Pouco futebol resultou em mais três pontos
Tinha dito ontem que preferia o resultado à exibição e parecia eu que adivinhava aquilo que nos esperava.
Mais uma exibição sofrível, sofrida mas com mais três pontos na bagagem.
Já o disse várias vezes: este início de temporada é para vencer, a nota artística pode esperar.
Jogo em que o empenho global foi bom mas onde faltou clarividência em dose igual.
Tudo demasiado precipitado e pouco pensado. Até os esquemas tácticos saíram mal, tal era a vontade de fazer bem.
A verdade é que tudo podia ter sido diferente, não fosse o 'apitadeiro' de serviço ter deixado por assinalar um penalti claro sobre Bryan Ruiz, estavam decorridos pouco mais do que dois minutos de jogo.
Pouco depois da meia hora, Sequeira viu o segundo amarelo em cinco minutos e foi expulso. A decisão pode parecer exagerada, sobretudo pela proximidade temporal dos lances mas, analisando friamente, ambas são faltas merecedoras de cartão amarelo.
Cinco minutos volvidos e novo penalti por assinalar, novamente cometido por Zainadine, que poderia e deveria ter visto aqui o segundo amarelo e consequente expulsão, pois foi ele que cometeu ambos os penaltis não assinalados.
O intervalo chega com apenas uma oportunidade de golo (remate de Jefferson de fora da área) e muitos erros de arbitragem, mais uma vez, sempre em prejuízo dos mesmos.
Com Ruiz e Teo em sub-rendimento, este era o momento certo para mexer na equipa mas Jorge Jesus optou por deixar tudo como estava.
Montero acabou por render Teo aos nove minutos da segunda parte e começaram a sair mais jogadas de perigo.
Gelson ameaçava e Slimani mostrava-se perdulário.
Mané substituiu Ruiz e André Martins entrou para o lugar de João Mário, apagado no segundo tempo.
A 15 minutos do final, mais um lance passível de grande penalidade, desta vez sobre Gelson Martins.
Estava tudo feito e eu confesso que já acreditava mais no que estava a ser cozinhado por outros do que naquilo que os nossos cozinheiros pudessem fazer. Isto de acompanhar pela TV (ou pela net, no meu caso) dá nervos a dobrar.
A minha esperança encontrava-se em Fredy Montero. E ele não me falhou. Tabelinha perfeita com Carlos Mané e redondinha lá dentro.
Ainda faltavam cinco minutos e, num jogo do Sporting, tudo pode acontecer.
Acabámos por segurar o resultado e somar mais três pontos mas fica mais um aviso.
Espero que Jorge Jesus aprenda a ler melhor alguns factores que considero importantes.
1º A 'química' entre Montero e Mané é evidente e não pode ser desperdiçada
2º Os momentos de forma e anímicos estão a ser mal geridos (Jefferson, por exemplo, está num momento de forma miserável)
3º Neste momento, Montero é titular de caras
E venha o Boavista e, já agora, mais três pontos.