O futuro está já ali
Ontem vi o jogo dos nossos juniores. Não tenho tido oportunidade de ver muitos jogos e uma amigdalite deu-me a possibilidade de ficar em casa.
Enquanto acompanhava o judo, o futsal e o basquetebol femininos, vi o jogo dos nossos juniores em futebol e, o que vi, deixou-me esperançoso e confiante na qualidade desta geração.
Mesmo que o jogo tenha sido difícil (mérito para o Loures, que não foi à Academia defender com 11 dentro da área), salvo a natural imaturidade de muitos dos nossos jogadores, só tirei notas positivas.
Grande capacidade física e atlética de todos, alguns deles de grande envergadura (algo infelizmente cada vez mais essencial para se vingar no futebol de alta competição), e qualidade, muita qualidade.
Vi 6/7 jogadores de enorme potencial, numa equipa que lidera a sua série com mais 8 pontos que os segundos classificados e joga com mais de metade dos jogadores juniores de primeiro ano e juvenis.
Bruno Paz, Bubacar Djaló, Francisco Sousa, Gil Santos, João Mendes, Ronaldo Tavares, Pedro Ferreira, Jefferson Encada são apenas alguns dos nomes que, tenho a certeza, vamos ouvir falar nos próximos 2/3 anos.
Nenhum é um fora de série mas são todos muito bons jogadores (desengane-se quem pensar que o normal é saírem foras-de-série a cada ano). Uma equipa equilibrada que pode almejar o título que nos foge há 5 épocas e que, no ano passado, com uma equipa mais fraca, nos fugiu por uma unha negra.
Confesso que não considero o título nacional o objectivo mais importante e, ao observar as necessidades da equipa B, preferia que 2/3 subissem de imediato para competir na 2ª Liga, ocupando os lugares dos excedentários que devem ser colocados em Janeiro.
Colocar Bruno Paz a lutar com Baldé pela lateral direita (sobretudo porque ainda não podemos contar com Riquicho) só beneficiaria ambos e, quem sabe, Baldé não poderia fazer uns jogos na sua posição de origem.
Bubacar Djaló é talvez o mais maduro desta equipa e está preparado para assumir a posição de médio defensivo, onde Fokobo e Zezinho já alimentam poucas esperanças de futuro.
Com escassez na frente de ataque, Ronaldo Tavares bem que podia 'apertar' com Cristian Ponde, sem concorrência pelo lugar (partindo do princípio que Viola e Cissé são para colocar).
Em suma, fiquei muito satisfeito com o que vi e tenho a certeza que esta geração terá um futuro risonho.