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Grande Artista e Goleador

"É Sporting, caralho!"

Exclamo-o assim, sem asteriscos, e tal como foi proferido após uma imensa descarga de adrenalina e alegria, em Coimbra. Mas não foi só em Coimbra que fomos felizes neste fim-de-semana e, para ser justo, recuo até 5ª feira.

 

Da África do Sul, Luís Costa trouxe para Portugal uma medalha de bronze nos Mundiais de Paraciclismo. Mas nem tudo correu bem ao paraciclista do Sporting / Tavira; a dois dias da competição, aquando dos treinos oficiais de reconhecimento do percurso do contra-relógio, Luís Costa teve problemas mecânicos. Ainda assim, decidiu terminar o treino, tendo acabado por ver um adversário embater-lhe, num momento em que o ultrapassava. O resultado foi uma queda, com a handbike a capotar e as "devidas" marcas de guerra
O problema mecânico só foi resolvido a um dia da prova, depois de um apelo do Luís nas redes sociais.
O contra-relógio trouxe ao português o doce sabor do bronze, a que juntou uma boa prestação na prova em linha, onde chegou em 4º, num final ao sprint onde, segundo o próprio, terá pagado o esforço despendido durante todo o percurso.

No sábado, em Coimbra, o Sporting entrou na época de futsal a vencer, derrotando o Benfica por 3-2 e, assim, conquistando a Supertaça, triunfo que somámos à Liga SportZone e à Taça da Liga da temporada passada.

A partida foi equilibrada mas, como habitualmente, foi o Sporting a assumir as despesas do jogo, com o adversário na expectativa, à espera de aproveitar os nossos erros. 

Com dois golos, Pany Varela foi o destaque maior do jogo. Pedro Cary também marcou e todo o plantel festejou.

No domingo, em Presov (Eslováquia), a equipa de andebol concluiu a tarefa que lhe permite estar presente entre os melhores clubes da Europa.

Frente ao Alpla HC Hard, da Áustria, o Sporting precisou do prolongamento para vencer o torneio de qualificação e, assim, carimbar o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

Frankis Carol marcou o golo decisivo e, não menos decisiva foi a defesa de Matej Asanin, com a cabeça, a segurar a magra vantagem de um golo no final do tempo extra.

Depois da derrota na Supertaça, realço a capacidade da equipa se unir e, com entrega e compromisso, ter atingido um dos objectivos da época.

Antes da selecção nacional de futebol vencer mais um jogo de apuramento para o Mundial 2018, haveria de ser a nossa equipa de futebol feminino a fechar o fim-de-semana com chave de ouro, com mais uma conquista épica e histórica.

E Coimbra (mais uma vez), o Sporting entrou a perder na Supertaça feminina, que nos opunha ao rival mais forte internamente, o Sporting de Braga.

Depois de termos falhado o apuramento para a fase final da Liga dos Campeões, um dos objectivos assumidos da temporada, a pressão era ainda maior para a equipa de Nuno Cristóvão, até ao momento 100% hegemónica internamente.

A verdade é que foi necessário pôr toda a "carne no assador" e esperar que o "efeito Capeta" se fizesse sentir.

Ana Capeta não defraudou as expectativas dos adeptos, que tanto crêem nela sempre que é chamada, e demorou dez minutos a repor a igualdade, já em tempo de descontos, garantindo o adiar da decisão para o prolongamento.

No tempo extra, voltou a marcar...por duas vezes. Uma na primeira parte e outra na segunda, fechando o festejo do hat-trick com o tal "É Sporting, caralho!". Não é "Capeta", é Sporting. E isto demonstra muito do espírito colectivo desta equipa de futebol feminino.

A Capeta, essa, há muito que reclama um estatuto mais importante que o de "arma secreta". Agora que a lesão está para trás das costas, veremos o que mais pode acrescentar à equipa e se terá um estatuto mais importante ou não.

Uma palavra para a Ana Borges, para mim, a nossa jogadora mais decisiva e, provavelmente, a melhor jogadora portuguesa da actualidade, não pelo virtuosismo mas pela objectividade e efectividade de todas as suas acções em campo. Uma verdadeira craque!

 

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