Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Grande Artista e Goleador

Finalmente as merecidas palavras a todos quantos as merecem

"Esta foto do André Martins, do meu André, do nosso André, faz-me encher a alma de alegria de servir este Clube!

Enorme Clube com enormes profissionais!

Lembro-me bem aquando da conquista da Taça de Portugal da comemoração com ele aos meus ombros. Que orgulho tenho nesse dia, nesse momento, nessa foto.

Um Presidente não tem de ser alguém distante, eu prefiro o calor da proximidade e o afecto de se ser família!

E o André sabe que esta é a sua casa, que esta é a sua família!

Um excelente exemplo de paixão, entrega e profissionalismo que serve de mote a um agradecimento eterno a todos aqueles que com brio e devoção defendem ou defenderam a camisola do Grande Sporting Clube de Portugal!

E são tantos e tantos que seria quase impossível enumerar todos.

Talvez aproveitar esta ocasião para voltar a referir grandes nomes que acabaram este ano as suas carreiras, mas cuja ligação ao Clube será eterna:
Francis Obikwelu e João Benedito! Que atletas, que carreiras, que elite que temos o prazer de fazer parte da nossa família!

Muito obrigado por tudo o que nos deram e por tudo o que sempre irão representar para o Sporting Clube de Portugal!

A homenagem que tiveram na III Gala Honoris Sporting demonstra bem o quanto são importantes e um exemplo para as novas gerações de atletas.

Ou para nos lembrarmos dos que já partiram mas viverão sempre na nossa história e no nosso coração como por exemplo:
Fernando Mendes, Joaquim Campos e Camilo de Oliveira.

Mas o André também me fez pensar com muito carinho e reconhecimento nos atletas cujos projectos neste momento cessaram mas que nunca deixarão de fazer parte da história do nosso Clube e serão para sempre parte da nossa família:
as atletas do basquetebol sénior feminino, equipa técnica, staff e dirigentes e os atletas da equipa sénior masculina de rugby, equipa técnica, staff e dirigentes.

Este não foi um adeus, foi um muito obrigado por tudo, os votos de grande sucesso e
um até breve, pois uma vez da família, para sempre da família!

Por todos estes sentimentos, por poder viver todos os dias a grandeza deste Clube, por poder lembrar-me de todos os que diariamente nos servem e representam com Esforço, Dedicação, Devoção e Glória o nosso Grande Sporting Clube de Portugal!

Obrigado André!"

 

Presidente Bruno de Carvalho na sua página oficial do facebook

 

Sigam o GAG no facebook e no twitter.

Braga 4-3 SPORTING CP: Desta vez faltou-nos a estrelinha, num grande jogo de futebol

O JOGO

Um verdadeiro jogo de futebol, com duas equipas a procurar a vitória, jogadores empenhados em cumprir a estratégia dos treinadores e golos...bons golos e bom futebol, numa partida bem jogada técnica e tacticamente em que a balança pendeu mais para a eficácia dos ataques em detrimento da das defesas.

Um jogo que, pelo que fizeram as duas equipas, merecia ter sido resolvido nas grandes penalidades.
Um hino ao futebol poucas vezes visto por cá e que certos e determinados patrocinadores não mereciam pelo que não fazem em prol do nosso futebol.

OS JOGADORES

Torna-se injusto enumerar erros colectivos ou individuais quando todos se empenharam em ganhar e dar um bom espectáculo.
Claro que os nossos erraram. Os do Braga também. Mas muito do erro é provocado pela estratégia de ambos.
Não foi pelo que fizeram ou deixaram por fazer os nossos jogadores que não passámos aos quartos-de-final da Taça de Portugal. Não foi por eles que o Sporting não estará no Jamor.
Não me é fácil individualizar, pois foi o colectivo que mais se destacou.
Falo apenas de Slimani, apesar de vários merecerem menção honrosa. Nem é pelo que jogou (nem terá sido o melhor em campo), pelo golo ou pela entrega. Faço-o porque, como sabem,Slimani não é dos meus favoritos mas isso não me impede de reconhecer que é essencial nesta equipa, sobretudo em jogos como este. Nunca pensei dizer isto, mas personifica bem o lema do nosso Clube, mesmo que o faça apenas por dinheiro.

OS TREINADORES

Jorge Jesus é o melhor em Portugal e Paulo Fonseca é talvez o melhor desta 'nova geração'. Ambos montaram estratégias fortes e compactas.
Embora com ideias de jogo diferentes, ambas as equipas terão cumprido com a maioria do que lhes foi pedido.
O único ponto em que Fonseca bateu Jesus foi nas substituições.
As do treinador bracarense surtiram o efeito desejado, as de Jesus, não.
Não que a ideia não fosse boa mas porque os jogadores não me pareceram os mais adequados para os momentos do jogo em que foram lançados.
E não digo isto a frio, pois foi exactamente a ideia que tive durante o jogo. Lançar Matheus e Gelson em conjunto pareceu-me demasiado arriscado, sobretudo num jogo em que a experiência e maturidade eram mais importantes que a irreverência (pior ainda quando essa irreverência nunca sobressaiu pela positiva).
No último terço dos 90 minutos, o jogo já pedia Montero ou André Martins. Nem a entrada de Naldo foi feliz.

A ARBITRAGEM

Irrepreensível no capítulo disciplinar (o critério foi largo mas coerente), não esteve bem no capítulo técnico e acabou por ter influência no resultado.
Tanto o Braga como o Sporting marcaram 4 golos (o Sporting até marcou 5, mas já tinha soado o apito quando William rematou para o fundo das redes, ao cair o pano do prolongamento) mas foram os leões a ficar pelo caminho.
O Braga fez quatro golos legais mas um deles é precedido de uma falta clara sobre William Carvalho, que ficou por assinalar.
O Sporting fez também quatro golos legais, mas só três contaram (Slimani está em jogo no momento do passe de Ruiz, na 1ª parte do prolongamento).

A NOSSA LUTA

O jogo de ontem prova que as lutas que o Sporting tem travado, na pessoa do seu Presidente, são justas e só pretendem credibilizar e valorizar o nosso futebol.
O vídeo-árbitro teria permitido analisar em tempo real o golo anulado a Slimani e, assim, teria havido justiça desportiva.
A centralização dos direitos desportivos permitiria ver no nosso país mais jogos com a riqueza do de ontem mas, num país de corruptos e "xico-espertos", são os mais egoístas e "habilidosos" que fazem as regras.
Quando o patrocinador principal da Liga e o actual campeão nacional resolvem negociar em prejuízo do campeonato português, está tudo dito.

O NOSSO ORGULHO

Devemos orgulhar-nos todos do jogo que a equipa fez ontem. Todos lutaram e deram o melhor de si em prol do Sporting. Todos dignificaram a camisola e o equipamento que homenageia um dos nossos fundadores. Todos, sem excepção, terão ficado tristes mas de cabeça bem levantada, pois fomos briosos e competentes na maior parte do encontro.
Mais do que isto, devemos orgulhar-nos de saber reconhecer e 'parabenizar' o esforço dos adversários que nos venceram com dois golos marcados por produtos da nossa formação (Wilson Eduardo e Rui Fonte). O Braga foi um adversário à altura e não deixa de ser um justo vencedor, num jogo que podia ter caído para qualquer dos lados. Pena que tenha sido a terceira equipa a desequilibrar os pratos da balança, ainda que isso não retire nenhum do mérito dos bracarenses.
Parabéns ao Braga!

OBJECTIVOS

Foi o primeiro objectivo falhado da temporada (ainda não consigo admitir que tenhamos sido nós a falhar o acesso à Liga dos Campeões) e a única coisa que peço é a mesma atitude de ontem para o próximo domingo. Se assim for, certamente estaremos próximos de somar mais três pontos para o principal objectivo desta época.

Lokomotiv 2-4 SPORTING CP: Montero e as estrelinhas

Jogo de enorme qualidade e competência do Sporting na Rússia, país onde nunca tinha vencido. Está morto mais um borrego!

E o jogo nem começou bem, pois vimo-nos em desvantagem após uma infelicidade de Adrien, que ao tentar um corte viu o ressalto sobrar para o avançado do Lokomotiv que, isolado perante Boeck, não facilitou.

A resposta não demorou muito com Montero a mostrar que o seu faro de golo também está apurado.

12316430_1004173936292550_514563344471669607_n.jpg

E foi a partir daqui que veio a melhor fase do jogo, em que Fredy foi figura central, assistindo para mais dois golos ainda antes do intervalo. O primeiro da autoria de Ruiz, num lance digno de um jogo do Barça ou do Bayern de Munique, finalizado com classe suprema pelo costa-riquenho e o segundo com Gelson como protagonista maior que, isolado, colocou a bola com precisão, de trivela, por entre as pernas do guarda-redes.

Esta primeira parte deixou-me a pensar que a qualificação podia já estar mais do que resolvida, não fosse aquele desaire em casa com os russos mas sobretudo aquela derrota na Albânia.

Na segunda parte, aguentamos bem a natural subida no terreno do adversário e, após o ímpeto inicial, Gelson tratou de acabar com as dúvidas relativamente ao vencedor da partida. Recuperação de bola no meio campo defensivo, 'modo gazela' on, passe de morte para Matheus Pereira e bola mais uma vez por entre as pernas do guardião russo.

Aqui já a redacção d'A Bola havia encontrado um motivo para não promover a estrela Matheus ou Gelson: não dá para fazer duas capas no mesmo dia e, que se saiba, nenhum dos dois treina no Seixal.

Tempo ainda para Montero voltar a abrir o livro antes de sair, dando mais um golo a Ruiz, negado pelo guarda-redes Guilherme e depois pelo poste da baliza à sua guarda.

André Martins substituiu Matheus e Montero deu o lugar a Slimani. Os dois que saíram já marcaram, juntos, seis golos nesta Liga Europa.

Jesus já não poderia fazer descansar tantos quantos queria e recaiu sobre João Mário a derradeira substituição. Aquilani foi o escolhido para entrar.

Os últimos 20 minutos foram de alguma descompressão da nossa parte e acabaram por servir para o Lokomotiv reduzir e fixar o resultado final, num lance em que, sobretudo Esgaio, poderia ter feito muito melhor.

Resumo do Jogo

Nota final para Montero, o melhor em campo!

Confesso que, nas últimas semanas, tenho pensado no caso de Montero e tenho achado que Jesus não estaria a tirar o melhor partido das suas características de finalizador. Em parte, isso acontece pelo brutal momento de forma de Slimani, o jogador que ocupa a posição em que Montero é mais forte e onde não tem sido utilizado. Jorge Jesus explicou tudo e revelou até que tem sacrificado Montero em prol da equipa.

"O Montero tem jogado mais como segundo avançado e eu sei que ele não tem as melhores características para a posição. Mas, face àquilo que a equipa precisa, a maior parte das vezes, ele joga como segundo avançado. Hoje jogou como primeiro e é aí que ele joga melhor. Não se desgasta tanto... ele não é um jogador com muita intensidade de jogo, portanto, como primeiro ele joga no limite em relação à última linha adversária e sabe posicionar-se melhor. Penso que, por esse motivo, jogou melhor hoje. É um jogador com quem contamos e é como lhe disse... na minha cabeça não tenho um onze mas sim 25/26 jogadores. Hoje, o Montero justificou a aposta."

Agora, temos na mão a responsabilidade de passar à próxima fase da Liga Europa, que nos pode dar a possibilidade de chegar a lugares que melhor se adequam a um Clube com a grandeza do Sporting e que podem dar mais oportunidades e minutos de jogo às nossas segundas linhas. Pois, manter toda a gente pronta para ser útil, é tão importante quanto manter o núcleo duro apto.

Assim, o Sporting sobe um lugar no ranking da UEFA (35º) e ultrapassa o CSKA de Moscovo, equipa com quem tinha disputado play-off de acesso à Liga dos Campeões.

Portugal acabou por fazer também uma boa jornada europeia, que lhe permitiu manter o 5º lugar no ranking da UEFA e todas as equipas portuguesas têm neste momento possibilidades de apuramento para a fase seguinte das competições europeias.

Mau demais e a não repetir

Pouco foi o que se aproveitou da exibição da noite de ontem.

Talvez Adrien, uns rasgos de Gelson e o golo de Montero.

Se o resultado não foi bom nem a exibição convincente, o jogo terá dado para Jorge Jesus tirar algumas conclusões, embora possa ainda parecer cedo para o fazer.

Foram demasiados erros defensivos, demasiados jogadores em sub-rendimento e uma falta de dinâmica inacreditável.

Se é verdade que os russos vinham com a lição bem estudada, não é menos verdade que nós falhamos ao executar a nossa.

Rui Patrício falhou pela primeira vez esta época, tendo estado mal no lance do segundo golo, onde pareceu pouco lesto e decidido.

João Pereira demonstrou o porquê de Esgaio lhe ter ganho o lugar.

Jefferson foi o que tem sido na maior parte das vezes: desconcentrado a defender e inofensivo no apoio ao ataque.

Tobias foi uma nódoa. Podia ter sido expulso e não fica bem na fotografia em nenhum dos três golos.

Paulo Oliveira deixou-se afectar pelos erros em catadupa dos colegas de sector mas foi o menos mau de entre todos.

Adrien foi o melhor em campo do Sporting. Não foi por ele que perdemos e dificilmente perderíamos se todos os outros se tivessem entregado ao jogo como ele fez.

Aquilani foi um dos piores em campo e falhou completamente na tarefa que lhe estava atribuída. Foi terrível numa das suas melhores qualidades: o passe.

Gelson tentou, tentou mas não deu para mais. Teve pouco apoio e o que João Pereira lhe deu não foi o melhor.

Mané não esteve muito bem e escondeu-se em demasia. Não soube procurar o centro do terreno e enfiou-se em demasia em cima dos avançados. Fez a assistência para o golo de Montero.

Teo Gutierrez foi demasiado inconsequente, lento de processos e até um pouco trapalhão (algo que nem é normal nele).

Fredy Montero não foi, até ao golo, melhor do que Teo mas depois daquele golão e de um ou outro passe a rasgar a defesa, parecia ser o mais confiante em campo. Acabou substituído e a equipa piorou.

Slimani não foi mais do que um pino na cabeça da área. Ninguém o soube servir com o intuito de aproveitar o seu jogo aéreo.

Bryan Ruiz não entrou com a objectividade que se lhe pedia. Prendeu demasiado a bola, foi lento e pouco objectivo.

André Martins substituiu Aquilani num momento em que pouco já parecia ser possível retirar do jogo. Rematou com perigo à baliza dos russos e, não tendo sido muito dinâmico, acertou quase todos os passes.

No global, os laterais não tiveram a capacidade ofensiva que deviam e todo o jogo da equipa se ressentiu disso pois, no nosso modelo, a subida dos laterais é fundamental para os apoios ao meio campo e ataque. Aquilani não teve a capacidade para ser o organizador de jogo e a quantidade de passes falhados desequilibrou a equipa demasiadas vezes. Os erros no início da nossa transição ofensiva e na transição defensiva foram mais que muitos, ao ponto de me ser impossível enumerá-los todos.

Face a isto, não há estratégia que valha ao treinador.

Jorge Jesus escalonou mais ou menos o 'onze' que eu escolheria. Deu algumas oportunidades e a maioria desiludiu, dando razão ao porquê de não serem opção inicial. Tobias não jogará tão cedo e João Pereira idem.
Mas se não errou ao escolher o 'onze' o mesmo não se pode dizer da leitura de jogo do 'mister'.
Aquilani devia ter sido o primeiro a sair e, no máximo, ao intervalo devia ter ficado nos balneários. Pedia-se a entrada de um médio que fosse mais seguro no passe e mais rápido a fazer os equilíbrios defensivos, que estavam a sobrar todos para Adrien. Eu teria escolhido André Martins.
A dupla substituição é compreensível mas retira de campo as peças erradas. Montero estava confiante após o golo e Aquilani, visto que ainda lá estava, devia ter saído de imediato.
A alteração de Mané por Ruiz poderia ter sido feita quando foi feita a de Aquilani por Martins.

Por certo, a equipa não repetirá os erros na próxima segunda-feira mas fica o aviso.

Nem sempre se joga mal e se sai vitorioso e é já tempo da equipa apresentar alguma evolução no nível exibicional.

Médios com golo

Ter médios com capacidade de chegar à frente a marcar golos é algo que nos faz falta.

William, Adrien, André Martins, Aquilani e João Mário não parecem ter essa apetência e, de todos, só João Mário marcou em lances de bola corrida esta temporada (1 golo ao Tondela).

Nos lances de bola corrida, dois terços dos golos foram concretizados por Teo e Slimani, os pontas-de-lança e, num modelo de jogo que privilegia as trocas constantes de posição e chegada a zonas adiantadas com muitos jogadores, parecem-me poucos os golos apontados pelos restantes jogadores.

Apenas Carrillo, Mané e João Mário (uma vez cada) facturaram em lances de ataque organizado ou contra ataque.

A equipa parece demasiado dependente dos 'finalizadores' e os médios revelam demasiadas lacunas na hora de visar a baliza (João Mário talvez seja o expoente máximo dos golos falhados).

Na minha opinião, mais do que o modelo de jogo, são as características dos médios que não dão para muito mais e, por isso, anseio pelas Taças para perceber se Jorge Jesus tem a audácia de experimentar algo novo.

É notório que a equipa B não joga exactamente da mesma forma que a equipa principal ou, se joga, é óbvio que os jogadores têm características muito diferentes.

Salvando-se as diferenças de exigência dos dois contextos, não deixa de ser verdade que se consideram os adequados aos estadios evolutivos dos jogadores, pelo que vou deixar todos em pé de igualdade.

Claro que a equipa B não tem finalizadores como a equipa principal, daí que eu ache que o sistema utilizado seja ainda um 4-3-3, com Francisco Geraldes a ser um '10 puro' em vez do tal '9 e meio' que tem sido Teo Gutierrez na equipa principal mas não posso ignorar o facto de mais de dois terços dos golos da equipa B serem marcados pelos médios, em lances de bola corrida.

Francisco Geraldes e Ryan Gauld já marcaram por duas vezes e Zezinho fez o gosto ao pé uma vez. Aqui estão cinco dos sete golos dos nossos B's na 2ª Liga.

São médios como Gauld e Geraldes que fazem falta na equipa principal, principalmente Gauld, por ser mais versátil e entender melhor os momentos defensivos. Jogadores que não tremem com o guarda-redes adversário pela frente e atiram a contar.

Espero que Jorge Jesus dê a ambos a oportunidade de jogar e mostrar o que valem, mesmo que tenha de ser na Taça da Liga. A resistência tenderá a ser menor quando se verificar que, no nível superior o rendimento de ambos tenderá a ser ainda melhor.

A inteligência ao serviço do jogo

A opinião generalizada que se instalou no universo Sportinguista quanto à inutilidade de André Martins não tem em mim qualquer tipo de influência.

Já várias vezes aqui defendi a utilidade de André Martins no plantel do Sporting, com a particularidade de achar que lhe tem sido quase sempre destinada uma função que 'pede' um jogador com outras características.

E Paços de Ferreira jogou na sua posição e ocupou no campo espaços mais adequados às suas capacidades e inteligência.

Sim, em inteligência, Martins é o melhor dos médios do Sporting. Porque entende o jogo como ninguém e não 'faz por fazer'. Faz por dar a melhor sequência possível aos lances, resolvendo colectivamente os problemas e não individualmente.

Fá-lo por dois motivos: por que o rasgo individual não é o seu forte e porque, ao fim e ao cabo, o futebol é uma modalidade colectiva.

Ontem, o Roberto Baggio no blog "Lateral Esquerdo" voltou a abordar o tema André Martins.

Passo a transcrever:

"Um novo tipo de raciocínio é essencial para o futebol português sobreviver, e atingir patamares mais elevados. A frase adaptada foi dita por Albert Einstein há mais de cinquenta anos, mas não podia ser mais relevante do que o é hoje. E o novo tipo de pensamento passa por mudar completamente a forma como se olha para o jogo. Se antes se olhava para o jogo de uma perspectiva individual, onde a valia de um jogador podia ser medida em quantidade pelo resultado directo das suas acções individuais (sucesso-insucesso), hoje não se pode medir essa valia em quantidade porque as acções não têm um resultado imediato. Ou seja, as acções são qualitativas e o resultado só se vislumbra, normalmente, no final da jogada. Como é que se mede a presença de um jogador em campo, se não se percebe que um passe de primeira para trás, quando a bola não vinha em boas condições, e quando ele estava pressionado, permitiu a equipa não só manter a bola, como dar a possibilidade de atacar em melhores condições através de outros interpretes? Não se percebe, porque o que se quer é que a cada lance - ou na sua esmagadora maioria - o jogador resolva individualmente problemas que podem (devem) ser resolvidos colectivamente. E a chave de tudo é isto: o jogo é mais colectivo que nunca. Logo, a maior parte das acções são qualitativas e como tal não podem ser medidas em quantidade. Um passe nas condições citadas, nunca vai aparecer como lance chave ou como acção a destacar. Mas é deste tipo de acções, que não têm destaque, de que mais vive o melhor futebol - o futebol de hoje.
Olhando para o futebol como no passado, dirão que André Martins não arrisca. Ignorando tudo o que ele permite ao colega, aos colegas, à equipa, com a sua segurança. Olhando para o futebol como ele deve ser visto hoje, percebe-se que não arriscou porque o risco de perder a bola acarreta consequências piores do que jogar em segurança. E essa acção não se esgota no resultado dela mesma, mas sim em tudo o que pode dar no futuro: a possibilidade de um novo ataque em melhores condições do que se tivesse optado por uma acção de risco. A capacidade de perceber a importância de um passe para trás, e tudo aquilo que ele significa para o jogo, a capacidade de entender a situação de jogo (passe de recepção difícil, e ainda para mais com pressão a vir nas costas) e a solução encontrada pelo jogador, é o caminho para mudar o nosso futebol. A qualidade com que um jogador se relaciona com colegas - aquilo que lhes permite de cada vez que lhes entrega a bola, as soluções que lhes oferece sem bola - é o atributo mais importante do futebol actual, e é o talento mais necessário para se despontar no futebol moderno. E esse talento que ninguém consegue ver, esse talento que é de forma recorrente marginalizado pelo futebol pragmático de Portugal tem um nome: inteligência. E marginal o continuará a ser... Porém, de marginal a relevante vai um jogador como Busquets que um dia precisou de um treinador como Guardiola, ou um jogador como Guardiola que um dia precisou de um treinador como Cruyff."

Eu, não podia estar mais de acordo.

Não que eu goste especialmente do que é apelidado no texto como "o futebol de hoje". Não gosto. Demasiado táctico. Extremamente estratégico. Sem rasgo. Sem magia. Tudo parece um conjunto de acções mecânicas como se de uma produção em série se tratasse.

Mas, a verdade, é que a inteligência de André Martins cai que nem uma luva no tipo de futebol que hoje se pratica.

E sim, merece mais do que meros 15 minutos em campo.

 

Eu também vi isto

Como já disso no post onde comentei o Paços de Ferreira - Sporting, estive no estádio.

Com a frustração pelo resultado e embora tenha destacado que, no global, fizemos um bom jogo não fiz destaques individuais pela positiva.

Pois, a par de Nani, André Martins foi o melhor em campo. O Honoris, no SVPN e o Roberto Baggio no Lateral Esquerdo explicam porquê. Não sou treinador e os meus conhecimentos tecnico-tácticos limitam-se ao que vivi como jogador e vejo como adepto. Não revi o jogo em casa e foi isto que vi ao vivo.

Artistas e goleadores

Actualizo hoje as estatísticas quanto a golos, assistências e influência na equipa principal do Sporting.
Recordo que os números apresentados englobam todas as competições em que a equipa principal participa.
De frisar também para os que pela primeira vez a acompanham que os pontos que dicidem qual o jogador mais influente são calculados da seguinte forma: golo (1 ponto); assistência (0.5 pontos)

MELHOR MARCADOR

Nani / Freddy Montero / Slimani 10 golos
André Carrillo / Carlos Mané 7 golos
João Mário 6 golos
Junya Tanaka / Adrien Silva 5 golos
Paulo Oliveira 3 golos
Jefferson / Jonathan Silva / Ryan Gauld / Tobias 2 golos
William / Capel / A. Martins / Sarr / Heldon / Dramé 1 golo

 

MELHOR ASSISTENTE

1º  André Carrillo 12 assistências
Jefferson 10 assistências
Nani 7 assistências
Tanaka 4 assistências
Slimani / João Mário / William Carvalho  3 assistências
Montero / Adrien / Carlos Mané / Capel / Cédric 2 assistências
Jonathan Silva / A. Martins / Esgaio / Wallyson 1 assistência

 

O MAIS INFLUENTE

Nani 13.5 pontos
Carrillo 13 pontos
Slimani 11.5 pontos
Freddy Montero

11 pontos

Carlos Mané 8 pontos
João Mário 7.5 pontos
Jefferson / Tanaka 7 pontos
Adrien Silva 6 pontos
Paulo Oliveira 3 pontos
10º Jonathan Silva / William Carvalho 2.5 pontos
11º Capel / Ryan Gauld / Tobias 2 pontos
12º André Martins 1.5 pontos
13º Cédric / Sarr / Heldon / Dramé 1 ponto
14º Ricardo Esgaio / Wallyson 0.5 pontos

 

Artistas e Goleadores

Actualizo hoje as estatísticas quanto a golos, assistências e influência na equipa principal do Sporting.
Recordo que os números apresentados englobam todas as competições em que a equipa principal participa.
De frisar também para os que pela primeira vez a acompanham que os pontos que dicidem qual o jogador mais influente são calculados da seguinte forma: golo (1 ponto); assistência (0.5 pontos)

MELHOR MARCADOR

Freddy Montero 10 golos
Islam Slimani 9 golos
Nani 8 golos
André Carrillo 7 golos
João Mário 6 golos
Adrien / Carlos Mané 5 golos
Junya Tanaka 4 golos
Paulo Oliveira 3 golos
Jonathan Silva / Ryan Gauld 2 golos
10º Jefferson / Capel / A. Martins / Sarr / Heldon / Dramé / Tobias 1 golo

 

MELHOR ASSISTENTE

1º  André Carrillo 11 assistências
Jefferson 8 assistências
Nani 6 assistências
Tanaka 4 assistências
Slimani / João Mário / William Carvalho  3 assistências
Montero / Adrien / Carlos Mané / Capel / Cédric 2 assistências
Jonathan Silva / A. Martins / Esgaio / Wallyson 1 assistência

 

O MAIS INFLUENTE

André Carrillo 12.5 pontos
Nani / Freddy Montero 11 pontos
Slimani 10.5 pontos
João Mário

7.5 pontos

Adrien Silva / Tanaka / Carlos Mané 6 pontos
Jefferson 5 pontos
Paulo Oliveira 3 pontos
Jonathan Silva 2,5 pontos
Diego Capel / Ryan Gauld 2 pontos
10º André Martins / William Carvalho 1.5 pontos
11º Cédric / Sarr / Heldon / Dramé / Tobias 1 pontos
12º Ricardo Esgaio / Wallyson 0.5 pontos

 

Mais sobre mim

imagem de perfil

Posts mais comentados