A tradição ainda é o que era
Tinha aludindo ontem à história para dar o mote para o jogo 3 da final do playoff da Liga SportZone de futsal...bateu tudo certo.
Pela terceira vez o jogo 3 (primeiro da série em casa do rival) voltou a dar vitória aos rapazes de verde-e-branco.
Cumpra-se a tradição na totalidade e domingo será mesmo o último jogo. Se não se cumprir, há histórias diferentes por escrever.
O jogo nem começou bem. O Benfica entrou mais forte e agressivo (abusando menos da agressividade, relativamente ao jogo anterior) mas, sobretudo mais seguro. Melhor no ataque organizado e mais coeso na defesa, algo completamente anormal, tendo em conta o modelo de jogo de ambas as equipas.
O empate registado ao intervalo teve mérito (mais uma jogada de laboratório) mas também aquela pontinha de sorte que acompanha os campeões. Até ali, o resultado era melhor que a exibição, mesmo que a superioridade do adversário não tenha sido mais do que mínima. Sobretudo, fomos nós que acusámos um pouco o peso do jogo.
O empate, no momento em que apareceu, foi o melhor que nos podia ter acontecido.
Nem entrámos muito bem na 2ª parte mas o talento de Merlim teve o condão de estabilizar os níveis emocionais da equipa e devolver a confiança e segurança no nosso jogo. O golo logo no reinicio do jogo foi um tónico extra, algo que só uma reviravolta num jogo complicado e equilibrado tem a capacidade de dar.
A partir daqui sentiu-se uma mudança de atitude na equipa. Mais confiante, segura, autoritária e perigosa. Foram nossas as melhores oportunidades da 2ª parte e, não fosse Junjo, o resultado ter-se-ia avolumado.
Entrados nos minutos finais, chegou a hora de puxar pela união, coesão e entreajuda de todos. Excelentes a defender o 5x4 do rival, fomos felizes como eles já haviam sido em nossa casa. Pelo mesmo resultado e num jogo igualmente equilibrado.
Domingo há mais um jogo e só há uma certeza. O Benfica não sairá desse jogo campeão.
Eu acredito que pode acabar já. Temos qualidade para isso e merecemos ser felizes.