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Grande Artista e Goleador

Hoje joga o Sporting: alimentemos o sonho

A tarefa é quase impossível, não há como negar. O Sporting não é favorito, perdeu 2-0 em Madrid e terá de virar em casa uma eliminatória frente a um Atlético que ainda não perdeu este ano nas competições europeias.

A diminuir ainda mais as nossas possibilidades está uma tendência do Sporting para sofrer golos em casa, em jogos europeus, enquanto que o Atlético normalmente marca a jogar fora de casa. Os leões sofreram golos em quatro dos seis jogos disputados em casa, enquanto que os espanhóis marcaram em três dos cinco encontros jogados fora de portas.

 

Para ultrapassar o Atleti de Diego Simeone o Sporting terá de fazer história, igualando algo que só fez por duas vezes, ambas em 1963/1964, na histórica conquista da Taça da Taças. 

Nessa época, o Sporting disputou doze encontros europeus, sendo que o recorde são quinze, disputados em 2004/2005, na caminhada até à final da Taça UEFA, perdida em Alvalade para o CSKA. 

Hoje o Sporting fará o décimo quarto jogo europeu da época (tantos como em 2001/2012, onde "caímos" nas meias-finais) e, caso ultrapasse o Atlético de Madrid, fará história e cifrará um novo máximo de jogos europeus numa única temporada; dezasseis, que poderão vir a ser dezassete.

Para isso, como já disse, terá de fazer algo só conseguido há mais de 50 anos onde a equipa vencedora da Taça das Taças eliminou por duas vezes adversários com os quais tinha perdido por dois ou mais golos na primeira mão.

A primeira vez aconteceu na primeira eliminatória da prova, onde uma derrota por 2-0 em Itália, com a Atalanta, foi anulada em Alvalade (3-1). Nessa altura os golos fora não desempatavam a eliminatória e o Sporting acabou por vencer o jogo de desempate por 3-1.

Depois da histórica eliminatória com o APOEL, na qual o Sporting cifrou aquela que é, ainda hoje, a maior goleada de sempre das competições europeias (16-1), seguiu-se o Manchester United de Bobby Charlton, Denis Law e George Best. Depois de uma derrota por 4-1 em Inglaterra, o Sporting rubricou em casa a mais épica "remontada" da sua história, trucidando os ingleses por esclarecedores 5-0.

A história terminou como todos sabemos, a levantar o único troféu europeu da nossa história, em Antuérpia.

 

O Sporting fará hoje o 53º jogo da temporada e, numa época em que tanto se fala de desgaste físico, em 1963/1964, convém lembrar que o Sporting realizou 45 jogos oficiais, com a particularidade de se viver uma era em que as substituições não eram permitidas a não ser em caso de lesão.

Nesse ano o Sporting acabou por ser 3º no campeonato (posição que ocupa neste momento), pagando a factura europeia nas competições internas, onde também não passou dos oitavos-de-final da Taça de Portugal.

No entanto, tudo o que é recordado dessa época está hoje em lugar de destaque no Museu Sporting e ninguém se recorda do lugar em que acabámos o campeonato.

 

É isto que hoje os nossos jogadores devem ter em mente. Há história para fazer e, se querem um dia ser recordados e ter lugar de destaque na nossa memória colectiva, terão de replicar aquilo que fizeram Morais, Hilário, Pedro Gomes, Osvaldo Silva, Mascarenhas e restantes elementos do plantel que venceu a Taça da Taças (todos me merecem o mesmo respeito).

A nossa época pode ainda valer muito a pena e um possível 3º lugar no campeonato pode ser completamente apagado da nossa memória se hoje ultrapassarmos o Atlético e nos candidatarmos verdadeiramente à vitória na Liga Europa, não esquecendo que temos ainda uma Taça de Portugal ao nosso alcance.

 

Não há bicho papão que retire ambição ao leão. Não pode haver estatística ou probabilidade que nos impeçam de perseguir o sonho. Tudo teremos de fazer para correr atrás dele e só juntos conseguiremos.

Hoje não quero tratamentos diferenciados no estádio. Não quero assobios, não quero tarjas, não quero saber de presidentes, treinadores, jogadores ou adeptos. Hoje somos todos Sporting e pelo Sporting!

Somos um e vamos para cima dos espanhóis com a força de um gigante leão feroz, unificado por milhões de pequenos leões que, fazendo jus à raça, caçam em bando.

Nós, na bancada e um pouco por todo o Mundo, seremos os "leões" que defendem o nosso território enquanto que, em campo, onze a catorze "leoas" tratarão de capturar e matar uma presa de grande porte que alimentará o nosso sonho de voltar a vencer um troféu europeu.

 

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