SPORTING CP 1-0 Boavista: Aqui ninguém passa
O Sporting estava no "red line", como diria Jorge Jesus. Foram sete jogos em pouco mais de três semanas. Em média, o Sporting fez um jogo a cada setenta e nove horas, num período de vinte e três dias.
Nenhum adepto com a noção disto poderia pedir uma grande exibição com uma goleada mas isso até podia ter acontecido.
O Sporting fez uma boa primeira parte e, a espaços, até jogou bom futebol. Enquanto as pilhas duraram, a equipa conseguiu criar oportunidades e marcar o único golo da partida, resultante de um pontapé de penalti que o VAR ajudou (e bem) a assinalar.
Enquanto isto, o Boavista, embora afoito e rápido nas transições, nunca conseguiu acercar-se da baliza de Rui Patrício.
As maiores dificuldades vieram da nossa incapacidade para juntar as linhas a defender. Tudo isto por inferioridade física, que resultava num maior espaço entre sectores e num posicionamento deficiente no momento defensivo.
Apesar de tudo, o Sporting resolveu sempre bem as dificuldades que o Boavista criou, muito por culpa da boa exibição de ambos os laterais.
Com Battaglia visivelmente cansado, foram muitas vezes os centrais e os laterais a resolver os problemas, muitos deles ainda longe da nossa zona mais recuada e, portanto, evitando real perigo.
Rui Patrício não fez uma única defesa e o Sporting voltou a fechar mais um jogo em casa sem sofrer golos.
Foi o vigésimo primeiro jogo desta temporada em que não sofremos golos em casa, num total de vinte e oito encontros. Há catorze jogos consecutivos que o Sporting não sofre um golo em Alvalade nas competições nacionais, dez deles na Liga Portuguesa.
Foi o vigésimo segundo jogo sem perder em casa nas competições nacionais, sendo que a última equipa a vencer em nossa casa foi o Barcelona, graças a um auto-golo de Mathieu.
Não sei qual o melhor registo defensivo em casa numa temporada, em jogos para o campeonato mas arrisco que esta será a melhor época de sempre.
Enquanto as pilhas duraram, foi Bruno Fernandes o jogador em destaque do lado do Sporting, sempre bem acompanhado por Bryan Ruiz e Gelson.
Bryan durou mais tempo que Bruno Fernandes e Gelson, embora esgotado, teve sempre uma reserva energética para mais um sprint, fosse para a frente ou para trás.
Bas Dost fez o golo. Tem mérito pela frieza com que bateu o penalti mas fez um jogo modesto.
No geral, não me desagradou nada a exibição. Claro que sofremos um pouco no final, mais por filmes antes vistos do que por aquilo que ia acontecendo em campo.
A nossa obrigação está cumprida e teremos a partir de agora uma semana para preparar cada jogo, com a certeza que os jogadores se apresentarão agora em melhores condições, pese embora o adiantado da época e o desgaste acumulado dos quase sessenta jogos disputados.
O Porto ainda joga hoje e, embora o jogo seja teoricamente fácil, surge num momento de enorme pressão para os azuis-e-brancos.
Acendam uma velinha.
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