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Grande Artista e Goleador

Uma competição sem campeão e um título para revalidar

Realizou-se anteontem o sorteio da taça nacional de juvenis em futebol feminino. Uma competição que junta os vencedores dos campeonatos regionais, com vista a encontrar a melhor equipa nacional do escalão.

Estarão representados os campeões das associações do Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Braga, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Leiria, Setúbal e Beja. Mas não só...

A competição juntará onze campeões distritais e cinco equipas convidadas, quando no ano passado a competição se circunscreveu a nove equipas (a intenção seria alargar para doze, este ano).

Porque é que isto acontece? Conheçam a história...

 

A equipa de juvenis do Sporting estava a disputar o título de campeão distrital, taco a taco, com o Casa Pia mas o jogo decisivo entre ambas as equipas foi adiado duas vezes e continua sem marcação à vista após um mês.

Tudo isto aconteceu porque o Sporting jogou o jogo da primeira volta, em Pina Manique, sob protesto.

O motivo? 

O Casa Pia incluiu treze jogadoras na ficha de jogo, quando o regulamento só permitia a presença de doze.

O árbitro deu ordens para se jogar e o Sporting, que acabaria por perder 2-0, formalizou o protesto já anunciado antes do encontro, entregando o processo ao gabinete jurídico do Clube.

 

Passado um mês, a Associação de Futebol de Lisboa (AFL) resolveu arquivar o processo por falta de aprovação do dito regulamento em assembleia geral, ficando a regra das doze jogadoras sem efeito, passando a ser permitidas quinze, como acontece nas competições masculinas.

Isto pode parecer preciosismo da nossa parte mas, tendo em conta que sempre se pôde jogar com quinze jogadoras, o Sporting passou toda a temporada a deixar de fora três que poderiam ter jogado mais e evoluído.

Este regulamento havia sido decidido uma semana antes do início das competições, pelo que o Sporting o tomou como válido.

 

Voltando ao jogo em falta, o Sporting tudo fez para o disputar, mesmo sabendo que teria de vencer por três golos de diferença para se sagrar campeão distrital.

Importa realçar que o Casa Pia se alheou de todo o processo, não fazendo qualquer esforço para encerrar um campeonato que poderia ter vencido mesmo que perdesse o jogo que falta disputar.

Neste momento, devido ao calendário já definido da festa do futebol feminino e da taça nacional, o mais provável é que o jogo nunca se realize e não seja atribuído o título de campeão distrital.

 

A solução encontrada pela Federação Portuguesa de Futebol passou por convidar ambas as equipas (Sporting e Casa Pia) a participar na Taça Nacional, estendendo o convite a três equipas das associações de Porto, Braga e Viseu, formando assim quatro grupos em vez de três.

 

Primeira conclusão: há cinco equipas que podem vencer uma competição para a qual não se apuraram;

Segunda conclusão: o Sporting viu-se privado de defender o título distrital alcançado no ano passado;

Terceira conclusão: o Casa Pia preferiu a decisão fácil de ganhar o direito a competir na taça nacional sem ter de disputar um jogo decisivo;

Quarta conclusão: os objectivos desportivos das equipas foram completamente desprezados pela AFL, que chutou para canto uma decisão que se limitava à marcação de um jogo que estava calendarizado e em atraso.

 

Que isto sirva de exemplo e não se volte a passar no futuro (consta que não foi a primeira vez).

Quanto ao Sporting, começará dia 31 a disputar a primeira fase da Taça Nacional e a lutar por revalidar o título alcançado no ano passado.

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