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Grande Artista e Goleador

Vitória FC 1-1 SPORTING CP: Quem não marca...

...acaba por sofrer, se estivermos a falar no caso do Sporting.

Qualquer Sportinguista sabe que gerir uma vantagem mínima é uma opção que tem tudo para correr mal e, aqui, a questão nem é termo-lo feito. Não fizemos. O Sporting tentou sempre avolumar a vantagem no marcador mas foi revelando alguma incapacidade para decidir bem no último terço, talvez até mais por excesso de confiança do que outra coisa qualquer. 

Confiança que a linha defensiva não estivesse a dormir num lance onde normalmente não falha e confiança na capacidade finalizadora de Bas Dost que, ontem, e sem paninhos quentes, foi uma a menos durante todo o encontro.

É por isto que é impossível não imputar parte considerável da culpa deste empate a Jorge Jesus, mesmo que não tenha sido ele a falhar na hora de decidir o último passe ou um remate à baliza. não pode nunca o treinador do Sporting "fiar-se na virgem". Há que correr atrás e o Sporting, desde os 60 minutos que parecia já apenas a ver o que o jogo ia dar e se daria ou não para marcar mais um e descansar a incansável massa adepta que esgotou a bancada para si reservada no Estádio do Bonfim.

Eram estes sinais que Jesus teria de ter percebido e que eu detectei imediatamente em casa, entre lenços e uma tosse "de cão".

 

O jogo não estava tão seguro quanto parecia e só estaria depois de marcarmos o segundo golo que, não acontecendo no primeiro quarto de hora, teria de ter sido procurado com outra urgência, mais ainda quando, entre os quatro jogadores mais adiantados da equipa, apenas um estava com capacidade para encarar o adversário com agressividade no último terço, como prova o lance do golo, onde teve de ser Bruno Fernandes a dar uma solução a Gelson, que verdadeiramente colocasse em causa a estrutura defensiva dos sadinos. 

Jesus, ao invés de retardar ao máximo as substituições e de, no final, ainda se queixar de qualquer delas nada ter acrescentado (ignorando que só mexeu na equipa aos 85 minutos) devia ter sido mais proactivo, percebendo que os jogadores que tinha em campo estavam com dificuldades em causar verdadeiros problemas à defensiva contrária. Prova disso foram os constantes desequilíbrios, criados por Gelson (o único da frente de ataque que fez por abanar o muro Vitoriano), coadjuvado apenas e quando possível por Bruno Fernandes.

 

Jesus não mexeu, disse que não é obrigado a fazer substituições e eu não sou obrigado a concordar com ele.

Claro que os jogadores do Sporting não foram capazes de construir uma vantagem segura e, por isso, têm responsabilidades mas Jesus, que observa o jogo de fora, tem obrigação de fazer uma leitura mais atenta das incidências do jogo, não podendo ficar à espera que as coisas se resolvam por si. Há que deixar urgentemente de ser reactivo para passar a ser proactivo ou ficará apenas na história por ser o treinador do Sporting com pior rácio entre salário e investimento versus títulos.

Bruno de Carvalho tem-lhe dado tudo, até mais do que devia e está na hora de cobrar. Não há desculpas e a margem de erro está cada vez mais reduzida.

Em termos individuais, destaco Gelson Martins, o melhor em campo, com Fábio Coentrão, William e Bruno Fernandes num patamar imediatamente abaixo.

Piccini resolveu mostrar que é humano e não apenas um autómato que teima em fazer tudo como mandam as regras e realizou 45 minutos para esquecer, melhorando depois na segunda parte.

Rúben Ribeiro foi pouco objectivo, pese embora o evidente bom toque de bola. Não foi agressivo na procura do desequilíbrio no último terço e pecou por isso.

Bas Dost, já disse, foi um a menos e Acuña, neste momento, não tem culpa de nada do que (não) faça em campo. É para avaliar e gerir (melhor) o momento dele que temos um treinador.

Os jogadores que entraram, como disse Jesus, nada acrescentaram nem era expectável que o fizessem, tal foi a escassez de tempo que tiveram para mostrar serviço. Se era para os colocar em cheque, mais valia mesmo que não tivesse feito nenhuma substituição, visto até que admitiu que só serviram como forma de queimar tempo.

 

Em vez de pressionarmos, saímos de Setúbal pressionados. Por um Porto que já ganhou, com um golo nascido de uma situação daquelas que nunca acontecem ao Sporting e por um Benfica, que poderá aproximar-se drasticamente.

A margem de erro é cada vez mais escassa e temo que tenhamos de ser perfeitos até final, se queremos mesmo ser felizes.

É hora de testar a fibra do grupo e ver se realmente há a tal mentalidade de campeão.

A Taça da Liga, que pouco interesse tem, ganha agora alguma importância, após este mau resultado. Dar um rombo na confiança dos dragões é importante. Quarta-feira teremos essa oportunidade e convém não a desperdiçarmos.

 

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