Não foram tantos quanto eu queria mas, mais coisa menos coisa, foram estes os quilómetros percorridos este ano para apoiar o Sporting.
Foi o minha primeira temporada como sócio que apadrinhou a minha estreia como detentor de Gamebox e, por isso, fiz questão de ir a todas as que consegui.
O trabalho incrível de Bruno de Carvalho e o enorme esforço de muitos Sportinguistas que conheci através da Tasca do Cherba, acordaram em mim a necessidade de fazer mais pelo meu Clube.
Assim que terminou a temporada 2013/2014, tratei de arrumar com tudo de uma vez: dei o meu contributo para a Missão Pavilhão, fiz-me sócio, assinei o Jornal Sporting e aguardei pela vendas das Gameboxes (sim, também abri este cantinho onde falo do nosso grande amor).
Comprei para a B sul, onde vi os primeiros jogos da época e, depois de arrastar o meu pai, duas ou três vezes, lá o convenci a fazer-se sócio e a comprar a sua primeira Gamebox. Acabei por me mudar para a bancada B norte para que o meu pai me fizesse companhia (a B sul, encontrava-se esgotada).
A época começou com a Académica e a esperança renovada, que todas as épocas nos assalta o espírito, levou-me cheio de esperança a Coimbra, na companhia de dois colegas Sportinguistas.
Depois de uma entrada no estádio que se avizinhava demorada, lá fiz 'amizade' com um dos seguranças que nos deixou entrar de relance por uma porta lateral. Os meus dois companheiros insistiram que eu já conhecia o homem...juro-vos que nunca o vi 'mais gordo'!
Foram 22€ (o bilhete mais caro da época) para um empate frustrante, que nos tirou o pio na viagem de volta ao Porto.
Seguiu-se Arouca, onde Mané me fez abraçar um Sportinguista já de uma certa idade talvez com demasiado vigor.
O casamento de um amigo fez com que visse o jogo com o Belenenses pela TV...mais um empate frustrante.
Por pouco não vi começar o jogo com o Porto. O meu pai, a quem o 'bichinho' começava a morder, acompanhou-me a Lisboa, numa 6ª feira, mesmo sem bilhete. Os que haviam eram demasiado caros. Acabou a sofrer no Alvaláxia, onde viu o jogo na companhia de outros Sportinguistas. Mais um empate.
Eles não matam mas moem, no entanto, a alma de leão é enorme e, com o Marítimo, estávamos lá novamente. Desta vez o meu pai viu o jogo no estádio (já era a segunda vez...) e vencemos bem, apesar do susto que foi o início da segunda parte.
Seguiu-se o Paços de Ferreira. Desta vez o meu pai não entrou no estádio sem a Gamebox comprada. Passagem pela Loja Verde, cartãozinho mágico na mão e jogo visto na central (os lugares da Gamebox já se encontravam vendidos para este jogo). Ambiente mais amorfo e mais um empate.
Outros, talvez tivessem desanimado. Já chateavam tantos empates...
Seguem-se Setúbal, Moreirense e Estoril (duas vitórias inequívocas intercaladas por mais um empate).
Pelo meio, fui ao Bessa, uma espécie de estádio fantasma com a pior organização de eventos que vi em toda a época. Se o Boavista quer voltar a ser Boavistão, tem muito que pedalar...a todos os níveis. Vencemos e, no final, isso era o mais importante, pese embora a lesão de Nani no maldito sintético (arranjem lá forma de voltar a pôr um relvado).
Foi com muita pena que não assisti a nenhum dos jogos da Champions mas, a meio da semana só um milagre poderia levar-me a Alvalade. Espero conseguir na próxima época.
Rio Ave e Académica (jogo no qual fiz o baptismo de um dos meus primos que, pela primeira vez foi a Alvalade) selaram mais duas vitórias, numa altura em que o convívio com amigos nas roullottes já fazia parte do ritual.
Segue-se o jogo mais importante da época, onde quase aspiramos a ser campeões e onde levei (levámos todos) o maior soco no estômago de toda a temporada.
Aquele golo, festejado como nunca tinha festejado nenhum, devia ter-nos colocado no caminho do título mas, o JJ (mais uma vez, sejas bem-vindo!) levou a melhor, levando para casa o pontinho pelo qual tinha ido jogar.
Depois, foram só vitórias até ao final da época, onde apenas falhei o jogo com o Penafiel por ser a uma 'maldita' segunda-feira.
Ah, esperem lá...não foram só vitórias porque ainda fui a Paços de Ferreira, na companhia de dois amigos, onde uma boa exibição não foi suficiente para trazer mais do que um mísero ponto.
Mas, afinal, todos os empates da época acabaram por culminar noutro, bem mais saboroso.
No Jamor, vivi uma das maiores alegrias (senão a maior) como Sportinguista.
Assistir a uma vitória épica, na companhia de amigos, todos eles grandes Sportinguistas e depois de uma tarde de convívio e fervor leonino foi a melhor forma de acabar o meu primeiro 'ano de leão' que, espero, se estenderá para o resto da minha vida, enquanto não me faltarem as forças para gritar: 'SPOOOOOOOOOORTING!'