O céu estava "carregado", a prometer chuva "da grossa" e bem convidativo a um serão no sofá.
Nah! Era o nosso Sporting e era um jogo de tudo ou nada. Uma vitória e estávamos na luta. Qualquer outro resultado e estaríamos "mortos".
No pavilhão do Águas Santas, umas sete dezenas de leões, só na bancada afecta ao clube visitante. São assim os jogos no norte do país. Poucos mas bons. Apaixonados e fiéis. Não vou tantas vezes quantas queria aos jogos das modalidades mas, sempre que vou, sinto um Sporting diferente. É sempre especial.
Gargantas afinadas. Só uma dezena canta mas as restantes marcam o ritmo ao som das palmas (também fazem falta). Não é futebol mas a malta não se cala. É o Sporting! É para apoiar até ao fim.
Entrámos mal no jogo. Cedo os da casa ganham quatro de vantagem. Adivinhava-se um jogo difícil. Algum nervosismo, muitas falhas técnicas e desacerto na hora de finalizar.
Estávamos no minuto 12 e tínhamos uma montanha para escalar. Só dentro dos últimos 10 minutos do primeiro tempo começámos a encurtar a distância. Tudo começa numa defesa de Cudic. Canela pára o jogo, a agressividade defensiva melhorou. Golo nosso, bloco defensivo a funcionar, golo em contra-ataque, nova posse de bola e novo golo. Jogo empatado.
O Águas Santas ainda passou para a frente mas Carlos Ruesga mostrou o porquê de o termos ido contratar e fez dois golos importantíssimos no último minuto, levando assim o jogo empatado para o intervalo.
A entrada no segundo tempo foi forte, o Sporting saiu com bola e passou para a frente e, desde aí, o jogo só voltou a estar empatado por duas vezes, a última das quais aos 40 minutos de jogo. Daí para a frente, foi a experiência dos nossos jogadores a gerir o jogo e a vantagem, que acabou por se avolumar nos minutos finais, fruto de uma maior eficácia mas sobretudo de muitas precipitações ofensivas da equipa da casa, que falhou alguns remates, parte deles defendidos por Cudic, que esteve muito bem.
Tempo para observar de perto a classe e qualidade impressionante de Ruesga, que marcou mais um golaço daqueles óptimos para um GIF, caso o jogo tivesse sido televisionado. Não foi e, assim, guardo para mim uma excelente execução técnica onde a bola, que partiu da altura do joelho, acabou no ângulo da baliza dos da casa.
Excelente exibição de Carlos Ruesga, sem dúvida o melhor em campo, bem secundado por Nikcevic, um treinador e um motivador dentro de campo, tal como Cudic, a defender algumas bolas em momentos importantes.
Frankis pouco jogou e no período que esteve em campo revelou muita impaciência e alguma precipitação nas suas acções. Carlos Carneiro, Francisco Tavares e Asanin nem foram utilizados e Igor Zabic também teve pouco tempo de jogo.
Boa gestão do plantel por parte de Hugo Canela, com vista ao decisivo jogo do próximo fim-de-semana, em casa, com o Porto.
Fiquem com um "cheirinho" do ambiente em Águas Santas e os instantes finais da partida: