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Grande Artista e Goleador

O triste fim da equipa B

Consumada que está a decisão de acabar com a equipa B em prol da criação de uma equipa sub-23, é tempo de fazer o balanço e calcular os possíveis efeitos desta decisão (ainda não comunicada oficialmente).

 

Balanço claramente negativo de uma equipa que, pese embora a perspectiva de ser o último ano, podia e devia ter saído da Ledman LigaPro com algum brio. A saída acabará assim por se fazer pela porta pequena, com uma desprestigiante descida de divisão que acabará por se diluir na extinção da equipa.

Não é possível isentar de culpas o treinador do escalão secundário. Pese embora a falta de qualidade e/ou inexperiência em boa parte do plantel, Luís Martins tinha obrigação de fazer melhor.

O Sporting B acabará a temporada com o estatuto indesejável de pior defesa do campeonato e há vários motivos para que isso aconteça; falta de organização defensiva, falta de estabilidade no onze (com efeitos mais negativos no sector recuado) e os erros individuais, que podem ser mais uma consequência dos dois factores anteriores do que, por si só, um dos motivos do insucesso.

 

Em 51 encontros à frente da equipa B, Luís Martins liderou uma equipa que não foi além das 18 vitórias (35%). Não sei se o acumular de funções prejudicou a sua prestação enquanto treinador mas sei que as coisas não melhoraram relativamente ao que se verificava com João de Deus, pessoa que nunca identifiquei como parte do problema do nosso segundo escalão profissional.

Em 110 encontros como líder da equipa B, João de Deus ajudou a obter 43 vitórias (39%). Acrescento que as 40 derrotas (36%) na "era" João de Deus não diferem em muito das 20 (39%) desde que Luís Martins assumiu o cargo de treinador.

 

Mesmo com ligeiro ascendente para o trabalho de João de Deus, no que aos resultados diz respeito, é justo dizer que o problema da equipa B, nos últimos anos, nunca esteve circunscrito à qualidade dos treinadores ou dos respectivos plantéis mas sim a um défice de planeamento.

Plantéis com bem mais de 30 jogadores nunca facilitam o trabalho dos treinadores nem beneficiam a performance dos jogadores. Se tivermos em conta que a maior parte dos contratados não apresentam qualidade evidente que seja possível vislumbrar uma subida à equipa principal, torna-se inevitável questionar o porquê de fazerem parte do plantel.

Parece-me legítimo que se questione o porquê da vinda de muitos dos jogadores, estrangeiros mas não só. Será que é o preço a pagar pela relação privilegiada com este ou aquele empresário ou empresa de agenciamento? Simples erros de scouting? Podia fazer mais algumas perguntas mas parece-me que muitos não vieram pela sua qualidade ou potencial futebolístico.

 

Seja como for, o mal está feito. A pergunta que agora faço é; o que vem mudar com a criação de uma equipa sub-23? Respondo, em vez de aguardar pela resposta. Nada!

Excluíndo Ary Papel, o actual plantel já tem idade sub-23 e, previsivelmente, grande parte destes atletas transitarão para o novo projecto.

Por falar em projecto, compreendo as reticências do FC Porto em avançar para o campeonato sub-23. Não só porque se têm dado bem no modelo actual mas também porque a criação de um escalão intermédio entre os juniores e os seniores virá privar os atletas de algumas dificuldades potenciadoras do seu crescimento, que podem ser encontradas no contexto actual da segunda liga.

 

Entendo que há a necessidade de, em muitos casos, dar mais um/dois anos de maturação a um jogador que acabe de subir dos juniores. O choque com a realidade do futebol sénior (mais ainda no profissional) é forte e alguns não aguentam o embate. Facilmente se passa de bestial a besta, de uma potencial estrela a uma desilusão.

Posto isto e porque é uma conversa que vem dos meus tempos de jogador, questiono se não seria mais benéfico alargar o escalão júnior para sub-20 (actualmente é sub-19), permitindo assim aos menos preparados um ano mais de processo formativo que potencie depois o processo integrativo nos campeonatos profissionais.

É minha convicção que os atletas com 22 anos que disputem o campeonato sub-23 o farão, na sua grande maioria por não apresentarem qualidade para jogar ao mais alto nível e que, por isso, acabarão por nivelar por baixo a qualidade, limitando a evolução de jogadores mais jovens com potencial para outros voos.

Acho que está na hora de deixar de usar as equipas secundárias (sejam elas B's ou sub-23) como depósito de excedentes dos empresários e das equipas principais. Os jogadores precisam que se aposte neles e se tente fazer deles o melhor possível. É também disso que se faz o sucesso de um departamento de formação.

 

Ninguém me tira da cabeça que a saída das equipas B da Ledman LigaPro se deve mais à urgente redução de equipas da competição (que aumenta os custos anuais das equipas que lutam por objectivos desportivos reais) do que a qualquer outro motivo. A criação de um escalão que integre precisamente esses jogadores, de certa forma, valida a minha teoria. Desportivamente, não vejo grandes vantagens neste novo projecto, que mais não vai ser do que aquilo que já existia, noutro contexto competitivo.

 

No caso do Sporting, que é o que me interessa, acho mais importante lutar pelo alargamento aos três anos do escalão júnior, reduzindo custos com a dispensa de jogadores não quais não vejamos futuro ou evolução que sustente a continuação da aposta. Paralelamente a isto, há que potenciar a integração dos mesmos em equipas dos primeiros dois escalões nacionais, aumentando assim a quota de formados em Alcochete nos campeonatos profissionais.

Os menos maduros, teriam assim mais um ano para continuar o processo formativo e os restantes ficariam entre dispensas (podiam até ser colocados e clubes com uma cláusula de recompra), empréstimos e apostas para o plantel principal.

O desejável seria que o conjunto de jogadores com contrato profissional em idade sénior diminuísse para 40/50, em vez dos actuais 60/70.

 

Provavelmente as decisões já estão tomadas e não será agora, em cima do final da época mas também da preparação da próxima que estarão em cima da mesa novas abordagens ao tema mas espero que este contributo seja benéfico para a discussão.

 

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Sinais positivos, no meio de uma época terrível

A equipa do Sporting B está em zona de despromoção, não vence há nove jogos e tem a pior defesa da competição. O contexto não é ideal para o crescimento dos jogadores mas, nos últimos jogos, têm surgido alguns sinais positivos.

Um dos sinais mais tem chegado por parte de Pedro Marques. O avançado que deslumbrou no ano passado, na equipa de juniores, teve dificuldades em se impor na equipa B e, após um único golo em 800 minutos, distribuídos por 19 jogos (média de 42 minutos por jogo), conseguiu finalmente mostrar um pouco do que nos tinha oferecido no ano passado.

A transição para o futebol sénior não é fácil. É sempre complicado deixar de jogar com colegas e adversários da mesma faixa etária para passar a apanhar opositores com mais de 30 anos, alguns deles com uma década de futebol profissional "às costas".

Mais complicado se torna se "cais" numa equipa instável em termos de rendimento e estabilidade do onze base, onde os intervenientes pouca "química" demonstram entre si, fruto das suas mais diversas proveniências.

Neste final de época parece ter-se percebido que o rendimento aumenta proporcionalmente à maior quantidade de jogadores identificados entre si e com a matriz formativa do Sporting.

O Sporting não tem ganho, é verdade, mas o rendimento tem sido melhor, embora a defesa continue com dificuldades em estabilizar e ganhar confiança.

Nos últimos três jogos o Sporting jogou de igual para igual com três candidatos ao título, marcou seis golos, cinco deles da autoria de Pedro Marques, que termina esta temporada claramente em crescendo. São cinco golos em 248 minutos, um a cada 50 minutos de jogo.

Com o término praticamente certo da equipa B, espero que não saiamos com uma desprestigiante despromoção. Pela amostra recente, nota-se que há vontade em sair da situação actual e tenho a certeza que poderemos contar com o jovem avançado de 19 anos para evitar um final de campeonato abaixo da "linha de água".

 

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Hoje joga o Sporting

É um #DiaDeSporting com mais do que a nossa estreia para a Liga NOS, na Vila das Aves.

 

Logo de manhã (11:15h), a equipa B debuta na Ledman LigaPro com um plantel mais de acordo com aquilo que me parece que deve ser o da nossa equipa secundária. Estou muito curioso para ver aquilo que apresenta Luís Martins no primeiro jogo da temporada, na Covilhã, num encontro com transmissão em directo na SportTV1.

 

Ao meio dia partem para a estrada os ciclistas do pelotão da Volta a Portugal, onde o Sporting / Tavira segue no 2º lugar da geral colectiva e individual. Alejandro Marque segue atrás de Raul Alarcón, a apenas 6 segundos de distância. Rinaldo Nocentini é 4º, a 16 segundos e mostra que o Sporting tem já os dois ciclistas com maior capacidade para lutar pela geral em posição privilegiada para o fazer.

A etapa terminará em Castelo Branco, pouco depois das 17 horas (transmissão em directo na RTP1) e os ciclistas passarão por localidades como Reguengos de Monsaraz (de onde parte a etapa), Vila Viçosa, Monforte, Portalegre, Castelo de Vide, Nisa ou Vila Velha de Ródão, onde se esperam muitos cachecóis verdes-e-brancos no apoio aos nossos.

 

Ao final da tarde (18:00h), sairei ligeiro da praia para observar com atenção a estreia da equipa principal de futebol na Liga NOS.

Jorge Jesus apresentará o seu primeiro "onze" da temporada, sendo certo que Alan Ruiz, lesionado, não fará parte das contas.

Todos sabemos como é fundamental entrar bem, mais ainda quando a época parece ser mais um tudo ou nada, com um forte investimento no plantel e a cabeça do treinador a prémio, após uma temporada onde nenhum dos objectivos foi atingido.

Sem perder ainda nenhum dos jogadores fundamentais e com algumas posições claramente reforçadas em qualidade e quantidade, o "Mestre da Táctica" tem hoje uma margem de manobra reduzida. Só a vitória interessa e esperemos que à primeira se sigam muitas mais, as suficientes para quebrar o jejum que devia ter acabado na temporada 2015/2016.

É pouco provável que Jesus nos surpreenda no "onze" e espero o quarteto "preferido" do técnico à frente de Rui Patrício, com William e Bruno Fernandes no meio e Gelson, Acuña, Podence e Bas Dost com as principais tarefas ofensivas.

O jogo é transmitido em directo pela SportTV1.

 

Que seja mais um grande dia, onde certamente os Sportinguistas não faltarão à "chamada".

 

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O plantel da equipa B

Equipa B 2016-17.png

A imagem acima mostra os 24 jogadores que compõem o plantel da equipa B deste ano. Um plantel muito jovem, com uma média de idades de 19.67 anos. Apenas 6 jogadores transitam do plantel da temporada passada e 11 dos 24 são seniores de primeiro ano.

A juntar a estes, têm sido opção Bruno Paz (18 anos) e Jovane Cabral (18 anos), juniores, e a surpresa, Elves Baldé (16 anos), ainda juvenil.

 

É natural que um plantel tão jovem e acabado de compor não entusiasme neste início de época. São ainda poucos meses de trabalho, com jogadores a chegar em alturas diferentes da pré-temporada e vindos dos mais variados contextos. Será um pouco por aqui que se explica o pior início de época, desde o regresso das equipas B, com apenas 4 pontos em 5 jogos.

 

João de Deus já vem provado que consegue formar grupos coesos, muitas das vezes até em contextos adversos. Desta vez nem me parece o caso. Pese embora as condicionantes já mencionadas, o plantel parece-me equilibrado e com valor para subir de nível e fazer uma temporada interessante. Como sempre neste escalão, não será a classificação a fazer uma avaliação literal do valor da equipa ou dos jogadores. O contexto não é ideal, pois uma equipa quase júnior estará a competir com planteis seniores, muitos deles carregados de experiência e andamento neste escalão.

Resta esperar que o tempo de trabalho dê os seus frutos e, quem sabe, não temos ali alguns futuros jogadores para a equipa principal.

 

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Artistas e goleadores

Tal como na época passada, elaborarei de quando em vez o ranking de melhores marcadores, melhores 'assistentes' e jogadores mais influentes.

É importante ressalvar que o critério das assistências para golo é definido por mim e que não sigo estatísticas de nenhum site que, a meu ver, julgam mal este dado estatístico tão relevante.

Volto a recordar que os pontos que decidem qual o jogador mais influente são calculados da seguinte forma: golo (1 ponto); assistência (0.5 pontos).

GOLOS

Goleadores 08-10-2015.png

ASSISTÊNCIAS

Artistas 08-10-2015.png

INFLUÊNCIA

Influentes 08-10-2015.png

 

Tentarei fazer o mesmo exercício para a equipa B. Visto que temos tido acesso aos resumos através da Sporting TV, torna-se mais fácil recolher os dados das assistências sob análise directa do lance.

GOLOS

Goleadores B 08-10-2015.png

ASSISTÊNCIAS

Artistas B 08-10-2015.png

INFLUÊNCIA

Influentes B 08-10-2015.png

A título de curiosidade, os vencedores do ano passado podem ser consultados aqui.

 

 

Entre Leaks, Carrillo e o que verdadeiramente interessa

Não me havia ainda pronunciado sobre o tão badalado Football Leaks, o site de pólvora seca que pretende mostrar a "parte oculta do futebol".
"Fundos, comissões, negociatas, tudo serve para enriquecer certos parasitas que se aproveitam do futebol, sugando totalmente clubes e jogadores", escreve o referido site na sua nota introdutória, no entanto, é possível verificar que a esmagadora maioria dos artigos são roubados ou desviados (ou ambas as coisas) ao Sporting. Não sei se por ser o clube mais permeável em termos informáticos ou se por haver alguém infiltrado para o efeito. O que é certo é que o clube que mais afronta a tal parte oculta do futebol e aquele que menos se tem relacionado com ela é o que mais se vê mediatizado com mais um ataque.
Acho que tudo isto acabará por nos ser benéfico, pese embora o ruído que tem criado. Como disse no primeiro parágrafo, não passará de pólvora seca. Os contratos revelados nada têm de ilegal e os que revelam verdadeiros casos em que administradores lesam o Clube devido aos tais referidos parasitas ocultos pertencem a direcções anteriores, pelo que os Sportinguistas se podem regozijar por terem neste momento um Presidente que serve o Sporting e não alimenta parasitas até que fiquem gordos de tanto 'mamar'.
O que é divulgado de outros clubes, será objecto de preocupação para os sócios e adeptos dos mesmos.
A escassez de documentos dos rivais é bem demonstrativa de quem poderá estar a partir esta iniciativa que podia efectivamente ser de extrema utilidade mas sem vem revelando como uma simples tentativa de fazer abanar o Leão.
Não vão conseguir!

Até hoje, também não me tinha pronunciado sobre o 'caso Carrillo' e não o havia feito propositadamente. Por ter um feelling de que não demoraria muito até que se soubessem as verdadeiras razões da não renovação e da, agora certa, saída do Clube.
Era para mim demasiado óbvio que Carrillo não ficaria (sobretudo neste último mês) e o Sporting teve o cuidado de, em comunicado, detalhar todas as razões para a saída do peruano, razões essas que são agora motivo para um processo disciplinar, em meu entender, totalmente justificado.
Carrillo era para mim uma carta fora do baralho. Agora, está finalmente morto e enterrado.

O que verdadeiramente interessa é que, pese embora todo este ruído, o Sporting continuará forte, sobre um apoio cada vez mais entusiasta e ultrapassará mais este ataque (quiçá o mais forte e revelador do desespero dos que nos querem mal) respondendo em campo, com vitórias.
Nos principais jogos do dia de ontem: 3 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.
O dia não começou bem e os juniores, em andebol, perderam em casa frente ao Benfica por 19-22.
Em futsal, vitória em casa dos Leões de Porto Salvo por esclarecedores 8-2, com golos de Cavinato (3), Djô, Fortino (2) e Diogo (2). RESUMO
A equipa júnior de futebol tratou de dar seguimento aos bons resultados e venceu, na Academia, o derby com o Benfica por 2-0. Os golos foram apontados por Jovane Cabral (grande golo) e Al Hassan (num momento em que a equipa jogava já em inferioridade numérica).
Enquanto isso, já o hóquei se havia estreado no campeonato nacional. Depois de uma primeira parte perfeita em que o resultado apresentava uns demolidores 7-0, o jogo acabou por terminar em 8-2, em jeito de imitação aos colegas do futsal. Cacau, Luís Viana e André Centeno bisaram, tendo João Pinto e Ricardo Figueira apontado os restantes tentos. Entre eles, podem ver alguns de belo efeito. RESUMO
As senhoras do futsal, pela primeira vez não ganharam. Empate a 1 golo em casa do Quinta dos Lobos com o golo a ser apontado por Rita Palma.
A equipa B também não foi além de um empate, em Famalicão. 1-1 foi o resultado final com o golo leonino a ser apontado por Ryan Gauld (o terceiro da temporada, que faz do escocês o melhor marcador da equipa, a par de Matheus Pereira). RESUMO
Este sábado, infelizmente, terminou como havia começado. A equipa sénior de râguebi estreou-se no campeonato com uma derrota no terreno do Técnico por 28-16. O único ensaio, posteriormente convertido, foi protagonizado por João Fonseca.

Hoje, espero mais e melhor, como sempre compete fazer a quem defende as cores do Sporting.

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Só existe um Sporting

Ontem fui a Freamunde ver o jogo da nossa equipa B de futebol e se há coisa que eu constatei foi que, estejam 50 mil ou 50 pessoas, o sentimento é o mesmo, os golos vibram-se com a mesma intensidade e o apoio é dado com a mesma paixão.

Antes de continuar, devo agradecer a uma das responsáveis do Núcleo Sportinguista de Gondomar que, já com o jogo começado, esperava junto à bilheteira por adeptos identificados com as cores do Sporting para distribuir os três convites que lhe restavam e que o Sporting havia oferecido em troca da recepção aos atletas para almoçar no Núcleo, como já vem sendo prática habitual e onde já pude privar por momentos com a equipa de Futsal.

Os outros dois convites acabaram por ficar na carteira e lá segui, agradecendo (até porque o bilhete ainda poderia ter-me custado 10€) para junto dos outros leões que já ensaiavam cânticos nas bancadas do estádio.

Não, não éramos muitos. Talvez umas 60 pessoas.

Fracas condições para os adeptos verem futebol. Demasiado ao nível do relvado e uma rede que dificultava a visão.

Destaque particular para a família do Rafael Barbosa, representada em bom número e sempre dedicada a apoiá-lo, a ele e à equipa.

Quanto ao jogo, vencemos e, no final, isso foi o mais importante, num campo difícil e com uma pressão enorme dos adeptos da casa sobre a equipa de arbitragem que, no global, fez uma exibição positiva.

Não sei se todos os jogos da 2ª Liga são assim mas, se são, há que repensar seriamente o tempo que os jogadores permanecem neste patamar competitivo. O nível é mais próximo do CNS do que da 1ª Liga e, se pode ser importante para um primeiro ano de sénior, ou até mesmo um segundo (no caso de jogadores menos preparados), o mesmo não se aplica a casos como o de Matheus Pereira ou Ryan Gauld.

Matheus pareceu sempre pouco interventivo e até algo desligado do jogo e Gauld é claramente prejudicado pelo estilo de jogo menos rendilhado que somos obrigados a fazer, por forma a que a adaptação ao estilo de jogo dos adversário produza resultados práticos (ou seja, vitórias).

O facto de termos uma equipa muito inexperiente, obriga João de Deus a pôr em prática a sua experiência e inteligência para que possamos crescer a vencer.

A verdade é que não podemos jogar um estilo de futebol semelhante ao da equipa principal porque, se o fizermos, o risco do modelo de jogo vai fazer com que não tenhamos a segurança necessária para alcançar resultados positivos.

Sendo completamente honesto, o lirismo de quem diz que a qualidade se sobrepõe sempre, é apenas isso...lirismo.

Pareceu-me haver uma tentativa de identificação com o modelo da equipa principal, pois Matheus era mais avançado do que médio e eram Fokobo e Gauld a assegurar as despesas do meio campo mas a interpretação do mesmo não pode ser a mesma. Fokobo não tem capacidade de construção e não pode ser Gauld a assumir a saída de bola desde trás, por isso, acabámos por sair quase sempre pelos laterais, por ser mais seguro e implicar um risco menor. Assim, os médios acabam por estar em jogo quase só em momento defensivo (isto deve aplicar-se sobretudo nos jogos fora pois, em casa, já deu para ver que jogamos mais bonito).

Acho que João de Deus tem objectivos bem definidos e sente que os jogadores crescem mais facilmente sendo competitivos e lutando por resultados do que optando por lhes dar uma ideia de um modelo de jogo mais preparado para a integração na equipa principal. E acho que o faz porque sabe que, caso optasse pela segunda via, ia sofrer muitos resultados negativos e isso prejudicaria a motivação dos jogadores.

A via escolhida parece-me clara: vamos lutar por objectivos e por fazer melhor que no ano passado (mesmo que com uma equipa menos experiente e com menos soluções).

Ser campeão nesta 2ª Liga não é uma utopia e é por isso que eu entendo que, em certo ponto da 2ª parte, a equipa tenha parecido satisfeita com o empate. Porque ganhar em casa e empatar fora (sobretudo nos campos mais complicados - e este é um deles) é importante para atingir os objectivos colectivos (o campeão do ano passado fez 81 pontos).

A partir do momento em que Sacko entrou a estratégia era evidente e até já foi usada outras vezes: a equipa iria aguentar a pressão e sair apenas no contra-ataque.

E foi isso que essa estratégia que nos deu a vitória, em dois contra-ataques muito bem finalizados por Daniel Podence e Matheus Pereira.

Os destaques individuais vão para a segurança da dupla de centrais, composta por Domingos Duarte e Ivanildo Fernandes, ambos seniores de 1º ano, Fabrice Fokobo, que foi um excelente complemento defensivo e muito ajudou os colegas do centro da defesa e Rafael Barbosa que foi sempre o mais inconformado e esclarecido da frente de ataque, talvez motivado pela claque eufórica que nunca se cansou de gritar o seu nome. Daniel Podence entrou muito bem e foi decisivo no jogo.

Coragem, Riquicho!

A equipa B venceu hoje o Leixões, na Academia, por 3-1 e assumiu a 2ª posição na tabela classificativa.

O jogo teve em Gauld e Matheus os maiores destaques individuais e ficou marcado pela lesão grave de Mauro Riquicho (fractura) e a expulsão de Sambinha.

Samba marcou o primeiro golo, após livre lateral marcado por Matheus e com um desvio e Rafael Barbosa.

Domingos Duarte marcou o segundo golo num lance de laboratório que merece ser visto e revisto.

Já com a equipa reduzida a dez jogadores, com Fokobo a central, Mama Baldé a lateral direito e Gauld a trinco, foi Ponde a fechar as contas.

Mais uma vez reitero, muita força e coragem para Mauro Riquicho. Passará por um período de recuperação longo e terá o apoio de todos os Sportinguistas.

Uma palavra de apoio também para o jogador do Leixões que provocou a lesão. Não foi por conduta violenta que a mesma se deu e o jogador foi imediatamente substituído, visivelmente transtornado. Tenho a certeza que, também ele, estará a apoiar Riquicho.

Médios com golo

Ter médios com capacidade de chegar à frente a marcar golos é algo que nos faz falta.

William, Adrien, André Martins, Aquilani e João Mário não parecem ter essa apetência e, de todos, só João Mário marcou em lances de bola corrida esta temporada (1 golo ao Tondela).

Nos lances de bola corrida, dois terços dos golos foram concretizados por Teo e Slimani, os pontas-de-lança e, num modelo de jogo que privilegia as trocas constantes de posição e chegada a zonas adiantadas com muitos jogadores, parecem-me poucos os golos apontados pelos restantes jogadores.

Apenas Carrillo, Mané e João Mário (uma vez cada) facturaram em lances de ataque organizado ou contra ataque.

A equipa parece demasiado dependente dos 'finalizadores' e os médios revelam demasiadas lacunas na hora de visar a baliza (João Mário talvez seja o expoente máximo dos golos falhados).

Na minha opinião, mais do que o modelo de jogo, são as características dos médios que não dão para muito mais e, por isso, anseio pelas Taças para perceber se Jorge Jesus tem a audácia de experimentar algo novo.

É notório que a equipa B não joga exactamente da mesma forma que a equipa principal ou, se joga, é óbvio que os jogadores têm características muito diferentes.

Salvando-se as diferenças de exigência dos dois contextos, não deixa de ser verdade que se consideram os adequados aos estadios evolutivos dos jogadores, pelo que vou deixar todos em pé de igualdade.

Claro que a equipa B não tem finalizadores como a equipa principal, daí que eu ache que o sistema utilizado seja ainda um 4-3-3, com Francisco Geraldes a ser um '10 puro' em vez do tal '9 e meio' que tem sido Teo Gutierrez na equipa principal mas não posso ignorar o facto de mais de dois terços dos golos da equipa B serem marcados pelos médios, em lances de bola corrida.

Francisco Geraldes e Ryan Gauld já marcaram por duas vezes e Zezinho fez o gosto ao pé uma vez. Aqui estão cinco dos sete golos dos nossos B's na 2ª Liga.

São médios como Gauld e Geraldes que fazem falta na equipa principal, principalmente Gauld, por ser mais versátil e entender melhor os momentos defensivos. Jogadores que não tremem com o guarda-redes adversário pela frente e atiram a contar.

Espero que Jorge Jesus dê a ambos a oportunidade de jogar e mostrar o que valem, mesmo que tenha de ser na Taça da Liga. A resistência tenderá a ser menor quando se verificar que, no nível superior o rendimento de ambos tenderá a ser ainda melhor.

Hoje joga o Sporting

E é caso para dizer que mais vale tirar a tarde...e o início da noite.

É que, ás 16 horas, a equipa B recebe o Portimonense, ás 17.30 horas, o futsal decide mais um troféu de pré-época, com o Braga, em Arcos de Valdevez e, ás 19.15 horas, há exame aos comandados de Jorge Jesus em Coimbra, frente á Académica local.

Claro que o prato forte só estará degustado lá para as 21 horas mas, até lá, teremos com que nos entreter.

O Sporting não pode falhar. Porque é importante não prolongar a série negativa de jogos sem vencer, porque os adversários directos já somaram ambos 3 pontos e porque é nossa obrigação vencer um adversário mais fraco, que vai em último no campeonato e ao qual ainda falta cumprir a proeza de marcar um golo.

Gonçalo Paciência, emprestado pelo Porto aos estudantes, será mesmo o maior problema com que teremos de lidar, num jogo em que encontraremos das defesas mais permeáveis da nossa Liga.

Conto com duas ou três alterações na equipa que jogou na Rússia e o regresso ao esquema de dois avançados.

Esgaio será o previsível substituto de João Pereira e conto com o regresso de Slimani e a inclusão de Mané ou Gelson para os lugares de Aquilani ou Adrien e Ruiz.

Jogue quem jogar, há a obrigatoriedade de ganhar, de preferência convencendo os Sportinguistas, proporcionando-nos um jogo mas tranquilo que os que lhe precederam.

Depois, seguem-se uns dias de descanso, onde teremos possibilidades para apoiar as nossas modalidades.

Hoje, como sempre, é para vencer!

Vamos, Sporting!

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