SPORTING CP 0-1 Barcelona: Battaglia inglória
É difícil evitar que esta não pareça, à semelhança dos duelos com o Real Madrid na temporada passada, mais uma vitória moral.
A verdade é que fomos quase perfeitos frente a uma das melhores equipas do Mundo e mesmo a "quase perfeição" não foi suficiente para arrecadar um ponto que fosse.
Se o Acuña não faz aquela falta completamente desnecessária...
Se tivéssemos evitado que aquela bola chegasse ao Suárez...
Se não tivéssemos tido o azar do remate desviar no Coates...
Se o Bas Dost tivesse rematado à baliza...
Se o árbitro não nos tentasse condicionar desde o apito inicial com uma gritante dualidade de critério...
Mas o futebol não é feito de "ses" e a atitude fantástica demonstrada durante todo o jogo continua a deixar-me a pensar onde ficou esta vontade na visita a Moreira de Cónegos...
Não quero parecer azedo mas a injustiça deste resultado depois do que lutámos não só me deixa frustrado como aumenta ainda mais a minha azia, depois do empate para o campeonato.
No entanto, o grande jogo realizado ontem deixa-me uma certeza quase absoluta de duas coisas:
- Vamos ganhar ao Porto
- O Bas Dost marca dois
Posto isto...jogo incrível de Battaglia. Fui dos que o achou caro, no preço e nas contrapartidas. Hoje começo a engolir tudo isso. O argentino é um enorme jogador e, neste momento, parece mais fácil vendê-lo por 30 milhões em julho do que vender o William por 45. E isto em nada belisca a qualidade do William, que vai ficando e ontem voltou a mostrar que é top. 45 milhões por ele, como está o mercado, seria uma pechincha.
Mathieu...que jogo fantástico do francês, que deve ter deixado interrogações em Valverde sobre o porquê da sua dispensa. Nós agradecemos. Para mim foi, a par de Battaglia o melhor em campo.
Não menos importante foi Rui Patrício. Enorme entre os postes e sem responsabilidades no golo. Não foi por ele que perdemos.
Em contraponto...Coates.
Gelson não fez um jogo ofensivamente inspirado mas pelo que ajudou Piccini (e a tarefa de acompanhar Alba não é pêra doce) merece crédito. Já Coates esteve desastrado e pareceu o destino a ditar que fosse ele a enviar a bola para o fundo das redes de Rui Patrício. Esta Mathieu não pôde salvar.
Agora é esperar que todo este desgaste físico e emocional não condicione a equipa para o jogo que realmente importa. No domingo recebemos o Porto e uma certeza eu tenho. Com esta atitude, concentração, comprometimento e qualidade, os dragões vão sair de Alvalade sem sequer cuspir fumo, quanto mais fogo.