Obrigado, campeões!
"Allez, allez...allez Sporting allez, allez Sporting allez..."
O cântico continua a ecoar na minha cabeça e a euforia teima em ficar em mim. Apetece cantar e saltar por ti, seja em casa, no autocarro ou no caminho para a escola do mais velho.
Ainda hoje isto vai ter de acalmar. Vou tentar fazê-lo enquanto escrevo estas linhas. Caso contrário, pouco conseguirei dizer...
Zupo, começo por ti. Não mostraste competência para gerir o grupo mas tiveste a capacidade de formar um plantel de grande nível. A maior parte deles não tinha vindo se não fosses tu o treinador. Obrigado por isso!
Canela, esta equipa deve-te tudo. Tu sabias desde sempre qual era o problema desta equipa. Simplesmente nunca pareceu que, enquanto adjunto, tivesses liberdade para fazer aquilo que devia ter sido ele a pedir-te que fizesses para ajudar.
Hoje temos uma equipa. Ganhámos um grupo de jogadores que, pese embora os momentos de medo ou insegurança, viu na tua crença a luz para acender neles a esperança de que era possível.
A forma inteligente como geriste o plantel, como devolveste a alegria ao grupo, foi fundamental para este sucesso.
Tivemos sorte? Claro que tivemos. Porque ela sabe proteger os campeões. E tu és um campeão (bi-campeão, agora).
Rapazes...parabéns, malta! Enfrentar esta semana era só para homens a sério. Depois de termos falhado, voltado a tentar e de termos falhado novamente, só podíamos tentar mais uma vez.
Não enjeitaram a oportunidade, foram felizes e fizeram-nos felizes a nós. Não faltou esforço, a vossa dedicação foi enorme, sente-se a devoção, a glória é merecida.
Ontem foi preciso gente de coragem, homens com tomates. Na primeira parte foram Bozovic, Asanin que estiveram em evidência. Um a marcar, outro e defender. Kopco e Bosko (sobretudo eles) fartaram-se de "brigar" na defesa.
Na segunda parte vimos o rival vir para cima de nós e fraquejámos. O público soube perceber que estava na hora de entrar em acção e, não que o apoio tivesse alguma vez faltado, durante os 60 minutos, naqueles minutos finais foi preponderante. Até a água atirada teve um efeito positivo na equipa, pois permitiu aos jogadores respirar e acalmar. Estávamos mais cansados que eles e naquele período do jogo em que a bola queima. Tempo de aparecerem as estrelas. Ruesga chamou a si toda a responsabilidade (nem tinha feito um grande jogo até então) e mostrou que os melhores têm de estar nos momentos de decisão. Aqueles dois golos foram decisivos mas sobretudo o primeiro, porque foi um grande golo e porque a equipa estava com imensas dificuldades em finalizar.
Neste momento era Cudic que estava na baliza e, justiça seja feita, aquela defesa tinha de ser ele a fazê-la. Depois do que havia acontecido no jogo com o Porto, tenho a certeza que ser decisivo neste jogo ajudou Aljosa a tirar aquele peso das costas.
No final, ganhámos. Somos campeões! Comunhão plena entre adeptos e equipa. Lágrimas...de lá e de cá.
Manuel Gaspar, Edmilson, João Pinto, Frankis, Carneiro, Pedroso, Zabic, Oneto, Portela, Tavares, Solha e Bruno Gaspar. Parabéns a todos vocês e aos já acima citados. Estão na história do nosso Clube e espero que continuem a engrancedê-la.
Está morto o borrego. Agora é celebrar e aproveitar o banquete. Obrigado, campeões!