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Grande Artista e Goleador

'Avioncito'

«Quando cheguei há dois anos e meio, este era um clube totalmente diferente em termos desportivos. Era uma altura difícil pelos resultados recentes e penso que muita gente tinha perdido o respeito pelo Sporting. Hoje, todos têm muito mais cuidado. A equipa está, a pouco e pouco, a recuperar e penso que contribui com uma pequena parte»

Desde que chegaste que me encantaste.

Desde aquela tarde em que baptizaste o Arouca com um hat-trick pleno de talento e classe que eras o meu preferido.

Não tenho ídolos, nunca tive um que verdadeiramente merecesse esse 'título' mas, assumo, a tua partida deixa em mim um sentimento de tristeza enorme, semelhante àquele que me tinha ficado quando partiu Matías Fernández.

És classe e talento, qualidade e magia, mesmo que, por vezes, em ritmo de 'peladinha'.

Talvez porque pensas o futebol de maneira diferente, mais técnica, artística e, por isso, menos adequada a um futebol cada vez mais mecânico, intenso e previsível.

Foram aqueles 16 golos nos primeiros 14 jogos que colocaram as expectativas de alguns demasiado elevadas. Foram esses que nunca entenderam e ainda não entendem hoje aquilo que tu és e aquilo que davas sempre que pisavas um relvado de verde e branca vestida.

Marcaste ao Benfica, em Braga e lideraste-nos naquele início de época fantástico. Mesmo sem marcar (pelo menos oficialmente) sempre mostraste qualidade em campo.

Aquele golaço ao Marítimo, seguido de outro ao Espinho, para a Taça de Portugal, aquela que ajudaste a resolver, naquela tarde emocionante no Jamor que deixou toda a gente feliz. 

«A final do Jamor foi uma sensação única com todos os adeptos festejar. Vai marcar-me para toda a vida.»

Também a mim, Fredy. Estarás para sempre ligado ao ressurgimento do "Crónico". E eu estive lá!

O teu sorriso de puto e a forma natural como (não) festejas golos importantes.

A forma como foste importante já esta época mesmo que tenhas perdido espaço. 

Não estavas feliz... É normal. Sentias-te capaz de jogar mais, de ser mais importante do que aquilo que eras. Ainda bem que não estavas satisfeito, sinal de que não estavas acomodado.

A mim, deixarás sempre saudades e, felizmente, pude festejar efusivamente o teu último golo, na tua última exibição com as nossas cores.

Quiseste sair em grande. Assististe os teus colegas e, vendo que não conseguiam resolver, resolveste tu. Fizeste-o como sempre, com classe, e ainda apimentaste 'de letra' a despedida.

«Deixo o Sporting em primeiro lugar e sei que nada vai mudar pelos jogadores que saem e que entrem. Sei que vamos ser campeões e saio com 50% da meta traçada. Desejo muita sorte a todos os meus colegas, equipa técnica e adeptos»

Vou ter saudades! Que possas mesmo estar cá em Maio para festejar connosco. 

Eu lá estarei, se tudo correr bem, com o 10 nas costas e o teu nome inscrito.

Obrigado, Fredy!

 

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