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Grande Artista e Goleador

Andebol vence na Rússia, no último suspiro

 

O jogo, ou os últimos minutos do mesmo, podiam resumir-se a isto mas foi muito mais do que o genial Ruesga que tornou possível a segunda vitória em dois jogos na EHF Champions League.

A cerca de cinco minutos do fim do encontro, Pedro Valdes foi excluído. O Sporting ficava com menos um, num momento crucial da partida mas, pior do que isso, perdia por quatro golos e a posse de bola estava do lado dos russos.

 

Há um pouco mais de dois anos atrás, Hugo Canela, ainda adjunto de Zupo, dizia sem rodeios que o problema do Sporting era mental. Zupo sairia do comando técnico meses depois e o Sporting apostou no treinador que já havia identificado o problema mas, melhor do que isso, que parecia capaz de o resolver.

A vitória de hoje é um claro reflexo de uma equipa capaz, mentalmente insuperável e com uma qualidade colectiva e individual extraordinária.

 

Voltando ao momento decisivo. Ruesga foi, mais uma vez, genial mas não fosse a garra da equipa a defender, as defesas de Skok, os contra-ataques concretizados por Chiuffa, as bombas de Pedro Valdes (que ainda veio a tempo de contribuir) ou até, porque não, o assumir de Carneiro no último timeout, num claro sinal de liderança e respeito entre todos os elementos do jogo. Ninguém, dentro ou fora do campo deixou de acreditar e fazer por acontecer. Afinal, só ganha quem acredita.

Esta vitória só acontece porque se transformou uma equipa perdedora e sem confiança num grupo de homens com tomates, que perderam o medo de se assumir e colheram daí os frutos da sua qualidade técnica, hoje alheada à sua força mental. São bi-campeões, procuram o "tri" e vão, sem medo, à conquista da Europa.

 

Pezinhos no chão, mas este Sporting pode vir a ser um caso sério nesta edição da Champions.

 

 

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Andebol / Motor 32-29 SPORTING CP: Pela porta grande

O Sporting está fora da Liga dos Campeões mas não saiu de "surra", pela porta pequena. Discutimos o resultado na Ucrânia, demos luta e fizemos o que estava ao nosso alcance para continuar na prova. Não foi possível e ficaremos agora completamente focado nas provas nacionais, onde o objectivo é, naturalmente, o título nacional, por forma a voltar para o ano ao maior palco do andebol europeu.

 

No entanto, não se pense que o Motor é uma equipa qualquer. Tal como o Montpellier, não é do nosso campeonato. É uma equipa talhada para as fases finais da Champions, onde esteve nas últimas duas temporadas.

Há mais de dois anos que os ucranianos passeiam, só com vitórias, na Superliga ucraniana. Na Champions, desde 18 de fevereiro de 2015 que uma equipa não vence em casa do Motor na fase de grupos e desde março do ano passado que ninguém fazia 29 golos no reduto dos ucranianos na mesma fase da prova (com o campeonato ucraniano nem vale a pena comparar, tal é a raridade com que uma equipa não vai lá perder por 15/20 golos de diferença). As únicas duas derrotas dos ucranianos nos últimos dois anos verificaram-se nas fases e eliminar da Liga dos Campeões.

 

Foram detalhes que ontem nos impediram de fazer algo incrível. Pormenores que, por maior experiência e/ou capacidade caíram para o lado dos ucranianos, com uma arbitragem que, sem ter influência no resultado, inclinou ligeiramente o terreno de jogo em determinados momentos da segunda parte. Nunca baixámos os braços e lutámos até ao último segundo. Mais não se podia pedir.

 

Neste cenário, ter a consciência que, não passando, houve espaço para fazer melhor é animador e revelador da qualidade da nossa equipa e dos nossos jogadores. 

Há margem para melhorar numa próxima participação e, para isso, é essencial garantir que estamos presentes em 2018/19. Será esse o foco a partir de agora, garantindo que, nos dois encontros que faltam da Champions, tudo faremos para não borrar a pintura e manter o respeito que a Europa do andebol já nos ganhou.

 

O desafio para essa altura será a reconstrução do plantel e a forma como atacaremos a época, visto que muitos dos jogadores terminarão os seus contratos no final desta temporada.

Também por isso haverá uma vontade férrea de renovar o título, seja para manter confiança na continuidade ou para sair em grande, com o culminar de dois anos fantásticos.

 

Para já, dou os meus parabéns aos nossos jogadores e equipa técnica, desejando que a equipa mantenha o foco na renovação do título, objectivo que, acredito, está perfeitamente ao nosso alcance.

Seguem-se, nos próximos 15 dias, uma ida a Águas Santas e uma recepção ao Avanca, intercalados com o que resta desta fase de grupos da Champions (ida à Rússia e Metalurg no João Rocha). Para além disto, é importante destacar que as posições para a entrada na fase final do campeonato nacional ficarão praticamente definidas antes do final deste ano, com os embates frente ao ABC e ao Porto, ficando apenas a recepção ao Benfica guardada para o final de janeiro.

Acabar o ano em primeiro lugar certamente nos dará a vantagem moral de chegar à fase final com ascendente psicológico sobre os rivais sendo que, nessa altura, cada jogo será de "mata-mata" e qualquer erro se pagará caro.

 

A minha fé nesta equipa é inabalável!

 

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Andebol / SPORTING CP 34-27 Besiktas: Estamos na luta

Mais uma excelente exibição do Sporting na Champions, com uma vitória clara a inequívoca, construída desde o primeiro minuto. Os leões nunca deram hipótese aos turcos e desde cedo que cavaram uma vantagem suficiente para gerir o jogo, vantagem essa que foi aumentando com o passar dos minutos.

Destaque, mais uma vez, para a eficácia dos nossos "pontas". Portela e Nikcevic estiveram muito bem, secundados por Frankis e Edmilson, ambos implacáveis nos remates de longa distância. Também Carlos Carneiro merece menção honrosa, pois tem-se apresentado em muito bom nível na ausência de Ruesga. Cudic fez defesas importantes, sobretudo nos momentos do jogo em que o resultado se manteve em aberto.

 

O Sporting aproveitou assim o deslize do Motor, próximo adversário na Champions, que está agora a apenas três pontos de distância. É importante que, hoje, o Montpellier vença o Metalurg, adversário directo na luta pelo segundo lugar da geral.

 

Nikcevic voltou a ser o melhor marcador dos leões no encontro, com os mesmos seis golos que Frankis Carol e consolida a sua posição como um dos melhores marcadores da prova, com 39 golos, a apenas cinco de Ramazan Döne, do Besiktas, líder da tabela.

 

A esperança no apuramento mantém-se sendo que, para garantir os três pontos na Ucrânia, no próximo fim-de-semana, era importante marcar mais do que os 31 golos que os ucranianos fizeram no João Rocha. O desempate no confronto directo tem como primeiro factor os golos marcados no confronto directo e só depois vem a diferença de golos.

 

Destaque para o bom ambiente no Pavilhão João Rocha, pese embora não tenha estado cheio. Esta equipa merece todo o apoio, pelo excelente trabalho que tem vindo a fazer.

 

Nota final para a dificuldade natural das equipas portuguesas em se impor na maior competição de clubes da Europa. Esta é apenas a quarta vez na última década que uma equipa portuguesa marca presença na fase de grupos da Champions. Só por uma vez o Porto esteve perto do apuramento, em 2015/16, tendo ficado em 3º, com 14 pontos e 7 vitórias, por força da desvantagem no confronto directo com a equipa que se qualificou para os oitavos-de-final.

Nas restantes participações (Porto em 13/14, e ABC em 16/17) nenhuma equipa fez os 6 pontos que o Sporting já acumulou esta temporada, ainda que o Porto integrasse o grupo B (muito mais forte que o D).

 

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Dia D para o Sporting na EHF Champions League

Não há volta a dar. Faltam quatro jogos para o final da fase de grupos e o Sporting recebe hoje o Besiktas no Pavilhão João Rocha. Caso o Metalurg não surpreenda o Montpellier, poderemos ganhar pontos a todos os rivais directos pelo segundo lugar de apuramento (o primeiro não fugirá aos franceses).

Digo isto porque, já hoje, o Chekhovskie Medvedi empatou em casa (30-30) com o Motor Zaporozhye, facto que nos pode colocar a apenas dois pontos do segundo lugar do grupo D.

 

Hugo Canela disse na antevisão estar muito satisfeito com a evolução do nosso processo defensivo, que nos tem permitido explorar de forma mais eficiente o contra-ataque.

Disse também que o crescimento do Besiktas tem sido enorme, mesmo que não ganhem há três jogos nesta competição. Também para eles, o jogo de hoje é decisivo para que se mantenham na luta pelo apuramento.

 

Mais do que tudo eu acredito na força deste grupo de jogadores, que se tem exibido a excelente nível, tanto no campeonato como na Champions, onde por pouco não arrancou um empate na casa do líder, Montpellier.

A vitória hoje dará moral, manterá intactas as possibilidades de apuramento e colocará pressão sobre os rivais directos, até porque o jogo seguinte será na Ucrânia, frente ao actual segundo classificado, o Motor. 

A verdade é que duas vitórias nos dois jogos que aí vêm nos podem colocar no segundo lugar, com ascendente psicológico sobre os adversários, mesmo sabendo que todos os jogos são de grau de dificuldade muito elevado.

Passar nem é nossa obrigação mas é com grande alegria que sinto essa ambição no grupo. É essa a forma de estar no Sporting.

 

Só espero um Pavilhão João Rocha composto, para mais um grande jogo europeu e, claro, que ganhe o Sporting!

Força, leões!

 

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Andebol do Sporting luta pelo regresso às vitórias

EHF Champions League.png

Se a lógica imperar e os índices anímicos e competitivos estiverem au point, o Sporting confirmará hoje o favoritismo perante os russos do Chekhovskie Medvedi.

Caso o mesmo aconteça nos restantes pavilhões, no próximo domingo, ficaremos com o terceiro lugar à mercê.

Mas não há lirismos. Neste grupo, duas equipas são claramente mais fortes que as restantes e, realisticamente, não me parece que possamos almejar mais do que o terceiro lugar, que não chegará para avançar para a fase seguinte.

A acontecer, não deixará de ser meritório e não sei se, com as cargas competitivas e as lesões que temos sofrido, não seria um milagre alcançar mais do que isso.

 

Não menos importante que uma vitória hoje é o apoio dos Sportinguistas e, numa véspera de feriado, é de esperar um Pavilhão João Rocha bem composto para empurrar a equipa rumo à vitória.

 

Já que falo no Pavilhão, aproveito para falar em algo que detectei no fim-de-semana passado e que acho que deve ser alterado; para as pessoas de Lisboa talvez não seja um problema que as bilheteiras sejam no Estádio José Alvalade mas para quem vem de fora de Lisboa (sobretudo quem vem de longe), caso não chegue com muita antecedência para ver um jogo no Pavilhão, terá uma incómoda ida ao Estádio para comprar bilhete, voltando depois ao Pavilhão.

Ora, as bilheteiras do Estádio não são propriamente ao lado do Pavilhão, obrigando quem necessite de comprar um bilhete à última da hora a contornar metade do Estádio para depois fazer o caminho inverso. Isto facilmente pode demorar uns 20 minutos que, com filas ou apenas uma ligeira demora, certamente inviabiliza quem chegue a menos de meia hora de um jogo de o ver começar.

 

Isto aconteceu-me no jogo de apresentação do hóquei. Cheguei atrasado e a segunda parte já tinha começado. Teria comprado um bilhete e entrado caso houvessem bilheteiras no Pavilhão. Assim não perdi 20 minutos que fariam com que, quando chegasse ao Pavilhão, provavelmente já só visse o apito final do árbitro da partida.

Acho que, sem dúvida, é uma situação a rever e que, a par do modernismo do novo espaço, o Sporting se modernize também e pense em fazer a venda antecipada também através do site já que, com torniquetes, não há qualquer entrave a que isso aconteça.

 

Hoje, cheguem a horas se querem ver uma vitória dos leões de Hugo Canela.

SPOOOOOOOOOOORTING!

 

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