem parecia um jogo do Sporting!

Sem casos de arbitragem, sem insultos ao árbitro, sem ansiedade, sem sofrimento até ao último minuto.

Confesso que estranhei. Não estou habituado a ganhar com tamanha tranquilidade e assumo que me habituaria a isto com facilidade.

Excelente jogo da nossa equipa! Com qualidade, intensidade e eficácia. Marcámos cinco e outros tantos ficaram por marcar. Podia ter sido histórico.

Não houve jogadores em sub-rendimento, todos pareceram confiantes e isso acabou por reflectir-se no resultado.

O destaque vai, naturalmente, para Slimani. Foi o homem do jogo e ao septuagésimo sexto jogo, fez o seu primeiro hat-trick. Gostei muito mais da exibição do argelino do que das que lhe antecederam. Menos interventivo em construção, recuou menos vezes no terreno e não caiu tanto nas alas. Até em momento defensivo acabou por não se desgastar tanto mas aí os motivos são outros e já falarei deles mais à frente. É engraçado que parece Jorge Jesus e sobretudo Slimani que me ouviram quando, a caminho do estádio, discutia com amigos aquilo que eu achava que Slimani podia fazer para se revelar verdadeiramente útil...pois foi exactamente isso que fez. Limitou-se a ser o finalizador da equipa, não quis assumir trocas de bola (embora tenha feito algumas asneiras quando tentou) e não se desgastou em tarefas desnecessárias. Concentrou-se nas movimentações entre os centrais e nas costas dos mesmos e bastou isso para marcar, pela primeira vez, três golos num jogo. Que continue assim!

O outro destaque vai para William Carvalho. A estabilidade e confiança que dá a toda a equipa amplifica tudo o que fazemos de bom. A equipa ganhará muito mais ainda com ele em campo e finalmente poderemos ver o melhor Sporting. A pressão à primeira fase de construção do adversário funciona melhor porque todos sabem que têm a cobertura de William e a saída de bola é mais segura porque é o próprio que a assume sem receios. É graças a ele que todo o processo defensivo funciona melhor mesmo que tenha um menor auxílio dos pontas-de-lança e isto é óptimo, sobretudo para Slimani, porque o liberta de tarefas desgastantes que fazem com que passe muito tempo longe da área, que é onde deve estar.

De resto, uns melhores que outros mas todos com nota positiva. A dupla de centrais foi segura. Esgaio passou o jogo a 'fazer piscinas' e Jefferson deu um ar de sua graça na 2ª parte. Adrien beneficia com a presença de William, embora ache que, a breve trecho, este lugar acabe entregue a João Mário. Enquanto esteve em campo, Ruiz cumpriu e João Mário fez um excelente jogo numa posição que não lhe é habitual mas que já conhece bem. Teo continuou a desfazer defesas com a sua excelente movimentação e marcou um golo a fazer lembrar o Levezinho. Gelson entrou bem e com vontade de marcar um golinho. Aquilani veio para ajudar a equipa a gerir a posse de bola e com a intenção de aproveitar a sua qualidade de passe para servir os da frente mas a intensidade do jogo neste momento já não era a mesma, algo que prejudicou Montero, que até entrou bem mas numa altura em que a equipa já geria mais o jogo do que outra coisa.

"Os jogadores ficaram satisfeitos com os cinco golos mas eu não", foi mais ou menos isto que Jesus disse no final do jogo. Isto é um óptimo sinal. Sinal de confiança no grupo e de que acredita que aquele 'rolo compressor' de que tanto gosta pode ser aplicável na nossa equipa.

Gostei do jogo! Cheguei a casa tarde e cansado, mas satisfeito.

Acho que me habituava a isto!

Hoje joga o Sporting

Tenho saudades de Alvalade! Os jogos a meio da semana têm-me afastado de casa e tenho compensado com o apoio em jogos fora mas...não é a mesma coisa.

Não há nada como a nossa casa, o nosso lugar, os companheiros de sempre e os de ocasião.

Hoje é dia de regressar a casa, ver os amigos, desfrutar de mais um jogo do Maior Clube do Mundo e regressar a casa tarde, bem tarde, mas com um sorriso no rosto.

O adversário é o Vitória minhoto, um dos mais apetecíveis em casa, diz a história. História essa que nem sempre é amiga e por vezes pode mesmo ser madrasta.

É tempo de deixarmos de pensar em história e começar a escrever novas páginas para memória futura e isso começa em cada jogo, em cada domingo como o de hoje em que apenas três pontos interessam.

Não quero saber da chuva nem da trovoada. Só quero ter o prazer de voltar a casa e ver o Sporting vencer.

Óbvio que, para isso, teremos de ultrapassar um supermotivado Vitória que será certamente muito agressivo, tentará quebrar a nossa dinâmica de jogo e explorará o contra-ataque.

Confio na nossa qualidade colectiva e individual e acredito que resolveremos os problemas que o adversário nos tentará colocar.

Espero que William volte a jogar, pois representa um acréscimo importante de qualidade e estabilidade para a equipa.

Agora vou entrar em estágio e mais logo gritarei durante duas horas.

SPOOOOOOOOOOOOOOOORTING!

Beşiktaş 1 SPORTING CP 1: Ficou um travo amargo

Antes de dizer o que achei do jogo, devo ressalvar que fiquei muito desiludido com o resultado, porém, a exibição foi positiva e a melhor após aquela primeira parte em Moscovo, frente ao CSKA.

Claro que para fazer esta nota introdutória eu tive de rever o jogo, exercício que fazia muito bem à maioria dos adeptos. Permite-nos ver o jogo e analisá-lo convenientemente, pois afastamos à partida qualquer emoção que nos tire discernimento na análise.

Não fossem as duas oportunidades claras falhadas por Teo Gutierrez na primeira parte e esta tinha sido perfeita.

Excelente domínio do jogo e da posse de bola, que nos permitiu controlar totalmente o adversário. Boa saída em futebol apoiado, com envolvimento de todos os jogadores. Óptima reacção à perda de bola, bem como a pressão ao adversário, muitas vezes bem dentro do seu meio campo.

O lance do golo é um exemplo de bom futebol, jogado de forma inteligente e objectiva. Começa em William, que arrisca driblar um adversário, mesmo sendo o último da linha defensiva. A bola é colocada em Jonatham que, rapidamente, se movimenta para a zona central, onde tabela com Mané, que dá em Aquilani antes de Jonathan voltar a receber a bola e entrega novamente em Mané (que acompanhou a jogada do início ao fim). Este endossa a bola a Matheus Pereira, que cruza e um desvio coloca a bola à mercê do pé esquerdo de Bryan Ruiz. Simples, rápido, objectivo e bonito, assim foi o golo.

William Carvalho traz à equipa aquilo que nenhum outro consegue dar. Segurança na saída da primeira fase de construção (só por duas vezes falhou passes em zona proibida), verticalidade e alguma audácia. Porque William não se esconde, porque arrisca. Porque não se limita a jogar seguro e quase sempre passa para um colega mais adiantado no terreno. William é sinal de confiança, classe e qualidade e, não sendo insubstituível, é incomparavelmente superior a qualquer dos colegas de sector.

Entrámos bem no reinício do jogo mas rapidamente os turcos repartiram o domínio, algo normal, se tivermos em conta que até ali a equipa da casa não havia ligado uma jogada com princípio meio e fim.

Ainda assim, foi Teo que voltou a ter mais uma oportunidade clara de golo, novamente desperdiçada frente a frente com o guarda-redes turco.

Jorge Jesus tira Matheus e reforça o meio-campo com Adrien. Parecia uma daquelas substituições que vem feita de casa e que em nada tem em conta o desenrolar dos acontecimentos do jogo. Não que a entrada de Adrien não fizesse sentido mas mais porque deviam ter sido Ruiz ou Aquilani a sair, fruto do já habitual desgaste acelerado que sofrem em todos os jogos.

Acaba por ser um erro de Adrien que deixa toda a equipa desequilibrada e dá origem ao ataque rápido, concluído com o golo do empate. Partindo do princípio que a equipa do Sporting estava em pressão, Adrien devia ter-se resguardado mais, fazendo cobertura ao lado esquerdo. Acabou por ser William a apanhar com três adversários pela frente, ficando sem saber o que fazer ou qual deles atacar, e esquecendo-se de acompanhar Sosa, que apareceu nas suas costas. Pode questionar-se o posicionamento demasiado interior de João Pereira mas, a verdade, é que está bem colocado e é o desespero de tentar travar Sosa que deixa Töre na cara de Patrício. A linha defensiva também parece demasiado profunda na origem do lance.

A verdade é que o Beşiktaş marca no primeiro lance claro de golo de que beneficia.

Neste momento, Aquilani já tinha delimitado o seu raio de acção pela linha do circulo central. Ruiz estava cansado e tinha desaparecido do jogo e Teo tinha de ser substituído, mais não fosse por ser tão perdulário. No entanto, restavam duas substituições e o estilo de jogo apoiado que praticávamos começava a necessitar de jogadores mais frescos.

Tempo de Jonathan 'sacar' o primeiro de dois cruzamentos letais, este não aproveitado por Teo, que estava a 'dormir'. Estávamos no minuto 67 e já era tempo de voltar a mexer mas foi o treinador turco a lançar mais um avançado.

Jesus responde de imediato e troca Teo por Slimani. Era de esperar que a equipa passasse a utilizar um estilo de jogo mais directo.

Jonathan volta a subir no terreno e a ganhar um canto. Ruiz mete redondinha na cabeça de Slimani que, completamente sozinho à frente da marca de penalti falha a bola. Um lance típico que atesta que, mesmo sendo um dos seus pontos fortes, o jogo de cabeça de Slimani está longe de ser bom. Algumas pessoas vão voltar a dizer que estarei a ser injusto com o argelino (por quem não morro de amores) mas o lance não teve repetições e passou despercebido. Vejam novamente e digam se não tenho razão.

João Pereira leva um amarelo por fazer aquilo que todos no Sporting devem aprender a fazer: matar um contra-ataque à nascença.

Neste momento já não havia tanta capacidade para manter a posse de bola e éramos mais rápidos a desfazer-nos dela. Aquilani já nem acertava um passe.

Ruiz volta a aparecer num lance pela direita, onde devia ter sido mais esclarecido e os turcos respondem com um ataque rápido. Era o segundo calafrio, embora sem acertar na baliza de Patrício, que continuava a ser um mero espectador.

Jesus mete Gelson, depois de ter perdido a paciência com Aquilani e volta a recolocar Ruiz na zona central do terreno (pena que o costa-riquenho já estivesse 'morto'). Faltavam 12 minutos para os 90 e o único remate da segunda parte havia sido o de Teo, ainda nos primeiros cinco minutos.

A cinco minutos do fim, Patrício fez a primeira defesa digna desse nome. As pernas já pesavam e o bom posicionamento do primeiro tempo já era. Estávamos apenas a reagir, em alguns casos tarde. Felizmente, os argumentos do adversário nunca foram fortes.

O único duelo aéreo ganho por Slimani está na origem da jogada que vai culminar com mais um excelente cruzamento de Jonathan que só parece uma perdida escandalosa porque, embora pouco convicto, Gelson se faz ao lance, algo que Teo não fez no outro cruzamento do argentino.

Só detalhei mais a segunda parte para aqueles que não pretendem rever o jogo e porque não foi tão bem conseguida quanto a primeira.

Ainda assim, há que dar algum mérito ao adversário pois soube assumir o domínio do jogo em largas partes, ainda que sem grande qualidade e preponderância na nossa zona mais recuada.

Alguns destaques:

TOBIAS esteve mais sereno e tranquilo do que no jogo com o Lokomotiv e isso é um bom indicador, visto que jogará certamente no domingo.

JONATHAN fez um excelente jogo e mostrou a Jesus que pode confiar nele. Foi atento e agressivo a defender e soube apoiar o ataque. Foram muitas as vezes que subiu no terreno, quase sempre bem. Por mim, pegava de estaca.

Boa estreia de MATHEUS. Nunca se escondeu, movimentou-se bem e soube ocupar tanto o flanco como as zonas interiores. Está no lance do golo e foi, quanto a mim, prematuramente substituído.

Nenhum dos que entraram acrescentou algo ao jogo. ADRIEN, SLIMANI E GELSON não beneficiaram de um bom momento da equipa no jogo mas também não souberam ser eles a acrescentar aquilo que era necessário.

Não gostei das desculpas esfarrapadas de JORGE JESUS no final do jogo. Não foi nem a inexperiência e muito menos a juventude que fez com que tenhamos deixado dois pontos na Turquia. Esperava uma análise mais justa e cuidada e, para isso, bastava dizer que fomos ineficazes e Teo Gutiérrez ficou a dever-nos uma goleada.

Volto a dizer, no global, e tendo em conta as muitas alterações, foi um bom jogo, embora com um mau resultado que em nada hipoteca as nossas esperanças na qualificação (embora isso não pareça entusiasmar JJ). Espero que, no domingo, melhoremos a eficácia.

Hoje joga o Sporting

Já ontem falei um pouco do jogo de hoje, daquilo que me parece ser a actualidade do nosso futebol e do que espero para mais logo.

Naturalmente, espero uma inversão da imagem deixada no jogo em casa, frente ao Lokomotiv.

Espero uma equipa motivada por um ambiente deveras adverso e empolgante.

Espero alterações no 'onze', que Jesus já prometeu e que em nada comprometerão o objectivo principal, que é o jogo de domingo para o campeonato.

Ainda que, no discurso do treinador, a Liga Europa pareça uma competição apenas para rodar a equipa, não podemos esquecer o prestígio e a imagem que deve deixar-se sempre que o Sporting se apresenta numa competição europeia.

A nossa história nada menos exige do que a vitória em cada jogo e acredito que os jogadores que subirão ao relvado só terão em mente os três pontos.

Mais do que simples rotação, espero que os menos utilizados encarem o jogo como uma verdadeira oportunidade de mostrar serviço.

Temos alguns dos habituais titulares longe do melhor momento de forma e esta é a melhor altura para marcar posição.

Anseio por ver Jonathan jogar, tenho saudades de William, confio em Mané e Gelson, quero ver a classe de Montero e, pelas palavras de Jesus na antevisão, 'cheira-me' que podemos ter Tanaka.

Matheus terá, quase de certeza, os primeiros minutos pela equipa principal e espero que os encare com seriedade e vontade de mostrar o seu enorme talento. Já agora, dava jeito que fosse lançado com um resultado favorável, pois dá sempre outra tranquilidade.

Jogue quem jogar, espero vencer e ter novamente o prazer de ver o Sporting jogar bom futebol, algo com que não temos sido presenteados ultimamente, pois as exibições têm sido sofríveis.

SPOOOOOOOOOOOOOOOOORTING!

Dúvidas

Pese embora o facto do Sporting ser um dos primeiros classificados do campeonato português, não tenho a mínima dúvida que a cabeça de Jorge Jesus está neste momento 'a mil' e cheia de dúvidas.

Porque a equipa não segue em crescendo.

Porque perdeu uma das melhores (na verdade, a melhor) individualidades.

Porque aquele que é, assumidamente, o seu primeiro avançado é o que menos rende.

Porque temos vários jogadores em sub-rendimento.

Porque as segundas-linhas ou não têm correspondido ou não têm a mesma qualidade das primeiras escolhas.

Porque o próprio Jorge Jesus tem feito más opções, por vezes nos momentos errados.

Não duvido que, hoje, JJ não é o mesmo homem confiante e seguro do início de época. Tenho quase a certeza que muito do que tem sido feito foi questionado e ainda bem que assim é.

Assumo que Jesus tem as suas preferências para o modelo de jogo que preconiza e que tem sido difícil prescindir de alguns elementos por achar que são os melhores, mesmo que no campo estes não correspondam

Em última instância, diria que Jorge Jesus possa estar a ser algo teimoso.

Jefferson atravessa um momento de forma miserável.

Está difícil descobrir quem será o melhor par para o meio campo e o regresso de William traz mais dúvidas que certezas.

Ruiz está lento de processos e demasiado previsível.

Na frente, Slimani é o favorito mas o trabalho de desgaste do argelino e a sua entrega não parecem suprir as lacunas do seu jogo ofensivo. Além disso, mostra-se pouco eficaz e, a verdade, é que nenhum parceiro parece assentar-lhe que nem uma luva, começando a ser útil questionar se o problema não será dele. Neste momento, para além dos colegas de sector, até Mané precisa de menos tempo para marcar e tem a mesma influência em lances de golo.

Assim sendo e não colocando nunca de parte o objectivo para o jogo de amanhã que, naturalmente, passa pela vitória e pelo amealhar dos três pontos, isto seria o que eu faria com aqueles que Jesus convocou.

Devo apenas dizer que acho que o onze testado não deve ser mais uma revolução mas sim um verdadeiro teste para domingo.

Patrício nem é questão. É ele e mais dez!

Tendo em conta que não há ainda um indiscutível à direita, a minha opção seria Esgaio. Porque ataca melhor e porque o jogo de domingo é em casa.

Se Ewerton estiver em condições físicas, deve formar dupla com Naldo. Se a sua chamada apenas se deve à indisponibilidade de Paulo Oliveira, que jogue Tobias.

Jonathan tem de ser titular. Jeff tem sido um sonâmbulo a defender e uma nódoa a atacar.

Se William está em condições, deve jogar e, atendendo ao momento de forma, mais do que às características, Adrien Silva é o único com capacidade para suportar um William a ganhar ritmo.

Gelson tem sido opção consistente e é para manter. Não é tempo de lhe retirar confiança.

Ruiz deve dar lugar a Mané que, pelo menos, é mais rápido e define melhor na hora de visar a baliza. Além disso acho útil explorar o entendimento de Mané com Montero.

Como já perceberam, Montero tem de jogar. Porque é aquele que menos tempo precisa para encontrar o golo e porque é o mais inteligente e mais dotado tecnicamente. No fundo, porque é o nosso melhor avançado.

Mesmo que Teo não pareça estar no melhor momento de forma, acho que está por testar o seu entendimento com o compatriota.

Boeck, João Pereira, Ewerton, Aquilani, Matheus, Ruiz e Slimani iriam para o banco, tendo o argelino a tarefa que melhor lhe assenta, a de 'abre-latas', no caso do jogo pedir um jogo mais directo. Matheus, seria o desequilibrador que faltou no Bessa e que, na bancada, se viu impossibilitado de dar o seu contributo.

Claro que não é isto que eu penso que Jesus fará mas é aquilo que, à luz do que tenho acesso (pois não treino com os jogadores), me parece o melhor para a equipa.

Escolha quem escolher, espero um resultado e uma imagem diferentes daquilo que mostrámos em casa, frente aos russos.

Boavista 0 SPORTING CP 0: faltaram ideias

Estou frustrado! Porque jogámos mal, porque acusámos a pressão, porque fomos novamente prejudicados pela arbitragem mas, sobretudo, porque não ganhámos.

Claro que dominámos o jogo todo mas ter a bola e o domínio territorial não é tudo. Fomos pouco acutilantes, pouco incisivos, pouco criativos e pouco frios na hora de rematar.

A segunda parte foi demasiado fraca e podíamos ter resolvido o jogo numa das poucas boas acções de Slimani, ao deixar Gelson na cara de Mika, num lance em que acaba por ser Teo a rematar à malha lateral.

Os passes de rotura terminaram com a saída de Montero e a equipa ficou mais previsível.

Jefferson e João Pereira foram praticamente inexistentes em termos ofensivos e, como estou farto de dizer, este modelo de jogo, sem laterais, funciona mal.

Ruiz continua uma sombra do jogador que é e Slimani continua a emperrar 7 em cada 10 lances de ataque.

Das duas, uma. Ou a equipa aprende a jogar para o argelino (e não com ele) ou é melhor que este saia da equipa. Slimani deve ser apenas o homem do último toque. Não pode ser ele a recuar para tabelar nem pode ser ele a cair na alas. Sempre que se desgasta nestas tarefas, não aparece a tempo nas zonas de finalização nem o faz nas melhores condições. Além disso, é necessário que a equipa consiga tirar um cruzamento de jeito, pois já cansa ver bolas despejadas para a área sem qualquer critério.

Jorge Jesus afirmou no final do jogo que faltou criatividade à equipa e eu concordo mas, de quem é a culpa?! O 'mister' confiou demais na estrelinha que nos tem acompanhado e, na minha opinião, escolheu mal o 'onze'.
Mané tinha de actuar de início, pois Ruiz não aparece há uns cinco jogos. E não percebo o motivo da saída de Esgaio das escolhas iniciais.
Se juntarmos a isto uma fé inabalável em que as coisas acabariam por se resolver, temos alguma letargia na hora de mexer na equipa. Ruiz tinha de ter sido o primeiro a ser substituído para dar oportunidade a Mané de combinar com Montero (e aproveitar a tal 'química' que acho que têm quando jogam em simultâneo).
Montero sai, vitimado pelo síndrome "o Slimani não pode sair" e pela tentação de meter um ponta-de-lança (algo que não significa necessariamente que se fique mais perto do golo).
A entrada de William foi precipitada por vários factores: pela tentação de lhe dar minutos, pela falta de opções no banco (onde devia ter estado Matheus em vez de um dos médios) e pela ideia errada de que este podia ser decisivo, quando os problemas estavam noutra zona do terreno. Além disso, ficámos com dois médios mais defensivos, mesmo que João Mário não estivesse a jogar bem.

Depois, juntando a tudo isto um Soares Dias permeável ao jogo violento dos axadrezados (que pela primeira vez não viram um cartão amarelo em 90 minutos de futebol), tolerante com o anti-jogo dos da casa (particularmente na 2ª parte) e assertivo nos lances de dúvida dentro da área (ambos duvidosos mas que, em caso de dúvida são sempre apitados em prejuízo do Sporting).

Enfim, foi mau. E, além disso, perdemos uma oportunidade de nos isolarmos na frente do campeonato, deixando que o Benfica voltasse a aproximar-se.

Anseio por mudanças, de preferência cirúrgicas no 'onze' e, para 5ª feira, espero que seja ensaiada a equipa para domingo em vez de mais uma revolução.

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