FC Porto 1-0 SPORTING CP: Em desvantagem ao "intervalo"
Jesus abordou o jogo com a premissa de que não seria ontem que se decidiria a eliminatória. Não deixa de ser verdade mas o Sporting deixou para daqui a dois meses aquilo que podia ter feito ontem, apostando todas as fichas na se segunda mão, em Alvalade.
Alinhando sem William e Bas Dost, regressou Gelson. Do lado dos portistas foram Danilo e Aboubakar os ausentes. Tudo jogadores fundamentais em posições exactamente iguais. Soares justificou a aposta, Doumbia pareceu sempre perdido em campo.
Jesus apostou então no conservadorismo de um sistema de três centrais, alinhando com Ristovski e Coentrão nas alas e Gelson próximo de Doumbia.
Aparte das questões tácticas, que nem me pareceram as mais importantes para marcar diferenças de rendimento entre ambas as equipas emerge um dos pontos fortes do Porto que o Sporting nunca conseguiu equilibrar; os duelos a meio-campo e a reacção à perda da bola. O Porto foi sempre mais agressivo nos duelos, mais incisivo na procura da bola e nunca deixou o Sporting construir sem uma oposição forte.
Ainda assim, não era intenção do Sporting comandar o jogo com bola. A tal abordagem "à italiana" que Jesus tem falado não entusiasma mas poderia até ter sido mais eficaz com outro critério no passe. O Sporting teve várias oportunidades de atacar de forma rápida e o último passe nunca foi o melhor. Os poucos minutos acumulados por Doumbia ao longo da temporada fazem com que pareça um corpo estranho após sete meses decorridos e a capacidade de passe de Bruno Fernandes (muito desgastado) já viu melhores dias.
Gelson, mesmo não decidindo sempre bem foi sempre o mais esclarecido dos elementos da frente e o que mais procurou desestabilizar o último reduto portista.
A eliminatória está em aberto mas a série de resultados em que nos encontramos, mesmo com um troféu conquistado pelo meio, não é nada animadora. Ver um onze "espremido" semana após semana não augura nada de bom para um mês intenso de competição.
Urge encontrar soluções e agitar as coisas. Jogar sempre com os mesmo tem efeitos negativos a todos os níveis, nos que jogam (porque se desgastam em demasia e acomodam) e nos que nunca ou raramente são opção (que acabarão por não se sentir parte da solução).
Não vivemos um momento fácil.
A publicidade neste blog destina-se apenas a fins solidários.
Sigam-me no facebook e no twitter.