SPORTING CP 5-0 Vitória FC: De mão cheia
Dificilmente teríamos pedido um cenário melhor para a despedida de Alvalade. Uma 'manita', cinco grandes golos e futebol de grande qualidade.
Um jogo de sentido único, com jogadas bem delineadas e algum desacerto na finalização durante os primeiros minutos.
Nas bancadas, um ambiente incrível de crença e confiança. Sabíamos que era uma questão de tempo até que o primeiro golo nos abrisse as portas de mais uma vitória.
O palhaço do apito é que estava pronto para nos estragar a festa e, sabendo que podia não ter muitas oportunidades de afastar Adrien e Slimani do encontro decisivo, em Braga, tratou de mostrar um amarelo inacreditável ao nosso capitão.
Foi no vigésimo quinto minuto que Gelson, a passe de Ruiz marcou como se do próprio costa-riquenho se tratasse. Classe pura na hora de enfrentar Ricardo, que já havia feito 3 ou 4 boas defesas até então.
Depois foi a vez de Teo marcar, com propósito, como raras vezes faz. Slimani ainda obrigaria Ricardo a mais uma boa defesa mas era com dois de vantagem que iríamos para o intervalo.
Até a chuva havia dado tréguas para que a noite corresse pelo melhor. Nem um pingo de chuva desde o início do encontro. Havia de chover, porém, a chuva seria de golos. E ainda faltavam três.
A 2ª parte começou com Teo a ser Teo e a tentar marcar da forma mais imprevisível e aleatória possível. Sem sucesso.
Após passe de Adrien, Gelson bisa, antes do próprio Adrien obrigar Ricardo a defender um livre directo.
Seguiu-se um dos momentos da noite...Zeegelaar, entrado para o lugar de Gelson, sofre falta pela esquerda do ataque e o jogador do Vitória acabou expulso. Tempo para o momento de laboratório do jogo... Adrien toca para Bruno César, que cruza para Ruiz e foi mesmo na gaveta. "CA GANDA GOLO", ouvia-se nas bancadas. Foi mesmo. Tão bom que não deu para evitar repetir em tom exclamatório.
Por pouco, Barcos não se estreou a marcar, após bom trabalho individual. Ricardo voltou a negar o golo.
Ruiz haveria de fechar as contas com a classe que o caracteriza, de livre directo, colocando a bola por baixo da barreira.
Estávamos já em período de descontos, o jogo terminaria entretanto e sentia-se nas bancadas uma alegria imensa e uma gratidão que impedia os adeptos de abandonar o seu lugar enquanto não agradecessem devidamente a época com que temos sido brindados.
Foram uns bons minutos a agradecer aos nossos heróis, mostrando-lhes que acreditamos neles e que a crença numa festa verde-e-branca é enorme.
Nós acreditamos neles, eles sabem isso e também acreditam. Ainda podemos ser felizes.