Saudades de casa
Domingo faz um mês que não vou a nossa casa.
Tenho saudades de Alvalade, de ir com o meu pai e encontrar os amigos nas roulottes, entrar no Estádio e sentir aquele arrepio, de ver os rapazes de verde-e-branco...
É um sentimento estranho...quase como quando sinto saudades da família.
Na verdade, é isso que o Sporting é...uma família gigante da qual se sente saudades, mesmo que se vá ao Estádio a cada quinze dias.
Como não pude ir com o Wolfsburgo e o Penafiel faz no domingo exactamente um mês que não piso solo sagrado.
Sinto-me ansioso.
Nem é apenas pelo jogo, por querer ver uma boa exibição e uma vitória a condizer...
É por ir a um local que tanto me diz e onde me sinto bem. Estar com pessoas que, algumas nem conhecendo verdadeiramente, são minhas amigas. Companheiros de luta que choram e riem comigo. Que me abraçam ao festejar um golo.
Parece estúpido dizer isto quando há Sportinguistas que vivem apaixonadamente o Clube mas, por se encontrarem no estrangeiro, raramente sentem in loco o arrepio que é pisar o Estádio do Maior do Mundo e eu, estou aqui a lamentar-me porque não lá vou há um mês.
Para eles é como um namoro à distância. Com a grande vantagem de saber que o amor nunca esmorecerá e que a noiva nunca fugirá.
Assim são os amores eternos.
Domingo eu vou lá estar e vou gritar por ti que não podes ir e sofres à distância.