SPORTING CP 2-0 Famalicão: O "maestro" entrou e a banda afinou
Objectivo cumprido, sem ponta de brilhantismo.
Jesus apresentou um onze esquisito, com Coentrão e Bruno César como extremos e um meio-campo formado por Petrovic e Battaglia. Tobias teve uma oportunidade, ao lado de Coates e Podence no acompanhamento a Bas Dost.
Voltei a sentir a falta de Iuri mas Jorge Jesus tratou de queimar o jogador no final do encontro, mais ainda do que o tem feito ao longo dos últimos dois meses. Insinuou que o jogador não treina bem e, se isso é um problema que o próprio Jorge Jesus devia assumir e enfrentar internamente (a bem do jogador e do Sporting, que se encontra carenciado em posições onde o açoriano pode ajudar), trazê-lo para a praça pública serve apenas para descartar responsabilidades e complicar uma possível venda ou empréstimo no mercado de Janeiro. Se no nosso campeonato todos estarão ávidos para receber Iuri de braços abertos, quem é que lá fora vai dar os ditos milhões que por aí se falam por um jogador que não se aplica?
Apenas para rematar este assunto, que muito me incomoda, digo apenas que jogadores como o Mattheus Oliveira ou o Petrovic devem treinar muito bem, para que continuem a ser-lhes concedidas as tais "oportunidades" que Jesus referiu, mencionando o brasileiro (já nem falo no Alan Ruiz). Isto mesmo que 5 minutos de jogo não sejam bem uma oportunidade, mesmo que Jesus ache que é.
A primeira parte foi muito fraca. Sem ligação entre sectores, vivemos de uma ou outra arrancada de Podence, na esperança de ver Bas Dost abraçá-lo. Não aconteceu e os primeiros 45 minutos serviram sobretudo para motivar o adversário, que até entrou melhor que nós na segunda parte.
Percebia-se que seria necessário recorrer a alguém mais capaz para dar qualidade àquele meio-campo, onde Petrovic e Battaglia estiveram muito mal, sobretudo no capítulo do passe e se o argentino ainda se deu ao jogo, o sérvio passou uma hora a esconder-se dele.
Jesus, bem, lançou Bruno Fernandes para o lugar de Petrovic e, sem puxar em demasia dos galões, o internacional português deu ao jogo o abanão necessário para fazer a diferença. Com Gelson algo trapalhão e Podence a decidir pior à medida que o tempo passava, bastou dar a bola ao Bruno que ele fez o resto.
Assistiu Coates, que marcou na sequência de um pontapé de canto e serviu Bas Dost para aquele abraço, já depois de Rui Patrício nos ter salvado uma ou duas vezes de um aperto maior.
Mais negativa do que a exibição do Sporting, só a exibição do árbitro da partida. Sem vídeo-árbitro, Hélder Malheiro seguiu as directrizes "papais" e deu a missa como devia ser. Desde uns fora-de-jogo mal assinalados, passando por um penalti por assinalar e outro mal assinalado, na sequência de um "offside" ignorado, Malheiro de tudo fez para nos complicar a vida.
Gigante salva de palmas para Patrício, que está novamente num grande momento de forma e para Bruno Fernandes, que saltou do banco para resolver o jogo. Podence pede mais minutos, que talvez tenham de lhe ser dados a partir de uma ala, onde não abundam alternativas a Gelson, o único extremo disponível com verdadeiras características e capacidade para acrescentar algo a partir das faixas (sendo que até ele não passa por um grande momento).
Pena a lesão do Jonathan que, espero, não seja nada de grave (sobretudo por saber da fragilidade de Coentrão, que ontem cumpriu os 90 minutos).
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