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Grande Artista e Goleador

SPORTING CP 1-2 Borussia Dortmind: Dizem que faz mal acordar tarde

Jorge Jesus levou demasiado a sério a condicionante de não poder estar no banco, de não ser ele o treinador em jogo, ontem. Tanto que resolveu abster-se de controlar aquilo que podia: o onze inicial.

Chega de tentar provar a alguém que Markovic é jogador para o Sporting. Não era grande jogador no Benfica e mesmo o nível que apresentava na altura está longe de ser atingido agora. Comparo-o a um rapaz que jogou comigo nos escalões de formação...corria que se fartava, era mesmo rápido, tão rápido que não fazia conta com os adversários e até se esquecia dos limites do campo. Assim é o sérvio. Um cavalo selvagem, daqueles impossíveis de domar...muito menos para um treinador que tanto privilegia a táctica.

Depois, tivemos uma agravante. Markovic no onze não seria tão mau se fosse a única adição ao nosso melhor onze mas, sem Adrien e com Elias no seu lugar tudo muda. Elias não tem a intensidade, cultura táctica ou capacidade de recuperar bolas de Adrien, e isso nota-se ainda mais quando os adversários ali chegam em superioridade numérica. Não vou mentir, Elias era dos jogadores que menos gostava aquando da sua primeira passagem por Alvalade. Nunca lhe vi qualidade para nos ser útil e mantenho a opinião.

Depois...jogámos com o pior dos dois laterais direitos e o esquerdo não teve a preciosa ajuda de Bruno César (sim, são precisos três para tapar o ror de falhas que tem durante um jogo). Semedo e Bryan não chegaram para as encomendas naquela ala esquerda, de tal forma que Bryan nem ofensivamente se fez notar.

É demasiado para que se possa ser bem sucedido e, por isto, demos 45 minutos de avanço e actuamos com jogadores em sub-rendimento porque se nota que não há a mesma confiança e rotinas com os citados, quando comparados com as opções mais fiáveis.

Sim, parece fácil falar depois mas...Jesus parece ter embarcado na conversa dos pasquins, que davam o Dortmund como debilitado. Estava menos forte mas, ainda assim, tinha uma equipa com intérpretes de respeito.

 

Tudo isto é apenas a minha verdade - aceito outras diferentes da minha - mas torna-se ainda mais frustrante pois tenho ideia que, sem inventar, teríamos boas hipóteses de ter arrecadado pontos, quem sabe os três.

Basta ver como tudo mudou assim que saíram Elias e Markovic. É certo que o Dortmund estava mais desgastado mas eles tremeram porque nós ganhámos confiança e isso explica-se, em parte, com a "não presença" dos elementos desestabilizadores do "sistema".

Nesse período, em que asfixiámos os alemães, podíamos ter empatado. Em menos de 5 minutos. Isto dá que pensar. Mesmo que os germânicos também tenham perdido boas oportunidades para marcar, com o mal dos outros estou eu bem. Podíamos ter aproveitado o desperdício do adversário mas fomos solidários com eles. Quem sofre é o adepto.

 

Isto tudo leva-me a pensar e questionar se não seriam os dispensados da nossa formação, bem como os que têm sido sistematicamente preteridos, opções mais válidas que as tais mais-valias que contratámos. É que alguns, "como diz o outro" mais valia não terem vindo.

Resta esperar que Jorge Jesus recupere desta "apneia" e se mantenha acordado sempre que dele precisarmos nesse estado. É que os serviços mínimos para este ano, são o título nacional. Não por impaciência ou imposição mas porque o egocentrismo do "mister" e a qualidade que tanto apregoa e lhe reconheço não é apenas para ser debitada em conferências de imprensa mas sim provada em campo.

 

Para terminar, e porque não foi tudo mau. A exibição de Gelson e a segunda parte de William provam que não há melhor que a prata da casa.

 

Venha o Tondela e nem preciso dizer o que queremos.

 

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