SPORTING CP 2 CSKA Moscovo 1: ineficácia e o raio do turco impediram uma goleada!
Devo começar peço princípio. Que bom fazer uma viagem Porto/Lisboa passando com frequência por carros de leões vestidos a rigor, movidos pela fé, o amor e a dedicação a um Clube.
Foi uma grande noite! Mais de 40000 nas bancadas fizeram o seu papel rumo a mais uma vitória.
Teria sido perfeito, não fosse o golo dos russos.
Futebol bonito, intenso, pressão sufocante (sobretudo nos primeiros 25 minutos) e golos, menos do que os que deviam ter sido.
E não faltou algo que Jesus pôde já comprovar: no Sporting nada nos é dado, tudo é conquistado, contra tudo e todos.
Claro que a minha desconfiança para com o turco tinha razão de ser.
Mesmo assim, vencemos.
A pressão fortíssima dos primeiros minutos deu frutos após uma bonita jogada de ataque concluída por Teo Gutierrez após passe de Bryan Ruiz.
Os dois reforços mostraram mais uma vez qualidade enquanto as pernas corresponderam e, durante este período de maior pressão, pelo menos mais dois ficaram a dever-se à baliza de Akifeev.
Tempo de Patrício mostrar porque é o mais difícil de substituir deste plantel, motivo pelo qual desejo que faça toda a carreira de verde-e-branco. Um lugar na história espera por ele e lá defendeu mais um penalti (o 11º em 39).
O CSKA entregava todas as suas esperanças a Musa e Doumbia e acabou por ser feliz num lance em que Naldo não é lesto o suficiente a subir no terreno e acaba por deixar Doumbia em jogo, acabando por fazer aquele que era na altura o golo do empate.
Sensação terrível de injustiça nas bancadas mas confiança total na vitória.
A segunda parte trouxe um Carrillo diferente do primeiro tempo. Foram 45 minutos de grande nível do peruano num período do jogo em que continuamos a desperdiçar boas oportunidades de golo.
Slimani voltou a ser o mais perdulário e mesmo com o belo golo que marcou não consigo ver nele o matador que muitos falam. A eficácia do argelino deixa muito a desejar e gostava de ver um dia destes testada a dupla de 'cafeteros'.
Antes do golo, tempo de espreitar a classe de Aquilani e o 'descaramento' de Gelson. O puto tem tudo o que os grandes craques têm. Irreverência, lata, falta de vergonha e um talento enorme. Vai ser grande e nós cá estaremos para o ver crescer...mais e mais.
A noite acabou com o sentimento de satisfação, dever cumprido mas o amargo de boca por não termos uma mais que merecida vantagem de, pelo menos, dois golos.
Deitei-me também com uma certeza: o futebol enfadonho de 2014/2015 já era. Este ano vamos ver espectáculo de qualidade em Alvalade e até o relvado parece querer colaborar.
Venham os castores amarelos da Capital do Móvel e quero ver Montero, Mané e Gelson em campo mais tempo.
PS: Ah, antes que me esqueça, é bom que a malta nas bancadas tente perceber o nosso modelo de jogo antes de passar 90 minutos a mandar o Carrillo correr para a linha de fundo, pedir ao Patrício para bater mais rápido ou mandar o Ruiz vir atrás do lateral. E equipa faz em campo aquilo que treina e que o treinador pede e não aquilo que cada um gostava que fosse feito em cada momento do jogo.
E fazem-no porque o treinador acredita nas suas ideias e os jogadores estão dispostos a seguí-las.
Da minha parte, foi do melhor futebol que vi jogar em Alvalade! Venha mais!