Afinal não são tão maus como os pintaram
A equipa júnior de futebol, relançou ontem a corrida ao título nacional com uma vitória em casa do Porto por 0-2.
A vitória assenta-nos bem? Sim
Os números são justos? Não
Fomos claramente melhores? Não
MAS FOMOS LEÕES!
E sempre que o formos, durante o tempo em que o resultado esteja em disputa, em qualquer modalidade ou escalão, estaremos sempre a um pequeno passo de vencer.
Vê-se evolução.
O colectivo apresenta melhorias e as individualidades ganham com isso.
Se há um mérito que acredito ser de Luís Boa Morte é o da capacidade de entreajuda, superação e sofrimento que esta equipa apresenta.
Características estas que não identifiquei na primeira fase onde, recordo, terminámos a vinte pontos do Benfica. O mesmo Benfica que hoje nos sucede na classificação, com um ponto a menos e mais um jogo cumprido.
Se é verdade que o principal objectivo dos nossos escalões de formação é preparar os jogadores, etapa a etapa, para o profissionalismo, tendo em conta que parte deles terão de integrar o nosso plantel principal, não é menos verdade que fazê-lo ganhando tem outro sabor.
Nem todas as grandes gerações ganharam títulos, nem as piores fracassaram sempre.
Esta não é, nem de perto, a nossa melhor 'fornada' mas está hoje melhor preparada do que já esteve para cumprir o objectivo que o Sporting lhes propõe.
Uma das chaves do bom trabalho que vem sendo feito nesta fase final, para além das características já acima mencionadas, passa pela credibilização de cada um nas suas próprias capacidades e na qualidade do grupo como equipa.
Ninguém deixa o colega na mão e todos se unem em torno do objectivo: a vitória!
Ontem foi possível.
Graças à união, garra, entreajuda, raça e qualidade de todos os que entraram em campo de leão ao peito. Sofreram, lutaram, tiveram sorte e souberam também procurá-la.
Foi à leão!
E é assim que devia ser sempre, independentemente de, por vezes, o nosso adversário nos ser superior qualitativamente.
Ontem era-o, mas não acreditou mais que nós na vitória e lutou menos por ela.
Os parabéns são para todos! Não porque tenhamos ganho algo, pois continuamos a não depender exclusivamente de nós para ser campeões mas por acreditarmos em nós e que colectivamente se podem resolver problemas e lacunas individuais.
Por fim, tenho de fazer um destaque individual: Rafael Barbosa.
O líder dentro de campo, o pulmão da equipa, o gestor de tempos e ritmos, o génio e a classe que sobressai de um colectivo trabalhador.
Mesmo esgotado fisicamente não deixou cair por terra a possibilidade de matar o jogo com um lance pleno de velocidade, poder físico, técnica e classe, na hora de atirar a contar.
Claramente o melhor jogador desta equipa e mais um médio de enorme valor formado na melhor escola do Mundo!
Nota: uma palavra de apreço para as vitória no hóquei, por 3-2, frente à Sanjoanense e no basquetebol, por 72-61, frente à ESA, que nos aproximam dos objectivos a que nos propomos para o final da época.