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Grande Artista e Goleador

SPORTING CP 1-0 Moreirense: Até quando isto durará?

Não sei até quando durará esta sorte (que não é só sorte) mas começo a achar que as minhas baixas expectativas no início da temporada podem vir a subir aos poucos, tal é a consistência com que saímos por cima em momentos difíceis e sobretudo em momentos difíceis enquanto jogamos mal e desgastados.

O jogo de hoje teve imensas contrariedades, muitas delas antes do apito inicial. As ausências de três dos quatro titulares habituais da defesa, de William e Bas Dost eram, já de si, dificuldades suficientes para dar algum alento ao Moreirense.

 

O Sporting fez um jogo muito atabalhoado mas onde, ainda assim, conseguiu criar algumas situações de golo.

O Moreirense teve uma única oportunidade de golo em todo o encontro, de bola parada, a que Rui Patrício respondeu com uma defesa que teve tanto de difícil quanto espectacular.

Do Sporting, lembro-me de sete boas oportunidades de golo. Um número mais do que suficiente para que tivéssemos resolvido o jogo mais cedo mas que é, ainda assim, revelador de capacidade ofensiva mesmo num dia em que a exibição foi muito fraca.

Só na primeira parte há cinco excelentes oportunidades, três delas desperdiçadas por decisões egoístas ou erradas.

A primeira não chega a ser verdadeiramente uma oportunidade porque Bruno Fernandes preferiu o remate de longe em vez de isolar Gelson e a segunda é de Battaglia, que aproveitou uma bola dividida entre Montero e um defesa para atirar por cima (exigia-se uma execução rápida e, para ter sucesso, a bola teria de ter caído noutros pés).

A terceira oportunidade surge de um remate falhado de Gelson...a bola encontra Bryan Ruiz que, só com o guarda-redes pela frente, atira frouxo e à figura.

De novo Bruno Fernandes...bastava encostar para Montero finalizar mas preferiu atirar à baliza. A bola foi por cima da barra. Não era o dia de Montero que, pronto para encostar para a baliza (e em posição legal), vê André Pinto tirar-lhe o pão da boca, levando a bola para fora da baliza.

Na segunda parte, Gelson haveria de ser isolado por Montero mas depois de tirar um defesa do caminho, permitiu a defesa a Jhonatan. O guarda-redes brasileiro acabaria por não conseguir travar o último remate do encontro, também de Gelson, que saiu desviado por um defesa.

 

Mesmo a jogar mal, devíamos ter chegado ao intervalo a vencer por uma margem folgada. Bastava para isso ter sido eficaz. Eficácia que não é a mesma sem Dost em jogo. Mas como Jesus deu cabo dele...

GelRafa.png

O lance do golo é todo de Rafael Leão e guardo este parágrafo para dizer que o génio é suficiente para resolver um jogo mas não chega para fazer uma carreira brilhante. Pode até nem chegar para fazer carreira. 

Leão tem tudo o que é necessário para ser um jogador de topo mundial. Há anos que o digo e vejo nele um potencial muito maior do que via em Gelson, por exemplo. 

A atitude competitiva de Rafael Leão não foi a mais adequada nos mais de 30 minutos que esteve em campo e isso obrigou os colegas a um esforço redobrado (sobretudo Bruno Fernandes e Acuña). A juventude não explica tudo, até porque o Sporting tem o dever de preparar os jogadores para este natural deslumbramento. Leão só jogou com a redondinha nos pés e não pode ser. Tem de correr, tem de lutar, tem de compensar com entrega aquilo que lhe falta ainda em capacidade táctica. A meia-hora de ontem deu razão a Jesus, que havia dito há dias que o jovem leão tem o génio, faz o que fazer com bola mas, sem ela, não se sabe comportar em campo. Cabe a Rafa compensar essa lacuna sem bola com entrega nos limites.

Mas atenção, nada disto é um correctivo a uma das maiores promessas da Academia. É apenas uma lição. Se meter tudo em cada momento do jogo, lances como o que resolveu este vão sair em catadupa. Na única vez que foi à luta e meteu o pé, roubou uma bola e construiu sozinho a jogada que, nos descontos, deu os três pontos. E tão importantes que eles foram. Basta que o Rafa meta os olhos no Gelson e aprenda, que o resto ele fará ainda melhor.

 

Volto a frisar aquilo que já havia feito em ocasiões anteriores. O golo ao cair do pano tem tanto do acaso como de mérito. Esta equipa não desiste e sobressai na adversidade. Só os grandes sobressaem nestes momentos. Só as grandes equipas, com homens de carácter e abnegados conseguem fazer isto com esta consistência. Não atribuamos os créditos todos à sorte, pois ela foi nossa amiga mas nós fomos à procura dela.

 

Se há jogo difícil para fazer destaques individuais, este é um deles. Apetece-me dar o prémio de MVP a Acuña, pela garra e consistência, mesmo que sem rasgo ou brilhantismo mas o golo de Gelson nos descontos, o que ele corre e ajuda na defesa e os desequilíbrios que procura durante cada momento do encontro fazem com que esqueça que nem sempre decide bem e que cometeu a burrice de tirar a camisola depois de já ter visto um amarelo. O primeiro amarelo que, diga-se, pode ter valido por bem mais do que um simples cartão, tais podiam ter sido as implicações se tem deixado Dramé entrar na área.

Destaque para Rui Patrício, que voltou a fazer uma defesa daquelas que valem pontos, mais ainda com o que aconteceu imediatamente a seguir e menção honrosa para os primeiros 45 minutos de Bryan Ruiz, que foram do melhor que se viu dele esta temporada. Depois foi-se abaixo.

Abaixo que é coisa que Bruno Fernandes nunca vai, mesmo que tenha feito uma das piores exibições desde que chegou. Péssimo nos momentos de decisão no último terço, salva a exibição com uma alma do outro Mundo que o levou a correr quilómetros e a sacrificar-se sempre em prol do colectivo.

 

Relativamente à arbitragem... Tiago Martins é um árbitro fraco. Inconsistente nos capítulos técnico e disciplinar, tenta deixar jogar mas nem sempre toma as melhores decisões. Se estas são questões já de si bastante limitativas, juntemos o facto de ter sido mal assistido no lance que dá a expulsão de Petrovic (que nem falta me parece ser e, a ser, a amostragem do amarelo é para lá de ridícula) e temos uma arbitragem que podia bem ter tido influência no resultado. Salva-se por, pelo menos, ter tido a capacidade para corrigir um erro, para o qual o VAR alertou.

 

Sublinho novamente. Jogámos mal mas não é a altura certa para bater na equipa, que com tantas contrariedades soube reagir e, sem metade dos titulares, arrancou mais um jogo sem sofrer golos, o décimo esta temporada em Alvalade (em 13 jogos).

Não sofremos um golo em casa, para a Liga, há sete jogos consecutivos e o último a marcar foi Danilo, do Braga, a 5 de novembro do ano passado (são 631 minutos, fora descontos, sem que Rui Patrício tenha sofrido um único golo). 

A melhor série são 11 jogos consecutivos sem sofrer em casa (1978/79), sendo que nessa época não sofremos golos em Alvalade em 12 dos 15 jogos disputados para o campeonato. A série deste ano já vai nos 10 encontros em casa sem golos sofridos.

Os 59 pontos amealhados igualam a pontuação da primeira época de Jorge Jesus, à 24ª jornada, precisamente a fase em que o Sporting baqueou.

A 25ª jornada, curiosamente, voltará a ditar um embate que poderá ser decisivo na luta pelo título. Há duas épocas perdemos em casa para o Benfica, no jogo que nos custou a perda da liderança (que nunca mais recuperámos).

Será que na sexta-feira encetamos uma perseguição que nos levará, finalmente, ao título?

 

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Hoje joga o Sporting

Jesus convocou 21 jogadores para a recepção ao Moreirense de Petit, treinador que tem por hábito dificultar-nos a vida.

Entre Boavista, Tondela e Paços de Ferreira, são 6 pontos roubados ao Sporting em encontros para o campeonato. Em, seis jogos para a Liga Portuguesa, só ganhámos três a equipas orientadas pelo ex-médio internacional português. O único jogo que o Sporting venceu por uma margem superior à mínima, foi ao primeiro embate, com o Boavista, em 2014/15.

Desde que chegou ao Sporting, em quatro embates com Petit, Jorge Jesus apenas venceu um jogo, tendo empatado os outros três. Mais do que nos jogadores, veremos se este registo não pesa na forma como o nosso treinador possa abordar o encontro.

 

Seja como for, não há desculpas para um mau resultado. O Sporting é infinitamente melhor que este Moreirense, que é uma equipa com grandes carências, facilmente demonstradas pela posição na classificação geral. Os cónegos seguram a lanterna vermelha e convém que essa situação se mantenha no final desta jornada.

Jesus quis alimentar as conversas pré-jogo, entre os adeptos, que gostam sempre de fazer a sua equipa e mandar o seu "bitaite". Dos 21 convocados, três acabarão na bancada. Veremos quais.

Jogue quem jogar, vá quem for para o banco, os três pontos terão de ser nossos.

 

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Tondela 1-2 SPORTING CP: Foi hardcore e hard de digerir

Pepa tinha prometido uma equipa hardcore e não fugiu muito disso. A primeira falta surgiu nos primeiros segundos do encontro e o Tondela haveria de terminar o jogo com um acumulado de 24 entradas irregulares.

Apenas a título de curiosidade, frente ao Benfica, em casa, o Tondela fez apenas 8 faltas. A primeira foi aos 19 minutos, já com o Benfica em vantagem por 0-1. Os tondelenses haveriam de chegar ao intervalo a perder 0-2, com apenas 3 faltas cometidas e aos 60 minutos, com o resultado em 0-4, o acumulado era de apenas 5 faltas. 

Ao contrário do que se possa pensar, acho normal a atitude do Tondela com o Sporting (20 faltas em Alvalade e 24 no jogo de ontem). Anormal é aquilo que se passou há dois meses, na recepção aos encarnados.

 

O Tondela entrou bem no encontro e aos 13 minutos já vencia. O Sporting demoraria outros tantos minutos a restabelecer a igualdade, pelo inevitável Bas Dost, no primeiro remate que tentou.

De referir que ambos os golos surgem de jogadas bem desenhadas, sendo que o do Sporting tem a beleza extra do toque de calcanhar de Bas Dost no início da jogada, antes de se deslocar em direcção à área para finalizar o cruzamento perfeito de Marcos Acuña. No golo do Tondela, fico com a sensação que, não fosse o toque em Mathieu e Rui Patrício teria defendido aquele remate.

Pelo meio, Gelson Martins aqueceu as mãos a Cláudio Ramos e já depois foi a vez de Rui Patrício negar o golo a Tyler Boyd, com uma grande defesa.

O Sporting subiu de produção nos últimos minutos do primeiro tempo e teve duas boas oportunidades para se adiantar no marcador. Cláudio Ramos respondeu a Rui Patrício, com uma excelente defesa a um "tiraço" de Bruno Fernandes e Mathieu esteve perto do golo, ao desviar ligeiramente por cima mais um cruzamento a régua e esquadro de Acuña.

 

Um pouco por esta subida de produção da equipa, não entendi muito bem a saída de Fredy Montero ao intervalo. Talvez Jesus não tivesse gostado da performance defensiva do colombiano, como se pôde ouvir através dos microfones da Sport TV, num raspanete por não ter fechado uma linha de passe mas a verdade é que a saída de Montero me pareceu precipitada e prematura.

Doumbia acabaria por acrescentar muito pouco ao jogo e esta era uma substituição que poderia dar algumas horas de conversa caso o resultado final não nos tivesse sido favorável.

 

O Tondela acabaria por entrar melhor no segundo tempo e à hora de jogo as coisas ficavam ainda mais difíceis com a expulsão de Mathieu, que não contava com o teatro de Pedro Nuno. Atenção que, pese embora a fita do jogador do Tondela, acho a admoestação justa, ao contrário do primeiro amarelo, mostrado aos 53 minutos na única falta cometida pelo francês.

Só para que conste, Hélder Tavares cometeu cinco faltas ao longo do jogo e acabou com a ficha disciplinar limpa.

Expulsão Mathieu.png

O Tondela, com mais um homem em campo, apostou tudo em segurar o pontinho, esticando-se muito pouco em campo na procura da vitória.

O Sporting arriscou, William ficou com a função de ajudar Coates, continuando a ser o elemento que iniciava o ataque posicional dos leões e os laterais passaram a ter de estar mais atentos ao espaço entre-linhas.

Neste momento já era Acuña o lateral esquerdo, após a entrada de Rúben Ribeiro, imediatamente antes da expulsão de Mathieu.

O Sporting acabaria por dispor das melhores oportunidades para marcar. Doumbia desperdiçou, de cabeça, em excelente posição e Coates, já a actuar como ponta-de-lança, obrigou o guarda-redes da casa a desviar um cabeceamento em balão para canto.

O golo acaba por surgir já fora de tempo como um castigo justo para um Tondela que se revelou afoito enquanto esteve em igualdade numérica e que se retraiu assim que se viu com mais um homem em campo.

Os minutos jogados para lá dos quatro inicialmente dados como adicionais culminam numa bola longa de William que Bas Dost desvia na direcção de Doumbia. Para evitar o golo do costa-marfinense, Ricardo Costa desvia a bola para o poste e aparece, fulminente, Coates a acabar com o jogo.

Os três pontos estavam no bolso e nem a última substituição preparada por Jesus foi possível. O Sporting venceu após uma viagem de milhares de quilómetros a meio da semana e a actuar com dez homens nos últimos mais de trinta minutos do jogo. Para o Tondela, será "hard" de digerir uma derrota que surgiu no último fôlego mas da qual os comandados de Pepa devem lamentar-se mais pela falta de ousadia em disputar os três pontos do que qualquer outra coisa.

Termino com o elogio (já repetido, após o jogo em Santa Maria da Feira) ao carácter e à ambição deste grupo de jogadores. Esta equipa tem alma e não dá um ponto por perdido até ao último segundo de cada jogo. Somos felizes mas procuramos a felicidade, mesmo que nem sempre demonstrando grande qualidade.

Acuña leva o prémio de melhor em campo mas o homem do jogo acaba por ser Coates, pelo golo marcado nas circunstâncias em que aconteceu.

Venha o Astana em Alvalade e algum descanso para parte dos jogadores. A eliminatória não pode fugir, mesmo com a gestão física de alguns dos mais utilizados.

 

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Hoje joga o Sporting

Ultrapassada que está a Assembleia Geral, a questão dos estatutos, do regulamento disciplinar e da continuidade de Bruno de Carvalho, podemos novamente centrar as nossas atenções apenas na competição das nossas equipas.

A aprovação esmagadora dos pontos não surpreendeu. Os Sportinguistas foram chamados a votar, com a continuidade do Presidente em pano de fundo e a amostra presente revelou não ser, em nada, idêntica à dos cerca de 800 Sportinguistas que haviam estado na AG de dia 3.

O desconforto generalizado inicial com parte das propostas deu lugar a uma cedência e aprovação das mesmas com a chantagem (continuo a não encontrar um termo mais correcto) feita pelo Presidente, que sai assim com poderes reforçados e ainda mais legitimado do que nas eleições do ano passado (como se isso fosse necessário). As propostas aprovadas passaram claramente para segundo plano, em detrimento de um voto de confiança ao Conselho Directivo.

Fiz questão de estar presente na AG, votei em consciência e saí com sentimento de dever cumprido. Foi, de facto, um dia de grande fervor e onde, mais do que o Sporting Clube de Portugal, foi Bruno de Carvalho o grande vencedor.

 

Imune a tudo isto, acredito eu, esteve sempre o grupo de trabalho que hoje estará em Tondela para discutir três pontos muito importantes, após vitórias contundentes de Benfica e Porto.

Não podemos perder pontos, sob pena de deixarmos de depender apenas de nós para sermos campeões nacionais.

 

Pepa apresentou o seu Tondela como uma equipa "hardcore, de pé na chapa". Agressiva e intensa, depreendo eu. Foi isso que mostraram em Alvalade, com linhas muito juntas, saídas afoitas para o contra-ataque e agressividade consubstanciada em 20 faltas cometidas.

Infelizmente não foi este Tondela que se apresentou na recepção ao Benfica, onde foi o antagonismo daquilo que Pepa pretende, sendo permissiva e cometendo apenas 8 faltas em mais de 90 minutos. Mas isso agora não interessa nada...

 

Jesus incluiu Bas Dost na lista de convocados, que não contará com Fábio Coentrão, castigado à posteriori por acontecimentos no Estádio do Dragão, no jogo da Taça de Portugal.

O Sporting estará assim perto da máxima força. Após uma excelente vitória no Cazaquistão, resta saber se os efeitos da viagem ainda se farão sentir e se o cansaço dos jogadores-chave não é impeditivo de uma exibição suficiente para alcançar a vitória.

Jesus cometeu um erro (a meu ver) ao não levar um lateral para o banco de suplentes. Apenas Piccini está convocado e serão Acuña ou Bruno César a ocupar a lateral esquerda. Espero que as contingências do jogo não nos retirem Piccini do relvado.

Wendel está convocado e, se a lógica imperar e Bas Dost estiver apto, será o relegado para a bancada. Rafael Leão volta a estar entre os eleitos.

Ganhar hoje manterá as distâncias e deixará em aberto a possibilidade de descansar alguns elementos mais utilizados na quinta-feira.

 

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SPORTING CP 2-0 Feirense: VARgonha, no regresso da "nota artística"

O Sporting fez ontem a melhor exibição dos últimos meses e uma das melhores exibições da época, que peca apenas por não ter sido materializada com números a condizer com a qualidade do futebol apresentado.

Sobretudo os primeiros 45 minutos foram jogados de forma intensa, com excelentes jogadas e um Fredy Montero a ligar de forma exímia todo o jogo ofensivo do Sporting.

Há dois motivos que explicam o porquê de, ao intervalo, o jogo não ter ficado praticamente decidido: a equipa de arbitragem e a ineficácia ofensiva dos nossos jogadores, que não concluíram com êxito umas boas seis ou sete oportunidades de golo.

 

Começo já pela polémica, para arrumar o assunto. Manuel Oliveira terá agido de má fé, ao induzir em erro Luís Ferreira no lance do golo anulado a Doumbia. A falta de Bruno Fernandes existe, não foi (erradamente) assinalada mas o Sporting não retira desse lance qualquer tipo de vantagem, sobretudo porque o Feirense ainda teve a bola em sua posse e viu Bryan Ruiz eliminar de forma legal mais um ataque dos "fogaçeiros". Com mais ou menos especialistas a analisar o lance (e foram todos unânimes), com ou sem "protocolo" o lance não tem qualquer discussão e o golo é completamente legal.

Junte-se a isto um lance de grande penalidade por mão na bola, que não foi analisado com a minúcia daquele que, bem, Luís Ferreira corrigiu com acesso às imagens, junto ao terreno de jogo, e temos dois lances mal ajuizados, em prejuízo do Sporting.

Também por este lance fica evidente a declaração de intenções do VAR nomeado para o encontro. Manuel Oliveira e Tiago Leandro foram os principais responsáveis pela vergonha que foi a arbitragem de ontem no José Alvalade, sem que Luís Ferreira seja alheio a tudo o que se passou. O VAR fez questão de aconselhar o árbitro da partida para ir ver à TV dois lances, com o intuito de evitar que o Sporting marcasse golos mas não agiu em concordância num lance em que o devia ter feito, dando ao Sporting uma oportunidade de marcar de grande penalidade.

Felizmente tudo isto não teve interferência na verdade desportiva mas podia ter tido. Não foi para isto que o vídeo-árbitro foi introduzido no futebol e os responsáveis pela sua utilização indevida e incompetente têm de ser punidos.

 

Continuo puxando o lustre a Jorge Jesus. Quem me segue sabe que sou bastante crítico do nosso treinador. Não tenho qualquer problema em lhe apontar o dedo e acho que devia ter feito mais e melhor do que aquilo que fez desde que chegou mas também não me custa nada (e faço-o com gosto) elogiá-lo quando acho que assim deve ser.

Se muita da culpa do péssimo momento de forma e de confiança que atravessa Doumbia é do próprio Jorge Jesus, o mesmo não posso dizer da gestão da utilização mais recente de Fredy Montero e até Bryan Ruiz.

Jesus achou que Bryan era novamente parte da solução e não do problema e viu com bons olhos o regresso de Montero. Sabendo que nenhum dos dois tinha o ritmo de jogo necessário, percebeu que teriam de o ganhar em competição para que o erro que foi Hernán Barcos não se repetisse.

Barcos, tal como Montero e Bryan chegou (em 2016) à equipa sem ritmo e nunca se chegou a perceber se poderia ou não ser parte da solução. Jesus não quis cometer o mesmo erro e, com um calendário apertado, optou (bem, na minha opinião) por acelerar a utilização de Montero e Ruiz, por forma a poder contar verdadeiramente com eles na fase decisiva da temporada.

Mesmo que eu ache que Bryan já não tenha muito a acrescentar (ao contrário de Montero), só posso elogiar a vontade de Jesus em ganhar soluções no plantel, depois de andar há meses a "espremer" os 13/14 jogadores mais utilizados.

O espaço que Rafael Leão parece ganhar com a notícia que dá Podence como inapto até final da temporada poderá acrescentar outro tipo de soluções que só o "sangue" da Academia pode trazer e Doumbia terá de procurar continuar a ganhar a confiança perdida em meses de escassa e incompreensível utilização.

Voltando ao jogo de ontem, foi uma bela noite de futebol, aparte os sustos provocados pela arbitragem.

Volto a realçar a excelente exibição de Montero, a mostrar que um sistema de dois avançados pode ainda ser-nos bastante útil, mesmo que Jesus tenha esta semana afirmado uma certa dependência da equipa em relação a Bas Dost. O jogo de ontem mostrou que isso pode não ser bem assim.

William Carvalho foi também enorme e Gelson Martins voltou a mostrar que há um Sporting com ele em campo e outro completamente diferente (para pior) sem ele.

Rui Patrício, com duas defesas fantásticas, ambas com o jogo empatado a zeros, mostrou que o seu estatuto de lenda se alicerça tanto na quantidade de jogos como na qualidade das suas exibições.

Mathieu e Coates fecham o lote de sinais "mais", pela segurança defensiva mas não só. Do banco vieram sinais positivos; Rafael Leão e Lumor mostraram argumentos para ajudar no que aí vem.

 

Avizinha-se um ciclo de jogos muito importante, com uma eliminatória europeia pelo meio e a exibição de ontem foi, para mim, um bálsamo e uma motivação extra. Há jogadores a necessitar de descanso (como Bruno Fernandes, por exemplo) e outros que podemos potenciar no imediato. Este é o momento certo para mostrar que há vida para além do onze base que Jesus tem utilizado.

 

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SPORTING CP 1-0 Vitória SC: O pragmatismo, o cinismo, o horror...!

A vitória do Sporting é mais do que justa. Foram os nossos jogadores os únicos a procurar vencer durante os 90 minutos, enquanto que os comandados de Pedro Martins se limitaram a visar a baliza de Patrício de meia e longa distância, procurando nunca perder a organização defensiva.

Frente a uma equipa bem organizada defensivamente e que, não há que ter problemas em dizê-lo, apostou todas as fichas num empate a zeros, havia mesmo que ser cínico e pragmático.

O Sporting foi-o. Concretizou uma das três ou quatro boas oportunidades que teve mas revelou bastantes dificuldades em baralhar o último reduto vimaranense, que despachou da sua área quase todas as tentativas de desfeitear Douglas.

Acabou por ser num dos 39 cruzamentos para a área, aproveitado por Mathieu, que o Sporting marcou o golo da vitória. Um estilo de jogo demasiado previsível e fácil de anular pela defensiva do Vitória na maior parte do tempo, sobretudo porque abusámos desta abordagem e variámos pouco a nossa estratégia ofensiva.

Acuña e Bruno Fernandes cruzaram 14 vezes cada, sendo que apenas 6 desses cruzamentos encontraram um jogador do Sporting, nem sempre servido nas melhores condições.

 

A entrada de Fredy Montero ao intervalo (para o lugar de Rúben Ribeiro) e de Doumbia no início do segundo tempo (para o lugar de Bas Dost, magoado) foram fundamentais para encostar o Vitória às cordas. 

O Sporting obrigou a última linha dos forasteiros a recuar e a encostar mais à sua área e a pressão foi-se acentuando com o passar do tempo.

William, Bruno Fernandes e Acuña, mesmo que nem sempre decidindo bem, tiveram muito mais espaço para investir em missões ofensivas, enquanto que o posicionamento dos dois avançados passou a baralhar muito mais a dupla de centrais vimaranense.

Acaba por ser num lance de bola parada, marcado à maneira curta, que o Sporting resolveu o jogo. Coentrão, William e Marcos Acuña criaram uma sociedade à esquerda, que terminou com um cruzamento certeiro do argentino para uma finalização difícil e certeira de Mathieu.

Um grande golo, num gesto técnico perfeito, em situação difícil. O francês teve de reagir num curto espaço de tempo e, embora estivesse sozinho, foi obrigado a calcular queCoates não chegaria à bola e esta lhe chegaria "redondinha". Grande golo!

Desta vez Jesus mexeu bem na equipa e a saída precoce de Bas Dost acabou até por beneficiar o envolvimento ofensivo, menos centrado em jogadas terminadas num passe para o holandês.

A entrada de Bruno César trouxe outra acutilância e os elogios de Jesus no final, embora justos, são algo exagerados. O nosso "pau para toda a obra" é claramente um dos "protegidos" de JJ, que teima em fazer publicamente distinção entre os que comanda.

No final do jogo, foi ver Jesus novamente a borrar a pintura, desmoralizando completamente Lumor, reforço de última hora, colocando em causa a sua qualidade e utilidade para o grupo, mesmo depois do Sporting ter pago 2.5 milhões por apenas metade do passe do ganês.

 

Mathieu foi, sem margem para dúvida, o homem do jogo. Marcou o golo e foi sempre garantia de segurança. Mas há mais para além disto; o francês entende como poucos os momentos do jogo, assume-se, não se esconde e, com essa atitude proactiva, contagia os colegas e os adeptos. Um verdadeiro líder e um jogador de classe mundial.

Um pouco como Mathieu, Fábio Coentrão faz valer em campo a sua experiência. Dá confiança, segurança e é um galvanizador constante da equipa e das "bancadas". Ontem fartou-se de puxar pelo público como quem diz: "confiem em nós".

Marcos Acuña não fez um bom jogo mas sobressaiu nos momentos de decisão. Esteve muito bem nos 10 minutos finais, onde acabou por ser determinante.

Também gostei de William Carvalho, numa versão ofensivamente mais agressiva, confiando quase todas as despesas defensivas do jogo em Battaglia. Assumiu-se quase sempre e foi muito importante, sobretudo na segunda parte.

Toda a linha defensiva esteve impecável (Patrício incluído) e apenas os homens da frente revelaram algumas dificuldades. Bruno Fernandes esteve muito apagado, Rúben Ribeiro pouco se viu e mesmo Montero e Doumbia foram mais perigosos pelos posicionamentos que adoptaram do que pelo que fizeram com bola.

 

Impossível não elogiar a segurança e capacidade defensiva revelada nos jogos em casa onde, finalmente, o Sporting parece estar a construir uma fortaleza. São apenas 4 golos sofridos em 15 jogos caseiros nas competições nacionais. Apesar disso, faltou por vezes poder de fogo para evitar, pelo menos, os 2 empates caseiros na Liga NOS.

 

Volto a Jorge Jesus para lhe pedir que respeite os Sportinguistas, que estão mais do que habituados a murros nos estômago. Esta abordagem "à italiana", sem bagagem de títulos (dos importantes) só contribui para que sejamos assolados por fantasmas do passado (longínquo e também recente, já sob a sua orientação). Uma coisa é confiar na equipa, outra é confiar na sorte e muitos são os jogos onde nos colocámos à mercê dos adversários, sejam eles mais ou menos poderosos.

"Mister", respeite os adeptos que amam e fazem tudo pelo Sporting recebendo há anos consecutivos uma mão cheia de nada da parte das nossas equipas de futebol.

A mentalidade de campeão cultiva-se em jogadores e adeptos com títulos e ainda estamos todos a trilhar esse caminho.

 

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Hoje joga o Sporting

Dia de testar a fibra deste grupo de trabalho, de ver se contratámos mesmo jogadores com a tal mentalidade de campeão.

Um grupo de campeões não perderá nunca uma oportunidade de ouro para vencer numa semana em que ambos os rivais escorregaram.

Um grupo de campeões não vacilará e, com maior ou menor dificuldade, ultrapassará o Vitória Sport Clube e reafirmará a sua candidatura ao título de campeão nacional.

 

Jesus, como líder desse grupo, deve encarar o jogo sem inventar e sem ter medo. São duas das coisas que o nosso treinador tende a fazer em jogos de elevada pressão e que não podem passar-se hoje.

O previsível é que aposte nos do costume, revelando algum conservadorismo, pouco compreensivo quando tem um plantel bem apetrechado com qualidade e soluções em quase todas as posições.

Hoje é o dia de apostar nos que estão melhor, em vez daqueles que, na sua cabeça, são os melhores. Nem sempre apostar nos melhores, nos que melhor compreendem as suas ideias, nos aproximará do sucesso.

Há que gerir bem os recursos à disposição e aproveitar o melhor de cada um em cada momento, não esgotando nem desperdiçando esses mesmos recursos.

Mais do que ser criativo na procura de soluções para os problemas (que os temos), há que ser objectivo.

 

Hoje é dia de ser líder, de afirmar que queremos o primeiro lugar e fazer por merecê-lo.

Os adeptos, que certamente não faltarão à chamada, merecem essa resposta.

 

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Vitória FC 1-1 SPORTING CP: Quem não marca...

...acaba por sofrer, se estivermos a falar no caso do Sporting.

Qualquer Sportinguista sabe que gerir uma vantagem mínima é uma opção que tem tudo para correr mal e, aqui, a questão nem é termo-lo feito. Não fizemos. O Sporting tentou sempre avolumar a vantagem no marcador mas foi revelando alguma incapacidade para decidir bem no último terço, talvez até mais por excesso de confiança do que outra coisa qualquer. 

Confiança que a linha defensiva não estivesse a dormir num lance onde normalmente não falha e confiança na capacidade finalizadora de Bas Dost que, ontem, e sem paninhos quentes, foi uma a menos durante todo o encontro.

É por isto que é impossível não imputar parte considerável da culpa deste empate a Jorge Jesus, mesmo que não tenha sido ele a falhar na hora de decidir o último passe ou um remate à baliza. não pode nunca o treinador do Sporting "fiar-se na virgem". Há que correr atrás e o Sporting, desde os 60 minutos que parecia já apenas a ver o que o jogo ia dar e se daria ou não para marcar mais um e descansar a incansável massa adepta que esgotou a bancada para si reservada no Estádio do Bonfim.

Eram estes sinais que Jesus teria de ter percebido e que eu detectei imediatamente em casa, entre lenços e uma tosse "de cão".

 

O jogo não estava tão seguro quanto parecia e só estaria depois de marcarmos o segundo golo que, não acontecendo no primeiro quarto de hora, teria de ter sido procurado com outra urgência, mais ainda quando, entre os quatro jogadores mais adiantados da equipa, apenas um estava com capacidade para encarar o adversário com agressividade no último terço, como prova o lance do golo, onde teve de ser Bruno Fernandes a dar uma solução a Gelson, que verdadeiramente colocasse em causa a estrutura defensiva dos sadinos. 

Jesus, ao invés de retardar ao máximo as substituições e de, no final, ainda se queixar de qualquer delas nada ter acrescentado (ignorando que só mexeu na equipa aos 85 minutos) devia ter sido mais proactivo, percebendo que os jogadores que tinha em campo estavam com dificuldades em causar verdadeiros problemas à defensiva contrária. Prova disso foram os constantes desequilíbrios, criados por Gelson (o único da frente de ataque que fez por abanar o muro Vitoriano), coadjuvado apenas e quando possível por Bruno Fernandes.

 

Jesus não mexeu, disse que não é obrigado a fazer substituições e eu não sou obrigado a concordar com ele.

Claro que os jogadores do Sporting não foram capazes de construir uma vantagem segura e, por isso, têm responsabilidades mas Jesus, que observa o jogo de fora, tem obrigação de fazer uma leitura mais atenta das incidências do jogo, não podendo ficar à espera que as coisas se resolvam por si. Há que deixar urgentemente de ser reactivo para passar a ser proactivo ou ficará apenas na história por ser o treinador do Sporting com pior rácio entre salário e investimento versus títulos.

Bruno de Carvalho tem-lhe dado tudo, até mais do que devia e está na hora de cobrar. Não há desculpas e a margem de erro está cada vez mais reduzida.

Em termos individuais, destaco Gelson Martins, o melhor em campo, com Fábio Coentrão, William e Bruno Fernandes num patamar imediatamente abaixo.

Piccini resolveu mostrar que é humano e não apenas um autómato que teima em fazer tudo como mandam as regras e realizou 45 minutos para esquecer, melhorando depois na segunda parte.

Rúben Ribeiro foi pouco objectivo, pese embora o evidente bom toque de bola. Não foi agressivo na procura do desequilíbrio no último terço e pecou por isso.

Bas Dost, já disse, foi um a menos e Acuña, neste momento, não tem culpa de nada do que (não) faça em campo. É para avaliar e gerir (melhor) o momento dele que temos um treinador.

Os jogadores que entraram, como disse Jesus, nada acrescentaram nem era expectável que o fizessem, tal foi a escassez de tempo que tiveram para mostrar serviço. Se era para os colocar em cheque, mais valia mesmo que não tivesse feito nenhuma substituição, visto até que admitiu que só serviram como forma de queimar tempo.

 

Em vez de pressionarmos, saímos de Setúbal pressionados. Por um Porto que já ganhou, com um golo nascido de uma situação daquelas que nunca acontecem ao Sporting e por um Benfica, que poderá aproximar-se drasticamente.

A margem de erro é cada vez mais escassa e temo que tenhamos de ser perfeitos até final, se queremos mesmo ser felizes.

É hora de testar a fibra do grupo e ver se realmente há a tal mentalidade de campeão.

A Taça da Liga, que pouco interesse tem, ganha agora alguma importância, após este mau resultado. Dar um rombo na confiança dos dragões é importante. Quarta-feira teremos essa oportunidade e convém não a desperdiçarmos.

 

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Abraça-me outra vez

Mais um jogo que acabou sem golos sofridos (já são quatro consecutivos em casa, para a Liga) e com Bas Dost a abraçar pessoas.

A confirmar pelo que se passa em campo, não devem faltar afectos no balneário do Sporting. Talvez por isso a expressão "acasalar", usada por Jorge Jesus possa parecer perigosa.

Rúben Ribeiro, ainda agora chegou e já leva efusivos e apertados abraços do nosso matador holandês.

A cega demanda pelo afago vigoroso de Bas Dost não pára e tem tudo para correr bem. Quanto mais lhe procurarem o abraço, mais vezes ele abraçará e, com isso, mais vezes nós nos abraçaremos uns aos outros.

Assim fica mais fácil sermos felizes.

 

A análise ao jogo e ao fim-de-semana leonino fica por aqui.

Hoje é dia de marcar presença no #Sporting160 e espero que todos quantos aqui passam possam ouvir.

Caso não possam ouvir em directo, façam-no após a emissão, no MixcloudMixlriTunes ou em qualquer aplicação de podcast no Android (basta pesquisar por "Sporting160").

Até lá!

 

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Hoje joga o Sporting

É sobretudo em casa que mais se manifestam as dificuldades do Sporting a atacar com qualidade e é por isso que são estes os jogos em que mais temo um resultado negativo. Muito mais nestes, com equipas "pequenas", do que com equipas que podem equilibrar as partidas em termos de domínio territorial e capacidade individual e colectiva.

 

"JJ" chamou Rúben Ribeiro e deixou de fora Iuri Medeiros, cada vez mais em final de linha e com a porta de saída escancarada. Mais ainda vendo que Bryan e Bruno César continuam a ser preferência para as alas, em detrimento do açoriano.

Rúben Ribeiro que pode ser muito importante em jogos como este, onde é necessária alguma capacidade individual para resolver os problemas, coisa que Acuña, Bryan e Bruno César não têm ou, pelo menos, não têm demonstrado.

 

Jesus não vai inventar nem muito menos surpreender. Irá a jogo o onze habitual e logo se vê se Rúben Ribeiro será chamado para se ambientar ao grupo e às dinâmicas da equipa ou para salvar o jogo.

Espero que seja a primeira situação, até porque já temos a nossa dose de jogos salvos e por salvar nos últimos anos. Mais ainda quando jogamos no Estádio José Alvalade.

 

A vitória de ontem do Benfica confirma que a máquina continua bem oleada. Todos sabem bem o que fazer e quando fazer. Estarão na luta até ao fim e podem mesmo ser os mais sérios candidatos ao título.

 

Da nossa parte, teremos de ser extremamente competentes daqui para a frente. Será mais fácil colocar o Porto sobre pressão, mais não seja pela maior instabilidade emocional de uma equipa que precisa deste título como de "pão para a boca" (à nossa semelhança), do que parar a onda vermelha, carregada de malas e favores por cobrar.

Sporting e Porto estão, neste momento, muito mais vulneráveis do que parecem.

Um erro da nossa parte pode ser "a morte do artista" e, em jogos como hoje, não podemos vacilar.

 

Vamos lá mostrar, batalha a batalha, que estamos aí para lutar pelo título até à última jornada.

Eu acredito, até porque me parece que o grupo de trabalho quer muito ser campeão.

Palavra aos artistas.

 

Nota final: sobre o futsal, talvez diga qualquer coisa amanhã, com mais tempo.

 

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SPORTING CP 5-0 Marítimo: Tri-Dost, na noite de Bruno Fernandes

Qualquer jogo que termine com noventa minutos de recuperação activa para o Rui Patrício ou com o Bas Dost a abraçar pessoas tem tudo para ser perfeito.

Para ser perfeito, faltou que Bruno Fernandes ficasse a sorrir no final. Não ficou mas fartou-se de tentar o golo que o faria feliz. Nenhuma das suas "bujardas" entrou mas participou nas jogadas de quatro dos cinco golos da equipa, todos na segunda parte.

 

É bom que um dia de Sporting termine como este terminou. Dois campeões nacionais de marcha atlética (João Vieira - seniores - e Paulo Martins - juniores), vitória no futebol feminino (3-0, frente ao Albergaria), no futsal masculino (3-2, ao Braga), múltiplas vitórias nos escalões de formação, terminando com uma mão cheia de razões para sorrir no Estádio José Alvalade.

Foram todos estes motivos de interesse que fizeram com que tenha tido de puxar dos galões para entreter os putos entre as 15:30h e as 20h. Algo que depois me custou horas extra, entre levar o lixo, por loiça a lavar, roupa a secar e enfrentar um verdadeiro cenário de guerra para arrumar na sala. Devo ter terminado tudo lá para as 2:30h, com jantar pelo meio e a "maldita" hora de deitar os miúdos, que ontem nem foi tão madrasta como é costume.

No que a todos nos interessa...noite de gala em Alvalade, com Bas Dost letal (3 golos em 4 remates), Bruno Fernandes a comandar completamente as operações no ataque e Gelson a servir de abre-latas, após grande passe de Coates, numa jogada que acabaria com o primeiro abraço de Dost.

Convém dizer que, pese embora o domínio quase total do Sporting na primeira parte, o Marítimo não deixou de assustar, obrigando Patrício a fazer a única defesa digna de registo da noite.

 

No segundo tempo, toda a estratégia dos madeirenses caiu por terra com o golo, logo a abrir, de Bryan Ruiz, servido por Bruno Fernandes.

O Sporting adensava o domínio territorial e, ao Marítimo, sobravam umas tentativas de esticar o jogo, que nunca mais aconteceram após o 3-0, mais uma vez saído dos pés de Bruno Fernandes, desta vez para a finalização de Dost.

 

Era noite de nota artística, com jogadas de fino recorte técnico. A equipa não dava sinais de abrandar e o resultado haveria de se avolumar, já com Acuña e Battaglia nos lugares de Bryan e Podence e Iuri no lugar de Gelson.

Ambos os golos que completam a goleada foram concretizados em recargas a remates de Bruno Fernandes defendidos pelo guarda-redes dos insulares. Dost e Acuña, por esta ordem, foram os marcadores de serviço.

Bruno Fernandes é o homem do jogo e tenho a certeza que, caso pudesse, Dost daria um golo dos seus ao internacional português. Merecia-o. Foram os dois melhores em campo.

Durante o primeiro tempo, mesmo que praticamente apenas tenha feito a assistência para o golo inaugural, Gelson Martins faz um jogo excelente na forma como se entregou, como defendeu e como, sem bola, mesmo que nem sempre solicitado, deu opções de passe aos colegas.

Ristovski combinou muito bem com Gelson e mostrou, mais uma vez, capacidade atlética. A definição dos lances nem sempre foi a melhor mas mostrou disponibilidade e capacidade para atacar e regressar depressa ao seu posto. Tem "pace", como se diz lá fora. Falta, no entanto, que seja verdadeiramente colocado à prova defensivamente. Não foi este jogo ainda a demonstrar se, nesse capítulo, está ao nível de Piccini. A verdade é que temos dois óptimos laterais direitos, sendo que Coentrão também fez um excelente jogo, estando de forma determinante ligado ao 3-0.

Coates foi o Patrão da defesa, bem coadjuvado por André Pinto e William já foi mais William do que havia sido há bem pouco tempo. Patrício foi atento espectador.

Podence e Bryan, estivesse o jogo empatado ao intervalo e eram dois sérios candidatos à substituição. O português nunca apareceu no jogo e o capitão da selecção da Costa Rica acabou por marcar o segundo golo do encontro, que atenuou um pouco a sua falta de capacidade física, intensidade e incapacidade nos duelos ofensivos.

Qualquer dos jogadores vindos do banco acrescentou frescura e qualidade ao jogo. Battaglia libertou ainda mais Bruno Fernandes, Acuña entrou a fazer um "cabrito" e "saiu" a marcar o último do jogo e Iuri, desinibido, mostrou que merece mais minutos e se pode contar com ele.

 

Pena que o Porto, depois, tenha conseguido dar a volta a uma primeira parte menos conseguida mas...estamos cá para a luta, a olhar para cima e com um olho em quem vem em baixo (isto é muito importante, ok "mister?").

Venha o Cova da Piedade, num jogo de "mata-mata".

 

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Hoje joga o Sporting

Mathieu é a única ausência de monta na convocatória, que inclui Piccini, em dúvida até à última hora.

Na ausência de Bruno César, castigado, será Iuri Medeiros o provável suplente de serviço, sendo que Palhinha deverá voltar a ficar na bancada.

 

Sobre o jogo. É mais um. Todos serão fundamentais na luta pelo título, todos são finais, todos são de margem de erro nula e enorme pressão.

Há que saber lidar com isso e garantir uma dinâmica ofensiva capaz de desmontar a estratégia defensiva do Marítimo, que é uma das boas equipas do nosso campeonato.

 

Vai ser preciso mais e melhor do que aquilo que se viu na Luz, na jornada passada.

Eu quero o Sporting campeão!

 

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Benfica 1-1 SPORTING CP: A sorte não protege apenas os audazes

Foi com muita sorte que o Sporting saiu ontem do Estádio da Luz com um ponto. Porém, acaba por ficar um amargo de boca por não termos somado os três pontos. tal foi a forma como sobrevivemos 43 minutos do segundo tempo.

Não que o Benfica tenha dado um banho de bola mas, a verdade, é que nos sufocou durante toda a segunda parte.

Ainda assim, fica a mágoa de não termos retribuído a derrota de 2015/16, em jogos algo semelhantes.

 

A primeira parte foi repartida e equilibrada, tanto em domínio e controlo do jogo como em oportunidades de golo criadas.

Gelson abriu o marcador, após uma grande jogada pela esquerda, com Acuña, Bruno Fernandes e Coentrão como protagonistas.

Piccini voltou a mostrar (como tem demonstrado em todos os jogos) uma leitura de jogo perfeita e negou o empate a Jardel, em cima da linha de golo.

Marcos Acuña respondeu de fora da área, para uma grande defesa de Varela e Krovinovic ripostou com uma "bomba" à trave de Rui Patrício, num lance em que os encarnados reclamaram mão, num lance em que a bola vai claramente à cara de Fábio Coentrão.

A última grande oportunidade da primeira parte podia ter-nos levado para o intervalo com uma vantagem de dois golos mas, cara-a-cara com Varela, Gelson atirou por cima e enjeitou a possibilidade de bisar na Luz, algo que desde 2006 ninguém faz (Liédson foi o autor do último bis em casa do Benfica, numa vitória por 1-3).

Ao intervalo, a vantagem do Sporting não deixava de ser justa, por premiar a equipa mais eficaz, em 45 minutos divididos.

 

Não sei o que Jesus disse ao intervalo aos jogadores mas o segundo tempo nada teve de semelhante ao primeiro. Deu a ideia que, tal como na época 2015/16, pediu para defender e gerir o resultado. A (grande) diferença foi que o Sporting vão vencia por três golos ao intervalo mas sim pela margem mínima.

 

A segunda parte trouxe um Benfica mais dominador, mais até pelo domínio territorial que oferecemos ao rival do que por uma capacidade fenomenal do Benfica em recuperar bolas e partir para cima da nossa defesa.

O Sporting abdicava de atacar, oferecia literalmente a bola e remetia-se à defesa, confiando na fiabilidade do quinteto defensivo.

Battaglia fez um jogo péssimo e, aos 60 minutos, era já demasiado evidente (não que não se tivesse notado antes) que o meio-campo do Sporting não conseguia suster a pressão que se agudizava.

O primeiro calafrio da segunda parte vem precisamente ao minuto 60, quando um desvio de Coates quase faz auto-golo. A partir daqui, foram 30 minutos de sofrimento e de sinais claros que desafiavam a sorte.

Na sequência do canto, mais um remate desviado, desta vez por Piccini, quase leva a bola a trair Patrício. Este é o segundo lance que se reclamou penalti e mais um em que nada se verifica. A bola bate na barriga de Piccini mas, mesmo que tivesse ido ao braço, não há qualquer movimento suspeito de aumentar a volumetria do corpo (bem pelo contrário). Mais uma vez bem, tanto o árbitro como o vídeo-árbitro.

O Benfica continuava a não acertar na finalização e mesmo que os remates saíssem todos longe do alvo, o Sporting estava encostado às cordas, muito por culpa própria. Jesus não mexia mas, nesta altura (estávamos nos 66 minutos), se tivesse Palhinha no banco (o médio português foi preterido para a bancada), tenho a certeza que já teria alterado a configuração do meio-campo. Erro crasso, não levar um médio de características mais defensivas para o banco, num jogo em que se sabia que podíamos ter de sofrer para segurar uma vantagem.

 

O Benfica já actuava com dois avançados e o Sporting continuava sem alterar nada, limitando-se a despachar bolas e a defender nas imediações da sua área.

Ao minuto 74 surge o terceiro pedido de penalti na Luz. Este é o único dos três lances relatados até ao momento em que a bola toca efectivamente o braço de um jogador do Sporting mas convém não ignorar a interferência no lance de Raúl Jiménez. O mexicano empurra William Carvalho e é a acção do jogador encarnado que acaba por levar William a tocar a bola com o braço. Mais uma vez, concordo com a decisão da equipa de arbitragem, corroborada pelo vídeo-árbitro que, calculo, fez exactamente a mesma leitura que eu. 

Quinze minutos para o fim, Coates desvia mais uma bola, desta vez quase a "beijar" a barra, William já nem corre, Battaglia continua perdido e Acuña está de rastos. Jesus há muito que já devia ter mexido em algumas destas peças mas, na falta de um elemento válido, prefere deixar como está e acaba por esperar pelos 78 minutos para trocar Bruno César por Acuña. A substituição peca por tardia mas o maior problema mantém-se. O "miolo" não consegue fazer frente à avalanche encarnada, mesmo que esta se revele completamente anárquica, uma vez que também Rafa já estava em campo.

 

O Sporting não queria atacar, num momento em que o Benfica estava desprotegido na retaguarda, jogando com André Almeida a "trinco".

Vitória meteu em campo três homens de ataque e retirou do jogo um central e o médio defensivo. Mostrou coragem e boa leitura do jogo. João Carvalho, acabado de entrar, rematou com perigo a rasar a barra da baliza leonina.

A entrada de Bryan Ruiz (continuo sem perceber como passa de dispensado a uma das principais opções para sair do banco) para o lugar de Gelson (84') é a machadada final em qualquer ambição da nossa parte em "matar o jogo".

Restava sofrer até final, com os jogadores a reagirem como podiam às investidas consecutivas do adversário, que chegava à área sem qualquer dificuldade.

O lance que acaba por dar o empate ao Benfica é totalmente responsabilidade de Rodrigo Battaglia, que já nem devia estar em campo. É ele que deixa Piccini sozinho, frente a dois jogadores encarnados para depois cortar com a mão, no coração da área, um remate de Rafa que ia por cima da barra.

Nem rezar a São Patrício nos valeu. Faltavam os quatro minutos de compensação para o final do encontro, Jesus teve medo de mexer mais e o adversário estava galvanizado.

Jiménez ainda haveria de assustar, num remate acrobático e Coates ainda faria um corte providencial, no último minuto de descontos.

 

O jogo acabou, terminou o sofrimento e um jogo que podíamos ter vencido, mesmo que nem tenhamos merecido o empate. O resultado acaba, de facto, por ser melhor para nós do que para o Benfica mas fica a ideia clara que, com outra abordagem ao segundo tempo e outra intensidade e qualidade de alguns jogadores, poderíamos ter alcançado mais uma vitória sólida no terreno do eterno rival.

A sorte acabou por não durar sempre mas nem foi ela quem nos traiu mas sim um disparate autêntico de Rodrigo Battaglia, que não merece ser crucificado por isto mas deve fazer auto-critica. Já vimos muito melhor do argentino esta época.

 

Como pontos positivos, destaco a actuação do quarteto defensivo, com destaque paraPiccini (sobretudo ele) eCoates, que tiveram muito trabalho com a ala esquerda contrária e souberam quase sempre resolver bem, com a preciosa ajuda deGelson, que nunca negou apoio ao italiano e foi mesmo decisivo no jogo, tal com eu havia previsto ontem.

 

Bruno Fernandes e Bas Dost, que não teve uma única situação de finalização, fizeram o que puderam mas faltou-lhes outro acompanhamento, sobretudo da parte dos homens do meio-campo e de Acuña, que continua a ser um jogador algo inofensivo no ataque, talvez por se esgotar em demasia em outras tarefas, que fazem com que esteja quase sempre em esforço a partir da hora de jogo.

 

Contudo, saímos vivos e estamos na luta, apesar da vitória do Porto na Feira.

Segue-se o Marítimo em casa, antes do embate para a taça de Portugal, no terreno do Cova da Piedade.

 

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Hoje joga o Sporting

É o único jogo que faz parar Portugal, o derby dos derbies, o encontro mais apaixonante.

O dia e a hora não são, sem dúvida, os mais convenientes, por vários factores.

Não é bom para os jogadores, que jogam a uma hora atípica. 

Não é bom para os adeptos, pela hora tardia e por impedir alguns, que morem mais longe, de estar presentes.

Mas também não é bom para o passar da mística aos mais novos, que não serão levados ao estádio, para viver o ambiente de um jogo desta grandeza nem poderão ver o jogo pela TV, por já ser hora de deitar, mais não seja porque têm escola no dia seguinte.

 

No entanto, nenhuma destas condicionantes atenua a paixão, vigor e intensidade com que são vividos estes duelos.

Há muito que já só se pensa no dia de hoje e se anseia que cheguem as 21:30h, para começar a roer as unhas e bater os pés de nervosismo.

À medida que as horas avançam, a ansiedade aumenta.

Muitos agradecerão por poder jantar antes, outros nem comer vão conseguir.

Cada um vive o derby e tudo o que o antecede à sua maneira mas poucos são os que só começam a pensar nele quando a bola rola.

 

Nestes jogos não há favoritos, os momentos de forma de cada equipa pouco importam e nem a valia das equipas ganha jogos antes do apito final.

O Sporting enfrenta este jogo sem derrotas nas competições nacionais, ainda não perdeu para o campeonato e vem numa série de quatro vitórias consecutivas na Liga NOS.

O Benfica atravessa um momento em que, até pela inconsistência dos resultados alcançados, é impossível traçar um padrão. O que é certo é que, na Liga Portuguesa (a única competição em que se mantém) apenas perdeu um encontro, sendo essa derrota que define a diferença entre os dois conjuntos; 3 pontos.

 

Não se iludam aqueles que reconhecem o momento de maior fulgor do leão, em comparação com a águia. O Sporting tem apresentado mais futebol e tem, na minha opinião, mais qualidade mas, num jogo com as características deste, isso pouco vale.

Já se viu como, mesmo apresentando um futebol sem fio de jogo, o Benfica pontuou no Dragão (onde mora o melhor ataque do país), tendo mesmo sido a única equipa que de lá saiu sem sofrer golos, em jogos para o campeonato.

 

No entanto, há factores que podem ser fundamentais para desequilibrar o jogo para algum dos lados. O Sporting tem, a meu ver, o factor anímico do seu lado e joga, numa fase ainda precoce do campeonato, com dois resultados na mira sendo que, obviamente, procurará a vitória.

Ao Benfica, apenas os três pontos interessam sabendo que, um empate, embora não comprometa em definitivo o objectivo dos encarnados, pode atrasar a perseguição para o líder, comprometendo as hipóteses de sucesso no confronto directo com o Sporting.

A ausência de Luisão não é de desprezar e Jesus sabe-o. Fundamental para a coesão defensiva dos encarnados, o "Girafa" é um líder dentro de campo e, muitas vezes, é mais decisivo pela forma como organiza e comenda a defesa do que propriamente pelas suas acções directas no jogo. Prevejo muitas dificuldades no controlo da profundidade e uma linha defensiva mais baixa que o habitual.

O jogo interior do Sporting, forçando diagonais entre os laterais e os centrais pode ser determinante na obtenção de um bom resultado.

Em contraponto e apesar de nunca ter marcado ao Sporting, Jonas é o elemento a anular do lado do Benfica, sendo que Krovinovic pode trazer dificuldades acrescidas ao último reduto leonino. Acho que é do centro do terreno, onde Pizzi parece ter voltado aos bons momentos, que pode vir a maior parte do perigo, pois confio que Coentrão e Piccini sejam eficazes a travar Salvio e Cervi.

 

Jonas é o melhor marcador do campeonato, seguido de Bas Dost, com menos cinco golos.

Pizzi, com cinco assistências, é o mais efectivo a entregar a bola para finalizar e também o jogador em campo que mais vezes coloca a bola a jeito do remate de um colega. Do lado do Sporting é Bruno Fernandes quem mais passes para ocasião oferece (dois por jogo), sendo que divide a liderança das assistências com Marcos Acuña e Daniel Podence (são três assistências para cada um).

Sem surpresa, é Gelson Martins o jogador das duas equipas que mais vezes tenta o drible sendo que, surpreendentemente, é Grimaldo o jogador do Benfica que mais recorre a esta "arma".

Felipe Augusto é o mais faltoso dos dois conjuntos, seguido de William Carvalho. No geral, o Benfica é mais faltoso que o Sporting (258 vs 229 faltas, em 15 jogos) mas, ainda assim, vê menos cartões. Nada que surpreenda.

Coates é o jogador do Sporting com mais acções defensivas por jogo, enquanto que Luisão (ausente da partida de hoje) é o que mais se destaca no adversário.

 

A chave do jogo, a meu ver, será Gelson Martins. Quanto melhor ele se apresentar no capítulo ofensivo, melhores oportunidades criará o Sporting no encontro, sobretudo caso Grimaldo jogue. O espanhol tem grande propensão ofensiva mas é um lateral permeável, sobretudo quando é enfrentado por "dribladores", como é o caso de Gelson. Sabendo nós o "monstro" que Gelson está no capítulo defensivo, espero que acompanhe este parâmetro do jogo com uma exibição ofensivamente de grande nível. Nós agradecemos e Bas Dost também.

 

Espero que o árbitro da partida (Hugo Miguel) não seja condescendente com a habitual agressividade extrema dos jogadores encarnados e que o vídeo-árbitro e os assistentes de campo facilitem a vida ao "juiz", natural de Lisboa.

 

Por fim, um desejo: que às 23:30h eu não consiga deitar-me devido ao entusiasmo e não à desilusão. 

SPOOOOOOOOOOOOOORTING!

 

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SPORTING CP 2-0 Portimonense: Vitória justa do melhor Sporting do milénio

Não há registo no passado recente de um Sporting com tantos pontos à 15ª jornada. Os 39 pontos ontem acumulados suplantam os 38 da primeira época de Jesus e, neste milénio, só encontram paralelo no Porto de Mourinho (em duas ocasiões), no Benfica da terceira época de Jesus e no ano do último título do Porto (com Vítor Pereira, que liderava com os mesmos pontos do Benfica).

Apenas três registos suplantam os 39 pontos à 15ª jornada. Jesualdo Ferreira, no seu primeiro ano no Porto (40 pontos), André Villas-Boas (41 pontos, em 10/11) e Jorge Jesus, no último ano na Luz (40 pontos).

Nestes sete casos, apenas por uma vez o líder não foi campeão, sendo que nas duas vezes em que anteriormente acumulou 39 pontos à 15ª jornada, Jesus nunca foi campeão, perdendo dois campeonatos para o Porto de Vítor Pereira.

Por tudo isto e muito mais, nada está ganho mas, inequivocamente, estamos no bom caminho, trilhando o percurso dos campeões.

O jogo de ontem não encerra dúvidas quanto à justiça do vencedor e os números, por culpa própria, pecam por escassos.

O Portimonense não fez um remate enquadrado com perigo e o lance mais perigoso foi aquele em que Nakajima apareceu cara-a-cara com Rui Patrício. A bola saiu ao lado, muito pela rápida acção do "Marrazes", que tirou espaço e tempo para o japonês decidir e executar com qualidade.

 

Ao intervalo, um resultado justo teria de ter dois golos de diferença no marcador. Não teve por culpa própria, mesmo que tenhamos apresentado um nível muito elevado, com muita raça, entrega, grande capacidade para recuperar bolas e agressividade ofensiva assinalável, muito por culpa do trio Fernandes, Gelson, Podence.

Acuña esteve muito apagado e continuo a achar que em vez de traçar o destino de Iuri ele já podia ter tido mais oportunidades, Quem sabe, não estaria mais empenhado (partindo do pressuposto que é a falta de empenho o principal motivo de uma eventual dispensa) por se sentir importante.

João Capela e os seus assistentes trataram de não estragar a eficácia de Bas Dost na finalização, ao anular dois lances em que o holandês esteve perdulário.

O intervalo chegou com uma sensação mista entre satisfação com o banquete mas pena por não ser mais abundante.

 

O segundo tempo começa com (mais) uma jogada fantástica entre Gelson e Podence, que o primeiro concluiu para fora a passe do segundo, que em pouco mais de uma hora em campo fez cinco passes para finalização, incluindo o que deu a Bruno Fernandes a possibilidade de abrir o marcador.

Poucos minutos volvidos e foi Gelson a servir Bruno Fernandes para o segundo golo do jogo, que haveria de ser obtido por Bas Dost, que aproveitou a bola vinda do ex-jogador da Sampdoria.

Frieza de matador, rugido de leão e o jogo parecia estar finalmente resolvido, até porque os de Portimão já jogavam com apenas dez homens, fruto da expulsão acertada de Hackman.

Tempo para o desperdício, muito por parte de Gelson Martins, que demonstrou algumas dificuldades em definir os lances e levou Jesus ao desespero num lance de laboratório que não deu em golo quando o Sporting tinha quatro opções de finalização na pequena área.

 

No final, três pontos fundamentais para manter a equipa no topo da classificação e alimentar a esperança no título.

 

Nota para Gelson e Podence, lembrando que ambos têm apenas 22 anos. Qualquer dos dois tem uma qualidade e potencial indesmentível. Mas tão rápido estão a deslumbrar o Mundo como, no momento seguinte, nos recordam que têm muito a melhorar e que talvez seja por isso que ainda estão por cá. 

Não sabemos se atingirão um dia a excelência e se encherão os cofres do Clube mas sabemos que têm qualidade mais do que suficiente para ajudar o Sporting a atingir os seus objectivos, continuando a crescer por cá. 

Ambos têm pontos a melhorar, ambos têm qualidades únicas, ambos são nossos e há por aí muitos clubes que gostavam de contar ou conseguir formar alguns como eles.

Tenhamos paciência com eles. Não vão acertar sempre mas vão acertar cada vez mais, sabendo que estão ao mesmo tempo a incorporar capacidades defensivas e de posicionamento e comportamento em campo que, de tão exigentes, nem sempre deixam o discernimento no ponto certo para definir bem os lances.

Terei sempre um orgulho enorme em ambos (mais ainda por saber que são "nossos") e defenderei sempre cada um que saia da nossa Academia, mais não seja por saber que terão sempre de provar algo mais do que os que vêm de fora.

Gelson Podence.png

Termino com mais um louvor a Cristiano Piccini. Que três milhões tão bem gastos!

 

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Hoje joga o Sporting

É redundante dizer que o jogo de hoje é importantíssimo, decisivo ou determinante. Todos são e não há forma de fugir a isso.

Sabendo nós aquilo que tem sido um passado recente com ausência de conquistas e várias épocas de "quase", é inevitável que olhemos para cada jogo como determinante na luta pelo título.

Não podemos falhar. Teremos de vacilar menos que os rivais e, para isso, temos de vencer.

 

O Portimonense é uma das boas equipas da nossa Liga. Os algarvios deram a Vítor Oliveira um projecto de 1ª Liga e não um bilhete de ida e volta, rumo ao escalão de onde vieram.

A capacidade financeira e a facilidade em apetrechar a equipa graças a Theodoro Fonseca, empresário brasileiro (representante de Hulk) e investidor na SAD do Portimonense permitiu à equipa do experiente Vítor Oliveira juntar um grupo de qualidade, jovem e ambicioso.

Jogadores como Paulinho, Fabrício, Nakajima, Dener, Pedro Sá ou Possignolo, aliados à experiência de Ricardo Pessoa, Rúben Fernandes e Ricardo Ferreira dão ao treinador português garantias de poder jogar bom futebol, não esquecendo o quão importante tem sido Oriol Rosell, jogador emprestado pelo Sporting e um verdadeiro pêndulo defensivo com capacidade para construir e dar jogo de qualidade aos mais criativos.

 

Rosell não poderá ser utilizado hoje e o quinto melhor ataque da Liga apresentar-se-á em Alvalade desfalcado de um jogador importante mas certamente hiper-motivado a fazer aquilo que já fez no Dragão; complicar a vida a um grande. Recordo que dos sete golos sofridos pelos dragões nas competições nacionais, quatro foram marcados pelo Portimonense, que colocou à prova a defesa menos batida de Portugal.

No entanto, no pólo oposto, aparece alguma permeabilidade defensiva, resultante de uma equipa que nem sempre consegue balancear a capacidade ofensiva com a segurança defensiva.

O Portimonense é um dos melhores ataque da Liga mas também uma das piores defesas. Apenas quatro equipas sofrem mais golos no nosso campeonato e é em fazer abanar a estrutura defensiva dos algarvios que acho que Jesus centrou a estratégia para este jogo.

Um jogador como Daniel Podence será fundamental para forçar a entrada no último terço dos de Portimão, talvez até partindo das alas, que é onde acho que mais rende.

 

Na Liga o Portimonense ainda não venceu fora mas não perde à três saídas consecutivas, sendo que apenas não marcou golos em Vila do Conde e no Estoril.

Há que estar atento, fazer um jogo defensivamente irrepreensível, vigiar Paulinho e ser agressivo na recuperação da bola e consequente ataque à baliza de Ricardo Ferreira, um guarda-redes algo inseguro e talvez um dos pontos mais débeis deste Portimonense.

 

Sendo que jogamos antes dos rivais, há que ganhar e colocar pressão sobre eles.

Vamos, Sporting!

 

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Boavista 1-3 SPORTING CP: Je t'aime, Bas!

Dou por mim a pensar que o último francês a ocupar o centro da nossa defesa tinha sido o Naby Sarr. Nem era necessário ter trazido um francês tão bom para nos esquecermos do anterior.

Bem...na verdade acho que já (quase) todos tínhamos esquecido o Sarr. 

Jérémy Mathieu não tem apenas qualidades técnicas e tácticas. É inteligente, perspicaz e transmite uma calma e segurança ao resto da equipa que só os grandes jogadores conseguem.

Ontem foi o melhor em campo e para além dos cinco desarmes e cinco intercepções, participou de forma decisiva em ambos os golos de Bas Dost.

Um verdadeiro patrão e um craque de classe mundial. 

Depois, Bas Dost. Desde Mário Jardel que não tínhamos um ponta-de-lança tão letal e decisivo (sim, eu sei que tivemos Liedson). Bas Dost junta à capacidade finalizadora um profissionalismo a toda a prova e um compromisso com o colectivo que supera o dos já citados.

Para além disso é um tipo com uma mentalidade diferente. Auto-crítico, ambicioso, naturalmente insatisfeito... Marcou dois golos mas assumiu ter feito um dos piores jogos. Talvez por ter achado que não cumpriu com algumas das suas responsabilidades tácticas, mesmo que não tenha deixado em mãos alheias aquela que é a sua principal função; marcar golos.

Voltou a demonstrar uma eficácia impressionante, fez dois golos em três remates e o seu maior falhanço no jogo foi um remate que não fez.

Impressionante!

O jogo foi o que se esperava. De luta, nem sempre bem jogado, frente a um adversário aguerrido e empenhado.

A primeira parte não foi boa mas acabou em beleza e, aqui, acho que Daniel Podence merece uma palavra. Tem sido aposta inconstante por parte de Jorge Jesus e não é fácil mostrar serviço nessa condição. Não fez um bom jogo mas apareceu num momento decisivo, permitindo a Fábio Coentrão inaugurar o marcador, estreando-se a marcar de leão ao peito. O "produto Academia" tem qualidade mas tem que ser implementado com uma elevada dose de paciência. Por parte de quem gere os recursos humanos e por parte dos adeptos. Há que ter o equilíbrio para avaliar os momentos exuberantes, sabendo que virão períodos de menor fulgor.

Podence tem qualidade e acho que, contra as minhas próprias expectativas, poderá vir a singrar. Haja paciência! Pena que na cabeça de Jesus não haja espaço para Iuri que, a espaços, certamente demonstraria qualidade, porque a tem.

 

A segunda parte foi de qualidade, tanto no futebol apresentado como na capacidade de gerir e controlar o jogo. O bis de Bas Dost, logo após o disparate de Coates tratou de acalmar as hostes e reafirmar confiança em mais uma vitória, num reduto muito difícil.

Quanto ao uruguaio, terá de refrear a tendência para adornar os lances. Há uma linha que separa a confiança da displicência. O momento de ontem, sendo o último homem, revela displicência e falta de concentração e responsabilidade. A não repetir.

 

Volto a frisar; grande vitória alcançada num campo tramado, graças a um plantel feito de homens de "barba rija", que sabem trabalhar em grupo e me parecem ter a sintonia e o compromisso ideal para nos fazer felizes.

Assim seja!

Venha o Vilaverdense e o merecido descanso para alguns deles. Tudo isto sem perder o sentido de missão e responsabilidade que teremos de ter, que queremos ser bem sucedidos.

 

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Hoje joga o Sporting

 

A lista de convocados não apresenta novidades mas eu dou-vos uma; estou ansioso e nervoso.

De tal forma que não tenho cabeça para escrever nada.

Ir ao Bessa é sempre difícil. É mesmo uma das deslocações mais complicadas para o Sporting.

É daqueles jogos para ganhar na raça, na entrega e de fato de macaco vestido.

Nas bancadas não faltará apoio. Seis / Sete mil leões mostrarão que o Sporting joga sempre em casa.

Vamos lá manter o percurso ascendente. 

SPOOOOOOOOOORTING!

 

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SPORTING CP 1-0 Belenenses: Golo 50 de Bas Dost resolve

Quinquagésimo golo de Bas Dost em 62 jogos de leão ao peito. Um golo a cada 104 minutos. O holandês resolveu de penálti, facto que não retira mérito à sua eficácia. Fez um golo em dois remates e confirmou mais três pontos nesta caminhada rumo ao tão ambicionado título.

A entrada forte no jogo deu frutos logo aos treze minutos, na sequência de uma falta clara de Hanin sobre Daniel Podence. Bas Dost converteu a grande-penalidade, depois de ter entrado no jogo a atirar à baliza. O cabeceamento, logo no primeiro podia ter saído com melhor direcção.

Os primeiros trinta minutos foram de muito bom nível, com intensidade, dinâmica e a encostar o Belenenses às cordas. Pedia-se que a primeira meia-hora tivesse terminado com mais um golo marcado. Se isso tem acontecido, talvez o jogo tivesse decorrido de forma mais tranquila, sobretudo para nós, adeptos.

O intervalo haveria de chegar com uma vantagem justa no marcador mas a segunda parte trouxe um Belenenses mais afoito e um Sporting mais encolhido.

 

Domingos fez uma substituição ao intervalo, tornou a equipa mais ofensiva e as alterações pareceram ter passado aos jogadores a mensagem de que era possível fazer algo mais.

Foram quinze minutos sofríveis do Sporting que, felizmente, o Belém não conseguiu materializar, sobretudo graças ao acerto da nossa linha defensiva.

A entrada de Battaglia, à hora de jogo, justificava-se plenamente. Era preciso reforçar o "miolo" mas talvez pudéssemos tê-lo feito mantendo Podence em campo. Mesmo menos inspirado que no primeiro tempo, a frescura do pequenino era incrivelmente superior à de Acuña, que já se arrastava em campo.

A insuficiência física do argentino era tão evidente, que dez minutos depois Bryan Ruiz tomou o seu lugar e regressou aos jogos em Alvalade.

Nesta fase os azuis do Restelo ainda assustaram mas os remates eram sempre à figura ou fora dos postes. De realçar que, em todo o encontro, o remate mais perigoso da equipa de Domingos nem tenha acertado na baliza (na minha opinião, o livre de André Sousa, aos 19 minutos).

Os arrepios na espinha eram inevitáveis, mais pela perigosidade do resultado e por já termos visto demasiadas vezes um certo filme do que pela verdadeira intranquilidade da equipa.

Concordo em parte com Jesus. O Sporting nem foi mau a gerir o jogo e em manter o adversário suficientemente afastado da baliza de Rui Patrício, que fez ontem o jogo 500 da carreira como profissional, entre Sporting e selecção nacional. 

Fomos, sim, maus a definir nos momentos ofensivos em que podíamos ter "matado" o encontro e deitado por terra as aspirações do Belém em levar pontos de Alvalade.

As melhores oportunidades dos últimos quinze minutos acabariam mesmo por pertencer todas do Sporting, que decidiu mal em duas ou três situações ofensivas com o adversário em completo desequilíbrio. Pelo menos William, Bryan e Dost tiveram excelente oportunidades para aumentar a vantagem e evitar os suores frios que qualquer Sportinguista consciente de um determinado "karma" terá sentido.

Os últimos minutos foram depois geridos com mestria e sem oferecer ao adversário qualquer oportunidade de sequer espreitar o nosso meio-campo, ainda com Bruno César a estrear-se na posição de "empata fod**" (mais uma para o currículo).

 

De destacar o bom momento de Gelson Martins, provavelmente o mais esclarecido dos elementos da frente de ataque, em conjunto com o Podence do primeiro tempo, enaltecendo também a competência extraordinária da nossa linha defensiva.

Piccini foi um verdadeiro achado, tal a qualidade das suas acções, a começar pela leitura de jogo, que lhe permite quase sempre tomar as melhores decisões. A sua razoável capacidade técnica é um auxílio importante na hora de executar aquilo que o pensamento manda.

Coates, tirando as vezes em que resolveu inventar em zona proibida, esteve excelente e a experiência de Mathieu e Coentrão é fundamental para o nosso equilíbrio mental, sobretudo em situações de pressão extrema. O lance em que Mathieu faz um pique para "virar" um jogador do Belém, aos 82 minutos, é exemplificativo da noção clara que tem da importância dos momentos do jogo. Deixar que o jogador embalasse naquele momento poderia ter sido fatal e o francês cortou o mal pela raiz.

Dost voltou a não tremer numa situação da marca dos onze metros e marcou o terceiro golo de grande-penalidade esta temporada. Percebo os que falam da escassez de golos em bola corrida mas estão bem para as oportunidade de que tem disposto. Além disso, marcar um penálti não é fácil, sendo que este foi o único que não teve a carga emocional de ter sido apontado mos minutos finais das partidas (Setúbal e Feirense). Em comum, há o facto de todos eles terem dado três pontos.

 

Para o final da noite estaria guardada a cereja no topo do bolo. Os rivais directos empataram e ambos perderam pontos. O cenário ideal, na minha óptica, sendo que o jogo fica marcado pela polémica em torno da arbitragem e do vídeo-árbitro.

Seguimos na perseguição ao primeiro lugar e uma vitória no Bessa deixará a equipa com 36 pontos. A acontecer, será o melhor registo de Jorge Jesus à 14ª jornada, desde que chegou ao Sporting (tinha 35 pontos em 2015/16 e 27 na época passada).

Venha o Barça, em mais uma grande noite europeia onde o sonho dos oitavos-de-final se mantém vivo.

 

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Hoje joga o Sporting

Hoje é para jogar sem pensar no que vai passar-se a seguir. De nada vale esperar para saber se temos ou não a hipótese de subir ao primeiro lugar se não fizermos primeiro a nossa parte.

 

Embora se apresente como uma equipa, para mim, surpreendentemente competente, o Belenenses de Domingos Paciência (de quem já não esperava bons trabalhos) tem tido dificuldades fora de casa.

Apenas ganhou na Feira e nos restantes seis jogos fora de portas só conta com derrotas, com a agravante de revelar imensas dificuldades em marcar golos.

No entanto, é um derby e um jogo especial, com a agravante do Sporting se apresentar muitas vezes pouco seguro nos jogos em casa.

Bruno Pereirinha, Filipe Chaby e Diogo Viana defrontarão o clube que os formou e serão certamente bem recebidos no José Alvalade.

 

Jorge Jesus surpreendeu em conferência de imprensa, revelando que Bryan Ruiz é, neste momento, opção para a posição 8. Não creio que nos possa dar aquilo que precisamos nessas funções mas acho que pode vir a ser útil noutras.

Embora isso pouco importe para o embate de hoje, está-me ainda atravessada a derrota do ano passado em casa, sendo que nos últimos cinco encontros com o Belém apenas vencemos dois (empatámos os outros dois, para além da já referida derrota).

 

Nota final para a já habitual mas hoje especial romaria a Alvalade. Com a recém-inaugurada Loja Verde e o jogo de futsal no Pavilhão João Rocha, espera-se um grande dia de fervor leonino.

Só espero que culmine com o Sporting mais perto do primeiro lugar. 

 

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