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Grande Artista e Goleador

SPORTING CP 1-1 Marseille: um bom teste

Foi bom voltar a casa e foi bom ver, finalmente, um "cheirinho" daquilo que pode ser o Sporting desta época.

Deu para ver algumas coisas interessantes e para identificar algumas carências. Viram-se movimentações e apontamentos técnicos de relevo mas também falhas técnicas e de concentração.

Há, naturalmente, trabalho a fazer. Facilmente se identificam os pontos mais fortes e mais fracos. O regresso de Battaglia suprirá algumas das necessidades do meio-campo mas está longe de resolver os nossos problemas naquilo que é o coração de uma equipa e onde temos ainda de encontrar melhores soluções.

Mérito para José Peseiro, que viu em Acuña características interessantes para actuar no centro do terreno. Poderá ser uma aposta ganha num jogador de qualidade mas que me parece curto como extremo numa equipa com as ambições do Sporting. Creio que o futuro do argentino passará pelo meio ou pela lateral defensiva, em vez da ofensiva, onde temos este ano mais e melhores opções.

 

Foi sobretudo no plano ofensivo que identifiquei alguns comportamentos interessantes, tendo faltado apenas algum acerto no último passe. 

O envolvimento ofensivo dos laterais foi interessante, com especial destaque para a profundidade dada por Bruno Gaspar, na segunda parte, onde mostrou argumentos que, na minha opinião, faltam a Ristovski, sobretudo na hora de servir os companheiros de ataque.

Achei Nani e Matheus ainda abaixo daquilo que podem fazer e não gostei de os ver presos aos corredores onde iniciaram o jogo. Foram várias as vezes que se percebeu que estávamos e encontrar as melhores soluções mas que estas pediam um destro à direita e um canhoto à esquerda. Bastava que tivessem trocado uma ou duas vezes de lugar e as coisas podiam ter corrido melhor, até porque Montero foi um bom elemento de ligação ofensiva mas não teve ocasiões para finalizar, muitas vezes por precipitação na hora de servir quem estava na área.

Acima de tudo, o Sporting fez uma primeira meia-hora bastante consistente, bem como a parte final do segundo tempo.

 

Faltou-nos alguma concentração ao nível do passe no início do jogo, aquando da iniciação do processo ofensivo. Não sei se por convicção ou por falta de uma solução que permita sair a jogar pelo médio defensivo (Petrovic não é o tipo de jogador que garanta qualidade nessa fase do jogo), Peseiro optou por uma saida a dois, pelos defesas-centrais, que estiveram algo nervosos e inseguros com bola.

Ao contrário da opinião geral, não gostei muito de Wendel. Continuo sem perceber quais as suas melhores características e aquilo que nos pode oferecer mas confesso que, com Petrovic, não funciona e acho que mais por aquilo que o brasileiro ainda não dá a construir do que por aquilo que possamos esperar do sérvio, que é claramente um jogador de equilíbrios e simplicidade no passe. Acho que Petro pode ser útil no plantel mas precisamos de um jogador de características diferentes, já que vejo Battaglia para a outra posição do meio-campo.

 

Bruno Fernandes foi o melhor em campo e mostrou que está de corpo e alma no clube, como havia reiterado aquando do regresso. É o nosso melhor jogador e saúda-se o seu empenho e profissionalismo evidentes.

 

Ficam evidentes, na minha opinião, as limitações da lateral esquerda, a falta de um médio-defensivo com capacidade para construir desde trás e um ponta-de-lança distinto de Bas Dost e Montero (vendia Doumbia e Castaignos).

A questão do guarda-redes é para ir vendo. Confesso que continua a ser assunto tabu para mim, até porque poucos me deixariam descansado após a saída de Rui Patrício. Estou reticente em relação a Viviano mas não vou fazer juízos precipitados.

 

No próximo fim-de-semana há novo teste, com o Empoli, a contar para o Troféu 5 Violinos, que o Sporting venceu em todas as edições.

 

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